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29.11.15

Leitura: José Luís Martins: OS INFINITOS DO AMOR - reflexões

mpgpadre

JOSÉ LUÍS NUNES MARTINS (2015) Os Infinitos do Amor. 53 reflexões. Lisboa: Paulus Editora. 224 páginas.

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       Semana a semana chegam-nos as reflexões de José Luís Martins, contribuindo para que o ambiente digital fique mais rico com a sua partilha, e muitas pessoas se deliciem numa leitura poética, simples de perceber, envolvente, tocando a vida nas suas variadíssimas expressões, alegria, tristeza, solidão, morte, a força das palavras, a abertura para fé, o compromisso com o bem e com a verdade, a morte, a luta, a vida como caminho, a amizade, o trabalho e a família, a felicidade, o bem e o mal, a eternidade.

       O livro com que nos presenteia permite-nos (re)ler, sublinhar uma ou outra frase. O formato de papel de algum modo permite-nos assimilar melhor cada texto, sugestão, desafio e facilmente voltar a folhear e a escolher uma reflexão para uma ou outra ocasião. Pelo menos para quem aprendeu a mexer, tocar, manusear as folhas. Mas seja neste formato de livro impresso, seja através das plataformas digitais, as reflexões de José Luís Martins são provocantes (no bom sentido), comprometem-nos com o melhor de nós, lutando, não desistindo, não desvalorizando as qualidades pessoais para agir, pôr em prática. As obras, o agir, as escolhas e opções testam os dons. A partilha, a humildade de se colocar ao serviço dos outros, potenciando o melhor daqueles com quem nos cruzamos; apostando no ser e não tanto no ter; mais na autenticidade e não tanto nas aparências; não baixar os braços mesmo quando as dificuldades são muitas; aprender a gostar de si mesmo, sentindo-se bem consigo para se poder dar aos outros; a certeza que o amanhã virá a seguir às nossas noites por mais escuras e frias que sejam.

       Como refere o Pe. Gonçalo Portocarrero de Almada, José Luís Martins é, mais que um filósofo, um pensador, um pensa-dor. A vida é um mundo denso e intenso. Vida e morte. Alegria e luto. Júbilo e tristeza. Paz e ansiedade. Perda e sofrimento. Há sempre esperança. A vida depende muito do que sou, das opções que toma, das atitudes que assumo. Há que gastar bem o tempo, que é breve, mudar o que depende de nós mudar e não gastar tempo com o que não depende de nós.

       A fé e a mensagem cristã deixa-se facilmente intuir nas ideias e convicções expressas pelo autor.

       Sublinhado, inolvidável, para Carlos Ribeiro que ilustra de forma simples e intuitiva cada mensagem.

       Valerá a pena transcrever algumas expressões que se espalham pelo livro:

