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María de Villota - 32 anos - era piloto de Fórmula 1. Apaixonada pela velocidade e pelos carros, conseguira atingir o seu sonho. Era a única mulher num mundo dominado por homens. Um dia teve um acidente grave e azarado: regressando dos testes na pista - sem que se perceba porquê - acelerou e embateu contra a traseira de um camião. Na altura pensou-se que teria a vida em risco. "María, te hemos salvado la vida... pero tenemos que decirte que has perdido el ojo" - disse-lhe o médico, depois da operação. "Usted es cirujano?" - respondeu María - "… y usted necesita dos manos para operar? pues yo soy piloto de Fórmula 1 y necesito dos ojos!…". Passados três meses de recuperação, em conferência de imprensa, partilha com todos a transformação interior que sofreu: "…te dás cuenta que ves más que antes… porque yo antes sólo veía la Fórmula 1, sólo me veía encima de un coche compitiendo, y no veía lo que era realmente importante en la vida; la claridad de decir "joder, estoy viva" y que en ese momento no estaba valorando lo más grande que es que esa persona que estaba allí me haya salvado"; "este ojo me ha devuelto el Norte; me ha devuelto lo importante"; "esta nueva oportunidad la voy a vivir al cien por cien"; "hoy cuando me miro al espejo estoy orgullosa porque realmente pienso que mi aspecto actual dice más de quién es María de Villota"; "llevo mi historia y la llevo con mucho cariño y orgullo". Mais nada.
[Fotografia de GrandPrixMotoriOnline]
FONTE: Ver para além do olhar.
Um homem juntou-se uma vez a Jesus, dizendo-lhe:
- Quero ir contigo e ser teu companheiro.
Puseram-se a caminho e chegaram à margem de um rio, onde se sentaram a comer. Levavam com eles três pães. Comeram dois e o terceiro sobrou.
Jesus levantou-se e foi ao rio dessedentar-se. Quando voltou, não encontrou o terceiro pão, pelo que perguntou ao homem:
- Quem tirou o pão?
- Não sei – respondeu o outro.
Jesus e o homem continuaram a caminhada e viram um veado com dois veadinhos. Jesus chamou um deles, que foi ao seu encontro. Jesus matou-o, assou uma parte e comeu com o seu companheiro. Depois disse ao veadinho:
- Levanta-te, com a permissão de Deus.
O animal levantou-se e partiu. Jesus voltou-se então para o companheiro:
- Pergunto-te, em nome d’Aquele que te mostrou este milagre: quem tirou o pão?
- Não sei – respondeu o homem.
Chegaram a um grande lago num vale. Jesus tomou o homem pela mão e caminharam sobre a água. Depois de terem atravessado, disse Jesus:
- Em nome d’Aquele que te mostrou este milagre, pergunto-te: quem tirou o pão?
- Não sei – respondeu o homem.
Chegaram depois a um deserto árido e sentaram-se no chão. Jesus juntou um montinho de terra e areia e disse-lhe:
- Transforma-te em ouro, com a permissão de Deus.
E assim aconteceu.
Jesus dividiu o ouro em três partes e disse:
- Um terço para mim, um terço para ti e um terço para quem tirou o pão!
Disse o homem:
- Fui eu que tirei o pão!
Disse Jesus:
- O ouro é todo teu.
Jesus seguiu caminho e o outro ficou com o ouro.
Dois homens encontraram-no no deserto com o ouro e queriam roubá-lo e matá-lo. Ele disse-lhes:
- Vamos dividi-lo entre os três e um de vós vai à cidade comprar comida.
Um deles partiu, dizendo consigo mesmo: “Por que hei-de dividir o ouro com estes dois? Vou antes envenenar a comida e ficar com o ouro para mim!”
E foi o que fez.
Entretanto, os que tinham ficado disseram um para o outro:
- Por que havemos de dar-lhe um terço do ouro? Em vez disso, vamos é matá-lo quando regressar e dividimos o ouro entre os dois.
Quando o terceiro regressou, os outros mataram-no, comeram a comida e morreram.
O ouro ficou no deserto com os três homens mortos.
Jesus passou pelo local, encontrou-os naquele estado e disse aos discípulos:
- Assim é o mundo. Tende cuidado com ele.
Autor desconhecido, postado a partir do nosso Caritas in Veritate.
O velho Mestre pediu a um jovem triste, que colocasse uma mão cheia de sal em um copo de água e bebesse.
- Qual é o gosto? - perguntou o Mestre.
- Ruim - disse o aprendiz.
O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse, outra mão cheia de sal,e levasse a um lago.
Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago.
Então o velho disse:
- Beba um pouco dessa água.
Enquanto a água corria do queixo do jovem, o Mestre perguntou:
- Qual é o gosto?
