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12.06.23

Sugestão de Leitura: D. Américo Couto Oliveira

mpgpadre

D. Américo.jpg

Há uns sete meses, o Pe. João Carlos, cónego do Cabido da Sé e Pró Vigário da Diocese de Lamego, publicava um livro dedicado ao Bispo que o ordenou sacerdote, a 4 de julho de 1982, Arcebispo D. António de Castro Xavier Monteiro. D. António tinha tomado posse como Bispo de Lamego a 8 de outubro de 1972. Cinquenta anos depois, a publicação do referido livro serviu de homenagem, fazendo memória, memória agradecida, e evocando uma das figuras imponentes da cidade e da região, da diocese de Lamego. Vinte e dois anos e alguns meses de pontificado, até 5 de janeiro de 1995. Viria a falecer a 13 de agosto de 2000. Sucedeu-lhe D. Américo Couto Oliveira. É sobre ele que o padre João Carlos nos apresenta este volume.

D. Américo foi nomeado para Bispo Coadjutor de Lamego, a 20 de novembro de 1993, foi ordenado Bispo, em Roma, pelas mãos de são João Paulo II, a 6 de janeiro de 1994, tomou posse como Bispo Coadjutor de Lamego, por procuração, a 29 de janeiro, e entrou em Lamego, no mês seguinte, a 20 de fevereiro de 1994. Sucedeu a D. António Castro Xavier Monteiro a 5 de janeiro de 1995. A entrada na diocese foi assinalada com a celebração da santa Missa no Santuário de Nossa Senhora dos Remédios e, como sublinha o autor, o último momento significativo de encontro com o povo de Deus foi a celebração da santa Missa nos 500 anos do Santuário de Nossa Senhora da Lapa. Uma inclusiva que retrata a divisa episcopal: Per Mariam ad Jesum”.

O título completo desta obra, “D. Américo Couto Oliveira. Diplomata e Pastor – do Vaticano a Lamego”, traça o plano biográfico de D. Américo, procurando as raízes, em Vila de Aves, santo Tirso, e estudos nos seminários da Arquidiocese de Braga até à sua morte como Bispo de Lamego. O livro é prefaciado por D. Amândio José Tomás, Bispo Emérito de Vila Real, que testemunha a amizade, a simplicidade do sacerdote, o trabalho dedicado, a obediência generosa.

O Pe. João Carlos ressalva o desconhecimento que havia acerca de D. Américo quando foi nomeado. Ilustre desconhecido na diocese, homem sobretudo de secretaria, tendo gasto muito da sua vida sacerdotal na carreira diplomática e nos gabinetes da Cúria Romana. Depois de um Bispo, como costuma dizer-se, aristocrata, de porte elegante e senhor de uma voz inconfundível, como D. António Xavier, é-nos dado um Bispo de baixa estatura, voz frágil e pouco cuidado no aspeto. “Contudo, salienta o autor, com o tempo, vai imprimir o seu estilo e ritmo à diocese”, destacando a formação dos sacerdotes, enviando, em 4 anos de pontificado, 5 sacerdotes para estudar, acumulando os estudos com o acompanhamento de comunidades emigrantes portuguesas; obras de remodelação do Paço Episcopal; criação da Escola de Ciências Religiosas para a formação do laicado; “defendeu muito o progresso de Lamego a nível religioso, académico e social”.

A circunstância deste estudo biográfico: “Cumprindo-se, este ano, três décadas da sua nomeação para a diocese de Lamego, pareceu-nos bem visitar mais de perto a figura deste prelado. Como o tempo que passou em Lamego foi de apenas quatro anos, achamos que seria importante procurar a sua trajetória anterior”. O Pe. João Carlos prossegue, evidenciando a tarefa difícil pela distância a arquivos nacionais e internacionais, “contudo, socorrendo-me do testemunho de algumas pessoas que com ele privaram, dos escassos vestígios no arquivo diocesano e de alguma bibliografia, foi possível assinalar aquelas que foram as etapas mais significativas da vida de Dom Américo, desde o tempo do Seminário até à sua morte”.

Foram diversas as missões para as quais foi designado e que procurou, em atitude de humildade e obediência, cumprir com zelo e dedicação. Serviu quatro papas, João XXIII, Paulo VI, o papa por quem D. Américo tinha uma estima especial, considerando-o o papa mais importante do século XX, João Paulo I e João Paulo II. Além dos papas, privou com muitas outras figuras ilustres da Igreja, entre os quais se pode destacar o cardeal Patriarca D. António Ribeiro. Ambos da Arquidiocese de Braga, ordenados sacerdotes no mesmo dia e faleceram, com diferenças de meses, também no mesmo ano. Com diferença de um ano, ambos foram mandados para Roma para prosseguirem os estudos.

“Vindo do centro do catolicismo para uma pequena diocese, do interior de Portugal, que D. Américo havia deixado há tantos anos, impressiona o afeto com que se liga a esta região que ele classificava como ‘a mais bela do mundo’”.

