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...espaço de discussão, de formação, de cultura, de curiosidades, de interacção. Poderemos estar mais próximos. Deus seja a nossa Esperança e a nossa Alegria...

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25.05.12

XXVII Jornada Diocesana da Juventude - 19 de maio

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       Realizou-se, em 19 de maio, a XXVII Jornada Diocesana da Juventude, em São João da Pesqueira, em São Salvador do Mundo. Esteve um bom grupo de jovens do Arciprestado de Tabuaço, de Barcos, Tabuaço, Távora, Balsa, Valença do Douro. Ficam algumas fotos:

 

»»» A próxima JORNADA DIOCESANA DA JUVENTUDE vai ser no Arciprestado de Tabuaço... A Cruz e o Ícone de Nossa Senhora, símbolos importantes nas Jornadas Mundiais da Juventude, e também ao nível diocesano..

22.05.12

Boletim Paroquial Voz Jovem - maio 2012

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       O boletim paroquial VOZ JOVEM, como habitualmente quando se aproxima o último domingo do mês, aí está, para já em formato virtual e no fim de semana impresso. Em maio, os temas são variados, bem assim como as informações. No editorial, reflexão à volta do tema propostos como aglutinador para os meses de maio e junho, ORAÇÃO, MISSÃO, COMUNHÃO, partindo da caraterização da comunidade de Jerusalém nos primórdios da Igreja. Nas páginas centrais, duas atividades relacionadas sobretudo com os jovens: Fátima Jovem 2012 e XXVII Jornada Diocesana da Juventude. Espaço também para a notícia do Dia da Mãe e do Encontro de Reflexão Bíblica. Na última página, o Olhar de um Jovem, informações habituais e duas imagens da Procissão das Velas, no passado dia 12 de maio.

O Boletim poderá ser lido a partir da página da paróquia de Tabuaço, ou fazendo o download:

15.05.12

Mensagem de Bento XVI para a JMJ 2012

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MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI

PARA A XXVII JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE 2012

«Alegrai-vos sempre no Senhor!» (Fl 4, 4)

 

       Queridos jovens, sinto-me feliz por me dirigir de novo a vós, por ocasião da XXVII Jornada Mundial da Juventude. A recordação do encontro de Madrid, no passado mês de Agosto, permanece muito presente no meu coração. Foi um momento extraordinário de graça, durante o qual o Senhor abençoou os jovens presentes, vindos do mundo inteiro. Dou graças a Deus pelos tantos frutos que fez nascer naquelas jornadas e que no futuro não deixarão de se multiplicar para os jovens e para as comunidades às quais pertencem. Agora já estamos orientados para o próximo encontro no Rio de Janeiro em 2013, que terá como tema «Ide, fazei discípulos de todas as nações!» (cf. Mt 28, 19).

       Este ano, o tema da Jornada Mundial da Juventude é-nos dado por uma exortação da Carta de são Paulo apóstolo aos Filipenses: «Alegrai-vos sempre no Senhor!» (4, 4). Com efeito, a alegria é um elemento central da experiência cristã. Também durante cada Jornada Mundial da Juventude fazemos a experiência de uma alegria intensa, a alegria da comunhão, a alegria de ser cristãos, a alegria da fé. É uma das características destes encontros. E vemos a grande força atractiva que ela tem: num mundo com muita frequência marcado por tristeza e preocupações, é um testemunho importante da beleza e da fiabilidade da fé cristã.

       A Igreja tem a vocação de levar ao mundo a alegria, uma alegria autêntica e duradoura, aquela que os anjos anunciaram aos pastores de Belém na noite do nascimento de Jesus (cf. Lc 2, 10): Deus não se limitou a falar, não realizou só sinais prodigiosos na história da humanidade, Deus fez-se tão próximo a ponto de se tornar um de nós e de percorrer as etapas de toda a vida do homem. No difícil contexto actual, muitos jovens em vosso redor têm uma imensa necessidade de sentir que a mensagem cristã é uma mensagem de alegria e de esperança! Então, gostaria de reflectir convosco sobre esta alegria, sobre os caminhos para a encontrar, a fim de que possais vivê-la cada vez mais em profundidade e dela ser mensageiros entre quantos vos circundam.

