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...espaço de discussão, de formação, de cultura, de curiosidades, de interacção. Poderemos estar mais próximos. Deus seja a nossa Esperança e a nossa Alegria...

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17.01.16

D. António Couto: quando Ele nos abre as Escrituras: A

mpgpadre

D. ANTÓNIO COUTO (2013). Quando Ele nos abre as Escrituras. Domingo após Domingo. Uma leitura bíblica do Lecionário. Ano A. Lisboa: Paulus Editora. 352 páginas.

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        Sai a lume o primeiro volume de uma triologia, na qual nos guiará pela liturgia dos domingos que compõem o Ano A, o Ano B e o Ano C. Em cada ano se privilegia um Evangelho sinóptico, São Mateus no ano A; São Marcos no ano B, e São Lucas no ano C. O Evangelho de São João aparecerá em cada ano em domingos específicos, sobretudo ao tempo do Natal e ao tempo de Páscoa, mas também pelo verão com a temática do pão vivo que é Cristo Jesus.

       D. António promete fazer acompanhar um comentário-introdução, a publicar em data oportuna, sobre cada um dos evangelistas, para desta forma ajudar a perceber o estilo, o conteúdo e o objetivo de cada evangelista, o contexto em que escreveu, os destinatários e as linhas mestras de cada Evangelho.

       O Bispo de Lamego, estudioso da Bíblia, tem colocado à disposição de todos os comentários às leituras de Domingo, especialmente ao Evangelho, partir do seu blogue: Mesa de Palavras: AQUI. Antes de assumir, como Bispo, a Diocese de Lamego era um dos residentes no programa da Igreja Católica na RTP, Ecclesia, precisamente para ajudar a preparar a liturgia da palavra de cada Domingo. O livro que ora sugerimos recolhe a reflexão de D. António Couto para cada domingo, com profundidade, sabedoria, envolvendo-nos na Palavra de Deus, fazendo-no sentir parte essencial da história da salvação.

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       Como refere o autor, o estilo é o de sempre, recorrendo à Bíblia, à história, à cultura, à arqueologia, à literatura, à liturgia e à teologia. Com efeito, o texto de reflexão é envolvente, com muitas informações, fáceis de perceber e que ajudam a sublinhar a riqueza da palavra de Deus e como Deus intervém e Se entranha na nossa história, respeitando as nossas escolhas, mas não cessando de nos procurar.

       O Evangelho em análise é o de São Mateus, o Evangelho da Igreja e que durante muito tempo foi acolhido como o primeiro a ser escrito, sabendo-se hoje que essa primazia temporal é de São Marcos. É escrito numa comunidade já muito estruturada. Depois da morte e da ressurreição de Jesus, os Apóstolos anunciaram o Evangelho, juntando-se a eles muitas pessoas, formam-se as comunidades, as primeiras comunidades, cristãs, que procuram viver nos ideais do Evangelho. Chega uma altura que é necessário colocar por escrito o que foi sendo transmitido oralmente e "absorvido" pelas comunidades, ressalvando-se os avisos que Jesus faz para as comunidades viverem sem que os crentes se atropelem, mas que cada um concorra para o bem de todos. Para ser o primeiro é preciso ser o servo de todos.

"Neste ano A é-nos dada a graça de ouvir o Evangelho segundo Mateus, conhecido como «o Evangelho da Igreja», dada a grande importância que este Evangelho granjeou na Igreja primitiva, sobretudo devido à riqueza e à clareza temáticas dos longos, solenes e pausados discursos de Jesus que nele encontramos, e que constituem um imenso tesouro para a vida da Igreja. Na verdade, o leitor ou ouvinte encontra no Evangelho segundo Mateus uma longa e bela sinfonia dos ensinamentos fundamentais de Jesus, organizados em cinco andamentos á volta de cinco imensos discursos de Jesus: 1) o Discurso programático da MONTANHA (Mt 5-7); 2) o Discurso MISSIONÁRIO (Mt 10); 3) o Discurso das PARÁBOLAS do REINO (Mt 13); 4) o Discurso ESCATOLÓGICO (Mt 24-25)".

