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Escolhas & Percursos

...espaço de discussão, de formação, de cultura, de curiosidades, de interacção. Poderemos estar mais próximos. Deus seja a nossa Esperança e a nossa Alegria...

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08.03.12

ERMES RONCHI - As casas de M A R I A

mpgpadre

ERMES RONCHI, As casas de Maria. Polifonia da existência e dos afectos. Paulinas: Prior Velho 2010.

 

 

       Há meia dúzia de dias trazíamos aqui uma sugestão de leitura deste mesmo autor: Os Beijos não dados. Tu és a Beleza. A amizade é a mais importante viagem. Anteriormente publicado em Portugal esta poesia sobre Maria.

       As casas de Maria é uma obra prima.

      É uma poema. Um poema perfumado em palavras, frases, parágrafos, páginas, que sabem a mel, e a doce de amora, sabem a pão, quente, fresco, acabado de sair do forno, é água refrescante, que nos sacia nos dias tórridos de verão e nos nossos desertos interiores.

        Há muitos livros bons e excelentes autores, cultores da vida, pintando-a de mil cores, aproximando o mistério, tornando acessível a beleza que nos rodeia, o mundo, as pessoas, a natureza, o próprio Deus. Este é um dos livros bons, de fácil leitura. A expressão que me ocorre, uma vez mais, é um livro escorreito, escrito ao correr da pena, deslizante, que nos faz deslizar pelas casas de Maria, da festa e da dúvida, casa do pão que se amassa com a força da persistência, misturado com as lágrimas da paixão e do amor, casa de acolhimento, de silêncio e de palavras que afagam, acariciam, e protegem, promovem a vida. Casa dos sonhos de José, do encantamento, da descoberta, do coração aberto para as surpresas que Deus envia.

       Há muita literatura sobre Maria.

       Há belíssimas páginas que engrandecem a Mãe de Jesus e no-l'A apresentam adornada de Graça e de Beleza, de Luz e Sol. Há belíssimas páginas que nos ajudam a venerar Maria, Senhor nossa, Mãe de Jesus e Mãe da Igreja.

       "As casas de Maria", não é um tratado teológico, um discurso, uma pregação, por mais úteis que estes sejam, é uma parábola sobre a vida quotidiana, sobre os sonhos, sobre a humanidade, nas suas aspirações, na sua limitação e na sua abertura ao Infinito. É uma carta escrita com o coração, com a tinta da fé, com as cores de muitas vivências.

       Se costuma sublinhar as leituras que faz, este será um sublinhado constante, a caneta poucas vezes se há de levantar de cada página.

       Leve, suave, simples, fácil de assimilar e mastigar, envolvente.

       Nas casas de Maria há lugar para nós, para cada uma, para a família e para a comunidade, para os filhos perdidos e achados, e os filhos mais pequenos, e para todos.

23.01.12

23. Aprenda a apreciar as qualidades dos outros.

mpgpadre

Aprenda a apreciar as qualidades dos outros.
O célebre psiquiatra brasileiro, Augusto Cury, defende à saciedade que os defeitos que criticamos nos outros, são os defeitos que existem em nós. Odiamos neles, o que não gostamos em nós. Então tentemos inverter, procuremos apreciar, com humildade e generosidade, o que os outros nos podem oferecer de bom, de belo e de sábio.

Quando verificamos que existem pessoas que vivem com a desgraça alheia, só podemos concluir que ainda não descobriram que a maior felicidade e compensação vem de dentro, do que somos - numa perspetiva cristã, somos filhos amados de Deus -.
A autoestima não ilude as insuficiências que nos moldam, mas, no reconhecimento das nossas fragilidades, levam-nos a potenciar as nossas qualidades e a contar com as qualidades dos outros.
Há árvores que crescem, crescem, crescem, mas não são fator de crescimento para outras árvores, secam tudo em redor. Como seres humanos, o nosso caminho não é sermos árvores gigantescas contra os outros, ou com os outros distantes, mas árvores de fruto, que se amparam e protegem mutuamente, que se alimentam "da mesma seiva", buscam a mesma água, que partilham, o mesmo húmus, a mesma terra, crescem juntamente, não se impedem de buscar o sol e absorver as suas propriedades. O SOL que eu recebo não se esgota, por mais que eu recolha. Também outros poderão beneficiar do mesmo sol, da mesma luz, do mesmo calor.

