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30.03.21

Isidro Lamelas: MELITÃO DE SARDES - sobre a Páscoa

mpgpadre
ISIDRO LAMELAS (2021. Melitão, Bispo de Sardes. Sobre a Páscoa (Perì Pascha). A mais antiga homilia pascal. Prior Velho: Paulinas Editora. 80 páginas.

Melitão de Sardes.jpg

Ao aproximar-se a festa maior dos cristãos, eis esta homilia do Bispo de Sardes, Melitão, data de 164 a 166. É uma das mais antigas homilias que se conserva e que mostra bem como a Páscoa era verdadeiramente a única das festas cristãs.
 
Vejamos como é apresentado este livrinho:
"O conceituado exegeta franciscano Frei Isidro Lamelas oferece-nos aqui uma pequena pérola do tesouro da Tradição Patrística, concretamente, uma Homilia do século II sobre a Páscoa. Esta tradução para português é mais uma pedra do repositório patrístico, na nossa língua, de que o autor tem sido esforçado cultor. O autor da Homilia é o Bispo Melitão da cidade de Sardes, mas o ano em que foi proferida situa-se por volta de finais da década de 160, o que, em termos de cronologia, nos situa às portas da Ressurreição de Jesus. O especial interesse suscitado pelo texto desta Homilia reside no olhar que ela nos transmite sobre a forma como as primeiras comunidades se colocavam perante esse evento fundante da Ressurreição, como o viviam e que sentido e força regeneradora comportava, pois viviam-se tempos de testemunho cristão dado com intensa impregnação de sangue de mártires".
Antes da homilia, o enquadramento, contexto, a descoberta do texto e como se preservou, como se chegou ao seu autor, o estilo da homilia, a cidade de Sardes e as referências a esta Igreja no livro do Apocalipse. O autor tem o cuidado da apresentação, da tradução, das notas, explicitando aspetos da homilia, na ligação á Bíblia, às comunidades e a algumas heresias daquele tempo.
 
O autor:
ISIDRO PEREIRA LAMELAS é natural de Penude, concelho e diocese de Lamego e membro da Ordem Franciscana desde 1985. Licenciado em Teologia (UCP 1990), especializou-se em Estudos Patrísticos, no Instituto Patrístico Augustinianum de Roma. Frequentou Instituto Oriental de Roma (1997-1998), tendo concluído o Doutoramento na Universidade Gregoriana (1998).
Desde 2000 leciona na Faculdade de Teologia da UCP.
Ao longo destes anos tem promovido a tradução e estudo das fontes do cristianismo antigo, com especial atenção para o período pré-constantiniano e os autores galaico-lusitanos. Foi, entre 2013 e 2018, diretor da revista Didaskalia e, desde então, continua na Equipa editorial da revista Ephata, publicada pela Faculdade de Teologia. É ainda Diretor da revista Itinerarium, publicada pelos Franciscanos OFM. Tem publicados numerosos artigos e vários livros sobre o cristianismo das origens e a literatura patrística, de entre os quais destacamos os mais recentes: Gaudeo ubi audio, Santo Agostinho: a alegria da Palavra, 2012; Sim Cremos. O Credo comentado pelos Padres da Igreja, 2013; As origens do Cristianismo. Padres Apostólicos, 2016; A via da misericórdia na sabedoria dos Padres do deserto, 2016; Padres do deserto. Palavras do silêncio, 2019; Justino, filósofo e mártir do século II. Em defesa dos Cristãos, 2019; Os Padres da Igreja. Dos Apóstolos a Constantino, 2020; Potâmio de Lisboa. Escritos (em co-autoria com José António Gonçalves); Os espaços litúrgicos dos primeiros cristãos. Fontes literárias dos primeiros quatro séculos, 2021. É membro da Direção da Faculdade de Teologia da UCP e membro integrado do CITER-UCP
MELITÃO DE SARDES
Pouco sabemos da vida deste Bispo da Igreja de Sardes (na Lídia), pelos anos 160-170. As fontes antigas referem-se a ele como um dos «luminares» da antiquíssima Igreja da Asia Menor. Autor de vários escritos, entre os quais uma Apologia dirigia ao imperador Marco Aurélio (cerca do ano 170), quase tudo se perdeu. Visitou os lugares santos para estudar as Escrituras afirmando-se como um teólogo ilustrado e fecundo. Até meados do século passado não tínhamos como confirmar essa fecundidade teológica e literária atestada pelas fontes históricas. Desde 1940 0 nome de Melitão voltou a dar que falar, com a descoberta do texto quase completo da sua Homilia Sobre a Páscoa que aqui se publica.

