Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Escolhas & Percursos

...espaço de discussão, de formação, de cultura, de curiosidades, de interacção. Poderemos estar mais próximos. Deus seja a nossa Esperança e a nossa Alegria...

Escolhas & Percursos

...espaço de discussão, de formação, de cultura, de curiosidades, de interacção. Poderemos estar mais próximos. Deus seja a nossa Esperança e a nossa Alegria...

27.12.11

Natascha Kampusch: sentia o desejo da normalidade, esqueci o som da liberdade

mpgpadre

"Eu sentia um enorme desejo de normalidade. Eu queria conhecer outras pessoas, sair daquela casa, ir às compras, ir nadar. Ver o sol quando me apetecesse. Falar com quem quisesse, sobre qualquer coisa. Havia dias em que essa vida em conjunto imaginada pelo criminoso, em que ele me iria permitir ter alguma liberdade, em que poderia sair de casa sob sua supervisão, me aprecia o mãximo que a vida me podia proporcionar. A liberdade, a verdadeira liberdade, eram para mim impossível de imaginar depois de todos aqueles anos. Eu tinha receio de sair daquela vida formatada. dentro daquele formato, eu aprendera a escala musical completa e todos os seus tons. Tinha-me esquecido do som da liberdade".

Natascha Kampusch, 3096 dias, Edições Asa: 2011

26.12.11

Natascha Kampusch: o acto de perdoar devolveu-me o poder...

mpgpadre

"A única maneira que eu tinha de lidar com isso era perdoar-lhe os seus actos. Perdoei-lhe que me tivesse raptado e de cada vez que ele me batia e me maltratava. Esse acto de perdoar devolveu-me o poder sobre aquilo que passara e permitia-me desse modo viver com isso, Se não tivesse escolhido instintivamente essa maneira de agir desde o começo, teria morrido ou de fúria ou de ódio - ou então, teria quebrado com as humilhações a que estava sujeita diariamente. Teria sofrido muito mais do que com a perda da minha antiga identidade, do meu passado, do meu nome. Através do perdão, eu afastava os seus actos de mim. Estes perdiam o poder me humilhar e destruir, porque eu lhos tinha perdoado. Tornavam-se apenas maldades que ele me tinha feito e que voltariam a cair sobre ele - e não sobre mim... no fundo o que ele queria de mim era apenas reconhecimento e carinho. Como se o seu objectivo, por detrás de toda a crueldade, fosse obrigar uma pessoa a amá-lo incondicionalmente"

Natascha Kampusch, 3096 dias, Edições Asa: 2011

21.12.11

Natascha Kampusch: não se morde a mão que nos alimenta

mpgpadre

"A fome é uma experiência física extrema. Primeiro, ainda nos sentimos bem: quando se corta o fornecimento de comida, o corpo ainda se estimula. A adrenalina é libertada parta o sistema. De repente, sentimo-nos melhor, cheios de energia. É provavelmente um mecanismo através do qual o corpo nos quer indicar que ainda tem reservas, e que podemos usá-las para procurar alimento. Encarcerados debaixo da terra, não podemos encontrar qualquer alimento, e o suplemento de adrenalina não nos serve para nada. Somos atormentados pelos barulhos que o estômago faz e pelos sonhos de comida. Os pensamentos giram apenas em redor do próximo pedaço de comida. Depois, perdemos a ligação à realidade, e deslizamos para um estado de delírio. deixamos de sonhar, e entramos simplesmente noutro mundo. Vemos bufetes, grandes pratos cheios de esparguete, tortas e bolos, muito perto de nós. Miragens. Cólicas que sacodem o corpo todo, de tal maneira que aparece que o estômago se está a devorar a si próprio. As dores que a fome provoca são insuportáveis. Isto é incompreensível para quem a a fome nunca passou de uns ligeiros barulhos que o estômago faz. Eu gostaria de nunca ter sentido aquelas cólicas. Por fim chega a fraqueza. Quase não conseguimos erguer um braço, a circulação sanguínea falha, e quando nos levantamos, vemos tudo preto e desmaiamos...

Não se morde a mão que nos alimenta. No meu caso apenas havia uma mão que me podia livrar de morrer de fome. Era a mão do mesmo homem que passava a vida a privar-me de comida... É tão fácil controlar alguém quando o mantemos esfomeado".