 

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15.05.12

Mensagem de Bento XVI para a JMJ 2012 (1)

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O nosso coração é feito para a alegria

       A aspiração pela alegria está impressa no íntimo do ser humano. Além das satisfações imediatas e passageiras, o nosso coração procura a alegria profunda, total e duradoura, que possa dar «sabor» à existência. E isto é válido sobretudo para vós, porque a juventude é uma fase de descoberta contínua da vida, do mundo, dos outros e de si mesmos. É um tempo de abertura ao futuro, no qual se manifestam os grandes desejos de felicidade, de amizade, de partilha, e de verdade, no qual somos movidos por ideais e concebemos projectos.

       E todos os dias são tantas as alegrias simples que o Senhor nos oferece: a alegria de viver, a alegria face à beleza da natureza, a alegria de um trabalho bem feito, a alegria do serviço, a alegria do amor sincero e puro. E se olharmos com atenção, existem muitos outros motivos de alegria: os bons momentos da vida familiar, a amizade partilhada, a descoberta das próprias capacidades pessoais e a consecução de bons resultados, o apreço da parte dos outros, a possibilidade de se expressar e de se sentir compreendidos, a sensação de ser úteis ao próximo. E depois a aquisição de novos conhecimentos através dos estudos, a descoberta de novas dimensões através de viagens e encontros, a possibilidade de fazer projectos para o futuro. Mas também a experiência de ler uma obra literária, de admirar uma obra prima da arte, de ouvir e tocar música ou de ver um filme podem causar em nós alegrias verdadeiras.

       Mas todos os dias nos confrontamos também com tantas dificuldades e no coração existem preocupações em relação ao futuro, a ponto de que nos podemos perguntar se a alegria plena e duradoura pela qual aspiramos não seja talvez uma ilusão e uma fuga da realidade. São muitos os jovens que se questionam: é deveras possível a alegria plena nos dias de hoje? E esta busca percorre vários caminhos, alguns dos quais se revelam errados, ou pelo menos perigosos. Mas como distinguir as alegrias deveras duradouras dos prazeres imediatos e enganadores? De que modo encontrar alegria na vida, aquela que dura e nunca nos abandona até nos momentos difíceis?

 

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15.05.12

Mensagem de Bento XVI para a JMJ 2012 (2)

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Deus é a fonte da alegria verdadeira

       Na realidade as alegrias autênticas, as que são pequenas do dia a dia ou as grandes da vida, todas têm origem em Deus, mesmo se à primeira vista não vem ao de cima, porque Deus é comunhão de amor eterno, é alegria infinita que não permanece fechada em si mesma, mas que se expande naqueles que Ele ama e que o amam. Deus criou-nos à sua imagem por amor e para derramar sobre nós este seu amor, para nos colmar com a sua presença e com a sua graça. Deus quer que participemos da sua alegria, divina e eterna, fazendo-nos descobrir que o valor e o sentido profundo da nossa vida consiste em ser aceite, ouvido e amado por Ele, e não com um acolhimento frágil como pode ser o humano, mas com um acolhimento incondicional, como é o divino: eu sou querido, tenho um lugar no mundo e na história, sou amado pessoalmente por Deus. E se Deus me aceita, ama-me e disto tenho a certeza, sei de maneira clara e certa que é bom que eu esteja no mundo, que exista.

