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31.05.12

Editorial Agência Ecclesia: Nós somos católicos

mpgpadre

Tantos “dias de” onde é possível – e preciso - reclamar a afirmação “Nós somos católicos” e exigir a presença, a participação, o compromisso!

 

       A mobilização virtual em torno de um slogan foi imediata: um vídeo espalhado pelas redes sociais, partilhado repetidamente e recomendado entre amigos fez de uma certeza – “Nós somos católicos” – uma sintonia global entre os que concretizam a experiência do cristianismo numa família, a da Igreja Católica.

       A afirmação é traduzida por muitas imagens, pela poesia, pela evocação do empreendedorismo de pessoas e organizações, a inovação humanizante em cada época na saúde, na educação, na assistência. Tudo à escala global e a cada passo comprovada pelas referências constantes, em ruas e cidades, a figuras maiores desta família.

       Em dois minutos, o filme percorre mais de 2000 mil anos de História, evoca grandes feitos e criações e provoca convergências espontâneas entre povos de qualquer canto do mundo para uma certeza: todos estamos unidos a uma Pessoa, Jesus Cristo.

       Diante de qualquer caos, é essa convicção que permite a permanência: a da Igreja e a de muitos nessa família. Existe entre todos um denominador comum que permite somar ou subtrair, acrescentar ou tirar, mas nunca dividir.

       A memória deste vídeo (reveja o vídeo no final do texto) que qualquer motor de pesquisa traz ao ecrã, acontece no contexto de iniciativas que, em todos os tempos e com particular incidência nestes dias, ocorre no nosso “jardim à beira mar plantado” e que reclamam, dos que pertencem a esta grande família, a afirmação clara e convicta de que “Nós somos católicos”.

       Abundam as oportunidades para o fazer, nas dioceses que se reorganizam ou nos projetos que inovam. Basta seguir as propostas que fazem convergir núcleos desta família para um “Dia da Diocese”, “Dia da Juventude”, “Dia da Família”, “Dia das Comunicações Sociais”… Tantos “dias de” onde é possível – e preciso - reclamar a afirmação “Nós somos católicos” e exigir a presença, a participação, o compromisso!

       Não menor é o desafio que recai sobre os promotores de qualquer convocatória. Num contexto social cruzado de eventos e convites é urgente a reformulação de propostas e a qualificação de todos os projetos, mesmo os que acontecem em família.

       Só dessa forma será possível dizer não apenas Nós somos católicos”, mas acrescentar com confiança e a todas as pessoas “Bem-vindo à tua casa!”

 

21.01.12

21. Procure valorizar sobretudo o que une

mpgpadre

Procure valorizar sobretudo o que une, e não tanto o que divide.
Ao olharmos para a nossa humanidade, certamente que há muitos aspetos que dividem. Somos diferentes, com sensibilidades distintas e quando toca a defender-nos, mas se acentua as divisões e o que afasta.

Vivemos o Oitavário de Oração pela Unidade dos Cristãos (18 a 25 de janeiro).
"Que todos sejam UM, como Eu e Tu, ó Pai somos uma só coisa". Na Sua oração Sacerdotal, de intercessão pelos discípulos e pela humanidade, o desejo de Jesus é que todos se tornem "um só rebanho", os que já fazem parte, os que estão a caminho e os que virão, os que estão fora, os que estão longe.
A Unidade pedida por Jesus, cedo cedeu à divisão, ao conflito.

A Igreja, sentindo como Seu este desafio do Mestre, com outras confissões religiosas, instituiu 8 dias de oração pela Unidade dos Cristãos. O mesmo Batismo, a mesma Fé, o mesmo Mestre e Senhor, Jesus Cristo, e no entanto divididos por questões culturais, políticas, por identidades nacionais ou locais, por caprichos e por tantas outras razões.

Este tempo de oração não visa que se convertam a esta ou àquela confissão cristã, mas que todos caminhemos para Jesus Cristo. Uma Igreja dividida é um contratestemunho para o mundo. A unidade na Igreja será uma resposta à oração de Jesus Cristo, uma opção pela Sua identidade, Corpo de Cristo, ainda que muitos e diversos sejam os seus membros.

O que se diz para a Igreja diz-se para as famílias, para as comunidades, para as nações, para os grupos de países. Como da paz, também da unidade se refira que o início está na conversão do coração, na disponibilidade de cada pessoa, a partir do seu íntimo, em construir a paz, a unidade, a viver solidariamente.

