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02.10.21

BYUNG-CHUL HAN - A SOCIEDADE PALIATIVA

A dor nos nossos dias

mpgpadre

BYUNG-CHUL HAN (2020). A sociedade Paliativa. A dor nos nossos dias. Lisboa: Relógio D'Água. 80 páginas.

Byung-Chul Han.jpg

Logo que a dor se aproxima, desconfiamos do seu amor! Bem se pode dizer deste estudo, reflexão, que aborda a dor nos nossos dias. Vivemos numa sociedade paliativa, que esconde e foge a todo e qualquer dor, qualquer sofrimento. Inevitavelmente há situações de fragilidade e dor, de contrariedade, doente, morte, mas que a todo o custo procurámos esconder. Neste tempo da pandemia, acentuou-se a virtualidade das relações, a presença do outro é mais igual, o mesmo. Perdeu-se a alteridade. A dor desperta-nos, diferencia-nos, provoca-nos, é uma dádiva que incentiva à superação, à comunhão e à solidariedade.
Se por um lado, afastamos tudo o que transpareça dor, por outro lado há um excesso de violência nos meios de comunicação social, na televisão, internet e nas redes sociais, ao ponto de, progressivamente, levar à indiferença, habituamo-nos de tal forma que deixa de nos despertar os sentidos.
 
"Neste seu ensaio, o filósofo germano-coreano Byung-Chul Han aborda o tema da expansão da algofobia, do medo à dor da sociedade atual. Como mostra a recente crise dos opiáceos nos EUA e o que se passa com a pandemia da Covid-19, a dor, física ou psicológica, tende a ser evitada a todo o custo. Até a dor causada pelo amor está sob suspeita. A tolerância ao sofrimento decai rapidamente, instalando-se uma anestesia permanente. Evitam-se conflitos e controvérsias que possam levar a conflitos dolorosos.
Byung-Chul Han assume que essa é uma mudança de paradigma na nossa sociedade. A psicologia acompanha esta evolução, assistindo-se ao desenvolvimento daquela que trata do sofrimento e da psicologia positiva ocupada com o bem-estar, a felicidade e o otimismo. A algofobia também atinge a política, surgindo a pressão social para se chegar a acordos e mesmo a consensos. A pós-democracia está a espalhar-se, enquanto democracia paliativa" (contracapa).
 
Byung-Chul Han, nasceu na Coreia, estudou filosofia na Universidade de Freiburg e Literatura Alemã e Teologia na Universidade de Munique. Em 1994, fez o doutoramento na primeira destas universidades com uma tese sobre Martin Heidegger. Atualmente é Professor de Filosofia e Estudos Culturais na Universidade de Berlim.

10.10.13

Papa Francisco - Transitar em paciência

mpgpadre

TRANSITAR EM PACIÊNCIA:

 

       "É um tema do qual me fui apercebendo, durante anos, ao ler um livro de um autor italiano, com um título muito sugestivo: Teologia del fallimento, ou seja, teologia do fracasso, onde se expõe como Jesus entrou em paciência. Na experiência do limite, no diálogo com o limite, forja-se a paciência. Às vezes, a vida leva-nos não a «fazer», mas sim a «padecer», suportando, sustentando as nossas limitações e as dos outros. Transitar a paciência é apercebermo-nos de que o que amadurece é o tempo. Transitar em paciência é deixar que o tempo paute e amasse as nossas vidas".

       "Transitar em paciência implica aceitar que a vida é isso: uma aprendizagem contínua. Quando uma pessoa é nova, julga que pode mudar o mundo; e isso está certo, tem de ser assim. Mas, depois, quando procura, descobre a lógica da paciência na própria vida e na dos outros. Transitar em paciência é assumir o tempo e deixar que os outros façam a sua vida. Um bom pai, tal como uma boa mãe, é aquele que vai intervindo na vida do filho o suficiente para lhe marcar as pautas de crescimento, para o ajudar, mas que depois sabe ser espetador dos fracassos próprios e alheios, e os supera".

 

       "... segurar o papagaio [de papel] assemelha-se à atitude que é preciso ter perante o crescimento da pessoa: em dado momento, é preciso dar-lhe corda, porque «rabeia». Dito de outra maneira: é preciso dar-lhe tempo. Temos de saber pôr o limite no momento justo. Mas, outras vezes, temos de saber olhar para o outro lado e fazer como o pai da parábola, que deixa que o filho se vá embora e desperdice a sua fortuna, para que faça a sua própria experiência"

 

       "Quantas vezes, na vida, é preciso travar, não querer atingir tudo de repente! Transitar na paciência pressupõe todas essas coisas: é claudicar da pretensão de querer solucionar tudo. É preciso fazer um esforço, mas entendendo que uma pessoa não pode tudo. Há que relativizar um pouco a mística da eficácia".

 

In SERGIO RUBIN e FRANCESCA AMBROGETTI, Papa Francisco. Conversas com Jorge Bergoglio.

09.10.13

Papa Francisco - CREDO de Bergoglio

mpgpadre

«Quero crer em Deus Pai, que me ama como filho, e em Jesus, o Senhor, que me infundiu o seu Espírito na minha vida, para me fazer sorrir e levar-me assim ao reino eterno da vida.

Creio na minha história que foi trespassada pelo olhar amoroso de Deus e, num dia de Primavera, 21 de Setembro, saiu ao meu encontro para me convidar a segui-lo.