       Este amor infinito de Deus por todos nós manifesta-se de modo pleno em Jesus Cristo. Nele encontra-se a alegria que procuramos. No Evangelho vemos como os acontecimentos que marcam o início da vida de Jesus se caracterizam pela alegria. Quando o arcanjo Gabriel anuncia à Virgem Maria que será mãe do Salvador, começa com esta palavra: «Alegra-te!» (Lc 1, 28). Quando Jesus nasce, o Anjo do Senhor diz aos pastores: «Eis que vos anuncio uma grande alegria, que será de todo o povo: hoje, na cidade de David, nasceu para vós um Salvador, que é Cristo Senhor» (Lc 2, 11). E os Magos que procuravam o menino, «ao ver a estrela, sentiram uma grande alegria» (Mt 2, 10). Por conseguinte, o motivo desta alegria é a proximidade de Deus, que se fez um de nós. E é isto que são Paulo queria significar quando escreveu aos cristãos de Filipos: «Alegrai-vos sempre no Senhor, repito, alegrai-vos. Que a vossa mansidão seja notória a todos os homens. O Senhor está perto» (Fl 4, 4-5). A primeira causa da nossa alegria é a proximidade do Senhor, que me acolhe e me ama.

       De facto, do encontro com Jesus nasce sempre uma grande alegria interior. Podemos ver isto nos Evangelhos em muitos episódios. Recordemos a visita de Jesus a Zaqueu, um cobrador de impostos desonesto, um pecador público, ao qual Jesus diz: «Hoje tenho que ficar em tua casa». E Zaqueu, refere são Lucas, «recebeu-o cheio de alegria» (Lc 19, 5-6). É a alegria do encontro com o Senhor; é o sentir o amor de Deus que pode transformar toda a existência e trazer salvação. E Zaqueu decidiu mudar de vida e dar metade dos seus bens aos pobres.

       Na hora da paixão de Jesus, este amor manifesta-se em toda a sua força. Nos últimos momentos da sua vida terrena, na ceia com os seus amigos, Ele diz: «Como o Pai Me amou, também Eu vos amei. Permanecei no meu amor... Digo-vos isto para que a Minha alegria esteja em vós e o vosso gozo seja completo» (Jo 15, 9.11). Jesus quer introduzir os seus discípulos e cada um de nós na alegria plena, a mesma que Ele partilha com o Pai, para que o amor com que o Pai o ama esteja em nós (cf. Jo 17, 26). A alegria cristã é abrir-se a este amor de Deus e pertencer-Lhe.

       Narram os Evangelhos que Maria de Magdala e outras mulheres foram visitar o túmulo onde Jesus tinha sido colocado depois da sua morte e receberam de um Anjo um anúncio perturbador, o da sua ressurreição. Então abandonaram à pressa o sepulcro, anota o Evangelista, «com receio e grande alegria» e apressaram-se a levar a notícia aos discípulos. E Jesus veio ao encontro deles e disse: «Deus vos salve» (Mt 28, 8-9). É a alegria da salvação que lhes é oferecida: Cristo é o vivo, é Aquele que venceu o mal, o pecado e a morte. Ele está presente no meio de nós como o Ressuscitado, até ao fim do mundo (cf. Mt 28, 20). O mal não tem a última palavra sobre a nossa vida, mas a fé em Cristo Salvador diz-nos que o amor de Deus vence.

       Esta alegria profunda é fruto do Espírito Santo que nos torna filhos de Deus, capazes de viver e de apreciar a sua bondade, de nos dirigirmos a Ele com a palavra «Abbà», Pai (cf. Rm 8, 15). A alegria é sinal da sua presença e da sua acção em nós.

 

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15.05.12

Mensagem de Bento XVI para a JMJ 2012 (3)

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Conservar no coração a alegria cristã

       A este ponto perguntamo-nos: como receber e conservar este dom da alegria profunda, da alegria espiritual? 