Nesta imagem sugestiva, o desafio a valorizarmos o que de bom e bem os outros são capazes. Comecemos em casa. Por vezes, em casa, desdenhamos do que o outro tem, da forma como veste, das escolhas que faz, da maneira de falar, isto que lhe fica mal, a mim ficava melhor... Invertamos, procuremos os aspetos positivos, e certamente descobriremos rapidamente que existem muitos motivos para engrandecermos os outros (da nossa família, da nossa turma, no nosso local de trabalho, na nossa comunidade). O que o outro faz de bem não me empobrece, ensina-me, incentiva-me a procurar o bem e a fazer bem o que faço.

Apreciar os outros, é uma forma de descobrirmos neles a presença de Deus.
Quando depreciamos os outros, pensemos se não estamos a fazê-lo por inveja, por ciúme, ou porque nos revemos neles, criticando-os naquilo que não gostamos em nós, ou criticando-nos para escondermos as nossas fragilidades.
Isto acontece com alguma frequência: criticar o outro para esconder o que em nós é "censurável"... ou porque gostaríamos de ser assim como eles, ou fazer como eles fazem, ou termos a áurea que eles têm... Somos diferentes, não há mal nisso. Valorizemos os outros, veremos como nos sentimos melhor. Veremos como podemos, dessa forma, ganhar mais autoestima e confiança.

Jesus chama a Si pessoas que pouco têm para lhe oferecer, humanamente falando. Um técnico de recursos humanos não escolheria nenhum deles, a não ser Judas Iscariotes... talvez! Jesus aprecia neles o que eles ainda não foram capazes de desenvolver... mas acredita, e com o tempo eles tornam-se grandes pregadores, grandes missionários, pessoas extraordinárias...

20.01.12

20. Bendizer - BÊNÇÃO - dizer bem - bem-fazer.

mpgpadre

Bendizer - BÊNÇÃO - dizer bem - bem-fazer.
Mais uma escolha pela positiva.

Quando falámos em bênção falamos nas graças que Deus nos concede, em primeiro lugar. Ele é fonte de todas as bênçãos. Está sempre a abençoar-nos. Até escolhe um povo - o povo eleito, povo da Aliança, o povo de Israel - para nele abençoar todas as nações da terra. São as palavras de Deus a Abraão, a bênção não é egoística mas altruísta, oblativa, a favor de outros. Só assim faz sentido ser abençoado.

Obviamente, todos queremos ser bafejados pela vida, em abundância, saúde e paz.
Mas a bênção é tão mais eficiente quanto mais nos tornamos instrumentos, intermediários da bênção para os outros. É assim com o povo de Israel. É assim com os profetas. É assim com o próprio Jesus Cristo. Ele é a bênção de Deus, em Pessoa, em carne e osso, é bênção para toda a humanidade. Sendo bênção, dá a vida pela humanidade, mostrando-nos a plenitude da caridade a plenitude da bênção de Deus. Gastar, dar a vida, a favor do próximo.
É a sina de Jesus, o Seu projeto de vida e dessa forma concretiza o acolhimento da vontade de Deus, dando a vida nos gestos, nas palavras, nos encontros, no olhar, no toque humano.

Se formos à raiz da palavra, ou a um dicionário de língua portuguesa, poderemos torná-la muita mais expressiva para nós. Bênção, bendizer, isto é dizer bem,  abençoar, louvar, glorificar, apoteosar, aureolar, benzer, engrandecer, exaltar, gloriar, honrar, magnificar, santificar, canonizar, purificar, sagrar,...

Podemos escolher: fazer com que as nossas palavras sejam bênção para os outros (e para nós, pois o bem e o mal recaem sobre quem o fizer), dizer bem delas, mesmo quando nos irritam. Se for mais forte do que nós, se não tivermos palavras para dizer bem, calemos, deixemos que o silêncio não injurie, não exponha, não denuncie, não destrua. Sabemos como as palavras por vezes são mais destrutivas que muitos gestos. Como diz um ditado, só somos bons enquanto as más-línguas quiserem. Então, antes de falarmos sobre alguém, pensemos como as nossas palavras podem ser bênção, vida ou maldição e morte.

Obviamente que o dizer bem inicia o caminho de fazer bem. E de novo a bênção. Sintamo-nos agraciados por Deus, louvemo-'O pela vida, pelo sol, pelo frio, pelas estrelas, pelos animais, pelos outros, pela chuva da tarde e pelo orvalho da manhã, pela nossa vida e pela vida daqueles e daqueles que Deus colocou no mundo para se cruzarem connosco e nos ajudarem a preparar-nos para a eternidade, como consequência lógica das nossas opções de vida.
Acolhámo-l'O e depois tornemo-nos bênção uns para os outros. As palavras, como nos lembra São João, levam-nos ao compromisso, não podemos dizer que amamos Deus e que O sentimos na nossa vida se depois não o concretizamos na nossa comunhão e partilha com os demais.
Bendiga a vida. Faça da sua vida bênção para si e para os outros.

