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...espaço de discussão, de formação, de cultura, de curiosidades, de interacção. Poderemos estar mais próximos. Deus seja a nossa Esperança e a nossa Alegria...

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30.04.17

VL – O Jejum que Eu quero é a Misericórdia

mpgpadre

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É mais importante não comer carne à sexta-feira ou ir à Missa ao Domingo?

Há tradições que são expressão da religiosidade mais popular. Mas, por vezes, parecem não passar de uma superstição entre outras como ver um gato preto, passar debaixo de uma escada, sentar-se a uma mesa com treze pessoas. É crucial não comer carne nas sextas-feiras da Quaresma porque é pecado e, pelo sim pelo não, mais vale prevenir e cumprir, não vá Deus chatear-Se. Temor sim, medo não. Deus ama-nos. É Pai de Misericórdia. Um Pai por certo não está à espera que o filho erre para o castigar, quando muito educa-o, dá-lhe ferramentas, aponta direções, caminhos…

Perguntam-me se comer carne às sextas-feiras da Quaresma é pecado! Apetecia-me responder: é mais importante ir à Missa ao Domingo. Uma pessoa não vai à Missa há dois ou três anos, só entra na Igreja num funeral, e depois pergunta se é pecado comer carne à sexta-feira? Claro que há muitas outras coisas essenciais, cuidar da família, comprometer-se com a justiça e com a verdade, ser honesto, ajudar os mais frágeis… Mas se falamos numa proposta feita pela Igreja, de abster-se de alguma coisa que se gosta muito, e que pode muito bem ser a carne, e que esse gesto (sacrifício) possa beneficiar uma causa, pessoas mais carenciadas, então talvez faça sentido interrogar-se sobre o que é essencial na vivência e expressão da fé!

Dois belíssimos textos no início da Quaresma. «Rasgai os vossos corações e não as vossas vestes, convertei-vos ao Senhor, vosso Deus, porque Ele é clemente e compassivo, paciente e rico em misericórdia» (Joel 2, 12-13). «O jejum que me agrada é este: libertar os que foram presos injus­tamente, livrá-los do jugo que levam às cos­tas, pôr em liberdade os oprimidos, quebrar toda a espécie de opres­são, repartir o teu pão com os esfo­meados, dar abrigo aos infelizes sem casa, atender e vestir os nus e não des­prezar o teu irmão» (Is 58, 6-7).

Pergunta o Papa Francisco: como se pode pagar um jantar de duzentos euros e depois fazer de conta que não se vê um homem faminto à saída do restaurante? «Sou justo, pinto o coração mas depois discuto, exploro as pessoas… Eu sou generoso, darei uma boa oferta à Igreja… diz-me: tu pagas o justo às tuas colaboradoras domésticas? Aos teus empregados pagas o salário não declarado? Ou como a lei estabelece, para que possam dar de comer aos filhos?».

Desafia Jesus: «Ide aprender o que significa: prefiro a misericórdia ao sacrifício» (Mt 9, 13).

 

Publicado na Voz de Lamego, n.º 4405, de 28 de março de 2017

30.04.17

VL - Resiliência na oração

mpgpadre

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A Quaresma recentra-nos tradicionalmente em três dinâmicas para melhor vivermos a Páscoa do Senhor: a oração, o jejum e a esmola. São vistas como expressões da conversão interior, da adesão decidida a Jesus e ao Seu Evangelho, como concretização do nosso compromisso em nos tornarmos discípulos missionários, identificando-nos com o Mestre da Docilidade para, como Ele e com Ele, nos fazermos próximos dos outros e os acolhermos como irmãos.

A oração é o ponto de partida e o chão que nos move para Deus. E se a oração é autêntica levar-nos-á a querer o que Deus quer. Na oração predispomo-nos a encontrar a vontade de Deus para nós. A referência é Jesus Cristo, cuja vontade paterna é o Seu programa de vida, o Seu alimento. Eu venho, ó Deus, para fazer a Vossa vontade. Faça-se não o que Eu quero, mas o que Tu queres! A oração não é fácil. Ou nem sempre é fácil, sobretudo quando a vida não corre de feição. Ainda assim não devemos deixar de rezar, de suplicar, de louvar, de agradecer a Deus, a chuva e o sol, o vento e a névoa!