       Um Salmo diz: «Põe no Senhor as tuas delícias; conceder-te-á os desejos do teu coração» (Sl 37, 4). E Jesus explica que «o reino do céu é semelhante a um tesouro escondido no campo; um homem encontra-o e esconde-o; depois vai, cheio de alegria, vende todos os seus bens e compra o campo» (Mt 13, 44). Encontrar e conservar a alegria espiritual nasce do encontro com o Senhor, que pede para o seguir, para fazer a escolha decidida de apostar tudo n'Ele. Queridos jovens, não tenhais medo de pôr em jogo a vossa vida dando espaço a Jesus e ao seu Evangelho; é o caminho para ter a paz e a verdadeira felicidade no nosso íntimo, é o caminho para a verdadeira realização da nossa existência de filhos de Deus, criados à sua imagem e semelhança.

       Procurar a alegria no Senhor: a alegria é fruto da fé, é reconhecer todos os dias a sua presença, a sua amizade: «O Senhor está próximo!» (Fl 4, 5); é repor n'Ele toda a nossa confiança, é crescer no conhecimento e no amor a Ele. O «Ano da fé», que daqui a poucos meses iniciaremos, ser-nos-á de ajuda e de estímulo. Queridos amigos, aprendei a ver como Deus age nas nossas vidas, descobri-o escondido no coração dos acontecimentos do vosso dia a dia. Acreditai que Ele é sempre fiel à aliança que estabeleceu convosco no dia do vosso Baptismo. Sabei que nunca vos abandonará. Dirigi com frequência o vosso olhar para Ele. Na cruz, ofereceu a sua vida porque vos ama. A contemplação de um amor tão grande leva nos corações uma esperança e uma alegria que nada pode derrubar. Um cristão nunca pode estar triste porque encontrou Cristo, que deu a vida por ele.

       Procurar o Senhor, encontrá-lo na vida significa também acolher a sua Palavra, que é alegria para o coração. O profeta Jeremias escreve: «Eu devoro as Vossas palavras, onde as encontro; a Vossa palavra é a minha alegria, as delícias do meu coração» (Jr 15, 16). Aprendei a ler e a meditar a Sagrada Escritura, nela encontrareis uma resposta às perguntas mais profundas de verdade que se aninham no vosso coração e na vossa mente. A Palavra de Deus faz descobrir as maravilhas que Deus realizou na história do homem e, cheios de alegria, abre ao louvor e à adoração: «Vinde, exultemos no Senhor... prostremo-nos, dobremos os joelhos diante do Senhor nosso Criador!» (Sl 95, 1.6).

       Depois, de modo particular, a Liturgia é o lugar por excelência no qual se expressa a alegria que a Igreja recebe do Senhor e transmite ao mundo. Todos os domingos, na Eucaristia, as comunidades cristãs celebram o Mistério central da salvação: a morte e ressurreição de Cristo. Este é um momento fundamental para o caminho de cada discípulo do Senhor, no qual se torna presente o seu Sacrifício de amor; é o dia no qual encontramos Cristo Ressuscitado, ouvimos a sua Palavra, nos alimentamos do seu Corpo e do seu Sangue. Um Salmo afirma: «Este é o dia que o Senhor fez, cantemos e alegremo-nos n'Ele!» (Sl 118, 24). E na noite de Páscoa, a Igreja canta o Exultet, expressão de alegria pela vitória de Jesus Cristo sobre o pecado e sobre a morte: «Exulte o coro dos anjos... Rejubile a terra inundada por tão grande esplendor... e todo este templo ressoe pelas aclamações do povo em festa!» A alegria cristã nasce do saber que se é amados por um Deus que se fez homem, deu a sua vida por nós e derrotou o mal e a morte; e é viver de amor por Ele. Santa Teresa do Menino Jesus, jovem carmelita, escrevia: «Jesus, amar-te é a minha alegria!» (p 45, 21, 21 de Janeiro de 1897, Op. Compl. p. 708).

