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08.02.14

Vós sois o sal da terra, a luz do mundo...

mpgpadre

       1 – Disse Jesus aos seus discípulos: «Vós sois o sal da terra. Mas se ele perder a força, com que há de salgar-se? Vós sois a luz do mundo. Não se acende uma lâmpada para a colocar debaixo do alqueire, mas sobre o candelabro, onde brilha para todos os que estão em casa. Assim deve brilhar a vossa luz diante dos homens, para que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus».

       2 – Vós sois para o mundo o que o sal é na comida: tempero, sabor, sentido. Sois no mundo o que a luz é no meio das trevas: caminho, orientação, transparência.

       Já todos fomos surpreendidos, em alguma ocasião, por uma refeição insossa. Curiosamente, a sabor está nos alimentos, na carne, no peixe, na hortaliça, nas batatas, no arroz, nos ovos. O sal permite-nos apreciar as diferentes dietas alimentares. Se falta sal nada sabe bem.

       Habituados que estamos à eletricidade, quando falha logo ficamos desnorteados e procuramos resolver o problema com uma vela, uma lanterna, com a luz do telemóvel,  com o medo de chocar contra algum objeto. É um transtorno.

       Mas basta um lampejo de claridade e já nos orientamos. E se cada um de nós for essa pequena luz para os outros? E se juntarmos a nossa à luz do vizinho?

        3 – E como ser luz e sal, que dá tempero e ilumina a vida, no nosso dia-a-dia?

       A belíssima página de Isaías mostra-nos o caminho, revelando-nos as palavras de Deus: «Reparte o teu pão com o faminto, dá pousada aos pobres sem abrigo, leva roupa ao que não tem que vestir e não voltes as costas ao teu semelhante. Então a tua luz despontará como a aurora e as tuas feridas não tardarão a sarar... Se tirares do meio de ti a opressão, os gestos de ameaça e as palavras ofensivas, se deres do teu pão ao faminto e matares a fome ao indigente, a tua luz brilhará na escuridão e a tua noite será como o meio-dia».

       Na mesma sequência o salmista nos envolve na resposta à palavra de Deus: «O justo deixará memória eterna. O seu coração é inabalável, nada teme; reparte com largueza pelos pobres, a sua generosidade permanece para sempre e pode levantar a cabeça com altivez».

       Como sublinha Jesus no Evangelho: as vossas/nossas boas obras serão a luz que brilha diante dos homens e iluminam o mundo.

 

       4 – O cristianismo não é um exercício intelectual ou uma abstração. É uma realidade concreta, situada no tempo e no espaço. O ponto de partida e de chegada, o chão que nos ampara, é Deus e o Deus de Jesus Cristo. Deus connosco. Próximo, e que Se faz estrada e vem sujar as mãos na terra, envolvendo-se com a nossa fragilidade e finitude. Procura-nos.

       É isto mesmo que sublinha o apóstolo, que não se anuncia a si mesmo ou alguma doutrina especial, que não tenta iludir com bonitas palavras, mas apresenta Jesus Cristo: “Irmãos, pensei que, entre vós, não devia saber nada senão Jesus Cristo, e Jesus Cristo crucificado”.

       A fé une-nos uns aos outros e compromete-nos com o bem de todos. Não é possível, sob pena de nos tornarmos mentirosos, separar a fé das obras e da vida. A fé faz-nos olhar para Deus com amor. Se olhamos para Deus com Amor, acolhendo-O na nossa vida, não poderemos desprezar a vida dos nossos irmãos, que são ROSTO e PRESENÇA de Deus, aqui e agora (hic et nunc).


Textos para a Eucaristia (ano A): Is 58, 7-10; Sl 111 (112); 1 Cor 2, 1-5; Mt 5, 13-16.

 

25.02.11

Sermão da Montanha - Editorial Voz Jovem

mpgpadre

       O evangelista deste ano litúrgico, ANO A, é São Mateus, para a maioria dos Domingos e festas.

       Do Evangelho de São Mateus temos vindo a escutar o chamado “Sermão da Montanha”.

       “Ao ver as multidões, Jesus subiu ao monte e sentou-Se. Rodearam-n’O os discípulos e Ele começou a ensiná-los” (Mt 5, 1).

