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...espaço de discussão, de formação, de cultura, de curiosidades, de interacção. Poderemos estar mais próximos. Deus seja a nossa Esperança e a nossa Alegria...

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01.10.16

Aumenta a nossa fé...

mpgpadre

1 – A fé expressa-se e aprofunda-se no serviço. A vocação primeira do cristão é seguir Jesus e amar como Ele amou, servindo como Ele serviu, dando a vida como oblação para redenção de todos. Quem não vive para servir não serve para viver. Ninguém pode dar o que não tem, mas quem se dá acabará por se encontrar e se descobrir, e encontrar sentido na entrega e na dedicação aos outros.

Em vez de esperarmos que os outros nos amem, ou esperar que os dias sejam mais solarengos, ponhamo-nos em postura de serviço. Andas abatido, triste, desencantado, preocupado? Presta atenção, vê quem precisa de ti, do teu abraço, do teu olhar, da tua alegria! Não esperes que te solicitem ajuda, vai ao encontro de quem precisa. Ao ajudares os outros começas a ajudar-te a ti, e a vida avança…

Ficar em casa, isolar-se, ter pena de si mesmo, não é solução. Sair, procurar ajuda, ajudar os outros, é meio caminho andado para curar a solidão, o vazio, as trevas que se querem ocupar de ti.

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2 – Jesus inspira os Apóstolos. Bento XVI colocou em evidência que a fé se comunica com a vida, por atração. O papa Francisco fala em atração maternal. Os discípulos sentem-se atraídos com a fé de Jesus e com o Seu proceder. Testemunham a cumplicidade de Jesus com o Pai. Por isso Lhe pedem para que os ensine a rezar. Por isso Lhe pedem doses mais concentradas de fé: «Aumenta a nossa fé».

Jesus vê a pouca fé dos discípulos e desafia-os a aprofundá-la. «Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a esta amoreira: ‘Arranca-te daí e vai plantar-te no mar’, e ela obedecer-vos-ia».

Como aumentar a nossa fé? Rezar mais! Ler e meditar a Palavra de Deus, especialmente dos Evangelhos! Participar nos Sacramentos, especialmente na Eucaristia, onde Jesus Se dá no pão e no vinho que consagrados se tornam no Seu corpo e no Seu sangue, oferenda que nos salva e nos projeta para a eternidade, comprometendo-nos com o tempo presente, com a história e com o mundo.

Jesus leva mais longe o enriquecimento da fé: o serviço. "Quem de vós, tendo um servo a lavrar ou a guardar gado, lhe dirá quando ele voltar do campo: ‘Vem depressa sentar-te à mesa’? Não lhe dirá antes: ‘Prepara-me o jantar e cinge-te para me servires, até que eu tenha comido e bebido. Depois comerás e beberás tu’?. Terá de agradecer ao servo por lhe ter feito o que mandou?".

Depois de realizarmos tudo o que nos compete, "Somos inúteis servos: fizemos o que devíamos fazer". Não se trata de uma questão de dignidade, trata-se do nosso agir e da nossa postura. O serviço aos demais não é uma opção, é uma obrigação, não imposta a partir do exterior, mas acolhida em simultâneo com a fé, com a adesão ao caminho de Jesus. O discípulo terá que partir no encalço do Mestre.

 

3 – Para a maioria de nós a fé é mais fácil quando tudo nos corre bem. Temos motivos para agradecer, para sorrir, para desfrutar a vida, o tempo é-nos mais favorável.

Há situações em que a vida se revela madrasta. Tudo corre mal.  Quanto maior a fé que "tínhamos", maior o desencanto com Deus. Éramos assíduos à oração, participávamos nas propostas da Igreja, sempre contribuímos com a nossa esmola para ofertórios específicos e, agora, Deus deixou-nos ficar mal?!

O profeta Habacuc interpreta o nosso sentir: «Até quando, Senhor, chamarei por Vós e não me ouvis? Até quando clamarei contra a violência e não me enviais a salvação? Porque me deixais ver a iniquidade e contemplar a injustiça? Diante de mim está a opressão e a violência, levantam-se contendas e reina a discórdia?»

No dia 27 de setembro, memória litúrgica de São Vicente de Paulo, na homilia matutina, na Casa de Santa Marta, o papa Francisco lembrava que os comprimidos para dormir ou uns copitos para esquecer não resolvem a vida. Além do compromisso com os outros, a oração. “Rezemos ao Senhor para que nos conceda a graça de reconhecer a desolação espiritual, a graça de rezar quando estivermos submetidos a este estado de desolação espiritual e também a graça de saber acolher as pessoas que passam por momentos difíceis de tristeza e de desolação espiritual”.


Textos para a Eucaristia (C): Hab 1, 2-3; 2, 2-4; Sl 94 (95);2 Tim 1, 6-8. 13-14; Lc 17, 5-10.

