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06.10.14

Leituras: Pe. FEYTOR PINTO - Sexualidade Humana

mpgpadre

Pe. Vítor FEYTOR PINTO (2014). Sexualidade Humana.Exigências éticas e comportamentos saudáveis. Lisboa: Paulus Editora, 192 páginas.

        O (Monsenhor) Pe. Vítor Feytor Pinto, atual responsável da paróquia do Campo Grande, no Patriarcado de Lisboa, nasceu em 1932 e em 1955 foi ordenado sacerdote na Diocese da Guarda. Ficou conhecido dos portugueses sobretudo no tempo em que foi Alto-Comissário do Projeto Vida (Luta contra a Toxicodependência) travessando os governos de Cavaco Silva e de António Guterres. Durante seis anos percorreu o país, participando em debates, conferência, em igrejas, centros pastorais, escolas, hospitais.

       Em 2002, segundo o próprio, foi convidado pelo Instituto de Bioética da Universidade Católica Portuguesa para fazer algumas conferências no 1.º Curso de Mestrado em Bioética. Nessa ocasião concluiu que seria benéfico também fazer o mestrado em Bioética, proposta aceite pelo Instituto. Este livro é basicamente a dissertação preparada para o Mestrado, orientado pelo grande figura desta área, o Pe. Luís Archer.

       Escolheu para este trabalho o campo da sexualidade humana, analisando a compreensão da sexualidade no mundo e tempo atuais, verificando os efeitos da chamada revolução sexual, revisitando algumas páginas importantes do magistério da Igreja, Vaticano II, papa João Paulo II e papa Bento XVI, a compreensão bíblica da sexualidade no Antigo e no Novo Testamento, a sexualidade e a transmissão da vida, a sexualidade como dom de Deus e como compromisso e responsabilidade humana. Feytor Pinto apontará a ética personalista no enquadramento da vivência consciente, livre, responsável da sexualidade humana.

PARTE I - Ética e sexualidade integral
PARTE II - Sociedade atual e visão redutora da sexualidade
PARTE III - A Sexualidade humana: maravilhoso dom de Deus
PARTE IV - A transmissão responsável da vida

       O Pe. Feytor Pinto não foge aos diversos questionamentos colocados à temática da sexualidade, com as diversas interpretações da mesma, e as diferentes maneiras de a viver. Por outro lado, o que será útil para este tempo, a sexualidade como abertura responsável à vida e o envolvente da família. Certamente, nesta reflexão de sempre, mas acentuada pelos Sínodos dos Bispos, o extraordinário, em 2014, e o ordinário, em 2015, para melhor compreender a família, este é um texto que poderá contribuir para um enquadramento sério, humano, cristão.

       Uma nota mais pessoal/diocesana: o autor, Pe. Feytor Pinto, cita dois estudos de D. António Couto, Bispo da nossa Diocese de Lamego, Como uma Dádiva: Caminhos da Antropologia Bíblica. Lisboa: UCP, 2002, e Pentateuco.Caminho de Vida Agraciada. Lisboa: UCP, 2002.

"Não há sexualidade plenamente integrada sem afetividade, como não há comunhão de vida sem relação de amor" (p. 22)
"Não há sexualidade verdadeira sem amor, sem relação afetiva, sem capacidade de ir ao encontro do outro, sem encontrar no outro complementaridade, sem descoberta do perdão, do serviço, da alegria no dar, da serenidade no perder, no encontro das vidas até ao projeto comum que inicia comunhão de vida, o último e mais belo objetivo da sexualidade humana" (pp. 23-24).
"O amor é mais do que um encontro de corpos, o amor é mais do que o desejo, mais do que a paixão, mais do que o sentimento, o amor é um compromisso de vida. pode haver encontro dos corpos sem as pessoas se amarem..." (p. 133)
"O ato sexual encontra, na situação conjugal e somente nela, condições ideais para a sua realização. O ato sexual deve ser expressão de uma doação total, exclusiva, irrevogável. O ato sexual tem uma nobreza específica, pelo que supõe tempo necessário, uma dignidade própria, um ritmo de relação, uma afirmação recíproca de um amor que marca a vida do par" (p. 138) 
"O amor não é a atitude apenas de uma pessoa, é sempre um encontro de dois, convergente para a comunhão de ideais e de vida. O amor não é um acidente na vida, é um elemento essencial à realização de cada pessoa. Mesmo no normal processo de desenvolvimento humano, sobretudo a partir da adolescência, pressente-se facilmente que o amor é relação de conhecimento, de proximidade, de afirmação, de dádiva, de compromisso. É um dinamismo de maior riqueza no ser humano" (p. 156)

