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Escolhas & Percursos

...espaço de discussão, de formação, de cultura, de curiosidades, de interacção. Poderemos estar mais próximos. Deus seja a nossa Esperança e a nossa Alegria...

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13.02.16

Ao Senhor teu Deus adorarás, só a Ele prestarás culto

mpgpadre

1 – A Quarta-feira de Cinzas dá início à Quaresma com o gesto significativo da imposição das cinzas, recordando-nos algo de essencial para continuarmos a ser humanos: a nossa ligação aos outros e a Deus. A cinza e a areia, a pequenez e o deserto. Tomar consciência dos nossos limites e dispomo-nos a acolher Deus nos outros.

Nesta semana acentuou-se a discussão à volta da eutanásia, ou melhor, da morte assistida. Depois da facilitação do aborto, sem controlo nem reflexão, mais um passo em ordem à raça ariana defendida por Hitler e pelo nazismo: eliminação de todos os seres humanos diminuídos – os não-nascidos, idosos, pessoas portadoras de deficiência, doentes... e de todos os que nos incomodem. Já se discute o "aborto" dos nascituros. Um casal de cientistas defende que um bebé ao nascer é igual a um feto de 12 ou de 24 semanas, ainda não decide por si mesmo, não tem direitos, logo os pais podem decidir se vive ou se morre. Mais algum tempo e decidir-se-á sobre qualquer pessoa que não tenha pleno uso da razão!

Salvaguarde-se o acolhimento de todos os que viveram situações traumáticas e, que muitas vezes, não encontraram quem ajudasse positivamente. No Jubileu da Misericórdia o Papa Francisco concedeu a todos os sacerdotes a faculdade de absolver as pessoas envolvidas no aborto, para que todos beneficiem da Misericórdia de Deus.

A Quaresma aviva a consciência sobre a nossa indigência. Somos vasos de barro nos quais Deus coloca a abundância e da Sua misericórdia. Cabe-nos cuidar uns dos outros, reconhecendo-nos promotores da vida e não causadores de morte, de abandono, de indiferença.

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2 – Jesus, guiado pelo Espírito Santo, vai para o deserto e leva-nos com Ele, para fazermos a experiência do despojamento, da humildade, capacitando-nos para as situações mais adversas. A Sua opção é inequívoca. Deixa-Se conduzir pelo Espírito, para que n'Ele sobrevenha a vontade do Pai, mesmo quando as tentações se querem sobrepor à Sua missão. Quarenta dias alimentando-Se de outro pão…

O deserto fala-nos do essencial, pondo em evidência as nossas fraquezas e libertando-nos do acessório. Com o avançar dos dias começam as dúvidas e as alucinações! Quando estamos mais frágeis, tudo nos passa pela cabeça!

Vem o Diabo com um caminho alternativo do poder, da facilidade e da indiferença, sem tocar o humano, caminho do milagre e do espetáculo impondo-nos a Sua divindade, caminho de egoísmo, utilizando o poder em benefício próprio, excluindo todo o esforço:

A) «Se és Filho de Deus, manda a esta pedra que se transforme em pão»; B) «Eu Te darei todo este poder e a glória destes reinos… se Te prostrares diante de mim»; C) «Se és Filho de Deus, atira-Te daqui abaixo, porque está escrito: ‘Ele dará ordens aos seus Anjos a teu respeito, para que Te guardem’».

As respostas de Jesus são concludentes:

A) «Está escrito: ‘Nem só de pão vive o homem’»; B) «Está escrito: ‘Ao Senhor teu Deus adorarás, só a Ele prestarás culto’»; C) «Está mandado: ‘Não tentarás o Senhor teu Deus’».

Seguindo o Caminho de Jesus, decalcando a Sua postura e a Sua intimidade com o Pai, ser-nos-á possível vencer as tentações.

 

3 – A vida é-nos dada por Deus para vivermos dando luta, sem desistir, por maiores que sejam as adversidades.

