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16.07.15

Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima em Tabuaço

mpgpadre

Itinerário_2_opção.jpg

       No âmbito das celebrações do centenário (1917-2017) das Aparições de Nossa Senhora em Fátima, a primeira Imagem Peregrina, produzida a partir das indicações da Irmã Lúcia, imagem entronizada na Basílica de Nossa Senhora do Rosário e que há 50 anos percorreu o país, vai visitar (de novo) as Dioceses portuguesas.

       Na nossa Diocese de Lamego, a Imagem peregrina será acolhida no dia 26 de julho, pelas 16h00, em Vila Nova de Foz Côa, recebendo-a da Diocese de Bragança. Será entregue no dia 9 de agosto, na Sé Catedral, aos responsáveis de Fátima, regressando ao Santuário até ao mês de setembro, reiniciando na Diocese do Porto.

       Na Zona Pastoral de Tabuaço, será acolhida no 2 de agosto, pelas 18h00, na Paróquia de Arcos, que a recebe da Paróquia de Cabaços, Zona Pastoral de Moimenta da Beira. Será confiada à Zona Pastoral de Armamar, no do 3 de agosto, pelas 18h00, nos limites da Paróquia de Santa Leocádia com a Paróquia de Santo Adrião.

       Irá percorrer todas as paróquias da Zona Pastoral / concelho de Tabuaço na ordem e nos horários que surgem no Cartaz: DIA 2 de AGOSTO: Arcos - Longa - Nagosa - Granja do Tedo - Carrazedo - Vale de Figueira - Tabuaço. A recepção em Tabuaço será junto ao RECINTO de Nossa Senhora da Conceição, iniciando-se, com a participação de todas as paróquias a Procissão das Velas, que recolherá na Igreja Paroquial, havendo então um momento de Vigília de Oração. Durante a noite a Igreja poderá ficar aberta, tendo em conta que já houve grupos que manifestaram esse desejo. Pelas 8h00, celebração de SANTA MISSA, despedida da Imagem em direção à Paróquia de Távora.

DIA 3 de AGOSTO: Távora - Granjinha - Paradela - Sendim - Chavães - Desejosa - Valença do Douro - Santo Aleixo - Adorigo - Pinheiros - Barcos - Santa Leocádia.

Itinerário.jpg

       Cruzará a Vila de Tabuaço por voltas das 13h30 do dia 3 de agosto, de Chavães em direção à Desejosa, e no regresso, pelas 15h15, de Valença em direção a Adorigo.

       As diferentes comunidades, e todas as pessoas que puderem e quiserem, podem deslocar-se para a colher a Imagem Peregrina, em Arcos, no dia 2 de agosto, e na passagem de testemunha em Santa Leocádia, no dia 3 de agosto. 18h00 - hora de acolhimento e de entrega.

10.10.12

70 X 7: Entrevista de D. José da Cruz Policarpo

mpgpadre

        D. José da Cruz Policarpo, Cardeal Patriarca de Lisboa e Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, em entrevista ao Programa 70X7, programa da Igreja Católica na RTP 2, sobre diversas questões, o ano da Fé, o Concílio Vaticano II, a crise económico financeira, o apelo à serenidade, e à solidariedade cristã:

 

28.02.12

Editorial Agência Ecclesia: o trabalho começa e não acaba nunca

mpgpadre

A Agência Ecclesia nasce do trabalho que D. Manuel Falcão inaugurou no início da década de sessenta

 

       “O trabalho começa hoje e não acaba nunca”. A afirmação é do Papa Paulo VI e compõe o penúltimo parágrafo da primeira encíclica do seu pontificado. Paulo VI falava do diálogo – teria de ser – e da prática que encontra tanto no “interior da Igreja” como com os de fora. Isso é sinal de que “a Igreja está hoje mais do que nunca viva”. “Mas – continua de imediato -, reparando bem, parece que tudo está ainda por fazer”.

       Na Ecclesiam Suam, Paulo VI escreve 65 vezes a palavra diálogo. O documento é programático e de um pontificado que dava continuidade aos trabalhos do Concílio Vaticano II e teria de os fazer chegar à universalidade da Igreja. O Papa Montini reserva metade do texto, a segunda, para falar de diálogo. Antes, de outras duas atitudes que propõe para a Igreja Católica: consciência, renovação.