Alguns modelos de oração combativa: Abraão, Jacob, Moisés, Ana, Job, David, Jesus.

Abrão “negoceia” com Deus, insistindo até ao limite, com veemência, tentando proteger a cidade de Sodoma e de Gomorra. É um dos exemplos muito queridos ao Papa Francisco. Jacob é aquele que luta com Deus pela noite dentro e, por isso, o seu nome é mudado para Israel, porque lutou com Deus e venceu. Moisés eleva os braços, o coração, a vida para Deus, intercedendo uma e outra vez pelo povo, de dura servis, mas ainda assim o povo que Deus lhe confiou. Ana, mãe de Samuel, que persiste na oração até que Deus lhe concede o que deseja. Job, na imensidão do mistério de Deus, no confronto com a desgraça pessoal e familiar, não desiste de se dirigir a Deus, convocando-O à justiça. E Deus responde-lhe. David, grande Rei – o Papa Francisco invoca-o como São David – apesar do grave pecado contra o próximo, tomando a mulher de Urias e provocando-lhe a morte, não deixa de dialogar com Deus, penitente, arrependido, assumindo as consequências do seu pecado, protegendo o povo. E, claro, a oração de Jesus. Em todos os momentos cruciais da Sua vida, Jesus respira oração, suplicando, louvando, agradecendo, oferecendo. A sua vida faz-se oração, mas Jesus reserva momentos específicos para orar a Deus Pai: antes da vida pública, antes de escolher os apóstolos, na realização de milagres, antes do Calvário… e na Cruz!

 

Publicado na Voz de Lamego, n.º 4406, de 4 de abril de 2017

09.03.11

És pó da terra e à terra hás-de voltar

mpgpadre

Textos da Liturgia desta Quarta-feira de Cinzas:

 

       «Convertei-vos a Mim de todo o coração, com jejuns, lágrimas e lamentações. Rasgai o vosso coração e não os vossos vestidos. Convertei-vos ao Senhor, vosso Deus, porque Ele é clemente e compassivo, paciente e misericordioso, pronto a desistir dos castigos que promete...» (Joel 2, 12-18).

 

       "Nós somos embaixadores de Cristo; é Deus quem vos exorta por nosso intermédio. Nós vos pedimos em nome de Cristo: reconciliai-vos com Deus. A Cristo, que não conhecera o pecado, identificou-O Deus com o pecado por amor de nós, para que em Cristo nos tornássemos justiça de Deus... Porque Ele diz: «No tempo favorável, Eu te ouvi; no dia da salvação, vim em teu auxílio». Este é o tempo favorável, este é o dia da salvação" (2 Cor 5, 20 - 6, 2).

 

       És pó da terra e à terra hás-de voltar.

       É a condição de todos os seres humanos. O início da Quaresma relembra-nos a nossa condição igual. Donde vimos e para onde vamos. Mas diz-nos muito mais. Numa perspectiva mais científica é hoje afirmado que no início do Universo haveria apenas "poeira". E desta "poeira" nasceu o Universo. Neste sentido, a Bíblia é explicitada pelos dados da ciência. Numa palavra, temos todos a mesma origem: vida vegetal, animal, vida hmana. Para nós crentes, vimos todos de Deus. Esta solidariedade na origem há-de catapultar-nos para a solidariedade no caminho, para que no fim nos reencontremos todos em Deus.

       A expressão que se sublinha neste dia, lembra-nos a nossa fragilidade. A miséria do ser humano, mas que é também a sua grandeza. Não fomos criados para vivermos sozinhos, ou uns contra os outros, ou independemente dos outros. Fomos criados para vivermos como família, em Deus. De novo, recordemos a nossa origem comum. Por outro lado, o saber que não estamos cá para sempre, deve levar-nos a aproveitar bem o tempo que Deus nos dá para sermos felizes, para fazermos alguém feliz, para deixarmos o mundo melhor que o encontramos.

       Quaresma é este tempo favorável, como nos diz São Paulo, para a conversão, para a mudança de vida. Não uma mudança qualquer, mas mudarmos as nossas atitudes e o nosso comportamento para seguirmos imitando o Mestre dos Mestres, reconciliando-nos com Deus.

