Eu sou a verdadeira vide e meu Pai é o agricultor
1 – «Eu sou a videira, vós sois os ramos. Se alguém permanece em Mim e Eu nele, esse dá muito fruto, porque sem Mim nada podeis fazer». Aí está a belíssima página do Evangelho que nos recorda a nossa ligação imprescindível a Jesus, sob pena de nos tornarmos ramos secos, incapazes de dar o devido fruto.
É Deus quem opera em nós. «Eu sou a verdadeira vide e meu Pai é o agricultor. Ele corta todo o ramo que está em Mim e não dá fruto e limpa todo aquele que dá fruto, para que dê ainda mais fruto». Quando nos faltar a humildade e presunçosamente concluirmos que somos o centro do mundo e que a sua transformação depende de nós, das nossas qualidades e da nossa ação, estaremos a meio passo de destruirmos o bem que Deus plantou em nós.
«Se alguém não permanece em Mim, será lançado fora, como o ramo, e secará». Deus quer precisar de nós. Dá-nos os talentos para desenvolvermos a favor dos outros, à imagem do que Cristo fez, procurando, em tudo e sempre, realizar a vontade e as obras do Pai.
Os ramos cortados acabarão por secar. Se cortados e enxertados na vide hão de por certo produzir, assim como nós, enxertados em Jesus Cristo pelo Batismo, poderemos dar muito fruto. «A glória de meu Pai é que deis muito fruto. Então vos tornareis meus discípulos».
2 – Paulo percebe que para ser um ramo que dê fruto precisa de estar ligado a Jesus, a verdadeira vide, através da comunidade crente. Quando chega a Jerusalém procura juntar-se aos discípulos.
Sobrevém, contudo, o medo e a desconfiança. Antes, Saulo/Paulo tinha sido um perseguidor temido pelos seguidores de Jesus. Após o encontro com Jesus, a caminho de Damasco, Paulo tornar-se o Apóstolo por excelência. Porém, aqueles que o conheceram antes ou dele ouviram falar pelos seus feitos persecutórios estão de pé atrás e não confiam numa conversão rápida. O mesmo nos sucede em relação a quem temos alguma razão de queixa. A mudança de uma pessoa leva tempo e os velhos hábitos podem vir ao de cima. Mas Deus é Deus e que pode operar maravilhas.
Barnabé é crucial na mediação com a comunidade. É o padrinho de Paulo, levando-o aos Apóstolos e garantindo-o junto da comunidade, testemunhando a conversão e os frutos da sua pregação. São Barnabé é um instrumento de inserção que nos provoca a sermos também nós instrumentos ao serviço do Evangelho, levando outros à comunidade e criando na comunidade as condições para acolher (bem) aqueles que chegam e/ou que voltam.
Sublinha-se a paz em que vive a Igreja, cujos membros vivem na fidelidade ao Senhor e sob a assistência do Espírito Santo. Podemos ver a imagem da Videira e dos ramos…
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Textos para a Eucaristia (B): Atos 9, 26-31; Sl 21 (22); 1 Jo 3, 18-24; Jo 15, 1-8.
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