       Por esta razão fica conhecido o ensinamento de Jesus, porque foi pronunciado no alto da montanha. A montanha é um lugar privilegiado para encontrar Deus e para Deus Se revelar. Por outro lado, a atitude de quem se senta para ensinar, relembrando os escribas que se sentavam numa atitude de ensino. O próprio Moisés é representado sentado, a ditar os Mandamentos. No dia 22 de fevereiro, festejamos a Cadeira de São Pedro, evocando a autoridade de Pedro e do sucessor de Pedro.

 

1 – Bem-aventuranças

       “Bem-aventurados sereis, quando, por minha causa, vos insultarem, vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós. Alegrai-vos e exultai, porque é grande nos Céus a vossa recompensa” (Mt 5, 11-12).

       Nas Bem-aventuranças está a essência do cristianismo, um resumo claro do que se espera dos seguidores de Jesus Cristo. São felizes os que buscam o bem e se regem pela verdade, os que são misericordiosos e promovem a paz e a justiça, os humildes e puros de coração, todos aqueles que vivem na procura constante de imitar o Deus de Jesus Cristo, mesmo que humanamente não se sintam compensados e podendo ser perseguidos, injuriados e até mortos.

 

2 – Sois o sal da terra, sois luz do mundo

       “Vós sois o sal da terra. Mas se ele perder a força, com que há-de salgar-se?... Vós sois a luz do mundo…” (Mt 5, 13-16).

       O cristão está no mundo, não para se deixar levar pela corrente, pelas modas do momento, mas para se tornar agente transformador, por palavras e obras, dando tempero e sentido ao mundo, para louvor e glória de Deus Pai.

 

3 – Plenitude da Lei: a caridade

       “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim revogar, mas completar” (Mt 5, 17-37).

       A Lei de Moisés e o ensinamento dos Profetas preparam-nos para aspirar às coisas do alto. A plenitude da Lei é a caridade. Quando cumprimos porque somos obrigados por tradição, ou cumprimos porque outros cumprem, acabamos por nos enfadar. A vivência da Lei há-de radicar na caridade ao jeito de Jesus predispondo-nos a dar a vida pelos outros, por todos.

 

       4 – Oferece também a outra face

       “Ouviste que foi dito aos antigos: ‘olho por olho e dente por dente’. Eu, porém, digo-vos: … se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a esquerda… amai os vossos inimigos” (Mt 5, 38-48).

       Como é difícil amarmos os nossos inimigos e rezarmos por eles, mas é essa precisamente a exigência de Jesus Cristo. Pagar o mal com o bem, com a caridade fraterna, sempre!

 

5 – Não podeis servir a dois senhores

       “Procurai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e tudo o mais vos será dado por acréscimo… não vos inquieteis com o dia de amanhã, porque o dia de amanhã tratará das suas inquietações. A cada dia basta o seu cuidado” (Mt 6, 24-34).

       A confiança em Deus e na Sua providência há-de ser, para todo o crente, um projecto de vida. Só a Ele devemos servir, para n’Ele nos encontrarmos com os outros… e viver hoje… o amanhã é de Deus!

 

6 – Edificar a vida sobre a rocha

       “Nem todo aquele que me diz ‘Senhor, Senhor’ entrará no Reino dos Céus mas só aquele que faz a vontade de meu Pai que estás nos Céus” (Mt 7,21-27).

       Não bastam boas intenções, mas a vivência concreta e quotidiana da fé, traduzida em boas obras. De novo, a caridade como a autêntica expressão da fé.

06.02.11

Como o sal na comida, o cristão no mundo!

