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21.09.14

LEITURAS - Papa Francisco: O Mistério da Igreja - Catequeses

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PAPA FRANCISCO (2014). O mistério da Igreja. Catequeses do primeiro ano de pontificado. Lisboa: Paulus Editora. 120 páginas.

       Neste livro, as catequeses do Papa Francisco, nas Audiências Gerais das Quarta-feiras, durante o primeiro ano de pontificado, à excepção da última, referente ao tempo do Advento. A 13 de março de 2013, o Cardeal Jorge Mario Bergoglio aparecia à varanda do Palácio Apostólico como Papa Francisco, em pleno Ano da Fé, instituído e iniciado por Bento XVI, pelo que as catequeses seguem a linha escolhida pelo Predecessor, mormente a reflexão dos diversos artigos do Credo.
       A continuidade não é apenas na temática, mas na acessibilidade da mensagem, simples, direta, numa linguagem de fácil compreensão, com imagens para ilustrar o que se está a dizer, ainda que cada Papa deixe transparecer o seu estilo mais pessoal.
       As catequese são dividas em 4 partes.

 

 

  • PARTE I - NÃO DEIXES QUE TE ROUBEM A ESPERANÇA
  1. Semana Santa, tempo de graça do Senhor
  2. As mulheres, as primeiras testemunhas da ressurreição
  3. Cristo Ressuscitado, a Esperança que não engana
  4. Subiu aos Céus, está sentado à direita de Deus Pai
  5. O fim dos tempos
  6. São José Operário e início do mês mariano
  7. O Espírito Santo, fonte inesgotável de vida
  8. O Espírito de Verdade
  • PARTE II - O MISTÉRIO DA IGREJA
  1. Sintamos a alegria de evangelizar
  2. A Igreja, família de Deus
  3. Igreja, Povo de Deus
  4. Igreja, Corpo de Cristo
  5. Igreja, Templo do Espírito
  6. As colunas da Igreja
  7. Igreja, nossa Mãe
  8. O Rosto da Igreja-Mãe
  • PARTE III - CREIO NA IGREJA
  1. Igreja Una
  2. Igreja Santa
  3. Igreja Católica
  4. Igreja Apostólica
  5. Maria, imagem e modelo da Igreja
  • PARTE IV - A FÉ PROFESSADA
  1. Creio na comunhão dos santos
  2. A comunhão nas coisas sagradas
  3. Professo um só batismo
  4. Para a remissão dos pecados
  5. Creio na ressurreição da carne
  6. Ressuscitaremos com Cristo
  7. Creio na vida eterna
       Vamos ouvindo e lendo uma frase, uma expressão, um tema desenvolvido pelo Papa Francisco.
       Mas como em muitas situações, ler integralmente a mensagem, ou escutar na íntegra a intervenção não é o mesmo que ler ou escutar uma passagem, isolada do seu contexto e muitas vezes utilizada abusivamente para ilustrar outros argumentos. Vale sempre a pena ler todo o texto, pelo que assim deixamos este convite. São reflexões breves, de fácil leitura, quase nos sentimos na assembleia com quem o Papa Francisco interage.
       Também poderá aceder aos textos a partir da página do VaticanoAQUI.

31.10.13

LEITURAS: Joseph Ratzinger - Introdução ao Cristianismo

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JOSEPH RATZINGER. Introdução ao cristianismo. Prelecções sobre o «Símbolo Apostólico». Principia. Cascais 2006. 272 páginas.

 

       A Introdução ao Cristianismo é uma obra de referência para a teologia do século XX mas que entra inevitavelmente neste novo século e milénio, não fosse o seu autor um dos mais conceituados teólogos do mundo católico e cristão, Joseph Ratzinger, que viria a ser Bispo, Cardeal, Prefeito da Congregação da Doutrina da Fé, braço direito de João Paulo II e de Papa Bento XVI, de 19 de abril de 2005 a 28 de fevereiro de 2013, tendo decidido resignar para que o Evangelho ganhasse vigor num mundo cada vez mais exigente.