       Neste tempo santo, a Igreja recomenda diversas práticas: o jejum, a conversão, a confissão, a abstinência, a leitura mais frequente da Sagrada Escritura, a participação mais activa na Eucaristia, a partilha mais efectiva com os mais necessitados. Hão-de ser expressão da conversão interior. O gesto da imposição da cinzas, nesta Quarta-feira de Cinzas, mais não é que um fortíssimo sinal do nosso despojamento interior, que deverá significar adesão firme a Deus. Importa "rasgar o nosso coração"... os gestos exteriores só vale se nos mobilizarem interiormente...

13.11.10

Deixando-me perdoar, aprendo a perdoar...

mpgpadre

 

       "Importante é também o sacramento da Penitência. Ensina a olhar-me do ponto de vista de Deus e obriga-me a ser honesto comigo mesmo; leva-me à humildade. Uma vez o Cura d’Ars disse: Pensais que não tem sentido obter a absolvição hoje, sabendo entretanto que amanhã fareis de novo os mesmos pecados. Mas – assim disse ele – o próprio Deus neste momento esquece os vossos pecados de amanhã, para vos dar a sua graça hoje. Embora tenhamos de lutar continuamente contra os mesmos erros, é importante opor-se ao embrutecimento da alma, à indiferença que se resigna com o facto de sermos feitos assim. Na grata certeza de que Deus me perdoa sempre de novo, é importante continuar a caminhar, sem cair em escrúpulos mas também sem cair na indiferença, que já não me faria lutar pela santidade e o aperfeiçoamento.

       E, deixando-me perdoar, aprendo também a perdoar aos outros; reconhecendo a minha miséria, também me torno mais tolerante e compreensivo com as fraquezas do próximo".

13.10.10

O ferreiro diante de Deus

mpgpadre

       Era uma vez um ferreiro que, após uma juventude cheia de excessos, resolveu entregar sua alma a Deus.

       Durante muitos anos trabalhou com afinidade, praticou a caridade, mas, apesar de toda sua dedicação, nada parecia dar certo na sua vida.

Muito pelo contrário: seus problemas e dívidas acumulavam-se cada vez mais.

       Uma bela tarde, um amigo que o visitara - e que se compadecia de sua situação difícil - comentou:

       - É realmente estranho que, justamente depois que você resolveu se tornar um homem temente a Deus, sua vida começou a piorar. Eu não desejo enfraquecer sua fé, mas apesar de toda a sua crença no mundo espiritual, nada tem melhorado.

       O ferreiro não respondeu imediatamente. Ele já havia pensado nisso muitas vezes, sem entender o que acontecia em sua vida. Entretanto, como não queria deixar o amigo sem resposta, começou a falar e terminou encontrando a explicação que procurava. Eis o que disse o ferreiro:

       - Eu recebo nesta oficina o aço ainda não trabalhado e preciso transformá-lo em espadas. Você sabe como isto é feito? Primeiro eu aqueço a chapa de aço num calor infernal, até que fique vermelha. Em seguida, sem qualquer piedade, eu pego o martelo mais pesado e aplico golpes até que a peça adquira a forma desejada. Logo, ela é mergulhada num balde de água fria e a oficina inteira se enche com o barulho do vapor, enquanto a peça estala e grita por causa da súbita mudança de temperatura. Tenho que repetir esse processo até conseguir a espada perfeita: uma vez apenas não é suficiente.

       O ferreiro deu uma longa pausa, e continuou:

       - Às vezes, o aço que chega até minhas mãos não consegue aguentar esse tratamento. O calor, as marteladas e a água fria terminam por enchê-lo de rachaduras. E eu sei que jamais se transformará numa boa lâmina de espada. Então, eu simplesmente o coloco no monte de ferro-velho que você viu na entrada de minha ferraria.

       Mais uma pausa e o ferreiro concluiu:

       - Sei que Deus está me colocando no fogo das aflições. Tenho aceito as marteladas que a vida me dá, e às vezes sinto-me tão frio e insensível como a água que faz sofrer o aço. Mas a única coisa que peço é: "Meu Deus, não desista, até que eu consiga tomar a forma que o Senhor espera de mim. Tente da maneira que achar melhor, pelo tempo que quiser - mas jamais me coloque no monte de ferro-velho das almas".