Vale a pena ler também a entrevista do Pe. Feytor Pinto,

realizada por Octávio Carmo, A VIDA É SEMPRE UM VALOR

03.10.14

Leitura: FEYTOR PINTO - A Vida é sempre um Valor

mpgpadre

FEYTOR PINTO (2014). A Vida é sempre um Valor. Não posso dizer «não» a ninguém. Entrevista de Octávio Carmo ao Padre Vítor Feytor Pinto. Prior Velho: Paulinas Editora. 144 páginas.

       Nos finais dos anos 90, o Pe. Feytor Pinto esteve no Seminário Maior de Lamego. Era conhecido da televisão e da rádio. Nessa ocasião ocupava um cargo importante, o de Alto Comissário do Projeto VIDA, programa governamental de combate à droga, mas que englobará outras dinâmicas de promoção da vida humana. 6 anos, três tendo como primeiro-ministro Cavaco Silva, três anos tendo como primeiro-ministro António Guterres. É certamente este cargo, esta missão, que lhe dá projeção nacional, e internacional.

       Quando o Pe. Vítor Feytor Pinto irrompe pela Capela do Seminário de Lamego o que vemos, seminaristas ainda em busca e em formação, um padre, de bom porte, sorridente mas cansado. Ajoelha-se e reza em silêncio. Quando chega a hora de falar, fá-lo em tom bastante baixo, sereno, como um pai diante dos seus filhos. Nessa viagem que efetuou, na qualidade de Alto Comissário, dormiu durante o trajeto de 4 horas, de Lisboa a Lamego. Segundo o motorista, era isso que acontecia em diversas ocasiões. Não havia tempo. Ou melhor, o tempo era para estar onde fosse solicitada a sua presença. Com os seminaristas, rezou o terço, se me não falta a memória, ou uma das horas litúrgicas, e fez-nos uma breve reflexão apontando para o sentido da Vida, e como Jesus era o centro de toda a vida. Penso que não estou a inventar. Ficou-me na lembrança sobretudo a acessibilidade do Pe. Feytor Pinto, irradiando alegria, apesar do cansaço e da viagem, agradecendo o facto de dispor de um motorista, pois assim tinha possibilidade de ir mais longe, aproveitando melhor o tempo.

       Nesta entrevista, conduzida pelo jornalista da Agência Ecclesia, Octávio Carmo, e que abarca a vida e a missão do Pe. Feytor Pinto, na Igreja e na Sociedade, na Cultura e na Pastoral da Saúde, envolvido na divulgação do Concílio Vaticano e no compromisso de testemunhar Jesus Cristo, nas responsabilidades no projeto Vida, mas também em outras tarefas, como pároco, como conselheiro, como homem de Deus.

       Este livro faz parte da coleção GRANDES DIÁLOGOS, das Paulinas, e que lendo já aconselhamos alguns deles. D. Manuel Clemente, entrevistado por Paulo Rocha: UMA CASA PARA TODOS; Frei Joaquim Carreira das Neves, entrevistado por António Marujo: O CORAÇÃO DA IGREJA TEM DE BATER; Pe. António Rego, entrevistado por Paulo Rocha: A ILHA E O VERBO, e agora a VIDA É SEMPRE UM VALOR.

       A primeira parte do livro é constituído pela entrevista. A segunda parte recolhe uma conjunto de textos e intervenções do entrevistado, neste caso, do Pe. Vítor Feytor Pinto: Discurso proferido na 48.ª Assembleia Geral das Nações Unidas enquanto Alto-Comissário para o Projeto Vida; Congresso Mundial da FIAMC (Federação Internacional de Médicos Católicos); Comunicação na reunião da OMS (Organização Mundial de Saúde) para a Europa, na qualidade de observador por parte da Santa Sé; Perante a toxicodependência: uma atitude ética; Linhas Pastorais para redescobrir e revalorizar o Viático (neste caso, proferida no Conselho Pontifício para a Pastoral da Saúde, no Vaticano, em 2005). 