- Bom! - Disse o rapaz.
- Você sente o gosto do sal? Perguntou o Mestre.
- Não - disse o jovem.
O Mestre então, sentou ao lado do jovem, pegou em suas mãos e disse:
- A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos. Quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer, é aumentar o sentido de tudo o que está a sua volta.
É dar mais valor ao que você tem do que ao que você perdeu. Em outras palavras: É deixar de ser "copo",
para tornar-se um "lago". Somos o que fazemos, mas somos principalmente, o que fazemos para mudar o que somos.
autor desconhecido, a partir do nosso Caritas in Veritate.
No início da minha vida profissional, senti-me atraído em tratar crianças e me entusiasmei com a oncologia infantil.
Nós médicos somos treinados para nos sentirmos "deuses". Só que não o somos! Não acho o sentimento de omnipotência de todo ruim, se bem dosado. É este sentimento que nos ajuda a vencer desafios, a se rebelar contra a morte e a tentar ir sempre mais além. Se mal dosado, porém, este sentimento será de arrogância e prepotência.
Quando perdemos um paciente, voltamos à planície, experimentamos o fracasso e os limites que a ciência nos impõe e entendemos que não somos deuses.
Recordo-me com emoção do Hospital do Câncer de Pernambuco, onde dei meus primeiros passos como profissional. Nesse hospital, comecei a frequentar a enfermaria infantil, e a me apaixonar pela oncopediatria. Mas também comecei a vivenciar os dramas dos meus pequenos pacientes, que via como vítimas inocentes desta terrível doença que é o câncer.
Com o nascimento da minha primeira filha, comecei a me acovardar ao ver o sofrimento destas crianças. Até o dia em que um anjo passou por mim.
Meu anjo era uma criança já com 11 anos, calejada por 2 anos de tratamentos, hospitais, exames e todos os desconfortos trazidos pela quimioterapia e radioterapia. Mas nunca vi meu anjo fraquejar. Já a vi chorar sim, muitas vezes, mas não via fraqueza em seu choro. Via medo em seus olhinhos algumas vezes, e isto é humano! Mas via confiança e determinação.
Um dia, cheguei ao hospital de manhã cedinho e encontrei meu anjo sozinho no quarto. Perguntei pela mãe e ouvi uma resposta que ainda hoje não consigo contar sem vivenciar profunda emoção.
Meu anjo respondeu:
- Tio, às vezes minha mãe sai do quarto para chorar escondido nos corredores. Quando eu morrer, acho que ela vai ficar com muita saudade de mim. Mas eu não tenho medo de morrer, tio. Eu não nasci para esta vida!
Pensando que crianças assistem seus heróis morrerem e ressuscitarem nos seriados e filmes, indaguei: - E o que morte representa para você, querida?
- Olha tio, quando a gente é pequena, às vezes, vamos dormir na cama do nosso pai e no outro dia acordamos no nosso quarto, em nossa própria cama não é?
(Lembrei que minhas filhas costumavam dormir no meu quarto e após dormirem eu procedia exactamente assim.)
- É isso mesmo, e então?
- Quando nós dormimos, nosso pai vem e nos leva nos braços para o nosso quarto, para nossa cama, não é?
- Você é muito esperta!
- Olha tio, eu não nasci para esta vida! Um dia eu vou dormir e o meu Pai vem me buscar. Vou acordar na casa Dele, na minha vida verdadeira!
Boquiaberto, não sabia o que dizer. Chocado com o pensamento deste anjinho, com a maturidade que o sofrimento acelerou, com a visão e grande espiritualidade desta criança, fiquei parado, sem acção.
- E minha mãe vai ficar com muitas saudades minha, emendou ela.
Emocionado, travado na garganta, perguntei: - E o que saudade significa para você, meu anjo?
- Não sabe não tio? Saudade é o amor que fica!
Hoje, aos 53 anos de idade, desafio qualquer um a dar uma definição melhor, mais directa e mais simples para a palavra saudade: é o amor que fica!
Um anjo passou por mim...
Foi enviado para me dizer que existe muito mais entre o céu e a terra, do que nos permitimos enxergar. Que geralmente, absolutilizamos tudo que é relativo (carros novos, casas, roupas de grife, jóias) enquanto relativizamos a única coisa absoluta que temos, nossa transcendência.
Meu anjinho já se foi, há longos anos. Mas deixou uma lição que ajudou a melhorar a minha vida, a tentar ser mais humano e carinhoso com meus doentes, a repensar meus valores.
Que bom que existe saudade! O amor que ficou é eterno.
Rogério Brandão, Médico oncologista, postado a partir do nosso Caritas in Veritate.
Depois de uma grande tempestade, o menino que estava passando férias na casa do seu avô, o chamou para a varanda e falou:
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