       Tinha sido um dos peritos do Concílio, acompanhando o seu Bispo. Era, e continuou a ser, um promissor teólogo. Professor, estudioso. Não deixando de o ser, mesmo assumindo a missão de Pastor.

       Este livro foi dado à estampa em 1968. Como se refere no prefácio à 10.ª edição, em pouco mais de um ano “vulgarizou-se”, com uma venda invulgar “ultrapassando inclusive as fronteiras entre o Oeste e o Leste e entre os diversos credos religiosos”.

       Em 2000, novo prefácio, que assinala dois anos especiais que atravessaram os 30 anos que tinha a obra: 1968 e 1989. Dois acontecimentos verdadeiramente revolucionários. No entanto, Ratzinger, agora Cardeal, mantem as linhas orientadoras do seu estudo, como contributo para a reflexão teológico, centrado no credo, no Símbolo dos Apóstolos, desde o início em que foi surgindo nas fórmulas batismais, de pergunta e resposta, e à volta do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Profissão de Fé que vem antes do dogma.

       Obviamente, ao longo doa anos, Ratizinger publicou outras obras, que aprofundam alguns aspetos, com outras matizes, com outros enquadramentos. Certamente que este é um livro fundamental para conhecer o pensamento de Ratzinger/Bento XVI. Vislumbram-se muitas das intuições presentes posteriormente em outros estudos, mas também em homilias, mensagens, discursos, conferências.

       Introdução ao Cristianismo foi preparado para ser publicado em livro, mas nasceu das prelecções proferidas pelo sacerdote Joseph Ratzinger, para audiências de todas as faculdades durante o semestre de verão de 1967, em Tübingen.

       É um texto de fácil compreensão, mas não tanto como outros mais pastorais. Evidentemente trata-se de uma obra de estudo, de reflexão, académica, ainda que bastante expositiva, viva no debate, com exemplos, pequenas histórias, centrando-se no CREDO mas dialogando com diversos ambientes, autores, épocas, diferentes áreas do saber.

       Duas notas muito em evidência em todo o texto: humildade de quem faz teologia, respeito por quem discorda acolhendo os aspetos mais relevantes. Desde o início que o sacerdote/professor deixa claro que a teologia não encerra o mistério de Deus. Quem pretender absolutizar a teologia corre o sério risco de limitar a omnipotência, colocando-se em seu lugar. Por outro lado, Ratzinger lança diversas pontes de diálogo e discussão com autores católicos, protestantes, e até judeus. Mesmo recusando argumentos de alguns autores bem conhecidos, sublinha sempre o trabalho, a seriedade que tiveram ou aqueles princípios que terão que ser melhor estudados, ou que deram um importante contributo à reflexão teológico e/ou científica, nesta ou naquela área. També aqui cai por terra, com facilidade, o preconceito que rodeou o teólogo, o Cardeal e o Papa (Bento XVI) que seria déspota ou demasiado rígido. Leia-se e ver-se-á a disponibilidade para o diálogo, e a humildade diante do mistério de Deus. E no final, como valor maior o amor. A fé é razão. O Verbo encarnou. O Verbo é o Logos, é razão. A fé é razoável. A fé não é escuridão, mesmo que haja momentos de treva, é sobretudo luz. É Palavra. É Pessoa, Jesus Cristo. É amor. Estas intuições estão muito presentes na primeira Carta Encíclica do Papa Francisco, preparada por Bento XVI.