"A felicidade depende sempre mais de nós do que das circunstâncias".
"A pobreza não retira a dignidade a ninguém, mas a riqueza pode fazê-lo com facilidade" 
"Devemos concentrarmo-nos no que temos, agradecer quando temos acesso ao essencial e procurar e procurar que aquilo que excede as nossas necessidades possa chegar a quem dele precisa" 
"É possível viver num palácio sem se deixar corromper por isso. Há quem se sirva dos seus bens para ser uma bênção na vida dos outros: esse é rico, muito rico no que importa. Fez-se feliz, por se ter feito pobre para que outros sejam ricos... fez-se rico, por ter sido capaz de dar tudo!" 
"Não é o peso da cruz que importa, mas sim a força dos ombros que a carregam".
O passado não se altera, mas o futuro pode sempre ser diferente". 
"Os que nos amaram deram-se-nos. Não se perderam porque existem em nós. Sou também aquele que amou. Que me ama... A saudade é muito mais doce mas, qual espada, muito mais dura, afiada e longa. Parece destruir o que celebra. Trata-se de uma das tristezas mais fundas... a de se haver perdido o que se teve, a de se continuar a amar o que já não está aqui connosco. A de se continuar a ser dois depois de deixarmos de sentir o outro". 
"As adversidades como a morte, a doença grave ou uma tragédia, mais séria não se conseguem anular, faça o que se fizer. Aplicar aí a nossa coragem, vontade e persistência no sentido de destruir isso só terá um resultado efetivo: aniquila-nos, porque estaremos a tentar empurrar, não uma pedra pesada, nem sequer uma montanha mas o próprio peso do mundo... sem termos os pés assentes em nada". 
"Não há heróis de um gesto só. Ninguém chega a ser bom de um momento para o outro. As grandes obras são consequência de percursos em que a vontade se sobrepõe à natureza passiva repetidas vezes... Ninguém chega a ser mau de súbito. Os grandes disparates aparecem na sequência de outros disparates, menores, que vão corrompendo com paciência e determinação os alicerces da nossa liberdade, a fim de que, convencidos de que somos mesmo assim, aceitemos fazer o que nos prejudica e arruína a nossa verdadeira felicidade". 
"Agradecer e perdoar fazem diferença. Muita. Em mim e no outro. Sempre.... Um olhar, uma palavra, um silêncio ou um pequeno gesto, são suficientes para levar trevas ou luz à vida de outros. Assim. Num instante. Dependemos uns dos outros. Nós não somos sós. Nunca. Por maior que seja a solidão em que nos sentimos. Por maior que seja a escuridão e o frio, há sempre alguém que chegará. Sempre. Sempre. Por mais que demore". 
"A vida precisa de tempo, ma não há pior do que adiar... muitos julgam que o momento de amar pode ser outro. Que sempre haverá tempo depois do tempo. Errado. O tempo não é nosso e que, portanto, não está ao nosso dispor". 
"O amor leva-me ao outro. Supero os meus limites, do espaço e do tempo. Porque me dou, passo a existir também no que me ultrapassa. Sou mais. Só o amor permite a conquista da eternidade. Só o amor resiste ao nascimento e à morte. Qualquer vida que nasce brota de um amor, de uma entrega gratuita e incondicional de algo ao espaço e ao tempo sem fim... A nossa vida não nos pertence. Somos uma parte do todo. Não o centro. Não estamos vivos, somos vida. Uma vida cheia de mistérios, mas de beleza sublime. Podem as lágrimas e sofrimentos parecer a eternidade... mas só o bem não tem fim... O amor faz-nos renascer a cada vez que parece matar-nos.
Somos mais do que tempo. Muito mais". 
"O orgulho, a vaidade e a soberba andam quase sempre juntos. São os superiores aliados da ignorância! O orgulhoso coloca-se a si mesmo acima da realidade. Mas, não só se julga superior aos outros como ainda deseja que eles partilhem dessa mesma opinião, ou seja, que todos pensem que ele é o melhor! Mais ainda, por se julgar o assim o suprassumo, considera poder tratar os outros como seus inferiores!" 
"No amor, apenas as intimidades devem estar em comunhão. Sem confusão, sem exclusão, sem que se anule parte alguma de cada um. Há quem se faça demasiado próximo e por isso anule o outro. Não. É preciso que haja espaço e tempo para que cada um possa ser quem é e o quer ser. Não se trata de nos defendermos, mas tão-só de respeitarmos o outro". 
"Há quem prefira partir do que chegar. Quem busque descobrir todos os cantos e mistérios do mundo... mas há também quem apenas queira ser feliz em qualquer lugar, buscando-se a si mesmo... nos outros. Só quem se busca se pode encontrar. Muitos são os que andam perdidos... mas o amor implica uma saída de si, uma aceitação do outro como outro, não como alguém em quem posso (e julgo dever) replicar o que sou. Só quando me esqueço de mim posso descobrir a verdade do outro. Apenas o olhar dos que nos amam importa, porque só esse nos vê, só esse nos revela quem somos". 
"À solidão não se opõe a multidão, mas o amor. Aquilo de que alguém abandonado está à procura é de alguém próximo, não do aplauso de um monte de gente." 
"Aquele que quer ser feliz deve dar-se. Ser é amar e amar é dar-se. Ninguém pode ser nada se não na sua relação com os outros e com o mundo. O ser mais perfeito seria imperfeito se se fechasse em si mesmo e assim se reduzisse à sua própria individualidade. A vida é o dom de ser dom. Serve para se chegar à vida do outro. Para ser o que lhe falta... amando-o." 
"A sinceridade jamais pode ser a razão para magoar alguém. Ser sincero é também saber escolher o que dizer e o que calar. Não devemos dizer tudo quanto pensamos, mais ainda se não o tivermos pensado com honestidade e inteligência. O silêncio é parte essencial da verdade e da sinceridade". 
"Há boas paixões. São as que trabalham como um fermento. De forma pacata, pacífica e paciente. Animam, mas não dominam. Orientam, mas não decidem. Iluminam, mas não cegam... Por paixões comuns, há quem perca a cabeça, o coração e a alma. Uma paixão forte que se consente pode fazer com que a mais digna das pessoas se destrua... se consuma, não ficando senão as cinzas em que ardeu. 
"A verdadeira chama, aquela que nos ilumina, aquece e orienta, não é a das paixões, é a chama da vida. A vida ela própria, assim, simples e pobre na aparência. Aquela vida que tem consciência de que é, em si mesma, um dom. Uma luz. Um presente do divino. Uma presença divina. Não se trata de uma alegria de cumprir fantasias, antes sim da virtude suprema de saber apreciar os momentos da vida sem necessidade de ser sob a séria ameaça de a perder. Este é o único fogo que não consome".