 

Mensagem do Dia, de Pe. Marcelo Rossi, in Só por Agora.

23.03.10

Sacramento da Reconciliação

mpgpadre
       Ontem como hoje, o Evangelho apresenta-nos a mulher adúltera exposta por escribas e fariseus, absolvida por Jesus e por Ele convidada a mudar de vida.
       No tempo da Quaresma, valoriza-se o Sacramento da Penitência (da reconciliação). Diga-se, antes de mais, que a preocupação maior não deve ser a confissão dos pecados, mas sobretudo a descoberta da graça de Deus, deixando que o Seu Espírito nos faça entrar numa nova vida. O vídeo da Canção Nova é expressivo a falar deste Sacramento: é Deus quem perdoa. O sacerdote é intermediário da graça de Deus... Quando temos sede bebemos a água, ainda que a torneira não seja de ouro...
 
       Para reflectir um pouco mais sobre este Sacramento valerá a pena ler e meditar o texto que segue e que propomos:
 
1. O QUE É A CONFISSÃO?
       Confissão ou Penitência é o Sacramento instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo, para que os cristãos possam ser perdoados de seus pecados e receberem a graça santificante. Também é chamado de sacramento da Reconciliação.
 
2. QUEM INSTITUIU O SACRAMENTO DA CONFISSÃO OU PENITÊNCIA?
       O sacramento da Penitência foi instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo nos ensina o Evangelho de São João: "Depois dessas palavras (Jesus) soprou sobre eles dizendo-lhes: Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem vocês perdoarem os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos" (Jo 20, 22-23).
 
3. A IGREJA TEM A AUTORIDADE PARA PERDOAR OS PECADOS ATRAVÉS DO SACRAMENTO DA PENITÊNCIA?
       Sim, a Igreja tem esta autoridade porque a recebeu de Nosso Senhor Jesus Cristo: "Em verdade vos digo: tudo o que ligardes sobre a terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes sobre a terra será também desligado no céu" (Mt 18,18).
 
4. POR QUE ME CONFESSAR E PEDIR O PERDÃO PARA UM HOMEM IGUAL A MIM?
       Só Deus perdoa os pecados. O Padre, mesmo sendo um homem sujeito às fraquezas como outros homens, está ali em nome de Deus e da Igreja para absolver os pecados. Ele é o ministro do perdão, isto é, o intermediário ou instrumento do perdão de Deus, como os pais são instrumentos de Deus para transmitir a vida a seus filhos; e como o médico é um instrumento para restituir a saúde física, etc.
 
5. OS PADRES E BISPOS TAMBÉM SE CONFESSAM?
       Sim, obedientes aos ensinamentos de Cristo e da Igreja, todos os Padres, Bispos e mesmo o Papa se confessam com frequência, conforme o mandamento: "Confessai os vossos pecados uns aos outros" (Tg 5,16 ).
 
6. O QUE É NECESSÁRIO PARA FAZER UMA BOA CONFISSÃO?
       Para se fazer uma boa confissão são necessárias 5 condições:
       a) um bom e honesto exame de consciência diante de Deus;
       b) arrependimento sincero por ter ofendido a Deus e ao próximo;
       c) firme propósito diante de Deus de não pecar mais, mudar de vida, se converter;
       d) confissão objetiva e clara a um sacerdote;
       e) cumprir a penitência que o padre nos indicar.
 
7. COMO DEVE SER A CONFISSÃO?
       Diga o tempo transcorrido desde a última confissão. Acuse (diga) seus pecados com clareza, primeiro os mais graves, depois os mais leves. Fale resumidamente, mas sem omitir o necessário. Devemos confessar os nossos pecados e não os dos outros. Porém, se participamos ou facilitamos de alguma forma o pecado alheio, também cometemos um pecado e devemos confessá-lo (por exemplo, se aconselhamos ou facilitamos alguém a praticar um aborto, somos tão culpados como quem cometeu o aborto).
 
8. O QUE PENSAR DA CONFISSÃO FEITA SEM ARREPENDIMENTO OU SEM PROPÓSITO DE CONVERSÃO, OU SEJA, SÓ PARA "DESCARREGAR" UM POUCO OS PECADOS?
       Além de ser uma confissão totalmente sem valor, é uma grave ofensa à Misericórdia Divina. Quem a pratica comete um pecado grave de sacrilégio.
 
