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06.06.14

Leituras: ANSELM GRÜN - A sublime arte de envelhecer

mpgpadre

ANSELM GRÜN (2009). A sublime arte de envelhecer e tornar-se uma bênção para os outros. Prior Velho: Paulinas Editora, 176 páginas.

       Voltámos a sugerir um livro de Anselm Grün, o monge beneditino que é considerado um verdadeiro guia espiritual, através dos seus escritos, das conferências e seminários em que participam, refletindo a vida com as complexidades da morte, do sofrimento, do mal, da fé, da doença.

       A reflexão proposta anteriormente: PAI-NOSSO, uma ajuda para a vidaAQUI.

       Neste volume a reflexão sobre a arte de envelhecer. Embora esteja no horizonte de todas as pessoas ir envelhecendo, é necessário adaptar-se, renunciar, lidar com a perda e o sofrimento, com as limitações físicas e mentais, aprender a conviver com a própria morte e transformá-la numa dádiva de comunhão, como fez Jesus Cristo. Na morte, já nada nos separará dos outros. Somos mais iguais.

       O prefácio está a cargo do Pe. Vítor Feytor Pinto, durante muito tempo ligado diretamente às questões da Vida, toxicodependência, Sida,, cuja experiência e sabedoria lhe permitem fazer uma leitura assertiva sobre a temática presente.

       O autor, Anselm Grün, com 64 anos quando escreveu o texto, fala a partir da experiência de outros, recorrendo à filosofia e à teologia, mas também a outras áreas do saber, como a psicologia. Faz-nos, como se diz no prefácio, conhecer o pensamento de Karl Rahner, Teilhard Chardin, Romano Gurdini, Breemen, Hermann Hesse, e tanto outros. É um excelente livro para os mais velhos, mas também para os mais novos.

       O papa Francisco tem insistido na cultura da inclusão, referindo que os dois extremos, jovens e idosos, são frequentemente esquecidos. No entanto, uma sociedade que esquece o saber, a experiência e a memória dos mais velhos, é uma sociedade condenada a desaparecer.

        É precisamente nesta linha que se desenvolve o pensamento de Grün, sobre o contributo dos mais velhos, mas também, dedicando-lhe muito espaço, com os mais velhos a lidarem com as suas limitações, com a doença, com a falta de forças, renunciando ao poder, renunciando a controlar a vida por inteiro, descobrindo novos afazeres, aprendendo a sublime arte de envelhecer, a paciência, o despojamento.

       Veja-se o índice: O significado da velhice; Aceitação da própria existência (reconciliação com o passado, aceitar os seus limites, aprender a viver com a solidão); Renunciar aos bens materiais, à saúde, renunciar às relações, à sexualidade, ao poder, ao ego; Fertilidade; Envelhecer juntos; Virtudes da velhice - serenidade, paciência, mansidão, liberdade, gratidão, amor; Lidar com os medos e com a depressão; o caminho do silêncio; transcender o ego; treino para a morte.

        É mais um daqueles títulos que até pode ser provocador, mas que se lê com facilidade, pois os exemplos concretos ajudam a entrar dentro dos diversos conteúdos.

04.01.12

Além das receitas - editorial da Agência Ecclesia

mpgpadre

Todos podemos aprender a ouvir mais atentamente a terceira idade, envolvendo-a nas paróquias

        A UE pretende desenvolver, até 2014, uma série de iniciativas/respostas ao crescente envelhecimento da sua população. A mais saliente de entre elas será a celebração do Ano Europeu do Envelhecimento Ativo, que agora começa.

       Os números justificam-no claramente: “em 2060 haverá apenas uma pessoa em idade ativa (15-64) por cada pessoa com mais de 65 anos”. É, pois, evidente o desafio que daqui emerge; mas também a oportunidade de pensamento e mudança que tal comporta. Sobretudo, se tal fizer aprofundar políticas sociais e alterar preconceitos...

       Um deles é a ideia, muito assimilada, de que a vida (quase) termina no dia em que se passa à reforma. A pessoa em causa facilmente sente que perdeu status numa sociedade que considera que deixar de trabalhar é deixar de produzir e aumentar o número dos descartáveis.

       Contrariar esta mentalidade e aprender a tirar partido da vida em tais circunstâncias é uma tarefa de cada um; mas há, igualmente, que fazer ver à opinião pública o potencial dos mais idosos para o serviço à sociedade e à economia: não os afastando do mercado do trabalho e incrementando a sua participação na vida da comunidade. Concretamente, proporcionando contextos para a transmissão dos respetivos conhecimentos, que enriquecem outras gerações e salvaguardam a própria autoestima. Ao mesmo tempo, os mais idosos também se enriquecem, pois que nenhuma geração tem o monopólio do saber: cada um tem conhecimentos de que outros carecem!

       Este é um caminho a percorrer, contra o individualismo que ameaça dominar-nos e nos fecha dentro de fronteiras que os outros rotulam: de um lado, os “cotas”; do outro, os “inconscientes”. Uns e outros, porém, fechando aos demais as condições do seu (des)envolvimento pessoal e social.

       Entendo que neste ano e neste diálogo indispensável a Igreja tem muito a aportar. A começar pela prática - mostrando que, no seu seio, não há lugar para a discriminação. Pelo contrário, assumindo-se como lugar onde cada ser humano vale e é reconhecido pelo que é e não pelo que faz ou produz.

       Todos podemos aprender a ouvir mais atentamente a terceira idade, envolvendo-a nas paróquias, mediante o acolhimento dos seus dons. E o voluntariado não é o menor dos espaços de participação, sendo que a imaginação e a sensibilidade pastoral saberão encontrar outros ministérios.

       Comecemos por deixar intervir, contrariando a tentação de manter ou desejar idosos passivos ou como meros e mais frequentes fregueses da Missa e outros sacramentos...

       A este propósito encontrei citado, acho que apropriadamente, o Salmo 92 “Os que estão plantados na casa do Senhor florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice ainda darão frutos; serão viçosos e vigorosos para anunciar que o Senhor é reto”.

       Amá-los e respeitá-los é muitíssimo mais que ter saudades dos contos do avô ou das receitas da avozinha!

 

João Aguiar Campos, Editorial da Agência Ecclesia.

 

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