       As pistas de reflexão para cada domingo visam precisamente ajudar a prepara a Liturgia dos Domingos e dias santos e, por conseguinte, podem ser lidos e relidos na semana que precede cada domingo ou solenidade. Contudo, o volume de leituras do Ano A pode ser lido de uma assentada ficando-se com uma ideia abrangente do decorrer da liturgia ao longo de todo o ano. Ajuda ter o livro à mão, como ajuda seguir o blogue de D. António Couto que vai limando, aperfeiçoando, lapidando cada reflexão, atualizando com um ou outro dado que vai surgindo, acontecimentos da sociedade e da Igreja (salientando-se as intervenções e/ou convocações do Papa Francisco).

       Ao leitor "bom apetite. Já se sabe que nem só de pão vive o homem".

15.11.14

Um homem partiu de viagem e confiou os seus bens

mpgpadre

1 – Aí está uma das últimas páginas do Evangelho de São Mateus. Jesus diz-nos como nos preparamos para que o encontro definitivo com Deus nos seja favorável: fazer render os dons que Ele nos dá. A vida nunca será um mar de rosas, terá os seus espinhos e as suas contrariedades, nem tudo dependerá de nós, surgirão imprevistos, situações difíceis que abalam a nossa confiança e, por vezes, nos levam a querer desistir. Mas ninguém viverá a vida por nós. A vida é nossa. Podemos deixar a nossa marca na história!

Quem vai para o mar prepara-se em terra. Jesus alerta-nos para nos prepararmos bem, investindo o nosso tempo, as nossas energias, os nossos talentos. Não adianta esconder-nos, adiar, deixar que outros resolvam, outros vivam. Há que apostar. Há que arriscar. Podemos errar. Podemos fracassar, esmurrar a cara, podemos cair. Mas importa arriscar, viver, sair, ir ao encontro dos outros, semear o bem e a justiça, cultivar a esperança e a alegria, plantar a misericórdia e o bem, deixar-se cativar pela generosidade e pelo perdão. Mesmo caindo!

A parábola é extraordinariamente clarificadora. Um homem vai de viagem e confia os seus bens aos seus servos, conforme a capacidade de cada um. Confia neles e segue viagem.

Assim Deus connosco. Confia em nós. Dá-nos os Seus dons. Não nos pede mais do que aquilo que seremos capazes de assumir. Dá-nos o mundo inteiro para cuidarmos. Não nos controla como marionetas. Deixa que o trigo e o joio cresçam conjuntamente.

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2 – O que recebeu cinco talentos duplicou os rendimentos. O que recebeu dois talentos também os duplicou. O que recebeu um talento, não fez mais. Cruzou os braços à espera do patrão. Se pobre era, pobre ficou. Nada fez para melhorar a sua situação. Em vez de valorizar o dom recebido, refugiou-se no medo em relação ao seu senhor. Ah, como se assemelha à nossa vida cristã: em vez de vivermos em alegria acolhendo a misericórdia de Deus, por vezes, vivemos atemorizados pelo que Deus nos pode vir a fazer.

Aquele homem recebeu um talento e outra coisa não fez que lamentar a sua sorte. A vida pode trazer-nos escolhos que não escolhemos. Pode acontecer que não mereçamos as partidas que a vida nos prega. Fazemos por merecer o melhor e tantas vezes nos deparamos com o pior! Podemos encontrar consolo em quem nos escuta, compreensão e incentivo para prosseguirmos, apesar de tudo. Porém, a vida não se altera se ficarmos apenas a lamentar-nos. Quantas vezes o copo meio cheio se nos afigura copo meio vazio?

«Senhor, eu sabia que és um homem severo, que colhes onde não semeaste e recolhes onde nada lançaste. Por isso, tive medo e escondi o teu talento na terra. Aqui tens o que te pertence». A resposta do seu senhor é inequívoca: «Servo mau e preguiçoso, sabias que ceifo onde não semeei e recolho onde nada lancei; devias, portanto, depositar no banco o meu dinheiro e eu teria, ao voltar, recebido com juro o que era meu».

Devolve-se ou paga-se o que se deve, o que se pediu emprestado, agradecendo. Se entramos no sistema económico-financeiro, a devolução é com juros. Só que no caso presente, o banco somos nós. Deus confia-nos os Seus dons. Dá-nos a Sua própria vida, em Jesus Cristo. A Sua vida por inteiro. E que fazemos com este "depósito"? Pomo-lo a render? Investimos para o devolvermos rentabilizado? Ou deixamos tudo na mesma, escondendo-nos no medo?