Natascha Kampusch, 3096 dias, Edições Asa: 2011

15.12.11

Natascha Kampusch: nem branco nem preto, cinzento...

mpgpadre

"Não existe nada que seja absolutamente branco ou absolutamente preto. E ninguém é totalmente bom. E isso também é verdade em relação ao criminoso. Estas são frases que as pessoas não gostam de ouvir da boca de uma vítma de rapto. Porque desse modo pomos de cabeça para baixo o conceito claramente definido do que é bom e do que é mau, que as pessoas preferem adoptar, de maneira a não perderem a orientação num mundo cheio de tonalidades de cinzento. Quando falo sobre isto, consigo detetar laivos de irritação e de rejeição nos rostos de alguns dos que nunca passaram por uma situação deste tipo. Aquilo que ainda há instantes era uma empatia sentida em relação ao que me sucedeu gela e transforma-se em repulsa. As pessoas que não têm a mínima ideia do que é a complexidade do encarceramento negam-me a capacidade de julgar as minhas próprias experiências com as seguintes palavras: Sindrome de Estocolmo"... não é um síndrome, é uma estratégia de sobrevivência...

Natascha Kampusch, 3096 dias, Edições Asa: 2011.

14.12.11

Natascha Kampusch: fazer as pazes com o passado e olhar para o futuro

mpgpadre

"Agora, quatro anos depois de me ter libertado sozinha, posso respirar em paz e dedicar-me ao capítulo mais difícil, ou seja, tentar lidar com o que aconteceu: fazer as pazes com o passado e olhar para o futuro. Presentemente,só algumas pessoas reagem de um modo agressivo em relação a mim. A maior parte das pessoas que encontro vai-me apoiando ao longo do meu caminho. Lenta e cuidadosamente, ponho um pé à frente do outro e vou aprendendo a confiar de novo... O meu tempo de encarcerada vai estar sempre presente na minha mente, mas, aos poucos, tenho a sensação de que já não derterminará a minha vida. É uma parte de mim, mas não é tudo. Ainda existem muitas outras facetas da minha vida que quero experimentar..."

Natascha Kampusch, 3096 dias, Edições Asa: 2011

13.12.11

Natascha Kampusch - 3096 dias de cativeiro

mpgpadre

Natascha Kampusch, 3096 dias, Edições Asa: 2011

       Natascha Kampusch foi "roubada" à vida que tinha, no dia 2 de março de 1998. Passados 3096 dias, no dia 23 de agosto de 2006, consegue finalmente ganhar coragem para fugir ao seu raptor, a única pessoa com quem podia falar, viver, relacionar-se. Só 4 anos depois, no entanto, é que consegue ser e sentir-se livre:

"Com este livro, tentei fechar o capítulo mais longo e mais negro da minha vida. Sinto-me profundamente aliviada por ter encontrado palavras para o improferível e para as constradições. Vê-las impressas diante dos meus olhos ajuda-me a olhar com confiança para o futuro. Porque aquilo por que passei também me tornou forte. Sobrevivi ao encarceramento na masmorra, consegui libertar-me sozinha e mantive a minha integridade. Acredito firmemente que também conseguirei viver a minha vida em liberdade. E essa liberdade começa apenas agora, quatro anos depois do dia 23 de agosto de 2006. Apenas agora, depois destas linhas, consigo colocar um ponto final nesta história e dizer em toda a verdade: SOU LIVRE".

       Nasceu a 17 de fevereiro de 1988. A mãe tinha então 38 anos e duas filhas já crescidas. Os viviam há três anos juntos. Vai ter de conquistar o seu lugar no mundo.

       Naquele dia acordou triste e furiosa. A fúria da mãe, por causa do pai, recaíra nela. A mãe proibiu-a de voltar a ver o pai. Queria ser adulta para se libertar das discussões da mãe. Com 10 anos aproximava o tempo de se tornar independente, faltavam 8 anos, para fazer os 18 da maioridade. Convencera a mãe a deixá-la ir a pé para a escola. Afinal já andava na quarta classe. Naquele dia saía de casa alterada com a mãe de quem memorizara as palavras: "Nunca se deve partir quando estamos furiosos com alguém. Nunca se sabe se voltaremos a ver essa pessoa".

Não se despediu da mãe e não a voltaria a ver por muito, muito, por demasiado tempo. Aproxima-se do homem que a fará prisioneira, com receio, mas quando olha para ele os seus receios desvanecem-se, estava errada, foi empurrada para a carrinha, que lhe despertara a atenção momentos antes.

"Tentei gritar. Mas não saiu nenhum som da minha boca. As minhas cordas vocais simplesmente se recusaram a colaborar. Eu toda era um grito. Um grito mudo, que ninguém conseguia ouvir".