 

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15.05.12

Mensagem de Bento XVI para a JMJ 2012 (4)

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A alegria do amor

       Queridos amigos, a alegria está intimamente ligada com o amor: são dois frutos inseparáveis do Espírito Santo (cf. Gl 5, 23). O amor produz alegria, e a alegria é uma forma de amor. A beata Madre Teresa de Calcuta, fazendo eco às palavras de Jesus: «A felicidade está mais em dar do que em receber!» (Act 20, 35), dizia: «A alegria é uma rede de amor para capturar as almas. Deus ama quem dá com alegria. E quem dá com alegria dá mais». E o Servo de Deus Paulo vi escrevia: «No próprio Deus tudo é alegria porque tudo é dom» (Exort. ap. Gaudete in Domino, 9 de Maio de 1975). 

       Pensando nos vários âmbitos da vossa vida, gostaria de vos dizer que amar significa constância, fidelidade, ser fiel aos compromissos. E isto, em primeiro lugar, nas amizades: os nossos amigos esperam que sejamos sinceros, leais, fiéis, porque o verdadeiro amor é perseverante, também e sobretudo nas dificuldades. E o mesmo é válido para o trabalho, para os estudos e para os serviços que desempenhais. A fidelidade e a perseverança no bem levam à alegria, mesmo se nem sempre ela é imediata.

       Para entrar na alegria do amor, somos chamados também a ser generosos, a não nos contentarmos em dar o mínimo, mas a comprometer-nos profundamente na vida, com uma atenção particular pelos mais necessitados. O mundo tem necessidade de homens e mulheres competentes e generosos, que se ponham ao serviço do bem comum. Comprometei-vos a estudar com seriedade; cultivai os vossos talentos e ponde-os desde já ao serviço do próximo. Procurai o modo de contribuir para construir uma sociedade mais justa e humana, onde quer que vos encontreis. Toda a vossa vida seja guiada pelo espírito de serviço, e não pela busca do poder, do sucesso material e do dinheiro.

       A propósito de generosidade, não posso deixar de mencionar uma alegria especial: a que se sente quando se responde à vocação de entregar toda a própria vida ao Senhor. Queridos jovens, não tenhais medo da chamada de Cristo para a vida religiosa, monástica, missionária ou para o sacerdócio. Estai certos de que Ele enche de alegria todos os que, dedicando-lhe a vida nesta perspectiva, respondem ao seu convite a deixar tudo para permanecer com Ele e dedicar-se com coração indiviso ao serviço dos outros. Do mesmo modo, é grande a alegria que Ele destina ao homem e à mulher que se doam totalmente um ao outro no matrimónio para construir uma família e tornar-se sinal do amor de Cristo pela sua Igreja.

       Gostaria de mencionar um terceiro elemento para entrar na alegria do amor: fazer crescer na vossa vida e na vida das vossas comunidades a comunhão fraterna. Há um vínculo estreito entre a comunhão e a alegria. Não é ocasional que são Paulo escreva a sua exortação no plural: não se dirige a cada um singularmente, mas afirma: «Alegrai-vos sempre no Senhor» (Fl 4, 4). Só juntos, vivendo a comunhão fraterna, podemos experimentar esta alegria. O livro dos Actos dos Apóstolos descreve do seguinte modo a primeira comunidade cristã: «Partiam o pão em suas casas e tomavam o alimento com alegria e simplicidade de coração» (Act 2, 46). Comprometei-vos vós também para que as comunidades cristãs possam ser lugares privilegiados de partilha, de atenção e de cuidado uns dos outros.

 

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15.05.12

Mensagem de Bento XVI para a JMJ 2012 (5)

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A alegria da conversão

       Queridos amigos, para viver a verdadeira alegria é necessário também identificar as tentações que a afastam. A cultura actual com frequência induz a procurar metas, realizações e prazeres imediatos, favorecendo mais a inconstância do que a perseverança na fadiga e a fidelidade aos compromissos. As mensagens que recebeis incentivam a entrar na lógica do consumo, expondo felicidades artificiais. A experiência ensina que o ter não coincide com a alegria: há tantas pessoas que, mesmo possuindo bens materiais em abundância, com frequência sentem-se afligidas pelo desespero, pela tristeza e sentem um vazio na vida. Para permanecer na alegria, somos chamados a viver no amor e na verdade, a viver em Deus.

