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08.09.17

VL - Quero falar contigo sobre os meus sentimentos - 2

mpgpadre

comunicar.jpg 

A comunicação é como jogar à bola. Eu lanço a bola. Tu lanças a bola. Alguém tem de lançar a bola em primeiro lugar. Deus é o primeiro a lançar a bola, toma a iniciativa, vem “jogar” o nosso jogo, faz-Se, em Jesus Cristo, um de nós, em tudo igual a nós exceto no pecado.

Na comunicação contam várias condicionantes, mas o essencial são as pessoas que comunicam. A primeira condição é a aceitação: aceitar e escutar. A predisposição não apenas para falar mas para criar as condições para a outra pessoa falar. Aceitar o que tem para me dizer, sem preconceitos. A aceitação inicia-se ouvindo o que ela tem para me dizer. E então a comunicação acontece. É possível que alguma coisa mude.

Com efeito, a comunicação visa a mudança. Se nada muda, é porque não houve comunicação, pois esta leva sempre a novos comportamentos.

Falar do tempo, do futebol, falar das fases da nossa vida, é parecido com comunicação, mas a verdadeira comunicação fala de sentimentos e procura tocar o coração do outro.

Por outro lado, na comunicação pode haver a tentação de eu procurar mostrar à outra pessoa que sou melhor que ela. "Se ao menos eu fosse melhor do que aquela pessoa! Sem se perceber, muitas vezes usamos a comunicação como uma forma de competição”. Dessa forma nada muda. A mudança começa quando o outro se sente aceite como pessoa. Não se trata de concordar com tudo o que diz, trata-se de a aceitar como pessoa e dar valor ao que nos diz.

É isto que Deus faz connosco. Por amor nos chama à vida e por amor Se comunica, em palavras mas sobretudo pela Palavra que encarna, que Se assume Pessoa, em Jesus Cristo. A comunicação é “corporal”, encurtando distâncias. Jesus comunica-Se com a Sua própria vida. Na relação com as multidões, com os discípulos, com as pessoas mais frágeis, Jesus olha, escuta, pergunta, responde. A primeira preocupação de Jesus não é julgar, mas acolher, escutar, perceber o coração de quem d’Ele se aproxima ou, muitas das vezes, de quem Ele se aproxima. “Nós vivemos através da comunicação. Quando a tua comunicação muda com outra pessoa, a tua relação muda com todas as outras pessoas também. A tua relação com o teu trabalho e as relações na tua vida mudarão também”.

É isso que acontece com os discípulos: o encontro com Jesus muda-os e mudam para sempre as suas vidas, indo ao encontro de outros para comunicarem a Vida por excelência: Jesus, morto e ressuscitado.

 

Publicado na Voz de Lamego, n.º 4424, de 8 de agosto de 2017

07.09.17

VL - Quero falar contigo sobre os meus sentimentos

mpgpadre

casal discutindo 4.jpg

"I want to tell you about my feelings". Belíssimo texto de MAMORU ITOH (1992), traduzido do inglês por Helena Gil da Costa e facultado, salvo erro, em Técnicas de Comunicação, na Faculdade de Teologia no Porto. É um texto (livro já publicado) sobre comunicação e sobre sentimentos, sobre a vida e o relacionamento entre pessoas.

Comunicar é como jogar à bola. Para que haja jogo é preciso que alguém atire a bola para o outro. Uma e outra vez. Atiro a bola. Tu atiras a bola. Recolhes a bola. Eu recolho a bola. Para haver comunicação, e para haver relacionamento, alguém precisa de tomar a iniciativa e falar sobre os seus sentimentos e atirar primeiro a bola.

Na comunicação, tradicionalmente, existem o emissor, a mensagem e o recetor. Nesta parábola percebem-se as condicionantes. As circunstâncias. Eu posso atirar a bola com demasiada força ou com força insuficiente. O outro pode estar preparado para receber a bola, mas não conseguir apanhá-la, porque vai com força demasiada ou não chega. «Todos nós queremos que apanhem as nossas bolas». Eu posso atirar a bola com meio metro diâmetro e quando voltar para mim pode vir com poucos centímetros. Alguém tem de lançar primeiro a bola. Mas posso ter medo que ela não seja recolhida ou não seja devolvida. E o outro pode ter medo ou não estar preparado para atirar a bola, para falar dos seus sentimentos.

«Se a pessoa a quem atiraste a bola não a apanhou da maneira que tu querias, não culpes essa pessoa. Talvez ela não seja muito boa a jogar a bola. Talvez ela estivesse nervosa, e a sua mão tenha deslizado. Talvez a tua bola fosse demasiado pesada».

Para que haja verdadeira comunicação não posso ficar só à espera que o outro me atire a bola. Tenho que também atirar a bola, arriscar, falar sobre os meus sentimentos. Não é possível falarmos ao mesmo tempo. Um fala e outro escuta. Pode haver nervosismo, ansiedade. Mas o mal não é a ansiedade, mas não a reconhecer. Queres falar, mas o mais importante não é falar, mas a tua capacidade para fazeres com que o outro fale. Começa por confiar e por aceitar o que a outra pessoa tem para te dizer. A aceitação é o primeiro passo para que a comunicação possa acontecer. 

Transpondo para a nossa fé: Deus toma a iniciativa de Se comunicar e a Sua Palavra é carne viva, é Jesus Cristo! Ele precede-nos e lança a primeira bola. A comunicação acontece e a vida surge!

 

Publicado na Voz de Lamego, n.º 4423, de 1 de agosto de 2017

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