       É encarcerada numa masmorra, sem luz natural, pequena (2,70 m de comprimento, 1,80 m de largura, 2,40 m de altura), uma jaula, na cave. Durante 8 anos será agredida com violência física e emocional (ninguém quer saber de ti, ninguém gosta de ti, só me tens a mim), passa fome, sede, por vezes fica dias inteiros sozinha, com a luz acesa, ou às escuras, com um teporizador a controlar o tempo. É forçada a trabalhar, a limpar tudo num brinco, e por vezes voltar a limpar o já limpo, só por capricho, há-de ajudar o raptor em trabalhos mais pesados, carrega pesos maiores do que as suas forças, o racionamento da comida é outra forma de controlo. O raptor promete-lhe uma vida feliz a dois, se ela não desobedecesse, se colaborasse.

       Há dias apresentamos aqui uma história de resistência e sobrevivência - INVENCIVEL -, diríamos que também esta é uma história de sobrevivência e de uma grande resistência. Não quebra, não se deixa destruir, ainda que por vezes tivesse pensamentos destrutivos, não perde a grandeza que lhe vai na alma:

"Eu sempre resisti às suas tentativas de me apagar e me transformar numa criatura sua. Ele nunca me conseguiu quebrar. Por outro lado, as tentativas dele para me transfomarem noutra pessoa caíram em solo fértil"...

       Até o nome quis trocar-lhe. Quando ela fazia algum erro, ele não perdoava: "És burra que nem um porta"... agarrou num saco de cimento e atirou-lho:

"Não foi a dor o que mais me chocou. O saco era pesado e o embate magoou-me, mas eu teria podido suportá-lo. Foi a dimensão da agressão do criminoso que me tirou a respiração. Ele era a única pessoa que existia na minha vida, e eu estava totalmente dependente dele. Aquele ataque de fúria ameaçava-me de um modo extremo. Senti-me como um cão batido que não pode morder a mão que o agride porque é a mesma que lhe dá de comer. A única saída que me restava era a fuga para dentro de mim. Fechei os olhos e ignorei tudo e não saí do sítio".

       Compensou-a com gomas.

       Mas ele não venceria...

 

"Mas acabei por vencer. Nunca, nem uma única vez, durante todos os anos em que ele exigiu de um modo tão veemente, lhe chamei «meu senhor».

Nunca me ajoelhei diante dele.

Muitas vezes teria sido mais fácil desistir. Teria sido poupada a alguns murros e pontapés. Mas eu tinha de preservar um certo espaço de manobra naquela situação de total submissão e de total dependência do raptor... Ele dominava-me quando me humilhava e maltratava sempre que lhe apetecia. Dominava-me quando me fechava dentro da masmorra, quando me obrigava a trabalhar como escrava. Mas nesse ponto fiz-lhe frente. Chamava-lhe «criminoso» quando ele queria que eu o chamasse de «meu senhor». Chamava-o de «querido» ou de «meu tesouro» em vez de «meu senhor» para o fazer ver a situação grotesca em que ele nos pusera".

       Vai escrevendo sobre o que lhe sucede. As tantas apenas sobre os maus tratos. É um segundo EU que lhe promete a libertação para os 18 anos. Nessa altura, o outro EU pegar-lhe-á na mão e conduzi-la-á em direcção à liberdade. É um grito que se mantém e certamente a ajudará a manter-se sã e decidida a viver até ao dia em que fugirá do seu raptor.

"Não te deixes abater quando ele diz que tu és demasiao estúpida para tudo.

Não te deixes abater quando ele te bate.

Não te importes quando ele di que és uma incapaz.

Não te importes quando ele diz que não consegues viver sem ele.

Não reajas quando ele te apaga a luz.

Perdoar-lhe tudo e não continuar zangada com ele.

Ser mais forte.

Não desistir. Nunca desistir"

       Mais fácill de dizer que fazer. Eis que se aproxima a hora que prometera a si mesma para fugir, e com ela a dúvida, a incerteza, a hesitação:

       "A minha incerteza acerca do criminoso afinal poder ter razão e eu estar melhor à sua guarda do que lá fora começou a diluir-se lentamente. Agora eu era uma pessoa adulta, o me segundo Eu tinha-me firmemente na mão e eu sabia muito bem que não queria continuar a viver daquela maneira".