01.03.15

Leituras: VIA-SACRA PARA CRENTES E NÃO CRENTES

mpgpadre

JOSÉ LUÍS NUNES MARTINS E PAULO PEREIRA DA SILVA (2015). Via-Sacra para crentes e não crentes. Lisboa: Paulus Editora. 88 páginas.

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         Seguimos de perto a reflexões semanais de José Luís Nunes Martins, além da leitura do seu livro Filosofias, que já recomendamos, pelo que a motivação para esta leitura já existia, ainda que num registo diferente. José Luís Nunes é pai e filósofo. Paulo Pereira da Silva, físico teórico, empresário, gestor, inovador. Dois crentes. Mas em conjunto apresentam um belíssimo manancial de reflexões sobre a Via-sacra.

       Para cada um das 14 Estações, seguindo a Via-sacra tradicional, uma reflexão para os não crentes, melhor, colocando-se na pele de um não crente, e uma reflexão para crentes.Interrogações, busca, respostas, mais questionamentos, tendo como personagem principal Jesus Cristo e cada um de nós.

       Belíssimos textos que nos põem a pensar sobre a vida, a morte, o sofrimento, o amor, a partilha, a comunhão, o que fica depois da morte, a busca, as dúvidas, a companhia dos que nos acompanham nesta jornada, que nos levantam e os que ajudamos a levantar, os que carregam a nossa cruz e aqueles de quem aliviamos o peso das suas cruzes, os encontros e desencontros.

       É um riquíssimo livro para este tempo da Quaresma e para todos os tempos, para os momentos em que vivemos confiantes e os momentos de angústia que atravessam alguns os nossos dias.

       Sublinhe-se ainda o conjunto de fotografias de Francisco Gomes que acompanham as diferentes estações da Via-sacra e que enriquecem a reflexão.

11.04.14

José Luís Nunes Martins - FILOSOFIAS - 79 reflexões

mpgpadre

JOSÉ LUÍS MARTINS (2013). Filosofias. 79 reflexões. Lisboa: Paulus Editora, 248 páginas.

       O próprio título sugere que que traz dentro, filosofias, modos de pensar a vida, refletir estados de almas, absorver sentimentos, encontrar razões para lutar, enquadrar o sofrimento, a dor e a morte, abrir-se à vida, à alegria e ao compromisso.

       É um livro extraordinário, em que o autor, de forma muito, muito, muito acessível, nos desafia a viajar pela mente e pelo coração, olhando para o passado e avançando para o futuro, vivendo, de forma única e irrepetível o presente, como dom e como tarefa, como compromisso, não desistindo, não culpando os outros, reconciliando-se com os fracassos, enriquecendo-se com cada encontro e acontecimento.

       Os textos fazem-nos querer sonhar, viver, descobrir, encontrar, lutar, fazem-nos querer ser mais, melhorar a nossa relação connosco e com os outros, na abertura à transcendência. Só temos uma vida, que se estende para lá do tempo e da história. A morte vence tudo, mas não vence o amor. O amor faz-nos perdoar para lá do tempo e da morte.

       As diferentes reflexões podem ser lidas espaçadamente, ao longo de 79 dias, ou de forma seguida. Depende de cada um, mas vale a pena ler, demoradamente, mastigar as palavras e as interpelações. Situemo-nos dentro dos textos. Vai parecer que foram escritos para nós, ou que os poderíamos ter escrito, tal é e evidência, a clareza e a vivacidade das letras, das palavras, dos parágrafos.

       A acompanhar cada texto, uma ilustração, intuitiva, expressiva, simples, clarificadora do texto em questão. O seu autor é Carlos Ribeiro e a quem deve ser prestada também homenagem por enriquecer um conjunto de reflexões envolventes.

       Algumas das reflexões podem ser encontradas na página correspondente no Facebook - FILOSOFIAS. 79 REFLEXÕESaqui.

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