Temer ao Senhor, não é fugir d'Ele com medo, mas aproximar-se d'Ele com esperança, na certeza do Seu amor por nós, tal como fazemos em relação àqueles de quem gostamos: tememos magoar, tememos desiludir, e, por conseguinte, podendo errar, tentamos dar o melhor de nós. 


Textos para a Eucaristia:

Prov 31, 10-13. 19-20. 30-31; Sl 127 (128); 1 Tes 5, 1-6; Mt 25, 14-30.

 

Reflexão dominical COMPLETA na página da Paróquia de Tabuaço

e no nosso blogue CARITAS IN VERITATE.

03.02.14

Plano Pastoral 2013.2014 - IDE E FAZEI DISCÍPULOS

mpgpadre

«Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a cumprir tudo quanto vos tenho mandado. E sabei que Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos»

(Mt 28, 19-20).

        Após a Ressurreição, Jesus aparece aos seus discípulos e envia-os. Envia-nos.

Ide e fazei discípulos.

       Nunca deixamos de ser discípulos, alunos, aprendizes de Jesus Cristo. Simultaneamente, a missão de comunicar a alegria que recebemos. Ilustrativo o encontro de Maria com Isabel: “Logo que chegou aos meus ouvidos a tua saudação, o menino saltou de alegria no meu seio” (Lc 1, 44). Quem recebe a Boa Notícia, não pode fazer outra coisa senão passá-la ao próximo.

Ide e fazei discípulos.

       É uma tarefa de sempre. Como os discípulos da primeira hora, temos de viver Jesus, deixando que Ele nos fale e atue em nós, pelo Espírito Santo. Logo nos tornamos mensageiros do Seu amor, da Boa Notícia da salvação.

       Refere São Paulo: “se eu anuncio o Evangelho, não é para mim motivo de glória, é antes uma obrigação que me foi imposta: ai de mim, se eu não evangelizar!” (1Cor 9,16).

       O Papa Francisco, em vésperas da Sua eleição, já convocava a Igreja para sair a levar esta boa notícia a todos os recantos: “Evangelizar supõe na Igreja a "parresia" [coragem, entusiasmo] de sair de si mesma. A Igreja está chamada a sair de si mesma e ir para às periferias, não só as geográficas, mas também as periferias existenciais: as do mistério do pecado, as da dor, as da injustiça, as da ignorância e da indiferença religiosa, as do pensamento, as de toda a miséria… Quando a Igreja não sai de si mesma para evangelizar torna-se autorreferencial e então adoece… A Igreja, quando é autorreferencial, sem se aperceber, julga que tem luz própria, deixa de ser o mysterium lunae [mistério da lua]… [que o próximo Papa] …ajude a Igreja a sair de si para as periferias existenciais, que a ajude a ser a mãe fecunda que vive da “doce e reconfortante alegria de evangelizar”.

       O nosso Bispo, D. António Couto, na Carta Pastoral que enforma o ano pastoral e o lema que enquadra a vivência da fé neste chão da Diocese de Lamego, sublinha algumas prioridades, algumas delas constantes: primado da graça; vida de oração; proximidade; amor; Igreja como casa aberta a todos, dando também continuidade ao lema pastoral do ano anterior, "Vamos juntos construir a Casa da Fé e do Evangelho"; missão evangelizadora/missionária da Igreja; acolhimento do Evangelho com alegria, para o comunicar por palavras e com a vida; formação de cristãos conscientes e empenhados.

“Santa Maria, Mãe da Igreja e nossa Mãe, Senhora dos Remédios e de Fátima, [Virgem da Conceição], ícone do primado da graça e da oração, do serviço humilde que gera laços de comunhão e de missão, sê nossa companheira nos caminhos que agora nos propomos percorrer para sabermos melhor levar Cristo aos nossos irmãos e os nossos irmãos a Cristo.

Que Deus nos abençoe e nos guarde,

Que nos acompanhe, nos acorde e nos incomode,

Que os nossos pés calcorreiem as montanhas,

Cheios de amor e de alegria,

Que a tua Palavra nos arda nas entranhas,

E nos ponha no caminho de Maria”.