9. QUE PECADOS SOMOS OBRIGADOS A CONFESSAR?
       Somos obrigados a confessar todos os pecados graves (mortais). Mas é aconselhável também confessar os pecados leves (veniais) para exercitar a virtude da humildade.
 
10. O QUE SÃO PECADOS GRAVES (MORTAIS) E SUAS CONSEQUÊNCIAS?
       São ofensas graves a Deus ou ao próximo. Eles apagam a caridade no coração do homem e o desviam de Deus. Quem morre em pecado grave (mortal) sem arrependimento, merece a morte eterna, conforme diz a Escritura: "Há pecado que leva à morte" (1Jo 5,16b).
 
11. O QUE SÃO PECADOS LEVES (ou também chamados de VENIAIS)?
       São ofensas leves a Deus e ao próximo. Embora ofendam a Deus, não destroem a amizade entre Ele e o homem. Quem morre em pecado leve não merece a morte eterna. "Toda iniquidade é pecado, mas há pecado que não leva à morte" (1Jo 5, 17).
 
12. PODEIS DAR ALGUNS EXEMPLOS DE PECADOS GRAVES?
       São pecados graves, por exemplo: O assassinato, o aborto provocado, assistir ou ler material pornográfico, destruir de forma grave e injusta a reputação do próximo, oprimir o pobre, o órfão ou a viúva, fazer mau uso do dinheiro público, o adultério, a fornicação, entre outros.
 
13. QUER DIZER QUE TODO AQUELE QUE MORRE EM PECADO MORTAL ESTÁ CONDENADO?
       Merece a condenação eterna. Porém, somente Deus, que é justo e misericordioso e que conhece o coração de cada pessoa, pode julgar.
 
14. E SE TENHO DÚVIDAS SE COMETI PECADO GRAVE OU NÃO?
       Para que haja pecado grave (mortal) é necessário:
       a) conhecimento, ou seja, a pessoa deve saber, estar informada que o ato a ser praticado é pecado;
       b) consentimento, ou seja, a pessoa tem tempo para refletir, e escolhe (consente) cometer o pecado;
       c) liberdade, isto é, significa que somente comete pecado quem é livre para fazê-lo; 
       d) matéria, ou seja, significa que o ato a ser praticado é uma ofensa grave aos Mandamentos de Deus e da Igreja.
       Estas 4 condições também são aplicáveis aos pecados leves, com a diferença que neste caso a matéria é uma ofensa leve contra os Mandamentos de Deus.
 
15. SE ESQUECI DE CONFESSAR UM PECADO QUE JULGO GRAVE?
       Se esquecestes realmente, o Senhor te perdoou, mas é preciso acusá-lo ao sacerdote em uma próxima confissão.
 
16. E SE NÃO SINTO REMORSO, COMETI PECADO?
       Não sentir peso na consciência (remorso) não significa que não tenhamos pecado. Se nós cometemos livremente uma falta contra um Mandamento de Deus, de forma deliberada, nós cometemos um pecado. A falta de remorso pode ser um sinal de um coração duro, ou de uma consciência pouco educada para as coisas espirituais (por exemplo, um assassino pode não ter remorso por ter feito um crime, mas seu pecado é muito grave).
 
17. A CONFISSÃO É OBRIGATÓRIA?
       O católico deve confessar-se no mínimo uma vez por ano, ao menos a fim de se preparar para a Páscoa. Mas somos também obrigados toda vez que cometemos um pecado mortal.
 
18. QUAIS OS FRUTOS DE SE CONFESSAR CONSTANTEMENTE?
       Toda confissão apaga completamente nossos pecados, até mesmo aqueles que tenhamos esquecido. E nos dá a graça santificante, tornando-nos naquele instante uma pessoa santa. Tranquilidade de consciência, consolo espiritual. Aumenta nossos méritos diante do Criador. Diminui a influência do demônio em nossa vida. Faz criar gosto pelas coisas do alto. Exercita-nos na humildade e nos faz crescer em todas as virtudes.
 