mpgpadre
       1 – Diz Jesus aos seus discípulos, daquele e deste tempo: Vós sois o Sal da terra. Vós sois a luz do mundo. É uma imagem sugestiva e explicada pelo próprio Jesus: «Vós sois o sal da terra. Mas se ele perder a força, com que há-de salgar-se? Não serve para nada, senão para ser lançado fora e pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; nem se acende uma lâmpada para a colocar debaixo do alqueire, mas sobre o candelabro, onde brilha para todos os que estão em casa. Assim deve brilhar a vossa luz diante dos homens, para que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus».
       O sal, como o fermento, não se vê, não tem paladar, mas a sua ausência é notória. Pese embora o facto de actualmente outros ingredientes poderem desempenhar a função do sal, temperando a comida, o que aqui está em causa, é a função do sal na comida e do cristão no mundo. O sal tempera, torna a comida apetitosa. Assim deverá ser o cristão no mundo. Seguindo Jesus Cristo, assumindo o Seu jeito de amar e  de Se dar, o cristão tem a missão singular de estar no mundo, sem se confundir com o mundo, para o transformar com a sua vida, em palavras e obras.
       A imagem da LUZ reforça o conteúdo da imagem do SAL. Tal como o sal tempera e torna comestíveis os alimentos, a luz permite-nos saborear a beleza do Universo, caminhar, encontrarmo-nos com os outros. Isto vale para a luz exterior (natural ou artificial), e para a luz interior, do entendimento, da sabedoria e da graça de Deus.
       A luz não se acende para estar escondida, mas acende-se para alumiar o quarto, a sala, toda a casa. Assim o cristão, com as suas boas obras, deve iluminar os ambientes em que vive, o trabalho e o lazer, a família e a comunidade, os negócios e a política, o desporto e a cultura, no campo e na cidade, de manhã ou à tarde.
       E como ser LUZ? Praticando o bem, vivendo honestamente, procurando a justiça e a concórdia, prestando atenção aos mais necessitados de pão e/ou de carinho, fazendo da verdade o seu lema, abrindo-se à graça de Deus.
       2 – Na primeira leitura deste Domingo escutamos o profeta Isaías que nos desafia com as palavras de Deus, num compromisso concreto com os outros: "Eis o que diz o Senhor: «Reparte o teu pão com o faminto, dá pousada aos pobres sem abrigo, leva roupa ao que não tem que vestir e não voltes as costas ao teu semelhante. Então a tua luz despontará como a aurora e as tuas feridas não tardarão a sarar»".
       A realização do bem, a prática da caridade, a vivência das obras de misericórdia, são LUZ que despontará na nossa vida e que iluminam o mundo em que vivemos. O profeta exemplifica com a prática da justiça, com a eliminação da opressão e das palavras ofensivas, com a partilha dos bens com quem nada tem, "então a tua luz brilhará na escuridão e a tua noite será como o meio-dia".
       O Salmo Responsorial, por sua vez, acentua a dinâmica proposta pelo profeta e por Jesus Cristo: "Brilha aos homens rectos, como luz nas trevas, o homem misericordioso, compassivo e justo. Ditoso o homem que se compadece e empresta e dispõe das suas coisas com justiça". O homem que assim proceder agrada ao Senhor e torna-se um farol para os seus irmãos.
       3 – O serviço da caridade, consequência lógica e natural da profissão de fé, está intimamente vinculado ao serviço da palavra e da pregação, como nos recorda o Apóstolo São Paulo, na segunda leitura. Na verdade, a Palavra de Deus inquieta-nos, desafia-nos à prática do bem. A fé conduz-nos às boas obras. Por sua vez, a vivência prática e concreta, o compromisso com o bem e com a caridade, ilumina, testemunha, e enriquece a vivência da fé.
       Por outro lado, o serviço da palavra leva-nos a Jesus Cristo, crucificado e ressuscitado, que se fará com simplicidade, com humildade, deixando que Deus fale em nós, fale pela nossa vida. A fé não se impõe com argumentos irrefutáveis, propõe-se, ou "impõe-se" com o testemunho. E quando mais simples forem as nossas palavras tanto mais poderão exprimir a grandeza do amor de Deus.
         "Quando fui ter convosco, irmãos, não me apresentei com sublimidade de linguagem ou de sabedoria a anunciar-vos o mistério de Deus. Pensei que, entre vós, não devia saber nada senão Jesus Cristo, e Jesus Cristo crucificado. Apresentei-me diante de vós cheio de fraqueza e de temor e a tremer deveras".
       Uma vez mais concluímos que só a humildade nos (pre)dispõe para acolher Deus e reconhecer os sinais da Sua presença no mundo e, de igual modo, nos possibilita o diálogo e a comunhão com o nosso semelhante a quem havemos de reconhecer como irmão.
___________________________
 Textos para a Eucaristia (ano A): Is 58, 7-10; Sl 111 (112); 1 Cor 2, 1-5; Mt 5, 13-16.

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