          (D. António Couto, Carta Pastoral, 24.11.2014)

 

       O IDE pressupõe o estar com Jesus, alimentar-se d’Ele, escutando a Sua Palavra, acolhendo a Sua mensagem, procurando imitá-l’O nas Suas obras. Deixemo-nos atrair por Jesus, identificando-nos com a Sua vontade e o Seu projeto de conciliação e amor, para depois nos deixarmos fazer ENVIADOS, na expressão do Papa Francisco, sermos verdadeira e simultaneamente discípulos missionários. IDE E FAZEI DISCÍPULOS…

 

       Pode fazer o download da calendarização pastoral da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição:

30.01.14

PAGOLA - O Caminho aberto por Jesus: Mateus

mpgpadre

       Para uma leitura mais assertiva dos evangelhos durante o ciclo de leituras do ANO A, recomendámos a leitura, entre outros, de três obras:

D. ANTÓNIO COUTO. Quando Elenos abre as Escrituras. Domingo após domingo. Uma leitura bíblica do Lecionário. Ano A. Paulus Editora, Lisboa 2013.

 

D. MANUEL CLEMENTE. O Evangelho e a Vida. Conversas na rádio no Dia do Senhor. Ano A. Lucerna. Cascais 2013. 320 páginas. 352 páginas.

 

José ANTONIO PAGOLA. O Caminho aberto por Jesus: Mateus. Gráfica de Coimbra 2. Coimbra 2010. 280 páginas.

       A recomendação, que continua válida, seria ler em cada domingo o respetivo comentário, ou ler de uma assentada, relendo em cada domingo. Porém, a estrutura do livro de Pagola, que não segue domingo a domingo o Evangelho, mas propõe a leitura de São Mateus a partir dos textos atribuídos a cada domingo, deixando outros textos, de outros evangelistas. Desta forma, e para um enquadramento geral do Evangelista da Igreja, São Mateus, esta seria uma leitura adequada a fazer de uma assentada. Foi o que fizemos.

        É neste sentido que voltámos a recomendar a leitura de Pagola, O Caminho aberto por Jesus: Mateus. Já aqui sugerimos MARCOS: Aqui, do mesmo autor e coleção.

       José Antonio Pagola tem a preocupação de situar as diversas passagens, enquadrando com o tempo de Jesus, ou com a situação em que o texto foi escrito, procurando trazer cada episódio para o tempo atual, com situações semelhantes na sociedade e na Igreja. A vivência do Evangelho há de ser libertadora, comprometida, transformadora. Salienta-se a força do Espírito em cada um e na comunidade, onde as Bem-aventuranças são um referencial incontornável, mas também o Juízo Final, a proximidade da Deus implica uma maior proximidade aos irmãos, aos excluídos, aos pobres, aos marginalizados.

       No final, o envio dos Apóstolos, que se tornam responsáveis por espalhar a Boa Nova, com palavras e com obras, com a vida, fazendo discípulos. "O ponto de arranque é a Galileia. Para lá os convoca Jesus. A ressurreição não os deve levar a esquecer o que viveram com Ele na Galileia. Ali O escutaram a falar de Deus como parábolas comovedoras. Ali O viram a aliviar o sofrimento, a oferecer o perdão e a acolher os esquecidos. É precisamente isto que devem continuar a transmitir".

O anúncio e o batismo levam uma marca trinitária.

       "O Pai é o amor originário, a fonte de todo o amor. Ele começa o amor. «Só Ele começa a amar sem motivos; mais é Ele quem, desde sempre, começou a amar (Eberhard Jüngel). O Pai ama desde sempre e para sempre, sem ser obrigado nem motivado a partir de fora. É o «Eterno amante». Ama e continuará a amar sempre. Nunca nos reinará o Seu amor e fidelidade. D'Ele só brota amor. Consequência: criados à Sua imagem, estamos feitos para amar. Só amando acertamos na existência.