       Outros livros mais acessíveis e onde Bento XVI aprimora o seu discurso, tornando-o mais simples e claro. Jesus de Nazaré (em três volumes), publicado já como Papa Bento XVI, obra sobre Jesus Cristo, mistério da encarnação, vida pública, morte e ressurreição; A Alegria da Fé, recolha de textos, discursos, homilias, trechos das encíclicas, exortações, centrados no CREDO e nos Sacramentos. Um livrinho que também recomendámos e que aborda sobretudo a questão da fé: Aprender a acreditar. Estas leituras são mais fáceis, acessíveis, mais pastorais, mais orais, se quisermos. Mas para quem quiser aprofundar mais o pensamento de Bento XVI, ou acompanhar um pouco mais o processo de reflexão, de argumentação, de estudo, será revelador a leitura desta obra.

29.10.13

LEITURAS: Bento XVI - Aprender a acreditar

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BENTO XVI. Aprender a Acreditar. Paulus Editora. Lisboa 2012. 98 páginas.

       Envolvido na reflexão do papa Bento XVI, que há dias atrás propusemos para leitura – a Alegria da Fé – escolhemos outra obra para ler e que nos permite continuar a saborear a forma leve, acessível, contagiante da escrita/reflexão do Papa ancião. Homilias, discursos, cartas, mensagens, coligidos de forma sistemática por Giuliano Vigini, numa temática concreta, desta feita “Aprender a Acreditar”, título que integra uma coleção da Paulus Editora, “Introdução à Fé”, encorpando a compreensão do Ano da Fé, convocado por Bento XVI e que será concluído pelo Papa Francisco.

       Segundo Vigini, no prefácio a esta obra, “porque estamos num tempo de esquecimento de Deus, o Ano da Fé é como «a cidade levantada num monte» para o qual Bento XVI nos convida a subir. Daquele lugar, afastamo-nos com a imaginação e o coração desde os confins deste pequeno muno ancorado no presente; vamos subindo e observamos o espaço na direção dos horizontes sem confins da realidade futura, onde a luz ilumina de esperança a atualidade do homem. Inicia, por, ou retoma, a viagem à procura de Deus, com o propósito de O encontrar ou de O reencontrar, ou seja, de estabelecer com Ele uma relação pessoa que entre mais em profundidade no espaço e no testemunho da vida. Aprender a acreditar é um convite, uma exortação, um empenhamento”.

       Quatro capítulos cujos títulos são elucidativos: 1) A inquietação do coração; 2) O caminho da Procura; 3) Porque é difícil crer; 4) As respostas da Fé.

       O ponto de partida é a inquietação, partindo da humildade do coração. Nesta perspetiva, a inquietação dos jovens com tanta vida pela frente. Papel preponderante é a Esperança, não apenas em nós ou nas coisas materiais ou no tempo presente. À medida que realizamos as nossas aspirações, outras maiores vão surgindo, e a alma, nas palavras de Santo Agostinho, um dos santos prediletos de Bento XVI, conjuntamente com São José e São Bento (nomes de batismo e de pontificado, respetivamente), a nossa alma anda inquieta enquanto não repousar em Deus, a Esperança maior, a grande esperança, que não é aniquilada com a morte.

       A procura é contínua. Ajuda a reflexão de Santo Agostinho. Procurar, encontrar, voltar a procurar. Trata-se da conversão permanente, estamos a caminho. Por outro lado, procuramos Deus, mas também Deus nos procura, vem ao nosso encontro, em Jesus Cristo, caminha connosco. O Deus que Jesus nos mostra não é o da filosofia, distante, mas é Amor, próximo. Coração que ama. Sentindo-nos amados respondemos com amor. Daí também a perspetiva da caridade, sabendo que existem situações em que primeiro amamos, servimos, e só depois anunciamos Deus. Mas se Deus é amor, então ao amarmos já estamos a comunicar Deus.

       Um dos aspetos amplamente refletidos por Bento XVI, e de que dá nota esta recolha de textos, a dialética entre fé e razão. O mundo atual, e sobretudo o Ocidente, endeusou a ciência em contraponto com a fé. Bento XVI, em diversas ocasiões, afirma claramente a riqueza da fé, a fé como LUZ e não como obscuratimos, e como a fé e a razão se conjugam, se ajudam e mutuamente se purifica. A ciência leva ao desenvolvimento, mas falta-se a ética, que vem da fé, e da razão.

