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...espaço de discussão, de formação, de cultura, de curiosidades, de interacção. Poderemos estar mais próximos. Deus seja a nossa Esperança e a nossa Alegria...

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17.02.12

48. Exercitemos a gratidão para nos tornarmos mais humanos

mpgpadre

Exercitemos a gratidão para nos tornarmos mais humanos, reconhecendo os outros, todos aqueles que contribuem, pouco ou muito, para que sejamos o que somos.

A gratidão coloca-nos num patamar que nos engrandece e promove saudavelmente os outros. Quem não sabe agradecer, também não sabe valorizar a história que herdou, ou a vida que floresce à sua volta.

No evangelho, a um dado momento, Jesus cura 10 leprosos. No final só regressa um para agradecer, louvando a Deus. É nesse contexto que Jesus fala da gratidão ou falta dela: «Não foram dez os que ficaram purificados? Onde estão os outros nove? 18Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro?» (Lc 17, 17-18).
Obviamente, quando Jesus decide curá-los não está a pensar em Si mesmo, ou nos louvores que Lhe seriam retribuídos, mas tão somente quer a qualidade de vida que vai proporcionar àquelas pessoas. Mesmo que intuindo a ingratidão futura, Jesus não hesita e cura-os. Além do mais, não era um agradecimento tanto pessoal como de louvor e glorificação de Deus e pelas maravilhas operadas a favor de todo o povo.

A gratidão irmana com outra qualidade fundamental para a vivência solidária e inclusiva (de todos na sociedade que nos rodeia): a HUMILDADE. Diríamos que só uma pessoa verdadeiramente saberá da força purificadora e sublime da GRATIDÃO, pois só na humildade que nos reconhecemos como irmãos, só na humildade e gratidão reconhecemos o valor dos outros e dos seus gestos, a importância que têm na nossa vida e como nos fazem bem à saúde.

Quem não sabe agradecer não tem memória. Quem não tem memória vive ao sabor dos ventos, sem orientação, sem raízes, sem referências, sem história, sem família, de onde partir e onde regressar.

A ingratidão configura arrogância e prepotência. Aquele que se considera autosuficiente, sem necessidade de ninguém à sua volta, sabendo-se que a nossa comodidade de vida atual dependem de milhares pessoas do passado e do presente. Sem esses pessoas e o seu trabalho, engenho e arte, estaríamos na pré-história.

São conhecidas algumas expressões curiosas sobre a ingratidão: "cuspir no prato em que se come", "morder a mão daquele que nos alimenta", "pagar o amor com o desamor".

Mais uma vez, para lá da reflexão genérica, também hoje se pode adequar (e muito) à vida quotidiana e concreta.
A gratidão também se exercita.
Por vezes, tão habituados a tudo o que fazem por nós, que nem nos damos conta do quanto dependemos dos outros e o quanto estamos gratos ao seu esforço e dedicação. Agradecer a Deus a vida, o dia, as pessoas que Ele coloca cada dia à nossa beira. Seríamos selvagens se estivéssemos sós no mundo. Agradecer a quem nos faz a refeição, a quem nos abre a porta, a quem nos emprestou um lápis. O exercício da gratidão faz bem aos outros, mas também nos sabe bem.

A gratidão também nos salva.
Um obrigado/a é uma forma de reconhecer o outro, como pessoa, que existe, existe diante de mim e comigo, e o que ela fez/faz por mim constantemente. Estou-te (muito) grato/a por mais este gesto que me faz viver, me faz sentir vivo, que me lembra que o que faço também é importante, e também é importante para ti. A gratidão pode incluir aquele/a que vive para si, isoladamente.
Agradecer é reconhecer a grandeza do outro na minha vida, pois sem ele/ela não existia. Os meus pais, os meus irmãos, a pessoa que encontro ao longo do dia, o padeiro, o vendedor, o eletricista, o funcionário que me atende, aquele/a que me saúda pela tarde...

O desafio para hoje: exercitar a gratidão.
Por vezes é mais fácil pedir perdão, do que dizer obrigado/a. Diga-o muitas vezes, mesmo àquelas pessoas que têm a "obrigação" de o atender/servir. Vai-lhes valorizar o que fazem, por vezes de forma monótona e cansada, mas um obrigado e um sorriso, a acompanhar, é um lenitivo até para os mais cansados e desiludidos. E também assim educamos os que estão à nossa volta. Se não soubermos o valor de um "obrigado/a", poderemos não saber apreciar a beleza da vida que nos envolve...