A vida de Jesus será uma oferenda permanente. Oferecer-Se-á por nós, esgotando-Se. Não usará o poder em benefício próprio. A tentação da cruz – salva-te a ti e a nós também – será superada pela entrega – Pai, perdoa-lhes. Fácil seria transformar as pedras em pão. Mas não seria humano. Humano é trabalhar com honestidade pelo pão de cada dia. Quando necessário Jesus há de transformar a água em vinho de qualidade que sacia a nossa sede e nos permite continuar a festa da vida; multiplicará os pães e converter-nos-á em pessoas solidárias, para que não falte o alimente a ninguém. "Tive fome e deste-me de comer". A fé traduz-se nas obras de misericórdia.

____________________________

Textos para a Eucaristia (ano C): Deut 26, 4-10; Sl 90 (91); Rom 10, 8-13; Lc 4, 1-13.

 

REFLEXÃO DOMINCIAL COMPLETA na página da Paróquia de Tabuaço

e no nosso outro blogue CARITAS IN VERITATE

17.02.13

Nem só de pão vive o homem...

mpgpadre

       1 – O primeiro domingo da QUARESMA apresenta-nos a tentação, a provação e a maturidade da fé que, alimentada pela oração e pela palavra de Deus, supera os limites da nossa fragilidade humana.

       O Espírito presente à hora do Batismo, guia-O ao deserto e do deserto para a cidade dos homens. “Jesus, cheio do Espírito Santo, retirou-Se das margens do Jordão. Durante quarenta dias, esteve no deserto, conduzido pelo Espírito, e foi tentado pelo Diabo”. A vida de Jesus assenta no cumprimento da vontade de Deus. Nas situações mais delicadas afasta-Se para que a intensidade do AMOR do Pai firme as Suas escolhas e torne luminosa a Sua missão.

       No deserto, onde o clima é desfavorável, onde se manifesta em demasia o calor e o frio e sobretudo a solidão, Jesus não está só. Nós não estamos sós nos desertos da nossa vida que nos fragilizam. O Espírito de Deus está com Ele. E está connosco.

       2 – As tentações de Jesus resumem e assumem as nossas tentações do egoísmo, do poder, do milagre em benefício próprio.

       Tendo assumido a nossa fragilidade e finitude, Jesus experimenta momentos de desencanto, de solidão, de deserto, de cansaço. Nem tudo corre como esperado. Vejamos o texto de São Lucas:

“Nesses dias não comeu nada e, passado esse tempo, sentiu fome. O Diabo disse-lhe: «Se és Filho de Deus, manda a esta pedra que se transforme em pão». Jesus respondeu-lhe: «Está escrito: ‘Nem só de pão vive o homem’». O Diabo levou-O a um lugar alto e mostrou-Lhe num instante todos os reinos da terra e disse-Lhe: «Eu Te darei todo este poder e a glória destes reinos, porque me foram confiados e os dou a quem eu quiser. Se Te prostrares diante de mim, tudo será teu». Jesus respondeu-lhe: «Está escrito: ‘Ao Senhor teu Deus adorarás, só a Ele prestarás culto’». Então o Diabo levou-O a Jerusalém, colocou-O sobre o pináculo do templo e disse-Lhe: «Se és Filho de Deus, atira-Te daqui abaixo, porque está escrito: ‘Ele dará ordens aos seus Anjos a teu respeito, para que Te guardem’; e ainda: ‘Na palma das mãos te levarão, para que não tropeces em alguma pedra’». Jesus respondeu-lhe: «Está mandado: ‘Não tentarás o Senhor teu Deus’».

       Jesus responde com a Palavra de Deus. A opção de Jesus leva-O a usar o Seu poder como serviço aos outros. Por ora não transforma as pedras em pão, mas há de transformar a água em vinho. Por ora não se atira do alto do Templo, mas logo será o Templo de Deus para nós, n'Ele encontrar-nos-emos com Deus. Por ora não se curvará diante do poder, mas logo usará o poder do AMOR para nos redimir, dando-nos todo o Reino de Deus, de uma vez para sempre.