       E a vontade de Deus é que sejamos felizes. Por isso nos deu indicações concretas para o nosso caminho: os Mandamentos. Se os seguirmos, encontramos o caminho da vida e da felicidade. Mesmo se à primeira vista podem parecer um conjunto de proibições, quase um impedimento à liberdade, se os meditarmos mais atentamente, à luz da Mensagem de Cristo, eles são um conjunto de regras de vida essenciais e preciosas que levam a uma existência feliz, realizada segundo o projecto de Deus. Ao contrário, quantas vezes verificamos que construir ignorando Deus e a sua vontade causa desilusão, tristeza, sentido de derrota. A experiência do pecado como rejeição a segui-lo, como ofensa à sua amizade, obscurece o nosso coração.

       Mas se por vezes o caminho cristão não é fácil e o compromisso de fidelidade ao amor do Senhor encontra obstáculos ou regista quedas, Deus, na sua misericórdia, não nos abandona, mas oferece-nos sempre a possibilidade de voltar para Ele, de nos reconciliar com Ele, de experimentar a alegria do seu amor que perdoa e acolhe de novo. 

       Queridos jovens, recorrei com frequência ao Sacramento da Penitência e da Reconciliação! Ele é o Sacramento da alegria reencontrada. Pedi ao Espírito Santo a luz para saber reconhecer os vossos pecados e a capacidade de pedir perdão a Deus aproximando-vos deste sacramento com constância, serenidade e confiança. O Senhor abrir-vos-á sempre os seus braços, purificar-vos-á e far-vos-á entrar na sua alegria: haverá jubilo no céu até por um só pecador que se converte (cf. Lc 15, 7).

 

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15.05.12

Mensagem de Bento XVI para a JMJ 2012 (6)

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A alegria nas provas (provações)

       Mas no final, poderia permanecer no nosso coração a pergunta se é possível verdadeiramente viver na alegria também no meio das muitas provas da vida, especialmente das mais dolorosas e misteriosas, e se deveras seguir o Senhor, ter confiança n'Ele dá sempre felicidade. A resposta pode ser-nos dada por algumas experiências de jovens como vós que encontraram precisamente em Cristo a luz capaz de dar força e esperança, também face às situações mais difíceis. O beato Pier Giorgio Frassati (1901-1925) experimentou tantas provas na sua existência, mesmo se breve, entre as quais uma, relativa à sua vida sentimental, que o tinha ferido de modo profundo. Precisamente nesta situação, escrevia à irmã: «Tu perguntas-me se estou feliz; e como não poderia sê-lo? Enquanto a fé me der força estarei sempre alegre! Cada católico só pode sentir alegria... A finalidade para a qual fomos criados indica-nos o caminho semeado mesmo se com muitos espinhos, mas não um caminho triste: ele é alegria também através dos sofrimentos» (Carta à irmã Luciana, Turim, 14 de Fevereiro de 1925). E o beato João Paulo II, apresentando-o como modelo, dele dizia: «era um jovem de uma alegria arrebatadora, uma alegria que superava tantas dificuldades da sua vida» (Discurso aos jovens, Turim, 13 de abril de 1980).

       Mais próxima de nós, a jovem Chiara Badano (1971-1990), recentemente beatificada, experimentou como o sofrimento pode ser transfigurado pelo amor e ser misteriosamente habitado pela alegria. Com 18 anos, num momento no qual o cancro a fazia sofrer particularmente, Chiara rezou ao Espírito Santo, intercedendo pelos jovens do seu Movimento. Além da própria cura, tinha pedido a Deus que iluminasse com o seu Espírito todos aqueles jovens, que lhes desse a sabedoria e a luz: «Foi precisamente um momento de Deus: sofria muito fisicamente, mas a alma cantava» (Carta a Chiara Lubich, Sassello, 20 de Dezembro de 1989). A chave da sua paz e da sua alegria era a total confiança no Senhor e a aceitação também da doença como expressão misteriosa da sua vontade para o seu bem e para o bem de todos. Repetia com frequência: «Se tu o queres, Jesus, também eu o quero».