15.01.12

15. Dies Domini. Domingo. Dia do Senhor.

mpgpadre

Dies Domini. Domingo. Dia do Senhor.

Em português utilizamos a forma cristã de Dies Domini, isto é, Dia do Senhor.

É do Senhor, para ser mais nosso. É do Senhor, para usarmos o tempo como dom.

É do Senhor para nos lembrarmos que não somos só matéria, somos vida, alma, espírito, transcendem-nos constantemente, até às alturas.

Para os que têm fé, não somos apenas para o tempo atual, que decorre entre a nossa gestação no seio materno, e o abandono final, em que o último sopro de vida se esvai do nosso corpo.

A nossa identidade é mais que o nosso corpo. É mais que o tempo que controlamos. É, neste sentido, mais do que aquilo que comemos.

Tendo fé, é mais fácil perceber a vida como um dom inesgotável. Só com fé existe DOMINGO, dia do Senhor.

O DOMINGO é um dom de Deus. Também a vida, a nossa vida.

Em todo o caso, mesmo para os descrentes, ou os não crentes, os que andam à procuram, ou os que vivem cinicamente porque se fecham sobre si mesmos, sem esperança, para quem o tempo se esgotará no último sopro que houver no corpo e tudo acabar com o cemitério, onde outros levarão o peso dos ossos e da carne a desfazer-se, mesmo para esses, o domingo é um desafio.

 

Deus cria o mundo em sete dias. No sétimo dia descansa. Não num descanso que signifique inatividade, mas descanso que implica contemplação pela obra criada. Mais, a criação não decorre em seis dias, mas em sete. O sétimo dia não sucede aos seis dias, faz parte do conjunto, faz parte da semana da criação. Há de ser assim também para nós crentes de Jesus Cristo. O sétimo dia dá lugar ao primeiro, ao oitavo dia, da ressurreição e da vida. Como cristãos somo pessoas do sétimo dia, da obra criada por Deus, com a bondade que lhe é íntreseca, mas somos também do primeiro dia, oitavo dia, da nova criação.

Para os judeus, o descanso e a contemplação acontece ao sétimo dia. É dia para celebrar a vida, para rezar, para se encontrar com os outros, com a comunidade, com aqueles que não se encontram à semana. É dia da família e da comunidade. Não é dia de inatividade. Seria um tempo oco, vazio, um buaco negro. Na vida das pessoas não há espaço para buracos negros, ainda que haja tempo para o desamor e o desencontro. A vida é um contínuo. É uma grande graça ter oportunidade para descansar, para encontrar-se em comunidade, para celebrar a vida, para alterar a rotina da semana, para encontrar-se e para encontrar.

O Domingo assume estas dimensões do Sábado, acrescido da vida nova, da nova criação que recebemos em Cristo É um motivo mais. Melhor, é a razão fundamental para haver domingo. Só há domingo porque há Páscoa, porque há ressurreição. Só há domingo porque há Eucaristia. É na Eucaristia que se renova o dom da vida nova, memorial da morte e ressurreição de Jesus.

 

O domingo, para crentes, não crentes e descrentes é/deve ser tempo de descanso.

Mas não deve ser só isso. Não é mais um dia para não fazer nada. Ou um dia, para fazer ainda mais coisas.

Para ser Domingo, dia do Senhor - ainda que se atenda às profissões diferentes - seria bom que se reservasse tempo para fazer algo diferente, para passar mais tempo com a família, para participar numa atividade voluntariosa, de envolvência na comunidade. Para os cristãos, evidentemente, o Domingo há de ser com Eucaristia. Sem Eucaristia (vespertina ou dominical) não faz sentido celebrar Domingo. Será um dia sem o Senhor, sem Deus, sem a sua identidade. Dies Domini, Dia do Senhor. Se lhe tirarmos o Domini, da palavra Domingo, ficamos com Dies, dia, ou seja um dia como os demais. Nesse caso, se a seguir temos segunda-feira, faria sentido que o nosso fosse primeira-feira (féria, comum).

É como celebrar o NATAL mas sem o aniversariante, Jesus. Será Natal de tudo, com muitos aspetos positivos, como o encontro com a família, mas sem a razão única desta celebração, Jesus Cristo.