       A fé é dom, acolhido, rezado, celebrado. É uma luz na escuridão, uma Luz que irradia de Jesus e que se enriquece em Igreja, em comunidade. Sobretudo na quarta parte vislumbra-se a reflexão que está amplamente difundida na primeira Carta Encíclica do Papa Francisco, A Luz da Fé, preparada, num primeiro esboço, pelo próprio papa Bento XVI e cujas intuições aparecem na largueza das suas meditações, assumida por inteiro pelo atual Papa que lhe deu o seu cunho, aqui e além.

       Mais um belíssimo texto para ler. Não é preciso muito tempo. É necessário começar a ler e deixar-se conduzir pela fluidez do discurso. Vai poder enriquecer o seu vocabulário espiritual, humano.

28.10.13

LEITURAS: Viver o Ano da Fé

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PONTIFÍCIO CONSELHO PARA A PROMOÇÃO DA NOVA EVANGELIZAÇÃO. Viver o ano da fé. Paulus Editora. Lisboa 2012. 226 páginas.

       Com a finalidade de ajudar a viver o Ano da Fé, o Conselho Pontifício para a Nova Evangelização, seguindo de perto as preocupações de Bento XVI, deu à estampa este subsídio, coordenado pelo Presidente do Conselho, Rino Fisichella, e com o contributo de alguns párocos, em Portugal integra uma coleção da Paulus Editora, “Introdução à Fé”. Além da reflexão teológica, várias sugestões pastorais, ou pelo menos desafios para concretizar nas comunidades.

       Logo no prefácio, Rino Fisichella diz ao que vem: “Este subsídio pastoral tem como intenção corresponder ao desejo do Santo Padre. Apresenta-se como um instrumento simples e sintético que percorre de novo quatro indicações propostas: confessar, celebrar, viver e rezar. Ele é fruto de uma reflexão comum e participada que envolveu teólogos, responsáveis da catequese e párocos”.

       Ao longo de diversas páginas, destaca-se, primeiramente, o CREDO, com os seus diversos artigos de fé, verdades que nascem das comunidades e da necessidade de assumir e professar publicamente o que se crê. Credo como identidade. Pai, Filho, Espírito Santo. Santa Igreja Católica, Una, Santa e Apostólica. Catecismo da Igreja Católica. Sacramentos. Da iniciação: batismo, eucaristia, confirmação. Da cura: penitência e unção dos enfermos. Em ordem à comunhão: ordem e matrimónio. Enquadramento. Celebração litúrgica. Fundamentos bíblicos. Evolução.

       Ao aproximar-se do final, a indicação mais prática de algumas atitudes a assumir nas comunidades paroquiais. Apresenta-se, especificamente, o episódio/imagem de Emaús, para uma Igreja missionária. Os dois discípulos em fuga e como um forasteiro, Jesus, vai ao seu encontro suscitando neles do desejo e a decisão de voltar a Jerusalém. Atitudes: APROXIMAR, PERGUNTAR, ESCUTAR, PROPOR, PARTIR. A comunidade há de procurar assimilar a postura de Jesus Cristo, aproximar-se e caminhar com eles. Perguntar, mesmo antes de dar respostas. Escutar, sem censurar, “escutar com o coração, perscrutar com os olhos afetuosos a experiência dos outros para os conduzir a Deus”. Propor, testemunhando o que aconteceu. Quem se predispõe a caminhar, a escutar, também poderá propor Jesus. Partir. “A comunidade parte sempre de Jerusalém, já não desiludida, porque a experiência de ter visto e encontrado o Senhor não pode ser simplesmente guardada para nós”.