Se fôssemos à raiz dos nossos genes humanos, veríamos que o que nos une é bem mais do que aquilo que nos separa. Debaixo da pele, somos da mesma carne, corre-nos sangue nas veias, o código genético aproxima-nos uns dos outros.

Para os cristãos isto deverá ser ainda mais motivador. O nosso código genético mostra-nos a mesma origem divina e o mesmo destino: a vida eterna.
No entretanto da nossa vida, ninguém que está vivo pediu para nascer, aproveitemos o tempo que nos deram gratuitamente, para construir, para na abertura solidária aos outros, procurarmos viver ao jeito de Jesus Cristo, como quem se predispõe a dar a vida constantemente, em palavras e gestos.

16.06.10

Ser cristãos nos dias de hoje

mpgpadre
Para ser cristão é preciso, antes de tudo, ser “humano”.
 
       Para nos salvar Jesus assume a humanidade e a vive integralmente, mostrando que não se pode fazer a vontade de Deus na terra a não ser através da humanidade. Olhar para a humanidade de Jesus é olhar para o que Deus espera de nós, seres humanos.
       Para compreender o sentido de ser “humano” é necessária a calma, a tranquilidade para mergulhar no próprio interior e descobrir “quem somos”, sem qualquer sombra de julgamento. Pois assim como Deus estava em Jesus, assim também está em nós.
       Quem procura Deus tem que procurar a si mesmo, à sua verdade.
       Nos dias atuais, o ser humano é assombrado por três medos fundamentais:
 
Medo de ser determinado pelos outros:
       – isto é, agir segundo a vontade de outras pessoas abrindo mão do seu livre arbítrio. Quando a Bíblia nos diz que Jesus foi obediente a Deus (Fl 2,8) não significa que agiu contra a própria vontade, mas que ouvindo a Deus que falava em seu íntimo aceitou e assumiu o projeto do Pai como seu próprio protejo e determinou-se a ser fiel a esse protejo, mesmo diante da morte tramada pelos que detinham o poder.
       No mundo actual, onde impera o individualismo, muitos vêem a vontade de Deus como empecilho à liberdade individual. No entanto, Deus não está em nós para quebrar a nossa própria vontade, ao contrário Ele vem dar o sentido da nossa existência humana. A vontade de cada um tem diferentes dimensões, mas a base será sempre a manifestação da vontade de Deus, que também se manifesta nos anseios do povo e nos clamores da sociedade. Quando Jesus, no Horto das Oliveiras, pede ao Pai que afaste o cálice do sofrimento (Mt 26,39), no mesmo instante Ele reafirma a sua base ao pedir que se faça a vontade de Deus. Jesus sabe que o Pai não deseja seu sofrimento, mas apenas a fidelidade ao seu protejo de amor. O sofrimento pelo qual Jesus passará é fruto da maldade do homem e não da vontade de Deus. Assim, a obediência evangélica é aquela que nos leva a agir sendo fiéis a Deus, ao que somos e aos valores humanos.
 
Medo da fome:
       – de não ter o necessário para sobreviver. “Olhai as aves do céu: não semeiam nem ceifam, nem recolhem nos celeiros e vosso Pai celeste as alimenta. Não valeis vós muito mais que elas?” (Mt 6,26). Ser pobre é não ter nada, não pensar nada e não querer nada. Não ter nada não significa não possuir bens, mas também não querer possuir Deus. A pobreza evangélica é aquela que nos leva a não considerar os bens como propriedade exclusiva, e mais ainda não considerar Deus como nossa propriedade.
       A riqueza não é ruim em si, mas tem a capacidade de reforçar em nós o apego e a induzir as pessoas a usar máscaras, o que provoca o vazio interior. Quem não consegue renunciar às coisas, jamais conseguirá fortalecer o próprio “EU”. Somos chamados a viver a generosidade da partilha total, conscientes de que o que possuímos é temporário e jamais deverá ser estocado, mas deve servir para o bem de todos; “Não se pode servir a Deus e ao dinheiro” (Lc 16,13).
 