       O ser Filho consiste em receber o amor do Pai. Ele é o «Amado eternamente», antes da criação do mundo. O Filho é o amor que acolhe, a resposta eterna do amor do Pai. O mistério de Deus consiste, pois, em dar e também em receber amor. Em Deus, deixar-se amar não é menos que amar. Receber é também divino! Consequência: criados à imagem de Deus estamos feitos não só para amar, mas também para ser amados.

       O Espírito Santo é a comunhão do Pai e do Filho. Ele é o AMOR eterno entre o Pai amante e o Filho amado, é Ele que revela que o amor divino não é possessão ciumenta do Pai nem apropriação egoística do Filho. O amor verdadeiro é sempre abertura, dom, comunicação transbordante. Por isso, o amor de Deus não se fica em si mesmo, mas comunica-se e estende-se às Suas criaturas. «O amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado» (Rom 5,5). Consequência: criados à imagem de Deus, estamos feitos para amar, sem nos apropriarmos, nem nos encerrarmos em amores fictícios e egoístas".

 

Veja-se a SUGESTÃO da LIVRARIA FUNDAMENTOS: Aqui

29.01.14

Escola da Fé - Pe. Jorge Henrique - Evangelho de São Mateus

mpgpadre
       Na dinâmica pastoral das Escolas de Vivência da Fé, no dia 24 de janeiro, dia de São Francisco de Sales, realizou-se mais um encontro de reflexão, desta feita sobre o Evangelho de São Mateus, que preferentemente se lê aos domingos no ciclo de leituras do ano A. Connosco, para nos ajudar a acolher e compreender melhor o Evangelho e o seu autor, o Pe. Jorge Henrique, Pároco de Penso, Faia, Vila da Rua, Vila da Ponte e Assistente Diocesano da Obra Kolping. Foi o pregador da última Novena e Festa de Nossa Senhora da Conceição.
       Partilhamos o diaporama preparado pelo Pe. Jorge Henrique, que poderá servir a outros (pessoas e/ou comunidades) para melhor conhecerem o Evangelho de São Mateus e simultaneamente a distribuição dos textos por todo o ano litúrgico, do 1.º Domingo do Advento (1 de dezembro de 2013) até à próxima solenidade de Cristo Rei do Universo (23 de novembro de 2014).

         Relacionado com este tema, outra apresentação preparada para o ano de 2011, numa semana de formação bíblica: AQUI.

31.12.13

Leituras: para melhor preparar o Domingo

mpgpadre

       A riqueza da Palavra de Deus é inesgotável. Na rede poderemos encontrar verdadeiras pérolas, que propõem o texto bíblico e litúrgico de forma acessível, envolvente, com diversos ângulos. Para quem preferir ter um livro com os comentários aos textos de domingo encontram-se muitos publicados.

       O ano A, que iniciou no 1.º Domingo do Advento, tem como evangelista, dos domingos e dias santos, São Mateus. Obviamente que há celebrações específicas que lançam mãos dos outros evangelhos, mas a referência será o Evangelho da Igreja.

Três sugestões:

D. ANTÓNIO COUTO. Quando Elenos abre as Escrituras. Domingo após domingo. Uma leitura bíblica do Lecionário. Ano A. Paulus Editora, Lisboa 2013.

 

D. MANUEL CLEMENTE. O Evangelho e a Vida. Conversas na rádio no Dia do Senhor. Ano A. Lucerna. Cascais 2013. 320 páginas. 352 páginas.

 

José ANTONIO PAGOLA. O Caminho aberto por Jesus: Mateus. Gráfica de Coimbra 2. Coimbra 2010. 280 páginas.

São três leituras provocatórias, envolventes, profundas, acessíveis a todos os leitores, a todos os crentes e também ao squ eo não são tanto, a cristãos e a pessoas de boa vontade. Os autores são bem conhecidos e já recomendámos outros títulos e outros textos:

D. António Couto: AQUI.

D. Manuel Clemente: AQUI.

J Antonio Pagola: AQUI.

       Pagola é espanhol, sacerdote basco, um estudioso da Bíblia, com créditos firmados. A sugestão de leitura não separa por domingos, mas segue o Evangelho, com os diversos momentos, episódios, encontros de Jesus, curas, parábolas, sermão da montanha, pai-nosso, paixão. Traz o texto do evangelho, seguindo-se o comentário, procurando seguir o caminho aberto por Jesus. Já aqui sugerimos a leitura de Marcos. As diversas passagens do Evangelho podem lançar luz sobre a atualidade em clima de fé, de confiança, de compromisso.