 

       3 – Na conjugação da fé e do amor, sublinhado da Mensagem para esta Quaresma, Bento XVI prioriza a Palavra de Deus como instrumento de caridade. “A fé é conhecer a verdade e aderir a ela (cf. 1 Tm 2, 4); a caridade é «caminhar» na verdade (cf. Ef 4, 15). Pela fé, entra-se na amizade com o Senhor; pela caridade, vive-se e cultiva-se esta amizade (cf. Jo 15, 14-15). A fé faz-nos acolher o mandamento do nosso Mestre e Senhor; a caridade dá-nos a felicidade de pô-lo em prática (cf. Jo 13, 13-17). Na fé, somos gerados como filhos de Deus (cf. Jo 1, 12-13); a caridade faz-nos perseverar na filiação divina de modo concreto, produzindo o fruto do Espírito Santo (cf. Gl 5, 22). A fé faz-nos reconhecer os dons que o Deus bom e generoso nos confia; a caridade fá-los frutificar (cf. Mt 25, 14-30)”.

       Viver a fé sem a caridade e sem o compromisso com os irmãos, seria como uma árvore de frutos sem frutos. A Palavra de Deus, acolhida, partilhada e testemunhada, é a primeira e principal obra de caridade: “Não há ação mais benéfica e, por conseguinte, caritativa com o próximo do que repartir-lhe o pão da Palavra de Deus, fazê-lo participante da Boa Nova do Evangelho, introduzi-lo no relacionamento com Deus: a evangelização é a promoção mais alta e integral da pessoa humana”.


Textos para a Eucaristia (ano C): Deut 26, 4-10; Rom 10, 8-13; Lc 4, 1-13.

 

11.02.10

Deus no deserto

mpgpadre

        "Na simbologia bíblica, o deserto é uma etapa no caminho para Deus que todos os que são chamados à fé devem atravessar.

       

       O deserto não é uma pátria, mas somente um percurso, um caminho que conduz ao conhecimento do Amor misericordioso de Deus. Todos aqueles que procuram Deus devem passar por ele, pois a experiência do deserto está estreitamente ligada ao aprofundamento da nossa fé na Sua Misericórdia.
        O deserto, por excelência, são os dificeis estados espirituais de aridez e secura, quando Deus pareça ter-te abandonado, quando não sintas a Sua presença e te seja mais difícil crer nela.
        A situação do deserto põe a descoberto aquilo que no homem se encontra mais profundamente escondido. (...) É no deserto que o homem se dá conta de que coisas é capaz, da sua fraqueza, da sua condição de pecador, da sua dureza de coração. Aí o homem encontra-se face a face com a aterradora verdade daquilo que é sem a ajuda de Deus.
        Normalmente o homem vive de uma maneira superficial, como se vivesse apenas à flor da pele. Só as situações difíceis, as situações de deserto, o constrangem a tomar decisões, revelando, ao mesmo tempo, as camadas mais profundas do bem ou do mal.
        O deserto, porém, não só revela a verdade acerca de ti, mas transforma-te interiormente, polarizando as tuas atitudes. O dom do deserto permite-te vencer a tibieza, porque te obriga a fazer opções.
        Enquanto fores um cristão tíbio, para quem a vida corre sem problemas e tudo vai bem, a tua situação, vista à luz da fé, é dramática, porque pensas que és tu que solucionas tudo e Deus deixa, assim, de te ser necessário: estás, desse modo, numa condição de ateísmo prático.
        A finalidade do deserto é de formar o homem, fortalecer a sua fé, eliminar a sua mediocridade, formar verdadeiros discípulos de Cristo.
        No deserto é que vais dar conta de que Deus realmente nunca te abandona. É verdade que no deserto Deus Se oculta mas, na realidade, Ele está particularmente perto de ti. Nunca como nessas ocasiões se encontra tão próximo. Somente espera que Lhe demonstres a tua fé, espera que Lhe estendas os teus braços confiantemente."

Tadeusz Dajczer, em "Meditações sobre a Fé", in Conhecer e seguir Jesus.

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