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1 – A dedicação de uma Igreja assinala e visualiza e referencia um espaço dedicado especialmente a Deus, para uma maior proximidade, recolhimento e intimidade do homem com Deus, e para a comunidade se reunir e viver como Igreja.
A Basílica de S. João de Latrão é a Sede do Bispo de Roma, considerada a igreja-mãe de todas as igrejas da Urbe e do Orbe (da cidade e do mundo), «preside à assembleia universal da caridade» (Sto Ambrósio). Celebrando a Dedicação desta Basílica, Cátedra de Pedro, sinalizamos o amor e a unidade à volta do Sucessor de Pedro.
2 – A mais sublime adoração é realizada em espírito e verdade. Mas, porquanto, não sendo nem anjos nem puros seres espirituais, situamo-nos com os outros num determinado tempo e num espaço (físico) concreto. Assim também a nossa relação com Deus, situa-nos na história humana, onde Ele nos procura e nos encontra e onde Se deixa procurar e encontrar por nós. A Encarnação de Deus, com Jesus Cristo, é disso expressão e sacramento: a eternidade torna-se acessível e percetível ao ser humano. Em Jesus, Deus assume a condição humana, submetendo-se, POR AMOR, às coordenadas espácio-temporais.
3 – Jesus sobe ao Templo de Jerusalém e constata que o Templo é usado para maquinações e injustiças, formas de ganhar mais, exigindo a quem tem menos.
A reação de Jesus é inesperada. Os que por ali andam já nem estranham. Jesus escandaliza-se, faz um chicote, expulsa os vendilhões e os seus animais, derruba as mesas e o dinheiro dos cambistas e diz aos que vendem as pombas: «Tirai tudo isto daqui; não façais da casa de meu Pai casa de comércio».
Alguns negociantes perguntam a Jesus: «Que sinal nos dás de que podes proceder deste modo?» E é então que Jesus faz a ponte para outro Templo: «Destruí este templo e em três dias o levantarei». Porém, não percebem que Jesus lhes fala do Seu próprio Corpo, como Templo no qual somos resgatados.
4 – Problema do nosso tempo é que temos menos casa e menos igreja. Atarefados com mil e uma coisas, não nos resta muito tempo para estarmos em casa e, sobretudo, em família. Do mesmo jeito, vamos à Igreja se não há mais nada para fazer. Se vêm uns amigos de Guimarães, ou se o almoço é de festa, deixamos a Igreja, pois há mais domingo no ano. Faltando a família e a comunidade (a casa e a Igreja), pouco nos resta para vivermos saudavelmente. Para os descrentes, para que não fiquem eternamente ensimesmados, frequentem espaços (e tempos) de encontro, de descoberta, de partilha…
5 – São Paulo incentiva-nos a edificar o Corpo de Cristo, Verdade do amor de Deus em nós: «Vós sois edifício de Deus. Veja cada um como constrói: ninguém pode colocar outro alicerce além do que está posto, que é Jesus Cristo. Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Porque o templo de Deus é santo e vós sois esse templo».
Somos o templo que Deus habita. Se o alicerce é Cristo, cada um de nós concorrerá para a construção do Corpo de Cristo, a Igreja.
6 – Aquilo que havemos de ser só se manifestará totalmente na eternidade. Para já caminhamos, deixando que Deus nos habite e sendo morada uns para os outros, com a certeza que Ele nos conduz às águas refrescantes, como Bom Pastor; do Seu Templo, como refere Ezequiel, saem águas que nos purificam e nos salvam. As fontes da salvação estão acessíveis em Cristo, no Seu Corpo que é a Igreja.
«Deus é o nosso refúgio e a nossa força, auxílio sempre pronto na adversidade. Por isso nada receamos ainda que a terra vacile e os montes se precipitem no fundo do mar. Os braços dum rio alegram a cidade de Deus, a mais santa das moradas do Altíssimo. Deus está no meio dela e a torna inabalável».
Textos para a Eucaristia: Ez 47, 1-2. 8-9. 12; Sl 45 (46); 1 Cor 3, 9c-11. 16-17; Jo 2, 13-22.
Reflexão Dominical COMPLETA na página da Paróquia de Tabuaço
e no nosso blogue CARITAS IN VERIATE.
Quando eu ainda era um menino, ocasionalmente, minha mãe gostava de fazer torradas.
Naquela noite longínqua, minha mãe pôs um prato de ovos, linguiça e torradas bastante queimadas, defronte ao meu pai.
Eu me lembro de ter esperado um pouco, para ver se alguém notava o fato.
Tudo o que meu pai fez, foi pegar a sua torrada, sorrir para minha mãe e me perguntar como tinha sido o meu dia, na escola.
Eu não me lembro do que respondi, mas me lembro de ter olhado para ele lambuzando a torrada com manteiga e geleia e engolindo cada bocado.
Quando eu deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando por haver queimado a torrada.
E eu nunca esquecerei o que ele disse:
– Amor, eu adoro torrada queimada…
Mais tarde, naquela noite, quando fui dar um beijo de boa noite em meu pai, eu lhe perguntei se ele tinha realmente gostado da torrada queimada.
Ele me envolveu em seus braços e me disse:
– Sua mãe teve um dia de trabalho muito pesado e estava realmente cansada… Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém.
A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas. E eu também não sou o melhor marido, empregado ou cozinheiro!
O que tenho aprendido através dos anos é que saber aceitar as falhas alheias, escolhendo não relevar as diferenças entre uns e outros, é uma das chaves mais importantes para criar relacionamentos saudáveis e duradouros.
Essa é a minha oração para você, hoje.
De fato, poderíamos estender esta lição para qualquer tipo de relacionamento: entre marido e mulher, pais e filhos, irmãos, colegas e com amigos.
Não ponha a chave de sua felicidade no bolso de outra pessoa, mas no seu próprio.
Veja pelos olhos de Deus e sinta pelo coração dele;
você apreciará o calor de cada alma, incluindo a sua.
As pessoas sempre se esquecerão do que você lhes fez, ou do que lhes disse, mas nunca esquecerão o modo pelo qual você as fez se sentir.
autor desconhecido, postado a partir do nosso CARITAS IN VERITATE.
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