Creio na minha dor, infecunda pelo egoísmo, onde me refúgio.

Creio na mesquinhez da minha alma, que procura engolir sem dar… sem dar.

Creio em que os outros são bons, e que devo amá-los sem temor, e sem trai-los nunca à procura de segurança para mim.

Creio na vida religiosa.

Creio que quero amar muito.

Creio na morte quotidiana, ardente, de que fujo, mas que me sorri convidando-me a aceitá-la.

Creio na paciência de Deus, acolhedora, boa como uma noite de Verão.

Creio que o meu papá está no Céu junto do Senhor.

Creio que o padre Duarte também lá está intercedendo pelo meu sacerdócio.

Creio em Maria, a minha mãe, que me ama e nunca me deixará só.

E espero a surpresa de cada dia na qual se manifestará o amor, a força, a traição e o pecado, que me acompanharão até ao encontro definitivo com esse rosto maravilhoso que não sei como é, de que me desvio continuamente, mas que quero conhecer e amar.

Ámen.»

 

In SERGIO RUBIN e FRANCESCA AMBROGETTI, Papa Francisco. Conversas com Jorge Bergoglio. Paulinas Editora. Prior Velho 2013

08.10.13

Papa Francisco - sobre a DOR

mpgpadre

       "A dor não é uma virtude em si mesma, mas o modo como é assumida pode ser virtuoso. A nossa vocação é a plenitude e a felicidade, e, nessa busca, a dor é um limite. Por isso, o sentido da dor só é entendido plenamente através da dor de Deus feito Cristo...

       Por isso, a solução passa por entender a Cruz como semente de ressurreição. Toda a tentativa de suportar a dor obterá resultados parciais, se não for fundamentada na transcendência. É uma dádiva entender e viver a dor em plenitude. Mais ainda: viver em plenitude é uma dádiva...

       Tanto a dor física como a espiritual puxam para dentro, onde ninguém pode entrar; implicam uma dose de solidão. Do que a pessoa precisa é de saber que alguém a acompanha, que gosta dela, que respeita o seu silêncio e reza para que Deus entre nesse espaço que é pura solidão".

 

       "A dor é algo que está ligado à fecundidade. Atenção! Não é uma atitude masoquista, mas sim aceitar que a vida nos marca limites".

 

In SERGIO RUBIN e FRANCESCA AMBROGETTI, Papa Francisco. Conversas com Jorge Bergoglio. Paulinas Editora. Prior Velho 2013

14.10.10

Será que a água com sal é sempre salgada?!

mpgpadre

O velho Mestre pediu a um jovem triste, que colocasse uma mão cheia de sal em um copo de água e bebesse.

- Qual é o gosto? - perguntou o Mestre.

- Ruim - disse o aprendiz.

O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse, outra mão cheia de sal,e levasse a um lago.

Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago.

Então o velho disse:

- Beba um pouco dessa água.

Enquanto a água corria do queixo do jovem, o Mestre perguntou:

- Qual é o gosto?

- Bom! - Disse o rapaz.

- Você sente o gosto do sal? Perguntou o Mestre.

- Não - disse o jovem.

O Mestre então, sentou ao lado do jovem, pegou em suas mãos e disse:

- A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos. Quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer, é aumentar o sentido de tudo o que está a sua volta.

É dar mais valor ao que você tem do que ao que você perdeu. Em outras palavras: É deixar de ser "copo",

para tornar-se um "lago".  Somos o que fazemos, mas somos principalmente, o que fazemos para mudar o que somos.

 

autor desconhecido, a partir do nosso Caritas in Veritate.

15.09.10

Novena de Santa Eufémia: nono dia

mpgpadre

       O nono e último dia da novena de preparação para a festa/romaria de Santa Eufémia, coincide com a memória de Nossa Senhora das Dores. Se Nossa Senhora esteve sujeita a diversas DORES por amor a Jesus Cristo, também a vida de Santa Eufémia é marcada pela dor e sofrimento, por ver os cristãos a serem torturados e mortos, sendo também ela sujeita a diversos tipos de tortura e ao martírio.

Para aprofundar a reflexão deste dia:

11.12.09

O Sofrimento e a Paz

mpgpadre

       Eu andava por um caminho atapetado da relva, e de repente ouvi uma voz atrás de mim: “Olha para ver se me reconheces!”
       Voltei-me, olhei para ela, e disse: “Não consigo me lembrar do teu nome!”
       Ela continuou: “Eu sou a primeira grande Dor que tiveste quando jovem”.
       Os olhos dela pareciam a manhã em que o orvalho ainda paira no ar.
       Fiquei em silêncio algum tempo, e depois lhe perguntei: “Perdeste aquele imenso fardo de lágrimas?”
       Ela sorriu, sem responder, e eu compreendi que as suas lágrimas haviam tido Tempo de aprender a linguagem do sorriso. Depois, suspirando, acrescentou:
       “Certa vez disseste que irias acariciar a tua tristeza para sempre...”
       Corando, eu respondi: “Sim, mas passaram-se anos e acabei esquecendo”.
       Então eu tomei as mãos dela nas minhas, e lhe disse: “Mas também tu mudaste muito”.
       Ela respondeu: “O que antes era sofrimento, agora se transformou em paz".

  

Rabindranath Tagore, em "Livro Estesia"
Postado a partir de Abrigo dos Sábios.

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