       Esta é uma excelente obra para leitura, meditação, para formação cristã. Traz também a sugestão de celebrações para o Ano da Fé, para o início e para o encerramento.

       Certamente, que desde o início do ano da fé, muitos foram os títulos enquadrados com a preocupação de tornar a fé uma alegre notícia. Basta visitar uma livraria (religiosa), ou aceder através da internet. Com a resignação do Bento XVI e a eleição do Papa Francisco, mais se acentuou a pertinência da fé, a proximidade da Igreja, de Jesus Cristo, recuperando-se a reflexão de anos do Papa emérito, e com um olhar redobrado nas palavras e nos gestos do papa Francisco. Até este acontecimento foi providencial, clarificando a fé e a experiência de proximidade com Jesus Cristo, que transborda para a proximidade com os outros.

13.10.13

LEITURAS: Bento XVI - a Alegria da Fé

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BENTO XVI. A Alegria da Fé. Paulinas Editora. Prior Velho 2012

        O Papa Bento XVI é uma comunicador por excelência, porque comunica o que lhe vai na alma, fruto de uma experiência profunda de fé, na proximidade com Jesus Cristo, enxertado e mergulhado na história da Igreja, como estudioso, sacerdote, professor, catedrático, pastor, bispo, e como "humilde servidor da vinha do Senhor", desde 19 de abril de 2005 a 28 de fevereiro de 2013. Depois de convocar o Ano Paulino (2000 anos do nascimento de São Paulo) , de convocar o Ano Sacerdotal, convocou o Ano da Fé, a estender-se de 11 de outubro de 2012 (50 anos após o início do Vaticano II e 20 anos após a publicação do Catecismo da Igreja Católica) a 24 de novembro de 2013, solenidade do Cristo Rei do Universo.

       Num ambiente largamente fragmentado, em que ideias/ideologias, convicções, religiões, tudo é igual, marcado por doses significativas de indiferença em relação aos outros, de marginalização e privatização da fé e do fenómeno religioso, sobretudo na Europa e no mundo ocidental ou ocidentalizado, em que as prioridades na sua maioria são novas e velhas formas de escravização, colocando a economia no lugar de Deus, liberalizando e mercantilizando a vida, destruindo os mais frágeis, ser humanos por nascer e idosos vulneráveis arrumados para não incomodar... a convocação do Ano da Fé traz consigo o propósito de mostrar como a Luz da Fé clarifica o que é verdadeiramente importante. Para os cristãos a Porta da Fé é Jesus Cristo, que nos traz Deus, que nos abre a mente e o coração para os valores da vida, para a dinàmica e a essencialidade do amor e da verdade, para a prioridade da pessoa face ao mercado liberalizado e utilitarista.

       Um dos desideratos sublinhados por Bento XVI é a ALEGRIA da fé, a alegria de nos sabermos amados por Deus, nos descobrimos filhos no Filho, redimidos na morte e na ressurreição de Jesus, vastidão do Amor de Deus que clama por amor. Reconhecendo que vivemos no amor de Deus, a urgência de comunicá-lo aos outros para que que todos caminhemos como irmãos, na descoberta constante dos laços de ternura e de amizade que nos unem, na edificação do reino de justiça, de paz e de bem.

       Nesta publicação, Giuliano Vigini faz um apanhado de diversos textos de Bento XVI, homilias, mensagens, discursos, intervenções, cartas encíclicas, ajeitando-os nos grandes temas que nos remetem para o Credo, do Credo para a comunidade, da comunidade para o mundo inteiro: Creio em Deus Pai, Jesus Cristo, Espírito Santo, Igreja, Vida Eterna, Ressurreição dos mortos e comunhão Santos, Sacramentos, Eucaristia, Confirmação, Penitência, Batismo.