       O texto de D. Manuel Clemente resulta dos comentários feitos na Rádio Renascença, ao domingo, comentando precisamente a Liturgia do Domingo. O livro recolhe as intervenções de D. Manuel Clemente, em clima de familiridade e de diálogo. Recolhe sobretudo o texto do Evangelho e o respetivo comentário. Quem já o escutou na rádio ou na televisão, ou quem já leu algum texto ou intervenção, sabe da serenidade de D. Manuel Clemente, falando de forma simples, acessível, procurando que a Palavra de Deus seja luz para os crentes de hoje, para a Igreja e para o mundo.

       D. António Couto, Bispo de Lamego, cujos comentários às leituras de Domingo, especialmente ao Evangelho, têm muitos leitores a partir do seu blogue: Mesa de Palavras: AQUI. Antes de assumir a Diocese de Lamego era um dos residentes no programa da Igreja Católica na RTP, Ecclesia, precisamente para ajudar a preparar a liturgia da palavra de cada Domingo. O livro que ora sugerimos recolhe a reflexão de D. António Couto para cada domingo, com profundidade, saberdoria, envolvendo-nos na Palavra de Deus, fazendo-no sentir parte essencial da história da salvação.

       Como dissemos há muitos outros títulos para ajudar a preparar a reflexão de domingo. Estes três quisemos tê-los acessíveis. A leitura pode ser feita domingo a domingo. No caso de Pagola será de todo útil uma leitura continuada, permitindo ter uma visão global do Evangelho de Mateus. Mas os três títulos podem ser lidos de uma assentada (talvez o que vá fazer) ou antecedendo cada domingo ler o respetivo texto e comentário.

25.02.11

Sermão da Montanha - Editorial Voz Jovem

mpgpadre

       O evangelista deste ano litúrgico, ANO A, é São Mateus, para a maioria dos Domingos e festas.

       Do Evangelho de São Mateus temos vindo a escutar o chamado “Sermão da Montanha”.

       “Ao ver as multidões, Jesus subiu ao monte e sentou-Se. Rodearam-n’O os discípulos e Ele começou a ensiná-los” (Mt 5, 1).

       Por esta razão fica conhecido o ensinamento de Jesus, porque foi pronunciado no alto da montanha. A montanha é um lugar privilegiado para encontrar Deus e para Deus Se revelar. Por outro lado, a atitude de quem se senta para ensinar, relembrando os escribas que se sentavam numa atitude de ensino. O próprio Moisés é representado sentado, a ditar os Mandamentos. No dia 22 de fevereiro, festejamos a Cadeira de São Pedro, evocando a autoridade de Pedro e do sucessor de Pedro.

 

1 – Bem-aventuranças

       “Bem-aventurados sereis, quando, por minha causa, vos insultarem, vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós. Alegrai-vos e exultai, porque é grande nos Céus a vossa recompensa” (Mt 5, 11-12).

       Nas Bem-aventuranças está a essência do cristianismo, um resumo claro do que se espera dos seguidores de Jesus Cristo. São felizes os que buscam o bem e se regem pela verdade, os que são misericordiosos e promovem a paz e a justiça, os humildes e puros de coração, todos aqueles que vivem na procura constante de imitar o Deus de Jesus Cristo, mesmo que humanamente não se sintam compensados e podendo ser perseguidos, injuriados e até mortos.

 

2 – Sois o sal da terra, sois luz do mundo

       “Vós sois o sal da terra. Mas se ele perder a força, com que há-de salgar-se?... Vós sois a luz do mundo…” (Mt 5, 13-16).

       O cristão está no mundo, não para se deixar levar pela corrente, pelas modas do momento, mas para se tornar agente transformador, por palavras e obras, dando tempero e sentido ao mundo, para louvor e glória de Deus Pai.

 

3 – Plenitude da Lei: a caridade

       “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim revogar, mas completar” (Mt 5, 17-37).