19. E SE TENHO DIFICULDADE PARA CONFESSAR UM DETERMINADO PECADO?
       Se somos conhecidos de nosso pároco, devemos neste caso fazer a confissão com outro padre para nos sentirmos mais à vontade. Em todo caso, antes de se confessar converse com o sacerdote sobre a sua dificuldade. Ele usará de caridade para que a sua confissão seja válida sem lhe causar constrangimentos. Lembre-se: ele está no lugar de Jesus Cristo!
 
20. O QUE SIGNIFICA A PENITÊNCIA DADA NO FINAL DA CONFISSÃO?
       A penitência proposta no fim da confissão não é um castigo; mas antes uma expressão de alegria pelo perdão celebrado.
  •        A propósito de Confissão surgem muitos textos interessantes e sugestivos. Recomedaríamos uma leitura atenta de Confissão e Oração, no blogue da Dulce que seguimos: Degrau de Silêncio.

01.12.09

O excelente nadador salvo pela CRUZ de Cristo

mpgpadre

       Conta-se que um excelente nadador tinha o costume de correr até a água e de molhar somente um dedo do pé antes de qualquer mergulho.

       Alguém intrigado com aquele comportamento, perguntou-lhe qual a razão daquele hábito.

       O nadador sorriu e respondeu:

       - Há alguns anos era eu um professor de natação. Eu os ensinava a nadar e a saltar do trampolim. Certa noite, eu não conseguia dormir, e fui à piscina para nadar um pouco. Não acendi a luz, pois a lua brilhava através do tecto de vidro do clube. Quando eu estava no trampolim, vi minha sombra na parede da frente. Com os braços abertos, minha imagem formava uma magnífica cruz. Em vez de saltar, fiquei ali parado, contemplando minha imagem. Nesse momento pensei na cruz de Jesus Cristo e no seu significado.Eu não era um cristão, mas quando criança aprendi que Jesus tinha morrido para nos salvar pelo seu precioso sangue. Naquele momento as palavras daquele ensinamento me vieram à mente e me fizeram recordar do que eu havia aprendido sobre a morte de Jesus. Não sei quanto tempo fiquei ali parado com os braços estendidos. Finalmente desci do trampolim e fui até a escada para mergulhar na água. Desci a escada e meus pés tocaram o piso duro e liso do fundo da piscina. Haviam esvaziado a piscina e eu não tinha percebido. Tremi todo, e senti um calafrio na espinha. Se eu tivesse saltado seria meu último salto. Naquela noite a imagem da cruz na parede salvou a minha vida.

       Fiquei tão agradecido a Deus, que ajoelhei na beira da piscina, confessei os meus pecados e me entreguei a DEUS, consciente de que foi exactamente numa cruz que Jesus morreu para me salvar.

       Naquela noite fui salvo duas vezes e para nunca mais me esquecer, sempre que vou à piscina molho um dedo do pé antes de saltar na água…. “Deus tem um plano na vida de cada um de nós e não adianta querermos apressar ou retardar as coisas pois tudo acontecerá no seu devido tempo…

(autor desconhecido)

postado no nosso blogue: Caritas in Veritate.

25.02.08

Penitência...

mpgpadre

Jesus faz-Se um de nós, criatura, para nos salvar, para nos reconciliar com Deus. O apelo à conversão é constante. O Baptismo torna-nos novas criaturas mas não anula a nossa fragilidade e as nossas limitações. O Sacramento da Penitência acentua a necessidade de nos convertermos constatemente a Deus.

A atitude de conversão é tranversal ao Antigo e Novo Testamento. "Dar-vos-ei um coração de carne...". "Arrependei-vos e acreditai no Evangelho, está próximo o reino de Deus"...

07.12.07

Sacramento da Penitência

mpgpadre

Hoje, 7 de Dezembro, véspera da grande solenidade da Imaculada Conceição, a comunidade paroquial terá oportunidade para celebrar o Sacramento da Renconciliação.

Tradicionalmente, a Festa da Padroeira é antecedida pelo retiro aberto que é a NOVENA, e pelas confissões da comunidade.

É uma outra forma de preparar profunda e interiormente a celebração deste dia e deste grande acontecimento para a comunidade de Tabuaço.

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Velho - Mafalda Veiga

Festa de Santa Eufémia

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Primeira Comunhão 2013

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Profissão de Fé 2013

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