 

Para aqueles que não são cristãos, ou não são crentes, que estão a caminho, ou são cristãos mas vivem como se não fossem, mesmo que não frequentem a Igreja ou participem na celebração da Eucaristia (que faz a Igreja), deveria ocupar uma parte de tempo para dedicar aos outros, uma causa, uma instituição, uma associação, um grupo.

Se é dia da família e para a família, o domingo também é dia da comunidade. A família é o nosso berço, o nosso refúgio, o nosso ponto de apoio. Mas a abertura solidária à sociedade resulta precisamente da nossa riqueza humana, espiritual, familiar, trasnsborda para os outros, que são vizinhos, que têm interesses semelhantes, ou simplesmente se envolve em alguma atividade lúdica, desportiva, solidária.

Para o cristão, a Eucaristia há de ser a luz do Domingo e da Semana.

13.01.12

13. Pena >< Compaixão = Simpatia = CARIDADE

mpgpadre

Pena >< Compaixão = Simpatia = CARIDADE.
Ter pena de alguém não é obrigatoriamente um sentimento negativo.
Pelo contrário, é um apelo que o outro me faz, que irrompe na minha vida.
O outro vem na sua condição frágil. Impõe-se, desperta-me, provoca-se, desinstala-me da minha indiferença. Invita a uma reação, desafia a uma tomada de posição.
É um grito. Que incomoda. Que fere. Que esbate na minha vida.
Ter pena de alguém é um lamento.
Ainda tenho alguma consciência da sua situação. Faz-se refletir. Obriga-me a pensar. Lamento que o outro esteja naquela situação, quero passar à frente.
Quero que não me incomode. Quero passar rapidamente para não ver, para não deixar ferir o meu olhar, o olhar do meu coração.
Lamentar a situação do outro é resignar com ele. Reconheço a sua situação de fragilidade mas não me sinto capaz de ajudar. Temo pena. Lamento. Sigo. Quero passar à frente. O mais rapidamente possível. Quero que a sua presença não me afete, não me incomode. Avanço. Talvez balbucie algumas palavras. Talvez me justifique interiormente. Vou procurando razões. E palavras. E mais palavras.
É um espinho na minha, na nossa, indiferença, no nosso lavar de mãos. Está a fazer mossa. Ocupo a mente com outras coisas, outros pensamentos. Corro. Fujo. Persegue-me o não ter sido capaz de fazer alguma coisa, de ter dito alguma palavra. Ao menos uma palavra. Uma palavra ao menos. Não pensei. Não refleti. Tinha pressa. Arranjei pressa. Para não ver. Para não ouvir. Para não me ferir, mais e mais.
Ter pena de alguém, pode ser o começo de um sentimento mais positivo.
Tenho pena, porque reconheço a situação frágil do outro. Tenho pena. Por medo. Por temer passar pelo mesmo, cair na mesma indigência. Sobressalto-me. Quero fugir. Rapidamente. Com pressa. Passar ao largo e ao longe. Ir adiante. O outro atingiu-se com a sua vida. E agora?

Bem diferente é a compaixão. Bem diferente é a simpatia. Bem diferente é a Caridade.
Compaixão e simpatia dizem o mesmo: sofrer com... Colocar-se no lugar do outro. Tentar compreender as suas razões, os seus motivos, as suas dificuldades, os seus tropeços. Se me coloco no lugar do outro, talvez veja em mim melhor o que vejo nele agora.
Sofrer com o outro (simpatia = compaixão), procurar entender o outro. Olhar a partir dele, da sua vida, do mundo dele.

 

Compaixão. Simpatia. Caridade.
Implica-me, compromete-nos.
Já não se centra tanto no outro, no que o outro é, ou na situação em que se encontra, mas centra-se em mim, em nós, a atitude diante da vida, dos outros, do mundo.

 

Simpatia. Compaixão. Caridade.
Torno o meu coração disponível para amar, para ir ao encontro do outro.
Para perdoar. Para entender. Para comungar. Para escutar. Para acolher o rosto do outro em mim. Para amaciar a sua queda. Para amparar a sua fragilidade.


Caridade. Compaixão. Simpatia.
Depende de mim, de ti, de nós. Não irrompe do exterior, dos outros, do mundo envolvente, mas da minha, da tua, da nossa vontade, do nosso coração, da nossa postura. Não nos obriga. Somos nós que nos obrigamos a olhar para o outro. A deixar que o outro venha, entre na minha, na nossa, vida.
O grito do outro não me perturba. Já estou a caminho. Tenho o coração preparado. Disponibilizei-me para ir em seu auxílio. Já o ouço no meu interior, e não nos ouvidos (exteriores).