       Para aqueles que estão familiarizados com a escrita de Bento XVI têm aqui mais uma oportunidade de se deixarem tocar pela leveza, simplicidade, envolvência, como se estivesse a ouvir e não a ler, tal é a intensidade do texto, a clareza, assomando uma fé profunda, vivida, partilhada, com diversas experiências de vida, dentro da Igreja e em ambientes diversificados. É certo que nestes dias o olhar se fixa mais facilmente no Papa Francisco e na fluidez e espontaneidade do seu discurso e dos seus gestos, mas, para quem não for preconceituoso (em relação ao Papa alemão), não há antagonismo. Estou em crer que quem apreciar ao forma de comunicar de Francisco não terá dificuldade em entender a mensagem de Bento XVI, ainda que aqui ou acolá possam relevar a especificidade de cada um dos Papas, mas a leveza é demasiado similar.

       Para quem se tem deixado tocar pela presença, pelas palavras, pelos gestos do Papa Francisco, e que sempre se sentiu mais distante de Bento XVI, e se calhar nunca o escutou com atenção, com o coração, ou não o leu, terá aqui uma excelente oportunidade para de fazer uma juízo de valor mais equilibrado. São pedaços de uma vida preenchido, transparecendo a Luz de Jesus Cristo, pelo Espírito Santo, na Igreja que formamos.

       Vai valer a pena deixar-se contagiar pela alegria da Fé, que irradia das intervenções de Bento XVI.

09.10.13

Papa Francisco - CREDO de Bergoglio

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«Quero crer em Deus Pai, que me ama como filho, e em Jesus, o Senhor, que me infundiu o seu Espírito na minha vida, para me fazer sorrir e levar-me assim ao reino eterno da vida.

Creio na minha história que foi trespassada pelo olhar amoroso de Deus e, num dia de Primavera, 21 de Setembro, saiu ao meu encontro para me convidar a segui-lo.

Creio na minha dor, infecunda pelo egoísmo, onde me refúgio.

Creio na mesquinhez da minha alma, que procura engolir sem dar… sem dar.

Creio em que os outros são bons, e que devo amá-los sem temor, e sem trai-los nunca à procura de segurança para mim.

Creio na vida religiosa.

Creio que quero amar muito.

Creio na morte quotidiana, ardente, de que fujo, mas que me sorri convidando-me a aceitá-la.

Creio na paciência de Deus, acolhedora, boa como uma noite de Verão.

Creio que o meu papá está no Céu junto do Senhor.

Creio que o padre Duarte também lá está intercedendo pelo meu sacerdócio.

Creio em Maria, a minha mãe, que me ama e nunca me deixará só.

E espero a surpresa de cada dia na qual se manifestará o amor, a força, a traição e o pecado, que me acompanharão até ao encontro definitivo com esse rosto maravilhoso que não sei como é, de que me desvio continuamente, mas que quero conhecer e amar.

Ámen.»

 

In SERGIO RUBIN e FRANCESCA AMBROGETTI, Papa Francisco. Conversas com Jorge Bergoglio. Paulinas Editora. Prior Velho 2013

08.06.13

Escola de Fé - Creio na Santa Igreja - Pe. João Carlos

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       Procuramos responder à iniciativa do nosso Bispo, D. António, de formar nos Arciprestados, nas zonas pastorais e/ou nas paróquias, escolas de vivência da Fé, dedicando tempo e espaço à formação de adultos, ao aprofundamento da da fé, da mensagem de Jesus Cristo, num propósito que deverá ser de todas as dioceses do país, resultado também do pedido dos leigos aquando do inquérito sobre a pastoral da Igreja em Portugal.

       Na passada sexta-feira, 7 de junho, solenidade do Sagrado Coração de Jesus, tivemos entre nós o Pe. João Carlos para abordar mais um elemento do Credo, da nossa identidade cristã-católica. Desta feita, na Igreja Paroquial. O Pe. João Carlos, servindo-se de um diaporama sobre a Constituição Dogmática Lumen Gentium, exarado do Concílio Vaticano II, aprofundou o tema da Igreja, do compromisso eclesial de todos os cristãos, sublinhando o papel dos leigos, dentro e fora da Igreja, a abertura da igreja para outros credos, e para as realidades circundantes. Durante a reflexão foi deixando um testemunho pessoal da forma de viver a fé em diferentes realidades.