       A Lei de Moisés e o ensinamento dos Profetas preparam-nos para aspirar às coisas do alto. A plenitude da Lei é a caridade. Quando cumprimos porque somos obrigados por tradição, ou cumprimos porque outros cumprem, acabamos por nos enfadar. A vivência da Lei há-de radicar na caridade ao jeito de Jesus predispondo-nos a dar a vida pelos outros, por todos.

 

       4 – Oferece também a outra face

       “Ouviste que foi dito aos antigos: ‘olho por olho e dente por dente’. Eu, porém, digo-vos: … se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a esquerda… amai os vossos inimigos” (Mt 5, 38-48).

       Como é difícil amarmos os nossos inimigos e rezarmos por eles, mas é essa precisamente a exigência de Jesus Cristo. Pagar o mal com o bem, com a caridade fraterna, sempre!

 

5 – Não podeis servir a dois senhores

       “Procurai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e tudo o mais vos será dado por acréscimo… não vos inquieteis com o dia de amanhã, porque o dia de amanhã tratará das suas inquietações. A cada dia basta o seu cuidado” (Mt 6, 24-34).

       A confiança em Deus e na Sua providência há-de ser, para todo o crente, um projecto de vida. Só a Ele devemos servir, para n’Ele nos encontrarmos com os outros… e viver hoje… o amanhã é de Deus!

 

6 – Edificar a vida sobre a rocha

       “Nem todo aquele que me diz ‘Senhor, Senhor’ entrará no Reino dos Céus mas só aquele que faz a vontade de meu Pai que estás nos Céus” (Mt 7,21-27).

       Não bastam boas intenções, mas a vivência concreta e quotidiana da fé, traduzida em boas obras. De novo, a caridade como a autêntica expressão da fé.

25.01.11

Amar um ser é esperar nele para sempre

mpgpadre

       «Que significa amar?

       Amar um ser é esperar nele para sempre.

 

       Amar um ser é não o julgar; julgar um ser é identificá-lo com aquilo que dele se conhece: «Agora, conheço-te. Agora julgo-te. Sei aquilo que vales»... Isto representa matar um ser.

 

       Amar um ser é esperar sempre dele algo de novo, algo de melhor.

 

       Se bem leio no Evangelho, poderei concluir da maneira pela qual Jesus saiu ao encontro dos homens e os amou e enriqueceu, que Ele sempre os considerou crianças, crianças que não haviam crescido convenientemente, que não haviam sido suficientemente amadas.

      

       Cristo nunca os identificou com aquilo que tinham feito até então.

 

       Pensai, por exemplo, em Maria Madalena: Cristo esperava dela algo que ninguém tinha conseguido descobrir e amou-a tanto, perdoou-lhe tão generosamente que dela obteve o amor mais puro e mais fiel e, admirados, todos à sua volta comentavam: «Será possível que ela seja assim?! Tínhamo-la julgado, pensávamos conhecê-la, haviamo-la condenado e tudo porque nunca fora convenientemente amada...»

       Cristo amou-a com tal perfeição que a tornou aquilo que os outros, pobres e desconfiados, demasiado avarentos de amor, não tinham sido capazes de suscitar nela.

 

       Cristo aguardava, esperava tudo de toda a gente. Fazia surgir, ao Seu redor, vocações, amizades e generosidades; e todos os que supunham conhecer de longa data aqueles personagens, ficavam atónitos: «Como? Zaqueu tornou-se generoso? Maria Madalena tornou-se pura e fiel? Tomé tornou-se crente? Mateus, o publicano, feito Apóstolo? E todos esses pobres, todos esses pecadores se transformaram em apóstolos e santos?... Como é possível?»

 

       Alguém os tinha amado, tinha acreditado neles.

       Alguém não havia repetido o que nós dizemos: «Não há nada a fazer dele, nada se conseguirá. Tentei tudo. Não quero tornar a vê-lo. Não volto a escrever. É perder tempo...»

       Cristo foi ao encontro de cada um deles, dizendo: «Só porque não foi amado o bastante é que se tornou assim mau. Se o amassem mais, seria melhor. Se tivessem sido mais delicados, mais generosos, mais afectuosos para com ele, ele teria conseguido libertar-se daquela armadura, daquela carapaça de que se revestiu para não sofrer tanto»...

 

Louis Evely, em "Fraternidade e Evangelho", in Abrigo dos Sábios.

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