"«Colocaste-nos numa situação em que apenas um de nós poderá sobreviver», disse eu de repente. O criminosso olhou para mim surpreendido. Eu não me deixei distrair. «Estou-te sinceramente grata por não me teres matado e por me tratares tão bem. É muito simpático da tua parte. Mas não me podes obrigar a viver contigo. Eu sou senhora de mim mesma, e tenho as minhas necessidades. Esta situação tem de ter um fim»... Eu continuei a falar. «É apenas natural que eu tenha de partir. Tu devias ter contado com isso desde o princípio. Um de nós tem de morrer, não existe outra solução. Ou me matas, ou me libertas»... Nunca desitir. Nunca desistir. Eu não vou desistir de mim... respirei e disse a frase que modifcou tudo: «Tentei tantas vezes suicidar-me - contudo, era eu a vítima. Na realidade, seria muito melhor se tu te suicidasses. Tu não tens qualquer outra opção. Se te matasses, todos os problemas deixariam de existir»... eu fugiria à primeira oportunidade. E um de nós não iria sobreviver a isso".

       Chega a dia da sua fuga. Quando ele tenta vender, por telefone, um apartamento que remodelaram, vê a oportunidade de fugir. Hesita mas foge. O portão do jardim está aberto. Cruza-se com dois homens, a quem pede socorro e um telefone para ligar para a polícia, seguem em frente. Entra no jardim de uma mulher assustada que só quer que ela saia do jardim, mas que decide ligar para a polícia, daí a pouco estão dois incrédulos polícias junto dela. Estava concluída parte da sua fuga.

      É esta a história narrada pela própria, numa linguagem atraente, em que sobressaem os seus sentimentos, quase se vêem as suas lágrimas, o seu sofrimento, a sua confusão, a sua dignidade. Este é mais uma excelente leitura, sobre sobrevivência humana. Em situações tão medonhas é impressionante que Natascha Kampusch não tenha quebrado.

 

       Apresentação do livro da TVI:

09.02.10

Tornei-me invisível

mpgpadre

       Já não sei em que data estamos. Lá em casa não há calendários e na minha memória as datas estão todas misturadas.

       Me recordo daquelas folhinhas grandes, uns primores, ilustradas com imagens dos santos que colocávamos no lado da penteadeira. Já não há nada disso.

       Todas as coisas antigas foram desaparecendo. E sem que ninguém desse conta, eu me fui apagando também...

       Primeiro me trocaram de quarto, pois a família cresceu. Depois me passaram para outro menor ainda com a companhia de minhas bisnetas.

       Agora ocupo um recanto, que está no pátio de trás. Prometeram trocar o vidro quebrado da janela, porém se esqueceram, e todas as noites por ali circula um ar gelado que aumenta minhas dores reumáticas.

       Mas tudo bem... Desde há muito tempo tinha intenção de escrever, porém passava semanas procurando um lápis. E quando o encontrava, eu mesma voltava a esquecer onde o tinha posto. Na minha idade as coisas se perdem facilmente: claro, não é uma enfermidade delas, das coisas, porque estou segura de tê-las, porém sempre desaparecem.

       Noutra tarde dei-me conta que minha voz também tinha desaparecido. Quando eu falo com meus netos ou com meus filhos não me respondem.

       Todos falam sem me olhar, como se eu não estivesse com eles, escutando atenta o que dizem. As vezes intervenho na conversação, segura de que o que vou lhes dizer não ocorrera a nenhum deles, e de que lhes vai ser de grande utilidade.

       Porém não me ouvem, não me olham, não me respondem. Então cheia de tristeza me retiro para meu quarto e vou beber minha xícara de café. E faço assim, de propósito, para que compreendam que estou aborrecida, para que se dêem conta que me entristecem e venham buscar-me e me peçam perdão …

       Porém ninguém vem... Quando meu genro ficou doente, pensei ter a oportunidade de ser-lhe útil, lhe levei um chá especial que eu mesma preparei. Coloquei-o na mesinha e me sentei a esperar que o tomasse, só que ele estava vendo televisão e nem um só movimento me indicou que se dera conta da minha presença. O chá pouco a pouco foi esfriando… e junto com ele, meu coração... Então noutro dia lhes disse que quando eu morresse todos iriam se arrepender. Meu neto menor disse: “Ainda estás viva vovó? “.

       Eles acharam tanta graça, que não pararam de rir. Três dias estive chorando no meu quarto, até que numa manhã entrou um dos rapazes para retirar umas rodas velhas e nem o bom dia me deu.

       Foi então quando me convenci de que sou invisível... Parei no meio da sala para ver, se me tornando um estorvo me olhavam.

       Porém minha filha seguiu varrendo sem me tocar, os meninos correram em minha volta, de um lado para o outro, sem tropeçar em mim.

