Jesus esteve 40 dias no deserto...
1 – "O Espírito Santo impeliu Jesus para o deserto. Jesus esteve no deserto quarenta dias e era tentado por Satanás. Vivia com os animais selvagens e os Anjos serviam-n’O. Depois de João ter sido preso, Jesus partiu para a Galileia e começou a pregar o Evangelho, dizendo: «Cumpriu-se o tempo e está próximo o reino de Deus. Arrependei-vos e acreditai no Evangelho».
O primeiro Domingo da Quaresma traz-nos o episódio das Tentações de Jesus. As tentações a que Jesus está sujeito são as mesmas tentações do povo de Deus ao longo do deserto. O povo cedeu. Jesus ajuda a superar as tentações em entrega confiante a Deus.
Jesus, verdadeiro homem, é tentado como qualquer um de nós. As nossas tentações são visualizáveis em Jesus, porque em tudo Se identifica connosco. Os desertos da nossa existência podem tornar-se tempo de dúvida e de provação, de amadurecimento e de purificação dos nossos propósitos e compromissos. Quarenta anos: a Quaresma do povo da Primeira Aliança para entrar na Terra da Promessa. Jesus é a Promessa que se cumpre para nós. Quarenta dias em que Se prepara para Se dar totalmente a nós, sem reservas e sem medos.
O alimento de Jesus é a realização da vontade do Pai. Eu venho, Senhor, para fazer a Vossa vontade (cf. Heb 10, 1-10). A tentação acompanha-O ao longo da vida. Há n’Ele uma força maior: a presença de Deus. Com efeito, é o Espírito Santo que O conduz ao deserto. É o mesmo Espírito que Se manifesta no Batismo. O tentador é forte, mas Deus assiste Jesus com os Seus santos Anjos.
2 – Deus assiste-nos do mesmo jeito que a Jesus, desafiando-nos a dar o melhor de nós e a acolher os outros como irmãos. É possível que as tentações nos acerquem. É possível seguir Jesus, fazer como Ele, deixar-se conduzir pelo Espírito de Deus.
Se o Seu alimento – a vontade do Pai – o livra do mal e das manifestações diabólicas, também a nós nos dará a força e a caridade para, em cada dia, encontrarmos razões que nos atraiam para o bem e para a verdade, pois Ele é o nosso Caminho e a nossa Vida.
Vale a pena reler algumas palavras do Papa Francisco na sua Mensagem para esta Quaresma, e das quais faz eco D. António Couto, Bispo de Lamego, ao dirigir-se à Diocese, convocando-nos a marcar a diferença num mundo em que a indiferença pelos outros se globaliza.
Diz o Papa: "Dado que a indiferença para com o próximo e para com Deus é uma tentação real também para nós, cristãos, temos necessidade de ouvir, em cada Quaresma, o brado dos profetas que levantam a voz para nos despertar. A Deus não Lhe é indiferente o mundo, mas ama-o até ao ponto de entregar o seu Filho pela salvação de todo o homem".
Textos para a Eucaristia (ano B): Gen 9, 8-15; Sl 24 (25); 1 Pedro 3, 18-22; Mc 1, 12-15.
Reflexão COMPLETA na página da Paróquia de Tabuaço
e no nosso blogue CARITAS IN VERITATE