O livro recolhe diversos testemunhos sobre D. Américo, facultando-nos também um acervo fotográfico que permite ilustrar diversas fases da sua vida e da sua missão sacerdotal e episcopal.

Há cerca de sete meses, o Pe. João Carlos surpreendeu-nos com um livro sobre D. António de Castro Xavier Monteiro, agora dá à estampa este trabalho sobre o Bispo que lhe sucedeu, coincidindo os dois durante algum tempo na diocese de Lamego, o primeiro como Bispo titular e o segundo como Bispo Coadjutor. O primeiro faleceu a 13 de agosto de 2000, o segundo, D. Américo, faleceu um pouco antes, a 2 de dezembro de 1998. Ambos eram originários da Arquidiocese de Braga. Sucedeu a D. Américo, como Bispo de Lamego, D. Jacinto Botelho, originário, no caso, da nossa mui nobre, bela e vetusta diocese de Lamego. D. Américo reconduziu, como Vigário Geral, o então Pe. Jacinto Botelho, cónego e monsenhor, sendo nomeado por João Paulo II, a 31 de outubro de 1995, para Bispo Auxiliar de Braga. O desafio para o Padre João Carlos pode passar por aqui, preparando um novo livro, agora sobre D. Jacinto Botelho. Não será tarefa fácil, poderá faltar o distanciamento crítico, mas terá a vantagem de haver muitos dados, em arquivo e nos testemunhos diretos, podendo socorrer-se da memória de D. Jacinto que pode clarificar datas, lugares, pessoas, interpretar ou reinterpretar acontecimentos. Não será tarefa fácil, mas fica o desafio.

Para já valerá a pena revisitar a vida de D. Américo Couto Oliveira. Para quem o conheceu, oportunidade para recordar muitas situações, o estilo, as dificuldades nesta região do interior, um certo preconceito em relação a alguém que vinha do trabalho de secretaria, vinha dum meio citadino, no centro do mundo, para uma diocese no interior norte, com marcas bem vincadas de ruralidade. Para quem não o conheceu, uma oportunidade para descobrir a sua vida, o ministério sacerdotal que ele se empenhou em viver, na obediência à Igreja e na fidelidade ao Evangelho.

(texto publicado na Voz de Lamego e na página da Diocese: www.diocese-lamego.pt)

 

Uma nota (ainda) mais pessoal. Fui ordenado Diácono, a 8 de agosto de 1998, por D. Américo, e comigo, do meu ano académico, foram ordenados presbíteros o António José Ferreira, o Leontino e José Manuel Correia. Com o falecimento de D. Américo nesse ano, a minha ordenação sacerdotal, também por opção, não foi, como expectável, no ano seguinte, mas no ano 2000, a primeira ordenação de D. Jacinto, como Bispo de Lamego, a 8 de julho. Sobre estas últimas ordenações de D. Américo, o Padre João Carlos dedica as páginas 235-238, com as fotos que ilustram esses momentos.

Quando D. Américo foi nomeado para Bispo Coadjutor da diocese de Lamego, era seminarista, pelo que muitos dos acontecimentos relatados no livro, impressões, celebrações, encontros vivi-os de perto, sendo que, não integrando o coro do Seminário, fazia parte do grupo de acólitos que habitualmente acolitavam nas celebrações da Sé, como por exemplo, na Ordenação Episcopal de D. Jacinto.

08.06.13

Escola de Fé - Creio na Santa Igreja - Pe. João Carlos

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       Procuramos responder à iniciativa do nosso Bispo, D. António, de formar nos Arciprestados, nas zonas pastorais e/ou nas paróquias, escolas de vivência da Fé, dedicando tempo e espaço à formação de adultos, ao aprofundamento da da fé, da mensagem de Jesus Cristo, num propósito que deverá ser de todas as dioceses do país, resultado também do pedido dos leigos aquando do inquérito sobre a pastoral da Igreja em Portugal.

       Na passada sexta-feira, 7 de junho, solenidade do Sagrado Coração de Jesus, tivemos entre nós o Pe. João Carlos para abordar mais um elemento do Credo, da nossa identidade cristã-católica. Desta feita, na Igreja Paroquial. O Pe. João Carlos, servindo-se de um diaporama sobre a Constituição Dogmática Lumen Gentium, exarado do Concílio Vaticano II, aprofundou o tema da Igreja, do compromisso eclesial de todos os cristãos, sublinhando o papel dos leigos, dentro e fora da Igreja, a abertura da igreja para outros credos, e para as realidades circundantes. Durante a reflexão foi deixando um testemunho pessoal da forma de viver a fé em diferentes realidades.