Medo da solidão:
       – de não ser amado, ser abandonado. Empreendemos uma busca desesperada de agradar os outros passando por cima dos nossos próprios valores e anseios esperando com isso a atenção desses. Com isso perdemos a própria identidade. “Amai ao próximo como a ti mesmo” (Mt 19,19) – aqui Jesus deixa claro que só podemos amar aos outros se nos amarmos primeiro, e quem se ama se respeita e procura se conhecer. Assim, devemos descobrir quem somos no mais profundo do nosso íntimo e nos amarmos. E quando isso acontece, nos encontramos com Deus que nos ama do modo mais profundo e descobrimos que jamais estaremos sozinhos. A partir daí, construiremos a base da nossa vida no próprio Deus. A castidade evangélica é fruto de uma vida construída sobre alicerces de integração da sexualidade e não da sua negação, identificando para onde ela nos leva.
       Encontramos na Bíblia belíssimos relatos impregnados de sexualidade que nos falam do amor de Deus pela humanidade, o “Cântico dos Cânticos” é um exemplo disso.
Para desenvolver a integração da sexualidade é necessário:
  • Desenvolver uma cultura de vida saudável. Hoje há um movimento de destruição da vida, é preciso cultivar a vida saudável, a própria casa e o próprio ser como lugar onde se habita com paz e bem estar.
  • Cultivar a amizade sincera, deixando que as pessoas cheguem ao coração, deixando-se cativar.
  • Cultivar a criatividade, usando-a como meio de expressão pessoal e até mesmo da própria sexualidade.
  • Cultivar a espiritualidade mística, que tem a ver com experimentar Deus, com silêncio e meditação. A espiritualidade mística não leva a perder o contato com a realidade, nem a ficar girando em torno de si mesmo na busca pelo próprio bem estar e a própria salvação, mas induz ao questionamento pessoal do que pensamos, sentimos e fazemos na busca da comunhão e do bem comum.
       Cada pessoa tem o desejo de amar e ser amado que leva à experiência de sentir-se pleno ou vazio, acolhido ou rejeitado. É essa experiência que nos leva a compreender que permanecer no amor é permanecer em Deus.
Desafios são vencidos quando se vive o Baptismo:
       O baptismo nos confere o ser rei, sacerdote e profeta; e cada um desses selos tem um significado próprio que nos identifica com Jesus.
  • Ser rei ou rainha é ter a capacidade de viver por si mesmo, sem se deixar levar pelos outros, é ser soberano de si mesmo e da própria dignidade.
  • Ser sacerdote é ser guardião do sagrado, é guardar em si o espaço sagrado interior. Jesus afirmou que o Reino de Deus está em nós (cf. Lc 17, 20-24). O sagrado está livre do mundo e dá liberdade para que possamos estar no mundo sem nos deixarmos prender por ele ou por seus julgamentos. O espaço sagrado é o espaço da autenticidade, da originalidade; é o lugar da entrega, onde não há espaço para o sentimento de culpa.
  • Ser profeta é dizer algo de Deus a partir da própria experiência que se tem dele e da sua presença em nossa vida. É ter sensibilidade para falar sobre coisas que ferem o ser humano e clamam contra Deus.
       O desejo de controle absoluto, de si e do outro, nos coloca na contramão da caminhada cristã e impede as pessoas de serem “humanas”; quanto mais nos entregamos ao amor de Deus e nos deixamos guiar e transformar por esse amor, mais nos aproximamos da humanidade perfeita, perfeição a que Jesus nos chamou (Mt 5,48).
postado a partir do blogue: Nos Passos de Jesus.

12.03.10

O soldado de Cristo e a Palavra de Deus

mpgpadre

       Você tem uma única arma - a Palavra de Deus!

       A Palavra de Deus não necessita de aliados.

       Você deve confiar apenas na Palavra de Deus; não confie na sua própria sabedoria nem na sabedoria de outras pessoas.

       Nenhum castigo humano pode absolvê-lo do dever de falar e de dar reconhecimento a Deus.

       Não esqueça que o mundo odeia a Palavra de Deus mais do que qualquer outra coisa, e não há nenhuma outra coisa da qual o homem tanto necessite quanto a Palavra de Deus.

       Em cada derrota esteja certo disto: O Deus que levantou de entre os mortos Aquele que fora crucificado obteve a Sua vitória na derrota.

Toda e qualquer batalha que possa estar à sua espera já foi vencida por Ele.

       Você já tomou a sua posição ao lado de Cristo, não se surpreenda, pois, se for tratado como um pária.

       Observe bem este facto: a posição do Cristão neste mundo é com as suas costas contra a parede.

       Não aja como se fosse o único soldado de Jesus Cristo, mas obedeça às Suas ordens, mesmo que ninguém mais, excepto você, se prontifique a obedecer.

       Nunca pense que Deus necessita sempre de um homem com qualidades como as que você possui. É você quem precisa de Deus.

       Quando estiver a aguardar ordens do alto, não fique à procura de respostas dentro de si mesmo.

       Não confunda os mandamentos de Deus com as propostas de paz que o mundo oferece.

       Há um grande futuro adiante de si – o futuro de Deus! Avance!