       São dois simples testemunhos entre muitos outros que mostram como o cristão autêntico nunca está desesperado e triste, mesmo perante as provas mais duras, e mostram que a alegria cristã não é uma fuga da realidade, mas uma força sobrenatural para enfrentar e viver as dificuldades quotidianas. Sabemos que Cristo crucificado e ressuscitado está connosco, é o amigo sempre fiel. Quando participamos dos seus sofrimentos, participamos também da sua glória. Com Ele e n'Ele, o sofrimento transforma-se em amor. E nisto encontra-se a alegria (cf. Cl 1, 24).

 

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15.05.12

Mensagem de Bento XVI para a JMJ 2012 (7)

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Testemunhas da alegria

       Queridos amigos, para concluir gostaria de vos exortar a ser missionários da alegria. Não se pode ser felizes se os outros não o são: por conseguinte, a alegria deve ser partilhada. Ide contar aos outros jovens a vossa alegria por ter encontrado aquele tesouro precioso que é o próprio Jesus. Não podemos ter para nós a alegria da fé: para que ela possa permanecer connosco, devemos transmiti-la. São João afirma: «Aquilo que ouvimos e vimos, nós vo-lo anunciamos, para que também vós entreis em comunhão connosco... Escrevo-vos estas coisas, para que a nossa alegria seja plena» (1 Jo 1, 3-4).

       Por vezes é apresentada uma imagem do Cristianismo como de uma proposta de vida que oprime a nossa liberdade, que vai contra o nosso desejo de felicidade e de alegria. Mas isto não corresponde à verdade! Os cristãos são homens e mulheres verdadeiramente felizes porque sabem que nunca estão sozinhos, mas que são amparados sempre pelas mãos de Deus! Compete sobretudo a vós, jovens discípulos de Cristo, mostrar ao mundo que a fé confere uma felicidade e uma alegria verdadeira, plena e duradoura. E se o modo de viver dos cristãos por vezes parece cansado e entediado, sede os primeiros a testemunhar o rosto jubiloso e feliz da fé. O Evangelho é a «boa nova» que Deus nos ama e que cada um de nós é importante para Ele. Mostrai ao mundo que é precisamente assim!

       Sede pois missionários entusiastas da nova evangelização! Levai a quantos sofrem, a quantos estão em busca, a alegria que Jesus quer doar. Levai-a às vossas famílias, às vossas escolas e universidades, aos vossos lugares de trabalho e aos vossos grupos de amigos, onde quer que vivais. Vereis que ela é contagiosa. E recebereis o cêntuplo: a alegria da salvação para vós próprios, a alegria de ver a Misericórdia de Deus agir nos corações. No dia do vosso encontro definitivo com o Senhor, Ele poderá dizer-vos: «Servo bom e fiel, participa da alegria do teu senhor!» (Mt 25, 21).

       A Virgem Maria vos acompanhe neste caminho. Ela acolheu o Senhor dentro de si e anunciou-o com um cântico de louvor e de alegria, o Magnificat: «A minha alma glorifica ao Senhor e o meu espírito exulta em Deus, meu salvador» (Lc 1, 46-47). Maria respondeu plenamente ao amor de Deus dedicando a sua vida a Ele num serviço humilde e total. É chamada «causa da nossa alegria» porque nos deu Jesus. Ela introduzir-vos-á naquela alegria que ninguém vos poderá tirar!

 

Vaticano, 15 de Março de 2012.

BENEDICTUS PP. XVI

 

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