       Na década de sessenta, e nos dias de hoje, o diálogo “com tudo o que é humano” é o horizonte. Paulo VI assume “de bom grado” essa “primeira universalidade”: “a vida, com todos os seus dons e problemas”. Depois, na definição de “círculos concêntricos” onde a Igreja Católica é chamada a estar em diálogo, refere os “crentes em Deus”; num terceiro círculo, o “mundo que se intitula cristão”. O Papa fala depois no diálogo dentro da Igreja, um “diálogo doméstico”, que deseja “familiar e intenso”.

       O programa não é de há 50 anos. É dos dias de hoje. A comprová-lo, acontecimentos e sobretudo histórias de vida.

       Entre os acontecimentos, dois exemplos: a participação ativa e criativa de pessoas e instituições da Igreja Católica em iniciativas como Braga Capital Europeia da Juventude ou Guimarães Capital Europeia da Cultura.

       Entre as vidas, sobressai a notoriedade de algumas. Sobretudo quando correspondem não a comportamentos ocasionais, antes a uma atitude permanente. É o caso de D. Manuel Franco Falcão

        Despedirmo-nos deste homem exige sobretudo dizer-lhe obrigado! Ao longo dos seus 89 anos, na universidade, no sacerdócio, no ministério episcopal viveu a urgência do diálogo. E dialogou; lançou-se ao encontro do outro, nos mesmos círculos concêntricos propostos pelo Papa Paulo VI.

       Na História da Igreja em Portugal, D. Manuel Franco Falcão deixa capítulos inovadores sobre sociologia da religião, sobre diálogo da e na Igreja, sobre preservação e fruição do património. Deixa também largos passos dados na valorização dos meios de comunicação social. Concretamente, a Agência Ecclesia nasce do trabalho que D. Manuel Falcão inaugurou no início da década de sessenta. Por isso e por tudo, obrigado! Sobretudo por sempre ter valorizado essa fronteira do diálogo, onde a Igreja é chamada a estar cada vez com mais intensidade, o mundo dos media.

 

30.01.12

Homilia de D. António na tomada de posse...

mpgpadre

 

(foto: Kymagem)

 

       «Eis que faço novas todas as coisas» (Apocalipse 21,5), diz Deus. De tal modo novas, diz Deus, que ninguém pode dizer: «Já o sabia» (Isaías 48,7).

 

       Eis então Jesus a entrar com os seus discípulos em Cafarnaum, na sinagoga deles, e ensinava e ordenava tudo de forma nova. Tão nova que inutilizava todas as comparações e catalogações. Não era membro de nenhuma confraria, academia, partido, ordem profissional ou instituição, que à partida lhe conferisse algum crédito, alguma autoridade. Nenhum crédito, nenhum currículo, nenhum diploma, o precedia. A sua autoridade começava ali, no próprio acto de dizer ou de fazer. E as pessoas de Cafarnaum foram tomadas de tanto espanto, que tiveram de constatar logo ali que saía dos seus lábios e das suas mãos um mundo novo, belo e bom, ordenado segundo as pautas da Criação. Um vendaval manso de graça e de bondade encheu Cafarnaum, e transvazava como um perfume novo de amor e de louvor por toda a região da Galileia e da missão. Saltava à vista que Cafarnaum não podia conter ou reter tamanha vaga de perfume e lume novo.

       As pessoas de Cafarnaum sabiam bem o que diziam os escribas, e como diziam os escribas. Não eram senão repetidores, talvez mesmo apenas repetentes de pesadas e cansadas doutrinas que se arrastavam na torrente de uma velha e gasta tradição. Os escribas diziam, diziam, diziam, recitavam o vazio (Salmo 2,1), compraziam-se na sua própria boca, nas suas próprias palavras (Salmo 49,14), e nada, nada, nada acontecia: nenhum calafrio na alma, nenhum rio nascia no deserto, ninguém estremecia ou renascia. Mas Jesus começou a falar, e as pessoas de Cafarnaum sentem um frémito, um estremecimento novo (Isaías 66,2 e 5), assalta-as uma comovida emoção, uma lágrima de alegria lhes acaricia o coração. Era como se acabassem de escutar aquela palavra única que há tanto tempo se procura, palavra criadora que nos vai direitinha ao coração, a ternura de quem leva uma criança pela mão!

        As pessoas de Cafarnaum sabiam bem o que eram, e como se faziam os exorcismos. Estavam muito em voga naquele tempo. Eram longos, estranhos, complicados, cheios de fórmulas mágicas e ritos esotéricos. Mas Jesus diz uma palavra criadora: «Cala-te e sai desse homem», e tudo fica de imediato resolvido!