       Para quem trabalha na área da pastoral da saúde, ou melhor, para todos os que lidam com pessoas, pois todas as pessoas aspiram a uma vida saudável. Aliás, o sublinhado da Pastoral da Saúde em lógica de promoção de vida saudável. Atenção, cuidado, respeito, tolerância, diálogo, assunção de convicções próprias. Tratar a pessoa como pessoa. Amá-la. Cuidar dela. Ao jeito de Jesus. Sem olhar à doença, ao credo, ao sexo ou à religião.

"O jogo dos afetos pede respeito profundo pelo outro, se realmente queremos encontrar saída para os problemas. Depois, há um ponto fulcral, absolutamente fulcral: é preciso ter em consideração que a pessoa humana é mais importante do que a economia. A economia que não serve a pessoa está em pecado, é pecaminosa" (pp 21-22)
"Amor e dor: não se recebe o amor sem se sofrer por ele. Aliás, é o mistério de Jesus Cristo. Ele amou a humanidade de uma maneira radical, a ponto de dar a vida pela própria humanidade. Ele próprio diz: «Não há maior prova de amor do que dar a vida por aqueles a quem se ama»... (p 53)
"Hoje, a fé, em tempo de nova evangelização, tem de exprimir-se de outra maneira, através da autenticidade e coerência de vida, através de gestos concretos de solidariedade e serviço, através da autenticidade e coerência para além da dor, do cansaço e do fracasso" (p. 86).

06.06.14

Leituras: ANSELM GRÜN - A sublime arte de envelhecer

mpgpadre

ANSELM GRÜN (2009). A sublime arte de envelhecer e tornar-se uma bênção para os outros. Prior Velho: Paulinas Editora, 176 páginas.

       Voltámos a sugerir um livro de Anselm Grün, o monge beneditino que é considerado um verdadeiro guia espiritual, através dos seus escritos, das conferências e seminários em que participam, refletindo a vida com as complexidades da morte, do sofrimento, do mal, da fé, da doença.

       A reflexão proposta anteriormente: PAI-NOSSO, uma ajuda para a vidaAQUI.

       Neste volume a reflexão sobre a arte de envelhecer. Embora esteja no horizonte de todas as pessoas ir envelhecendo, é necessário adaptar-se, renunciar, lidar com a perda e o sofrimento, com as limitações físicas e mentais, aprender a conviver com a própria morte e transformá-la numa dádiva de comunhão, como fez Jesus Cristo. Na morte, já nada nos separará dos outros. Somos mais iguais.

       O prefácio está a cargo do Pe. Vítor Feytor Pinto, durante muito tempo ligado diretamente às questões da Vida, toxicodependência, Sida,, cuja experiência e sabedoria lhe permitem fazer uma leitura assertiva sobre a temática presente.

       O autor, Anselm Grün, com 64 anos quando escreveu o texto, fala a partir da experiência de outros, recorrendo à filosofia e à teologia, mas também a outras áreas do saber, como a psicologia. Faz-nos, como se diz no prefácio, conhecer o pensamento de Karl Rahner, Teilhard Chardin, Romano Gurdini, Breemen, Hermann Hesse, e tanto outros. É um excelente livro para os mais velhos, mas também para os mais novos.

       O papa Francisco tem insistido na cultura da inclusão, referindo que os dois extremos, jovens e idosos, são frequentemente esquecidos. No entanto, uma sociedade que esquece o saber, a experiência e a memória dos mais velhos, é uma sociedade condenada a desaparecer.

        É precisamente nesta linha que se desenvolve o pensamento de Grün, sobre o contributo dos mais velhos, mas também, dedicando-lhe muito espaço, com os mais velhos a lidarem com as suas limitações, com a doença, com a falta de forças, renunciando ao poder, renunciando a controlar a vida por inteiro, descobrindo novos afazeres, aprendendo a sublime arte de envelhecer, a paciência, o despojamento.

       Veja-se o índice: O significado da velhice; Aceitação da própria existência (reconciliação com o passado, aceitar os seus limites, aprender a viver com a solidão); Renunciar aos bens materiais, à saúde, renunciar às relações, à sexualidade, ao poder, ao ego; Fertilidade; Envelhecer juntos; Virtudes da velhice - serenidade, paciência, mansidão, liberdade, gratidão, amor; Lidar com os medos e com a depressão; o caminho do silêncio; transcender o ego; treino para a morte.

        É mais um daqueles títulos que até pode ser provocador, mas que se lê com facilidade, pois os exemplos concretos ajudam a entrar dentro dos diversos conteúdos.

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