       Um dia se agitaram os meninos, e me vieram dizer que no dia seguinte nós iríamos todos passar um dia no campo. Fiquei muito contente.

       Fazia tanto tempo que não saía e mais ainda ia ao campo! No sábado fui a primeira a levantar-me.

       Quis arrumar as coisas com calma. Nós os velhos tardamos muito em fazer qualquer coisa, assim que adiantei meu tempo para não atrasá-los. Rápido entravam e saíam da casa correndo e levavam as bolsas e brinquedos para o carro.

       Eu já estava pronta e muito alegre, permaneci na entrada a esperá-los. Quando me dei conta eles já tinham partido e o carro desapareceu envolto em algazarra, compreendi que eu não estava convidada, talvez porque não coubesse no carro. Ou porque meus passos tão lentos impediriam que todos os demais caminhassem a seu gosto pelo bosque. Senti claro como meu coração se encolheu e a minha face ficou tremendo como quando a gente tem que engolir a vontade de chorar. Eu os entendo, eles vivem o mundo deles.

       Riem, gritam, sonham, choram, se abraçam, se beijam. E eu, já nem sinto mais o gosto de um beijo. Antes beijava os pequeninos, era um prazer enorme tê-los em meus braços, como se fossem meus. Sentia sua pele tenrinha e sua respiração doce bem perto de mim. A vida nova me produzia um alento e até me dava vontade de cantar canções que nunca acreditara me lembrar. Porém um dia minha neta Laura, que acabava de ter um bebé disse que não era bom que os anciãos beijassem aos bebés, por questões de saúde...

       Desde então já não me aproximo deles, não lhes quero passar algo mau por minhas imprudências. Tenho tanto medo de contagiá-los! Eu os bendigo a todos e lhes perdoo, porque...

QUE CULPA TÊM ELES DE EU ME TER TORNADO INVISÍVEL?

 

Hamilton Slide, postado a partir do nosso Caritas in Veritate.

 

06.01.10

Aceita uma nota de € 500,00?!

mpgpadre

       Antes de ler esta pequena história, que circula por esta rede global, ou depois, veja dois post's anteriores: "Sem etiqueta, sem preço..." e "Chocolate quente".

 

        Um conhecido e bem sucedido orador deslocou-se a Portugal para participar numa conferência sobre a dignidade humana, no âmbito da comemoração da Declaração Universal dos Direitos do Homem (DUDH).

       Começou a sua intervenção pegando numa nota de € 500,00. Perguntou às pessoas da assembleia quem é que apanharia aquela nota se a encontrasse no chão? Para responderem bastava colocar o braço/mão no ar. Todas os braços foram levantados.

       De seguida, amachucou a nota como se fora uma papel para deitar do cesto do lixo e de novo perguntou quem é que a apanharia do chão. E de novo também as pessoas levantaram a mão. Então o conferencista pôs a nota no chão e calcou-a com os pés, bem calcada. Fez a pergunta, do mesmo jeito e do mesmo jeito as pessoas levantaram a mão. Finalmente perguntou se encontrassem aquela mesma nota no meio da lama, toda suja, quem é que se agacharia para pegar a nota. A resposta foi a mesma, todos os presentes colocaram os braços no ar.

       Não é difícil perceber as conclusões do conferencista: o importante não é a roupagem ou o aspecto da pessoa, por dentro todas são iguais em dignidade e respeito...

 

também postado no nosso blogue: Caritas in Veritate.

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Relógio

Pinheiros - Semana Santa

- 29 março / 1 de abril de 2013 -

Tabuaço - Semana Santa

- 24 a 31 de abril de 2013 -

Estrada de Jericó

Arquivo

  1. 2025
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2024
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2023
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2022
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2021
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2020
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2019
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2018
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2017
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2016
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2015
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2014
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2013
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2012
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2011
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2010
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
  209. 2009
  210. J
  211. F
  212. M
  213. A
  214. M
  215. J
  216. J
  217. A
  218. S
  219. O
  220. N
  221. D
  222. 2008
  223. J
  224. F
  225. M
  226. A
  227. M
  228. J
  229. J
  230. A
  231. S
  232. O
  233. N
  234. D
  235. 2007
  236. J
  237. F
  238. M
  239. A
  240. M
  241. J
  242. J
  243. A
  244. S
  245. O
  246. N
  247. D

Velho - Mafalda Veiga

Festa de Santa Eufémia

Pinheiros, 16/17 de setembro de 2012

Primeira Comunhão 2013

Tabuaço, 2 de junho

Profissão de Fé 2013

Tabuaço, 19 de maio

Em destaque no SAPO Blogs
pub