       Abre-se um debate. O primeiro de muitos que o Evangelho de Marcos vai abrir. «O que é isto?», perguntam as pessoas de Cafarnaum, que nunca tinham visto tanto e tão novo e tão prodigioso ensinamento.

       Mas é apenas o começo da jornada deste maravilhoso ANUNCIADOR do Evangelho de Deus (Marcos 1,14). Logo a abrir o seu Evangelho, Marcos ensina-nos que a jornada iniciada naquele primeiro sábado em Cafarnaum salta os clichés habituais, e vai de madrugada a madrugada, de modo a deixar já bem à vista aquela outra sempre primeira madrugada da Ressurreição! Jesus começa de manhã na sinagoga; caminha depois 30 metros para sul, e entra, pelo meio-dia, na casa de Pedro e levanta da febre para o serviço do Evangelho a sogra de Pedro; à tardinha, já sol- posto, primeiro dia da semana, toda a cidade de Cafarnaum está reunida diante da porta daquela casa, para ouvir Jesus e ver curados por Ele os seus doentes; de madrugada, muito cedo, Jesus sai sozinho para rezar, e os discípulos correm a procurá-lo para o trazer de volta a Cafarnaum, pois, dizem eles, todas as pessoas o querem ver e ter. Ninguém o quer perder.

       Desconcertante reviravolta. Jesus diz aos seus discípulos atónitos: «VAMOS a outros lugares, às aldeias vizinhas, para que TAMBÉM ali ANUNCIE (kêrýssô) o Evangelho» (Marcos 1,38). Com este grávido dizer, Jesus deixa claro que ANUNCIAR o Evangelho enche por completo o seu programa e o seu caminho. Com aquele «vamos» [«vamos a outros lugares»], Jesus desinstala e agrafa a si os seus discípulos para este trabalho de ANÚNCIO do Evangelho seja a quem for, seja onde for. Com aquele «também» inclusivo [«para que também ali anuncie o Evangelho»], Jesus classifica como ANÚNCIO do Evangelho todos os afazeres da inteira jornada de Cafarnaum: ensinar, libertar, acolher, curar, recriar: é esta a toada do ANÚNCIO do Evangelho. ANUNCIAR (kêrýssô) é então o afazer de Jesus. E qual é a primeira nota que soa quando Jesus se diz com o verbo 

       ANUNCIAR? É, sem dúvida, a sua completa vinculação ao Pai, de quem é o arauto, o mensageiro, o ANUNCIADOR. Pura transparência do Pai, de quem diz e faz o que ouviu dizer (João 7,16-17; 8,26.38.40; 14,24; 17,8) e viu fazer (João 5,19; 17,4). Recebendo todo o amor fontal do Pai, bebendo da torrente cristalina do amor fontal do Pai (Salmo 110,7; cf. 1 Reis 17,4), Jesus, o Filho, é pura transparência do Pai, e pode, com toda a verdade dizer a Filipe: Filipe, «quem me vê, vê o Pai» (João 14,9). É mesmo aqui que reside a sua verdadeira AUTORIDADE e a verdadeira NOVIDADE do seu MODO novo de dizer e de fazer, que se chama ANUNCIAR.

       A primeira nota de todo o ANUNCIADOR ou Arauto ou Mensageiro não assenta na capacidade deste, mas na sua fidelidade Àquele que lhe confia a mensagem que deve anunciar. É em Seu nome que diz o que diz, que diz como diz. No Enviado é o Rosto do Enviante que se deve ver em contra-luz ou filigrana pura. No Enviado ou Mensageiro ou Anunciador é verdadeiramente Deus que visita o seu povo.

       Pertinho de Deus, cheio de Deus, Jesus leva Deus aos seus irmãos. É esta a Autoridade de Jesus. Ele é o profeta «como Moisés», mais do que Moisés, com a boca repleta das palavras de Deus (Deuteronómio 18,18). E não só a boca, mas também as mãos e o coração. Bem diferente dos escribas e dos falsos profetas e do povo rebelde no deserto. Estes dispensam a Palavra de Deus. O que querem ter na boca é pão e carne. O que recolheu menos, no deserto, diz-nos o extraordinário relato do Livro dos Números 11,31-35, recolheu 4500 kg de carne de codorniz. E começaram a meter a carne à boca com tamanha avidez, que morreram de náusea. Foram encontrados mortos, ainda com a carne entre os dentes, por mastigar (Números 11,33). Vê-se que é urgente libertar o coração, as mãos, a boca. Vive-se da Palavra. Morre-se de náusea.