  

Henry Vogel, in Caritas in Veritate.

31.01.10

Uma folha não é um livro...

mpgpadre

       Quando Jesus fala de perdão corta o mal pela raiz. Ensina-nos a relativizar o nosso eu. Sugere que nos desviemos uns milímetros do centro do mundo e seremos menos atingidos pelas setas que se desprendem do quotidiano. Sugere-nos que vejamos melhor os outros.

Uma folha não é um livro nem um degrau é uma escada. 


      

       Não se define um amigo ou um estranho, por meia dúzia de palavras que disse a nosso respeito, ou mesmo por alguma atitude reprovável que acerca de nós tenha tomado.
       O cristianismo não defende uma moral de patetas pseudo-insensíveis à realidade que os circunda. Convida a uma atitude inteligente e pacífica que saiba relativizar as limitações dos outros, mesmo quando as consequências incidem sobre a nossa pessoa.
Acredito cada vez mais que quem não entendeu isto dificilmente chegará a viver a experiência da Paz. E nunca descobrirá a profundidade e até a beleza do perdão.

       Uma folha não é um livro nem um degrau é uma escada.


Henrique Manuel, em "Mas Há Sinais...", in Conhecer e seguir Jesus.

21.01.10

Acolher e viver a Verdade

mpgpadre
       "O cristão não reflecte ao jeito dum filósofo que inventa, de certo modo, a sua verdade e a propõe a outras pessoas. O cristão não inventa a verdade, recebe-a. (...)

       O cristianismo não é uma filosofia, a Revelação não se situa no plano da explicação das coisas: ilumina o nosso caminhar até Deus, o que é totalmente diferente.
       A Revelação diz-nos qualquer coisa sobre Deus e qualquer coisa sobre o homem, na medida em que isso é necessário à verdade da nossa relação viva, real, com Deus".

François Varillon, em "Alegria de Crer e Viver", in Conhecer e Seguir Jesus.

11.12.09

Deus reza o Pai-nosso connosco!

