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10.05.21

ABEL BOTELHO - MULHERES DA BEIRA

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ABEL BOTELHO (2004). Mulheres da Beira. Porto: Lello Editores. 228 páginas.

Imagem (2).jpg

A Câmara Municipal de Tabuaço instituiu, em cooperação com a Escola EB 2,3/S Abel Botelho, o Prémio Abel Botelho, atribuído aos melhores alunos do segundo e terceiro ciclos e de cada ano do Ensino Secundário e Cursos Profissionais, e que se realiza no dia do nascimento deste patrono, a 23 de setembro. Houve por bem reeditar os livros deste reconhecido escritor. Em 2004, foi republicado "Mulheres da Beira", um conjunto de contos sediados na região.
O conto "Cerro" situa-se bem em Tabuaço, na Vila, nos arredores, e em aldeias próximas, sobretudo Távora, Castanheiro, Chavães, Barcos e Santo Aleixo, e com indicações de Santuários ou lugares de culto, Santa Luzia, Santa Eufémia, Freixinho; Igreja Matriz de Tabuaço e Capela de São Plácido. É mais uma história de amores e desamores, cujo romantismo é evidente nas descrições, mas sobretudo no amor impossível, com o fito de salvaguardar a honra, o nome, o estatuto da família. Sacrifica-se o amor à manutenção do status social e sublima-se no fanatismo religioso. E o romantismo também tem destas coisas: amores não realizados definham no pessimismo doentio e que desemboca na pobreza e na morte.
Este conto inicia precisamente com a vindima, preparativos, a chegada dos "serranos" de Chavães, a azáfama, as cantorias, a refeição bem matinal/madrugadora, a adega onde homens vão aliviar a garganta depois do transporte de pesados cestos, cheios de uvas, sobre as enxergas. E o pisar das uvas, a lagarada!
Há depois outros contos que nos fazem visualizar belíssimas paisagens, descrições pormenorizadas de casas senhoriais, da lavoura, dos caminhos e morros, dos montes, das pessoas que circulam nesses contos. Lamego e a Senhora dos Remédios, a Música de Magueija, passagem por Penude, Feirão, Gralheira, Arouca, Alhões, Oliveira e Tendais, Cinfães, Resende, Cambres, Longroiva e Mêda e tantas outras terras nossas conhecidas.
Mas não apenas as terras que nos fazem ler "Mulheres da Beira", mas as descrições, as histórias apaixonadas das personagens de cada conto, tradições, usos, religiosidade, superstições, lutas pela amada, traições e abusos, procura da felicidade, renúncia ao amor para salvaguardar a honra, definhamento e morte.
São contos agradáveis de ler, apesar do romantismo, apesar do fatalismo, situados no final do século XIX e que nos fazem conhecer ambientes e as ideias em voga nessa altura.

06.11.17

Leituras: HARUKI MURAKAMI - HOMENS SEM MULHERES

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HARUKI MURAKAMI (2017). Homens sem mulheres. Alfragide: Casa das Letras. 256 páginas

Murakami_Homens_sem_Mulheres.jpg

Para mim este é um dos escritores de eleição. Ainda não foi, mas deveria ser Prémio Nobel da Literatura. É genial. É um nato contador de estórias. Dentro de cada histórias, muitas peripécias, comparações, metáforas, evocando a música, a dimensão religiosa, a noite, o universo, o desconhecido.

Parece que a imaginação não se esgota. Uma linguagem acessível. Diria que ao correr da pena. Mas sempre a surpreender. Li vários livros de Murakami, todos os que conheço. Cada vez que um novo livro dá à estampa procuro de imediato adquiri-lo e lê-lo.

7 contos: Drive my car, Yesterday, Um órgão independente, Xerazade, Kino, Sansa Apaixonado, Homens sem Mulheres. Este último dá título ao conjunto, dizendo-nos o autor que um dia o próprio leitor será um homem sem mulher. O enredo colocado em cada conto faz-nos sentir dentro da história ou pelo menos com essa possibilidade, mas como em todos os livros do autor há fenómenos estranhos: uma gata que aparece no bar e desaparece sem dizer desta água vai, serpentes que se aproximam do salgueiro, tendo que o personagem principal fechar o bar até que a poeira assente ou tudo volte ao normal, mesmo que não saiba o que vai acontecer e o que significa voltar ao normal.

Quando se lê e quem gosta de ler Murakami, gosta que as estórias e a história continue, por muito tempo. É uma leitura envolvente do princípio ao fim, com vidas que se encaminham para um ideal, outras que ficam a meio caminho e outras que nem sim nem sopas! Como a vida.

Um dos comentários ao autor: «Se a literatura fosse como o boxe, Murakami teria o mais precioso dos dons: a capacidade de desferrar um soco que deixa o adversário KO quando menos espera» (Corriere della Sera).

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