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...espaço de discussão, de formação, de cultura, de curiosidades, de interacção. Poderemos estar mais próximos. Deus seja a nossa Esperança e a nossa Alegria...

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10.10.13

Papa Francisco - Transitar em paciência

mpgpadre

TRANSITAR EM PACIÊNCIA:

 

       "É um tema do qual me fui apercebendo, durante anos, ao ler um livro de um autor italiano, com um título muito sugestivo: Teologia del fallimento, ou seja, teologia do fracasso, onde se expõe como Jesus entrou em paciência. Na experiência do limite, no diálogo com o limite, forja-se a paciência. Às vezes, a vida leva-nos não a «fazer», mas sim a «padecer», suportando, sustentando as nossas limitações e as dos outros. Transitar a paciência é apercebermo-nos de que o que amadurece é o tempo. Transitar em paciência é deixar que o tempo paute e amasse as nossas vidas".

       "Transitar em paciência implica aceitar que a vida é isso: uma aprendizagem contínua. Quando uma pessoa é nova, julga que pode mudar o mundo; e isso está certo, tem de ser assim. Mas, depois, quando procura, descobre a lógica da paciência na própria vida e na dos outros. Transitar em paciência é assumir o tempo e deixar que os outros façam a sua vida. Um bom pai, tal como uma boa mãe, é aquele que vai intervindo na vida do filho o suficiente para lhe marcar as pautas de crescimento, para o ajudar, mas que depois sabe ser espetador dos fracassos próprios e alheios, e os supera".

 

       "... segurar o papagaio [de papel] assemelha-se à atitude que é preciso ter perante o crescimento da pessoa: em dado momento, é preciso dar-lhe corda, porque «rabeia». Dito de outra maneira: é preciso dar-lhe tempo. Temos de saber pôr o limite no momento justo. Mas, outras vezes, temos de saber olhar para o outro lado e fazer como o pai da parábola, que deixa que o filho se vá embora e desperdice a sua fortuna, para que faça a sua própria experiência"

 

       "Quantas vezes, na vida, é preciso travar, não querer atingir tudo de repente! Transitar na paciência pressupõe todas essas coisas: é claudicar da pretensão de querer solucionar tudo. É preciso fazer um esforço, mas entendendo que uma pessoa não pode tudo. Há que relativizar um pouco a mística da eficácia".

 

In SERGIO RUBIN e FRANCESCA AMBROGETTI, Papa Francisco. Conversas com Jorge Bergoglio.

09.10.13

Papa Francisco - CREDO de Bergoglio

mpgpadre

«Quero crer em Deus Pai, que me ama como filho, e em Jesus, o Senhor, que me infundiu o seu Espírito na minha vida, para me fazer sorrir e levar-me assim ao reino eterno da vida.

Creio na minha história que foi trespassada pelo olhar amoroso de Deus e, num dia de Primavera, 21 de Setembro, saiu ao meu encontro para me convidar a segui-lo.

Creio na minha dor, infecunda pelo egoísmo, onde me refúgio.

Creio na mesquinhez da minha alma, que procura engolir sem dar… sem dar.

Creio em que os outros são bons, e que devo amá-los sem temor, e sem trai-los nunca à procura de segurança para mim.

Creio na vida religiosa.

Creio que quero amar muito.

Creio na morte quotidiana, ardente, de que fujo, mas que me sorri convidando-me a aceitá-la.

Creio na paciência de Deus, acolhedora, boa como uma noite de Verão.

Creio que o meu papá está no Céu junto do Senhor.

Creio que o padre Duarte também lá está intercedendo pelo meu sacerdócio.

Creio em Maria, a minha mãe, que me ama e nunca me deixará só.

E espero a surpresa de cada dia na qual se manifestará o amor, a força, a traição e o pecado, que me acompanharão até ao encontro definitivo com esse rosto maravilhoso que não sei como é, de que me desvio continuamente, mas que quero conhecer e amar.

Ámen.»