 

  (foto: Kymagem)

 

        Caríssimos irmãos mais pequeninos, jovens amigos, caríssimos pais, caríssimos idosos e doentes, caríssimos catequistas, acólitos, leitores, cooperadores na missão da evangelização e da caridade, ilustres autoridades, caríssimos seminaristas, caríssimos religiosos e religiosas, caríssimos diáconos e sacerdotes, Senhores Bispos, Senhor D. Jacinto, Senhor Núncio Apostólico, Senhor Cardeal Patriarca, e todos vós que comigo pisais hoje este chão de generoso vinho e de amendoeiras em flor.

 

 

 (foto: Kymagem)

 

       Numa página sublime do Livro dos Números (17,17-26), Deus ordena a Moisés que recolha as varas de comando dos chefes das doze tribos de Israel, para, de entre eles, escolher um que exerça o sacerdócio em Israel. Em cada vara foi escrito o nome da respectiva tribo. Por ordem de Deus, o nome de Levi foi substituído pelo de Aarão. As doze varas foram colocadas, ao entardecer, na presença de Deus, na Tenda do Encontro. Na manhã seguinte, todos puderam ver que da vara de Aarão tinham desabrochado folhas verdes, flores em botão, flores abertas e frutos maduros (Números 17,23). Dos frutos é dito o nome: amêndoas! Vara de amendoeira em flor e fruto, que, por ordem de Deus, ficará para sempre na sua presença, diante do Propiciatório (cf. Hebreus 9,4), entre Deus e o povo, para impedir que o pecado do povo chegue a Deus, e para facilitar que o perdão de Deus chegue ao povo. Já ninguém estranhará agora que o candelabro (menôrah) que, noite e dia,/ ardia/ na presença de Deus, estivesse ornamentado com flores de amendoeira (Êxodo 25,31-35; 37,20-22). E também já ninguém estranhará que a tradição judaica tardia refira que a vara do Messias havia de ser de madeira… de amendoeira.

       Aí estão as coordenadas exactas do lugar do sacerdote e do bispo: entre Deus e o povo. Mais concretamente: pertinho de Deus, mas de um Deus que faz carícias ao seu povo, um Deus que ama e que perdoa; pertinho do povo, o suficiente para lhe entregar esta carícia de Deus.

       Queridos filhos e irmãos, pais e mães que Deus me deu nesta dorida e querida Diocese de Lamego. Quero muito ver o vosso rosto. Já sabeis que trago notícias de Deus. E que conto muito com cada um de vós, para levar a todos os lugares e a todas as pessoas desta bela Diocese este vendaval de graça e de bondade que um dia Jesus desencadeou em Cafarnaum.

 

       Seja Louvado Nosso Senhor Jesus Cristo!

 

+ António Couto, Bispo de Lamego

11.10.10

Confirmados na Fé, para viver na Caridade

mpgpadre

       A Diocese de Lamego, tal como as demais dioceses portugueses, vai procurar, ao longo deste ano pastoral, "Repensar juntos a Pastoral da Igreja em Portugal".

       As paróquias são um espaço concreto para ouvir, para reflectir e para viver na dinâmica da pastoral proposta pela Conferência Episcopal Portuguesa. Por um lado, todo o Plano Pastoral deve ater-se às preocupações fundamentais da Igreja Católica, da Igreja em Portugal, da sua Diocese e, por outro, assumir os aspectos específicos do seu meio, das suas vivências, das suas experiências mais importantes.

       Um dos aspectos importantes a ter em conta é a celebração do Sacramento da Confirmação (e da Visita Pastoral), com a presença do Sr. Bispo, D. Jacinto Tomaz Botelho.

        Um primeiro esboço da calendarização do ano pastoral levou-nos a concentrar-nos no lema: "Confirmados na fé, para viver na caridade". Viver a fé de forma mais conciente há-de conduzir-nos à partilha e ao serviço. Repensar a Pastoral, implica naturalmente auscultar as preocupações, os anseios, as necessidades das pessoas e do ambiente em que vivem, sem esquecer esta dimensão importantíssima da fé, da religiosidade que nos caracteriza. O Pastor da Diocese vem para confirmar, isto é, para abalizar das nossas vivência, para desafiar ao aprofundamento da fé, lançando desafios para o futuro.

       No amadurecimento da fé a presença constante da caridade. O cristão vive em atitude de caridade permanente, em cada gesto, em cada palavra, em cada encontro, com cada pessoa. Assim o cristão, assim a comunidade.

 

Para já o primeiro esboço, clique em PROGRAMAÇÃO PASTORAL.

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