Maria, Mãe Imaculada - Reflexão do Pe. Rui Borges
Foi há muitos anos atrás, lá no Médio Oriente, mais concretamente em Nazaré, numa família simples e humilde, que Deus escolheu Maria, uma jovem igualmente simples e humilde, para ser a Mãe do Salvador.
A esta mulher uma Missão lhe foi dada: carregar no seu ventre Aquele que existiu desde toda a eternidade. Ele o Verbo de Deus que se faz Homem para a salvação do Homem.
Em pleno tempo do advento as comunidades cristãs se abrilhantam para fazer brilhar entre as personagens bíblicas deste tempo a sua maior estrela: Maria, a Mãe Imaculada. Aquela que mostra pela sua história o brilho da maternidade envolvida na sua postura imaculada, a luz da sua incandescente fé, o silêncio da sua presença permanente, a candura da sua aceitação, o esplendor do Seu Magnificat, a inegável certeza do seu Sim num profundo e contínuo ato de amor ao plano amoroso de Deus para com toda a humanidade.
O Beato Pio IX na sua Carta Apostólica Ineffabilis Deus, no ano de 1854, a declarou “preservada, por particular graça e privilégio de Deus Todo Poderoso, em previsão dos méritos de Jesus Cristo Salvador do género humano, imune de toda a mancha do pecado original”. Tal verdade de Fé está previamente anunciada nas palavras que o anjo lhe dirige no episódio da Anunciação: “Salvé, ó cheia de Graça, o Senhor está contigo!”
A expressão “Cheia de graça” indica a obra maravilhosa do amor de Deus por todos os homens. São estes (homens) cheios de graça que celebram a festividade da Imaculada Conceição e assim A gratificam com um enorme e ensurdecedor louvor. E não são poucos os anos e até os séculos de tamanha ação celebrativa que remonta ao II século da era cristã, tanto no Ocidente como no Oriente.
A devoção a Nossa Senhora não é um acidente na vida do cristão, uma devoção mais, como a qualquer outro santo, mas é essencial para a nossa vida por vontade do Altíssimo. Ela é a eleita de Deus.
A festa da Imaculada Conceição é pois uma grande oportunidade para também nesta comunidade, como em toda a nossa diocese, todos nos disponibilizarmos para a realização do convite que o nosso pastor nos endereçou na Carta Pastoral deste ano: “Ide e construí com mais amor a família de Deus”.
Prezados amigos, ao prestardes esta tarde, segundo também já uma tradição vossa, a homenagem a Maria, Mãe Imaculada, dirijamos agora a nossa oração fervorosa Àquela que intercede junto de Deus, a fim de que nos ajude a celebrar com fé o Natal do Senhor, já próximo.
Pe. Rui Manuel Borges