 

In SERGIO RUBIN e FRANCESCA AMBROGETTI, Papa Francisco. Conversas com Jorge Bergoglio. Paulinas Editora. Prior Velho 2013

08.10.13

Papa Francisco - sobre a DOR

mpgpadre

       "A dor não é uma virtude em si mesma, mas o modo como é assumida pode ser virtuoso. A nossa vocação é a plenitude e a felicidade, e, nessa busca, a dor é um limite. Por isso, o sentido da dor só é entendido plenamente através da dor de Deus feito Cristo...

       Por isso, a solução passa por entender a Cruz como semente de ressurreição. Toda a tentativa de suportar a dor obterá resultados parciais, se não for fundamentada na transcendência. É uma dádiva entender e viver a dor em plenitude. Mais ainda: viver em plenitude é uma dádiva...

       Tanto a dor física como a espiritual puxam para dentro, onde ninguém pode entrar; implicam uma dose de solidão. Do que a pessoa precisa é de saber que alguém a acompanha, que gosta dela, que respeita o seu silêncio e reza para que Deus entre nesse espaço que é pura solidão".

 

       "A dor é algo que está ligado à fecundidade. Atenção! Não é uma atitude masoquista, mas sim aceitar que a vida nos marca limites".

 

In SERGIO RUBIN e FRANCESCA AMBROGETTI, Papa Francisco. Conversas com Jorge Bergoglio. Paulinas Editora. Prior Velho 2013

07.10.13

Papa Francisco - o trabalho e o desemprego

mpgpadre

       - Certamente, a longo da sua vida sacerdotal, muita gente desempregada o deve ter procurado. Qual a sua experiência?

       É gente que não se sente pessoa. É que, por mais que as suas famílias e os seus amigos os ajudem, querem trabalhar, querem ganhar o pão com o suor do seu rosto. É que, em última instância, o trabalho unge a dignidade a pessoa. A unção de dignidade não é dada pelos antepassados, nem pela formação familiar, nem pela educação. A dignidade, enquanto tal, só vem pelo trabalho. Comemos o que ganhamos, mantemos a nossa família com o que ganhamos. Não interessa se é muito ou pouco. Se é mais, melhor. Podemos ter uma fortuna, mas se não trabalharmos, a dignidade vai-se abaixo.

 

- A pior parte fica com os que querem trabalhar e não podem.

 

       O que acontece é que o desempregado, nas suas horas de solidão, sente-se infeliz, porque «não ganha a vida». Por isso, é muito importante que os governos dos diferentes países, através dos ministérios competentes, fomentem uma cultura do trabalho, e não da dádiva. É verdade que em momentos de crise há que recorrer à dádiva para sair da emergência (...). Mas depois é preciso ir fomentando fontes de trabalho porque, e não me canso de o repetir, o trabalho outorga dignidade.

 

- Na outra ponta está o problema do excesso de trabalho... Será necessário recuperar o sentido do ócio?

 

       O seu sentido mais recto. O ócio tem duas aceções: como desocupação e como gratificação. Dizendo de outra maneira: uma pessoa que trabalha deve ter tempo para descansar, para estar em família, para ter prazer, ler, ouvir música, praticar um desporto. Mas isto está a ser destruído, em boa medida, com a supressão do descanso dominical. Há cada vez mais pessoas a trabalhar aos domingos, consequência da competitividade introduzida pela sociedade de consumo. Nesses casos vamos para outro extremo: o trabalho acaba por desumanizar. Quando o trabalho não dá lugar ao ócio saudável, ao repouso reparador, então escraviza, porque uma pessoa já não trabalha pela dignidade, mas sim pela competitividade. Está viciada a intenção pela qual estou a trabalhar...

       A Igreja sempre disse que a chave da questão social é o trabalho. O homem trabalhador é o centro. Hoje, em muitos casos, isto não é assim. Facilmente se é despedido, se não render como previsto. Passa a ser uma coisa, não é tido em conta como pessoa... Não nos esqueçamos que uma das principais causas do suicídio é o fracasso laboral no âmbito de uma competitividade feroz. Por isso, não se pode olhar para o trabalho apenas pelo lado funcional. O centro não é o lucro, nem o capital. O homem não é para o trabalho, mas sim o trabalho para o homem.

 

In SERGIO RUBIN e FRANCESCA AMBROGETTI, Papa Francisco. Conversas com Jorge Bergoglio, Paulinas Editora. Prior Velho 2013

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