21.08.14

Leituras - ISIDRO LAMELAS: St. Agostinho: A Alegria da Palavra

mpgpadre

ISIDRO PEREIRA LAMELAS, ofm, (2012). Santo Agostinho, A Alegria da Palavra. Gaudio ubi audio. Coimbra: Tenacitas. 192 páginas.

       Na primeira Exortação Apostólica, Evangelii Gaudium (A Alegria do Evangelho), o Papa Francisco dedica algumas páginas incisivas à homilia, como uma ferramenta válida para o anúncio do Evangelho, a que sacerdotes e bispos devem dar especial atenção, preparando bem, com uma leitura atenta e demorada do Evangelho, uma e outra vez, pois só na medida em que a Palavra de Deus diga algo e seja significativa para quem A anuncia poderá ser luminosa para quem A escuta. Ainda que o Espírito Santo inspire uns e outros. A homilia há de partir de Jesus e fazer voltar a Jesus, em dinâmica de desafio, de conversão. A homilia visa sempre comunicar Jesus Cristo, e não o pregador. Procura ser acessível e envolvendo os que escutam.

       Neste livro o Pe. Isidro Lamelas apresenta-nos um pregador exímio: SANTO AGOSTINHO. Outro tempo, uma cultura diferente, um ambiente específico, mas com muitas notas úteis para perceber bem o papel da homilia nas comunidades eclesiais, com algumas constantes que se mantiveram ao longo dos tempos.

       O Pe. Isidro Lamelas, OFM (Ordem dos Frades Menores) é natural de Penude, Lamego. Minha terra natal. Essa foi uma motivação inicial e acrescida para ler esta obra. Mas bastaram as primeiras páginas para perceber que valeu a pena procurar este título e reservar-lhe atenção, pela densidade da exposição, pelo conhecimento e investigação do autor, mas ao mesmo tempo numa escrita muito acessível e de fácil leitura. Por outro lado, é um instrumento valioso para enquadrar a homilia, a partir de Santo Agostinho, figura ímpar do cristianismo.

       Santo Agostinho é reconhecidamente uma das mentes mais brilhantes do cristianismo, sendo uma referência para os teólogos em diferentes campos da teologia mas também da filosofia, e com frases que se multiplicam na Internet. Sobre os Sacramentos, sobre a Teologia da Graça, sobre a Igreja. Uma das obras mais lidas do autor: Confissões. Testemunho da sua fé, o caminho da conversão a Jesus Cristo, a busca e o encontro com o Mestre dos Mestres.

       Menos conhecidos são os seus Sermões (populares). Ultimamente têm sido descobertos alguns e têm ganhado relevância nos meios académicos.

       O autor, Isidro Lamelas, dedica os primeiros capítulos a refletir sobre os aspetos mais importantes das homilias de Santo Agostinho, com o enquadramento histórico e mostrando como a referidas homilias apresentam um estilo específico de oralidade, pelo que seria mais fácil ouvir do que ler. A origem e o propósito: homilias dirigidas às comunidades crentes. Salienta-se o facto do pregador contextualizar as suas intervenções, tendo em conta as pessoas que tem à sua frente, partindo de uma leitura previamente escolhida, ou não, com um tema preparado, mas por vezes alterando a temática perante a necessidade de falar de outro assunto, com grande interação com o povo, em que o próprio provoca reações ou as expressa, aplausos, cansaço, fadiga, das pessoas ou dele próprio, ocasiões festivas, ouvintes que estão a entender ou nem por isso, sendo preciso explicar melhor ou deixar para outro dia o aprofundamento do tema.

       Uma nota sempre sublinhada é o facto do pregador hiponense partir sempre da Palavra de Deus, e a ela recorrer frequentemente. Usa uma linguagem muito viva, na procura de explicar  melhor possível. O mais importante é que a homilia esteja ao serviço da palavra, ainda que reconheça que a eloquência poderá ajudar a uma melhor compressão da mensagem. Porém, o mais importante é sempre o conteúdo, a Palavra de Deus.

       Numa segunda parte da obra, o Pe. Isidro apresenta algumas homilias, ou parte delas, sobretudo referidas à temática social. No momento de crise que a sociedade atravessa, as palavras de Santo Agostinho continuam válidas e incisivas.

       Ao ler este livro fiquei convencido da mestria do autor e da sua sugestão: as homilias de Santo Agostinho, que se leem com grande agrado, podendo a ajudar outros a preparar melhor as homilias, e a todos ajudar a viver/acolher melhor a Palavra de Deus.

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