       Sobre a Igreja, a abertura da mesma para outras confissões religiosas e para outras religiões. Além disso, sublinhando também o lugar dos santos, a quem devemos chatear. A Igreja não os adora, mas se estão mais perto de Deus, também a sua intercessão está mais próxima. Olhando a partir das três portas que estão na fachada da Sé Catedral de Lamego, a concepção da Igreja "tripartida", porta de entrada no Céu, com os santos, porta da Igreja peregrina, por onde entramos e caminhamos, e a Igreja em purgatório.

       Algumas fotos de mais uma sessão da Escola de Fé:

Para outras fotos da Escola de Fé, visite a página

Paróquia de Tabuaço no facebook.

02.05.13

Festa do CREDO - 5.º ano de catequese

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       No ANO DA FÉ que vivemos o CREDO é essencial para valorizar as nossas raízes, o que nos caracteriza como comunidade crente, cristã, católica. No itinerário catequético,  o Credo sublinha-se no 5.º e 6.º anos, com a Festa do Credo e com a Profissão da Fé. Não é apenas uma fórmula, deve ser, antes, um compromisso que nos faz partir da mesma fonte: DEUS, que é Pai, Filho e Espírito Santo, cuja experiência se inicia, aprofunda e sustenta na comunidade crente, a Igreja.

       Durante a celebração da Eucaristia, foi precisamente colocado em evidência o Credo, no ornamentos, nas palavras, nos gestos. Ficam algumas imagens sugestivas desta bonita festa:

 

Para mais fotos desta festa e das Festas da Catequese,

visitar a página da Paróquia de Tabuaço no facebook.

06.03.13

Escola da Fé - CREIO no ESPÍRITO SANTO - Pe. Bráulio

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       Sexta-feira, 1 de março, de volta à Escola da Fé, para refletir, para rezar, para testemunhar a vivência da fé, centrados na terceira parte do CREDO - Creio no Espírito Santo. O Ano da Fé é um desafio a aprofundar as razões da nossa esperança, solidificando o que nos une a Jesus Cristo, e à Sua Igreja, da Qual Ele é a Cabeça e nós membros vivos. Uma das preocupações de Bento XVI, Papa Emérito, é que se refletisse no CREDO e nas Verdades que expressa, para que a Profissão de Fé não seja uma récita, mas um verdadeiro compromisso com Jesus Cristo, com a Igreja, com a humanidade.

       Connosco, o Pe. Bráulio para nos falar de Deus - Espírito Santo. Das três Pessoas da Santíssima Trindade, o mais desconhecido e o mais difícil de falar. Em todo o caso, o Espírito Santo está sempre presente, na criação, nos profetas, em Cristo Jesus, no Batismo, no horto das oliveiras, no alto da Cruz.

        Em qualquer situação da vida deveriamos evocar o Espírito Santo, na relação com os familiares, no compromisso eclesial, na resolução de probelas, nas dificuldades, como se reflete na Oração ao Espírito Santo, proposta para encerrar este encontro, e para rezar todos os dias, pelo menos na Quaresma:

Ó Espírito Santo, amor do Pai e do Filho!
Inspirai-me sempre aquilo que devo pensar,
Aquilo que devo dizer,
Aquilo que devo calar,
Aquilo que devo escrever,
Aquilo que devo sentir,
Aquilo que devo fazer,
Para procurar a Vossa glória,
O bem das almas e a minha própria santificação.
Ó Jesus, toda a minha confiança está em Vós.
Ó Maria, Templo do Espírito Santo,
Ensinai-nos a sermos fieis
Àquele que habita em nosso coração. Ámen.

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