 

REFLEXÃO DOMINICAL COMPLETA na página da Paróquia de Tabuaço

e no nosso outro blogue CARITAS IN VERITATE

05.10.13

Senhor, aumenta a nossa fé

mpgpadre

       1 – É de FÉ que HOJE a liturgia da Palavra nos fala.

       O pedido humilde dos apóstolos: «Aumenta a nossa fé».

       A resposta decidida de Jesus: «Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a esta amoreira: ‘Arranca-te daí e vai plantar-te no mar’, e ela obedecer-vos-ia. Quem de vós, tendo um servo a lavrar ou a guardar gado, lhe dirá quando ele voltar do campo: ‘Vem depressa sentar-te à mesa’? Não lhe dirá antes: ‘Prepara-me o jantar e cinge-te para me servires, até que eu tenha comido e bebido. Depois comerás e beberás tu’? Terá de agradecer ao servo por lhe ter feito o que mandou? Assim também vós, quando tiverdes feito tudo o que vos foi ordenado, dizei: ‘Somos inúteis servos: fizemos o que devíamos fazer’».

       Jesus desafia a viver a fé de forma humilde mas simultaneamente corajosa, sem reservas, como o senhor que ordena o serviço aos seus servos, não deixando que as dúvidas e hesitações momentâneas se tornem paralisantes. Viver a fé como quem se lança numa aventura, um salto no escuro, ou melhor, um salto na LUZ de Jesus Cristo, que nos mostra o Pai e tudo o que nos ampara, o AMOR, do qual nem a morte nos separará. A fé envolve a confiança e a entrega. Como a criança se lança de encontro aos braços da mãe/pai.

       A propósito a sugestiva imagem de Santo Agostinho: “ter fé é assinar uma folha em branco e deixar que Deus escreva nela o que quiser”. Temos consciência que é mais fácil pedir a Deus que se faça a nossa vontade e não tanto a Sua, como rezamos no Pai-nosso.

       2 – Na primeira carta Encíclica, Lumen Fidei, o Papa Francisco, sintonizado com Bento XVI, diz-nos que a fé é sobretudo luz, ainda que haja momentos de grande sofrimento, como se o chão debaixo de nós estivesse a desaparecer. Com efeito, “a fé não é luz que dissipa todas as nossas trevas, mas lâmpada que guia os nossos passos na noite, e isto basta para o caminho... o serviço da fé ao bem comum é sempre serviço de esperança que nos faz olhar em frente, sabendo que só a partir de Deus, do futuro que vem de Jesus ressuscitado, é que a nossa sociedade pode encontrar alicerces sólidos e duradouros” (n.º 57).

       Por vezes tudo parece em vão, fugidio, injustificável. Tristeza. Solidão. Doença. Traição. Morte de alguém próximo. Expetativas defraudadas, em relação a um emprego, a uma pessoa…

       Com Habacuc apetece gritar: «Até quando, Senhor, chamarei por Vós e não me ouvis? Até quando clamarei contra a violência e não me enviais a salvação? Porque me deixais ver a injustiça?»

       Deus não deixará de nos responder. Não se eliminam as dúvidas e contrariedades, mas sobrevém a presença de Deus, que nos atrai do futuro, da eternidade: «Embora esta visão só se realize na devida altura, ela há de cumprir-se com certeza e não falhará. Se parece demorar, deves esperá-la, porque ela há de vir e não tardará».

       Só em Deus, com a Luz da Fé, poderemos compreender e relativizar tudo o que entendemos ser empecilho. A certeza de que Deus, Pai/Mãe, está na nossa vida, assegura-nos um chão que nos permite viver confiantes, apesar dos tropeços que encontramos no caminho.

 

       3 – Senhor, aumenta a nossa fé. Não apenas a minha fé, mas a fé da Igreja, vivida em comunidade, partilhada, celebrada. Imaginemos, como há tempos referia o Papa Francisco, que estamos num estádio de futebol, às escuras, e se acende uma pequena de luz (um isqueiro, uma vela), e cada um acende a sua pequena luz. Com cada pequena luz acesa, em conjunto, o estádio fica mais iluminado, sendo possível ver pessoas e os seus rostos.

       O apóstolo são Paulo exorta Timóteo a reavivar o dom de Deus, nele e nos outros. Não com timidez, mas com coragem.

“Exorto-te a que reanimes o dom de Deus que recebeste pela imposição das minhas mãos. Deus não nos deu um espírito de timidez, mas de fortaleza. Sofre comigo pelo Evangelho, confiando no poder de Deus, com o auxílio do Espírito Santo, que habita em nós”.

       O desafio de Jesus aos apóstolos é sancionado por Paulo aos discípulos. Mesmo no sofrimento e na perseguição, há que manter firme a fé e a confiança em Deus, confiando no Seu amor por nós e no Espírito Santo que nos habita.


Textos para a Eucaristia (ano C): Hab 1,2-3; 2,2-4; 2 Tim 1,6-8.13-14; Lc 17,5-10.

 

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