10.10.10

Humildade para acolher a salvação...

mpgpadre
       1 – Uma característica fundamental para se ser feliz é a humildade. Do mesmo modo para se ser santo. Santidade e felicidade, para o cristão, são termos equivalentes. A humildade coloca-nos em comunhão com os outros e em comunhão com o Totalmente Outro (ou melhor, o Totalmente Próximo). Leva-nos a reconhecer a nossa indigência, as nossas limitações, a nossa finitude, não como fatalidade, mas como abertura solidária e aceitação do outro e da sua ajuda.
         A soberba e a arrogância, expressões da auto-suficiência, encerram a pessoa em si mesmo. Com efeito, aquele que se considera independente em relação a tudo e a todos, assume não precisar de ninguém. Fecha o coração ao Outro (como próximo e como Deus). Não precisa de salvação. Fecha-se a novas descobertas, a novos encontros, ao conhecimento que vem dos outros e do mundo, fecha-se à esperança e ao futuro.
       O Mestre dos Mestres, Jesus Cristo, mostra-nos que a humildade nada nos tira, mas pode dar-nos o essencial, a própria vida em abundância que Ele nos traz, o próprio Deus.
       2 – Na liturgia da palavra deste domingo, salienta-se a humildade para acolher a salvação, ainda que esta possa vir de fora, doutra religião e de outra nacionalidade, e sobretudo do Alto, e para agradecer o DOM recebido.
       Na primeira leitura, é-nos apresentada a última parte de um episódio que exige a humildade para se dar a cura/salvação. Um general sírio, chamado Naamã, ouve falar de Deus que Se revela a Israel, e do Seu poder. Estando leproso, depois de recorrer a vários meios, resolve tentar a religião judaica e o profeta Eliseu. Este manda-o lavar-se sete vezes no rio Jordão. Num primeiro momento vem o orgulho e a soberba. O general recusa-se, dizendo que no seu país também existem rios. Esperava uma intervenção imediata e milagrosa de Deus. Eliseu exige-lhe um gesto simples mas que implica a renúncia ao preconceito e à presunção. O próprio servo do general lhe lembra que não é nada de especial, não é nada que não se possa fazer facilmente. E então "o general sírio Naamã desceu ao Jordão e aí mergulhou sete vezes, como lhe mandara Eliseu, o homem de Deus".
       No Evangelho, 10 leprosos vão até Jesus. Desde logo, a humildade para reconhecer a necessidade de cura. Jesus manda-os mostrar-se ao sacerdote. Algo de muito simples. A salvação de Deus é DOM que nos envolve, exige um movimento de aceitação da nossa parte.

 

       3 – Mas a humildade também nos leva à gratidão, que por sua vez nos abre novas janelas para o futuro. O general Naamã volta para agradecer a Eliseu. Este cumpriu como intermediário da graça de Deus e, por conseguinte, a gratidão deve orientar-se para Deus. Também os dons que Deus nos dá são para colocarmos ao serviço uns dos outros.

       No Evangelho, dos 10 leprosos, só um volta para agradecer a Jesus, glorificando a Deus:  "um deles, ao ver-se curado, voltou atrás, glorificando a Deus em alta voz, e prostrou-se de rosto por terra aos pés de Jesus para Lhe agradecer. Era um samaritano. Jesus, tomando a palavra, disse: «Não foram dez que ficaram curados? Onde estão os outros nove? Não se encontrou quem voltasse para dar glória a Deus senão este estrangeiro?»"

       Quantas vezes, bafejados pela vida, não nos damos conta dos bens que recebemos de Deus, na nossa família, dos que nos são próximos!

 
       4 – A Epístola de São Paulo a Timóteo, ainda que de forma diversa, também nos fala da humildade do testemunho: recebemos de Deus, para darmos do que recebemos. "Se morremos com Cristo, também com Ele viveremos; se sofremos com Cristo, também com Ele reinaremos; se O negarmos, também Ele nos negará; se Lhe formos infiéis, Ele permanece fiel, porque não pode negar-Se a Si mesmo".
       O testemunho é essencial no cristão: aquele que se sabe salvo por Deus, em Jesus Cristo, e que deixa transparecer a alegria, nas palavras e nas obras, para todo o mundo. A LUZ de Deus que irradia em nós torna-nos luminosos. Não opacos. É uma luz que incendeia o nosso coração, que queima, que transforma, que ilumina, e que não podemos encerrar em nós.
________________________
Textos para a Eucaristia (ano C): 2 Reis 5,14-17; 2 Tim 2,8-13; Lc 17,11-19

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