       Sobre a Igreja, a abertura da mesma para outras confissões religiosas e para outras religiões. Além disso, sublinhando também o lugar dos santos, a quem devemos chatear. A Igreja não os adora, mas se estão mais perto de Deus, também a sua intercessão está mais próxima. Olhando a partir das três portas que estão na fachada da Sé Catedral de Lamego, a concepção da Igreja "tripartida", porta de entrada no Céu, com os santos, porta da Igreja peregrina, por onde entramos e caminhamos, e a Igreja em purgatório.

       Algumas fotos de mais uma sessão da Escola de Fé:

Para outras fotos da Escola de Fé, visite a página

Paróquia de Tabuaço no facebook.

01.01.12

Santa Maria Mãe de Deus - Dia mundial da Paz

mpgpadre

       1 - Hoje, neste domingo, ao começar um novo ano, reunimo-nos para celebrar o Filho de Deus feito homem. Fazemo-lo, contemplando-O nos braços de Maria, que no-l’O oferece, que nos convida a aproximar-nos d’Ele como fizeram os pastores em Belém.

       Com fé e com esperança, peçamos a Jesus, Príncipe da Paz, que o seu amor e a sua paz alcancem o mundo neste ano que hoje começamos.

       Desde há 45 anos que, por iniciativa do Papa Paulo VI, o primeiro dia do ano, dia da Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus, é celebrado como Dia Mundial da Paz. E como admirar-se desta escolha, se no fim da Ladainha de Nossa Senhora nós a invocamos como Rainha da Paz, coroando com esta invocação um dos bens maiores pelo qual anseia a humanidade!

        2 - O tema da mensagem de Bento XVI para este Dia Mundial da Paz é: Educar os Jovens para a Justiça e a Paz. O Santo Padre está convencido de que os jovens podem, com o seu entusiasmo e idealismo, oferecer uma nova esperança ao mundo. E é com esperança que o Papa afirma: “Com qual atitude devemos olhar para o novo ano? No Salmo 130, encontramos uma imagem muito bela. O salmista diz que o homem de fé aguarda pelo Senhor ‘mais do que as sentinelas pela aurora’ (v.6), aguarda por Ele com firme esperança, porque sabe que trará luz, misericórdia, salvação. Esta expectativa nasce da experiência do povo eleito, que reconhece ter sido educado por Deus a olhar o mundo na sua verdade sem se deixar abater pelas tribulações. Convido-vos a olhar o ano de 2012 com esta atitude confiante.”

       A mesma toada confiante nos é transmitida por D. António Couto, o nosso novo bispo, que iniciará o seu ministério episcopal na diocese no próximo dia 29: ”Com alegria e confiança de criança, levanto os meus olhos para os montes, para Aquele que guarda a minha vida, de noite e de dia, quando saio e quando entro, desde agora e para sempre! É com esta luminosa melodia do Salmo 121, que canto, neste dia, ao bom Deus, que sei bem que «tem sido o meu pastor desde que existo até hoje» (Génesis 48,15). D’Ele quero ser transparência pura, sempre, como Ele, pastor que visita, com um olhar repleto de bondade, beleza e maravilha, os seus filhos e filhas que Ele agora me confia. Enche sempre, Senhor, o meu olhar, mãos e coração com a tua presença bela e boa. Que, em mim, sejas sempre Tu a visitar o teu povo. É esta divina maneira de ver bem, belo e bom (episképtomai), que diz o bispo (epískopos) e a visita ou visitação pastoral (episkopê) (Lucas 1,78; 7,16; 19,44).” 

       Unamo-nos nos mesmos sentimentos aos nossos Pastores e enfrentemos o novo ano na confiança, na esperança e na paz.

 

       3 – A paz é dom de Deus, mas é também trabalho do homem. Deus não nos dispensa do nosso trabalho e a tarefa que Bento XVI que aponta é a aposta na educação. O Santo Padre lembra que educar – na sua etimologia latina “educere” - significa conduzir para fora de si mesmo ao encontro da realidade, rumo a uma felicidade que faz crescer a pessoa. E aponta lugares concretos para uma verdadeira educação para a paz e a justiça:

  • A família, já que os pais são os primeiros educadores e a família é a célula originária da humanidade;
  • Os responsáveis das instituições com tarefas educativas, que devem velar para que, em todas as circunstâncias, seja valorizada e respeitada a dignidade de cada pessoa;
  • Os responsáveis políticos, que devem ajudar as famílias e as instituições educativas a exercerem o seu direito - dever de educar;
  • O mundo dos media, para que não se limitem a informar mas também a formar na medida em que existe uma ligação estreitíssima entre educação e comunicação;
  • Também os jovens são convidados a fazer um uso bom e consciente da liberdade para serem responsáveis pela sua própria educação e formação para a justiça e a paz. 

        Aceitemos a missão que o sucessor de Pedro nos confia, com a mesma confiança e generosidade com que Nossa Senhora aceitou a interpelação do Anjo, que lhe permitiu ser a Mãe de Deus.

 

Pe. João Carlos,

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