mpgpadre

CRISTÃO: Pai nosso que estais no céu...
DEUS: Sim? Estou aqui.
CRISTÃO: Por favor, não me interrompa, estou rezando!
DEUS: Mas você me chamou!
CRISTÃO: Chamei? Eu não chamei ninguém. Estou rezando. Pai nosso que estais no céu...
DEUS: Aí, você chamou de novo.
CRISTÃO: Fiz o que?
DEUS: Me chamou. Você disse: Pai nosso que estais no céu. Estou aqui. Como é que Posso ajudá-lo?
CRISTÃO: Mas eu não quis dizer isso. É que estou rezando. Rezo o Pai Nosso todos os dias, me sinto bem rezando assim. É como se fosse um dever. E não me sinto bem até cumpri-lo...
DEUS: Mas como podes dizer Pai Nosso, sem lembrar que todos são seus irmãos, como podes dizer que estais no céu, se você não sabe que o céu é a paz, que o céu é amor a todos?
CRISTÃO: É, realmente ainda não havia pensado nisso.
DEUS: Mas, prossiga sua oração.
CRISTÃO: Santificado seja o Vosso nome...
DEUS: Espere aí! O que você quer dizer com isso?
CRISTÃO: Quero dizer... quer dizer, é... sei lá o que significa. Como é que vou saber? Faz parte da oração, só isso!
DEUS: Santificado significa digno de respeito, Santo, Sagrado.
CRISTÃO: Agora entendi. Mas nunca havia pensado no sentido dessa palavra SANTIFICADO ... "Venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu..."
DEUS: Está falando sério?
CRISTÃO: Claro! Porque não?
DEUS: E o que você faz para que isso aconteça?
CRISTÃO: O que faço? Nada! É que faz parte da oração, além disso seria bom que o Senhor tivesse um controle de tudo o que acontecesse no céu e na terra também.
DEUS: Tenho controle sobre você?
CRISTÃO: Bem, eu freqüento a igreja!
DEUS: Não foi isso que Eu perguntei. Que tal o jeito que você trata os seus irmãos, a maneira com que você gasta o seu dinheiro, o muito tempo que você dá à televisão, as propagandas que você corre atrás, e o pouco tempo que você dedica à Mim?
CRISTÃO: Por favor. Pare de criticar!
DEUS: Desculpe. Pensei que você estava pedindo para que fosse feita a minha vontade. Se isso for acontecer tem que ser com aqueles que rezam, mas que aceitam a minha vontade, o frio, o sol, a chuva, a natureza, a comunidade.
CRISTÃO: Está certo, tens razão. Acho que nunca aceito a sua vontade, pois reclamo de tudo: se manda chuva, peço sol, se manda o sol reclamo do calor, se manda frio, continuo reclamando, se estou doente peço saúde, não cuido dela, deixo de me alimentar ou como muito...
DEUS: Óptimo reconhecer tudo isso. Vamos trabalhar juntos Eu e você, mas olha, vamos ter vitórias e derrotas. Eu estou gostando dessa nova atitude sua.
CRISTÃO: Olha Senhor, preciso terminar agora. Esta oração esta demorando muito mais do que costuma ser. Vou continuar: "o pão nosso de cada dia nos daí hoje..."
DEUS: Pare aí! Você está me pedindo pão material? Não só de pão vive o homem, mas também da minha palavra. Quando me pedires o pão, lembre-se daqueles que nem conhecem pão. Pode pedir-me o que quiser, desde que me veja como um Pai amoroso! Eu estou interessado na próxima parte de sua oração. Continue!
CRISTÃO: "Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido"
DEUS: E o seu irmão desprezado?
CRISTÃO: Está vendo? Olhe Senhor, ele já criticou várias vezes e não era verdade o que dizia. Agora não consigo perdoar. Preciso me vingar.
DEUS: Mas, e sua oração? O que quer dizer sua oração? Você me chamou, e eu estou aqui, quero que saias daqui transfigurado, estou gostando de você ser honesto. Mas não é bom carregar o peso da ira dentro de você, não acha?
CRISTÃO: Acho que iria me sentir melhor se me vingasse!
DEUS: Não vai não! Vai se sentir pior. A vingança não é tão doce quanto parece. Pense na tristeza que me causaria, pense na sua tristeza agora. Eu posso mudar tudo para você. Basta você querer.
CRISTÃO: Pode? Mas como?
DEUS: Perdoe seu irmão, Eu perdoarei você e te aliviarei
CRISTÃO: Mas Senhor, eu não posso perdoá-lo.
DEUS: Então não me peças perdão também!
CRISTÃO: Mais uma vez está certo! Mais do que quero vingar-me, quero a paz com o Senhor. Esta bem, esta bem; eu perdôo a todos, mas ajude-me Senhor. Mostre-me o caminho certo para mim e meus inimigos.
DEUS: Isto que você pede é maravilhoso, estou muito feliz com você. E você como está se sentindo?
CRISTÃO: Bem, muito bem mesmo! Para falar a verdade, nunca havia me sentido assim! É tão bom falar com Deus.
DEUS: Ainda não terminamos a oração. Prossiga...
CRISTÃO: "E não deixeis cair em tentações, mas livrai-nos do mal..."
DEUS: Óptimo, vou fazer justamente isso, mas não se ponha em situações onde possa ser tentado.
CRISTÃO: O que quer dizer com isso?
DEUS: Deixe de andar na companhia de pessoas que o levam a participar de coisas sujas, intrigas, fofocas. Abandone a maldade, o ódio. Isso tudo vai levá-lo para o caminho errado. Não use tudo isso como saída de emergência!
CRISTÃO: Não estou entendendo!
DEUS: Claro que entende! Você já fez isso comigo várias vezes. Entra no erro, depois corre me pedir socorro.
CRISTÃO: Puxa, como estou envergonhado!
DEUS: Você me pede ajuda, mas logo em seguida volta a errar de novo, para mais uma vez vir fazer negócios comigo!
CRISTÃO: Estou com muita vergonha, perdoe-me Senhor!
DEUS: Claro que perdoo! Sempre perdoo a quem está disposto a perdoar também, mas não esqueça, quando me chamar, lembre-se de nossa conversa, medite cada palavra que fala! Termine sua oração.
CRISTÃO: Terminar? Há, sim, "Amém!"
DEUS: O que quer dizer amém?
CRISTÃO: Não sei. É o final da oração.
DEUS: Você só deve dizer amém quando aceita dizer tudo o que eu quero, quando concorda com minha vontade, quando segue os meus mandamentos, porque AMÉM! Quer dizer: assim seja, concordo com tudo que orei.
CRISTÃO: Senhor, obrigado por ensinar-me esta oração e agora obrigado por fazer-me entendê-la.
DEUS: Eu amo cada um dos meus filhos, amo mais ainda aqueles que querem sair do erro, quer ser livre do pecado. Abençoo-te e fica com minha paz!
CRISTÃO: Obrigado, Senhor! Estou muito feliz em saber que és meu amigo.

(Autor desconhecido)

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