Olhemos para Maria, Mãe de Jesus e Mãe nossa.
Quando a pressa nos afasta dos outros, sobretudo quando se encontram mais fragilizados, a pressa de Maria leva-A ao encontro da sua prima Isabel. Vai à montanha. Com rapidez. Sem hesitações. Sem calculismos. Sem dúvidas e sem medos. Simplesmente vai, põe-se a caminho.
Veja-se a sua intervenção nas bodas de Canaã.
Não está à espera que alguém solicite a sua ajuda, ou que se manifeste a indigência daqueles noivos e daquela família. Ficariam expostos. Seria uma vergonha pública. Maria está com o olhar do seu coração atenta. Disponível. Intervém a tempo e horas. Antes de alguém dar por isso. Antes de alguém começar a murmurar. Intercede Expõe-se diante do Filho. Mas não expõe nem os noivos, nem a família.

Dois desafios:
- Não tenhamos pena de nós e não deixemos que os outros tenham pena de nós.
Obviamente que há situações na nossa vida que nos esfarrapam completamente. Ficamos de rastos. Quantas vezes?! Com que dificuldade olhamos para o futuro, ou para o tempo da nossa vida e da nossa situação.
Mas nós valemos mais. A nossa vida vale mais. Como nos diz Jesus.
Mesmo na indigência, somos rosto de Jesus Cristo, somos imagem e semelhança, presença de Deus.
- Não tenhamos pena de ninguém. Não esperemos pelo seu grito (muitas vezes silencioso, já sem palavras audíveis). Pode ser um ponto de partida que nos afronta. O importante é que tenhamos a iniciativa de sermos e nos tornarmos compassivos. Procuremos colocar-nos no lugar dos outros (o que é sempre muito mais fácil de dizer do que fazer). É um esforço. Uma opção de vida.

Caridade. Simpatia. Compaixão.
A postura de Jesus Cristo, nosso Mestre e nosso Guia.
Seja a nossa postura.

11.01.12

11. Só Deus é DEUS

mpgpadre

Só Deus é Deus.
Deus e a idolatria.
Religião e Maçonaria.
(Im)perfeição humana: ilusão e desilusão.
Só Deus é Deus. Só a Deus devemos considerar Deus. Só a Ele a nossa adoração.
O ser humano, por mais perfeito que seja, é sempre humano, limitado e finito.
A Sagrada Escritura diz-nos que Deus criou o ser humano pouco abaixo dos anjos, criou-os para se tornarem deuses. Mas a mesma Bíblia faz uma clara separação de águas. Deus é Transcendente, Criador. O ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus, é chamado à comunhão com Deus, a aperfeiçoar-se, a assemelhar-se a Deus, com a mesma capacidade de amar e ser amado.
Por um lado, a nossa identidade liga-nos a Deus, trazemos em nós os gérmenes do divino. Por outro lado, vem ao mundo para nos ensinar a viver humanamente.
Se reconhecermos que esta ou aquela pessoa, esta ou aquela ideologia, podem ser absolutizadas, embarcamos no que se chama idolatria. Esta pode referir-se a adoração de uma pessoa, de uma ideologia, de um aspeto da vida.
Quando se exclui Deus, facilmente, assim pensamos, se substitui por outro Deus, por outro absoluto. Se olharmos para a história, os que foram endeusados ou que se endeusaram, tornam-se ditadores, assassinos, corruptos, violentos. E assim também, o foram em nome de ideologias.
Reconhecer que só Deus é Deus e que o ser humano é ser humano ajuda também a viver as nossas relações humanas com mais facilidade. Havemos de olhar para o outro como rosto de Deus, para o respeitarmos, para o amarmos. Mas sem absolutos. Continua a ser pessoa. Em qualquer altura pode errar. Errar é humano.
Religião e maçonaria.
Deixando de lado as polémicas que se têm acentuado, com maçonaria que considera a religião como ponto de partida e de chegada e a maçonaria a-religiosa, laica, dois pontos de contacto importantes:
a) Ordem existente. Reconhecimento de "ALGO", Alguém. Pode recusar-se Deus, e as estruturas e dogmas e ritos que orientam as religiões tradicionais, mas vai-se a ver e afinal a maçonaria tem regras bem rígidas (ou dogmáticas), estruturas formais, ritos rigorosos, degraus, hierarquia, estruturas de obediência e de poder.
b) Na Igreja, na maçonaria, nos grupos, em movimentos, associações, fundamentadas em regras voluntariosas, mas que se concretizam muitas vezes na imposição. Quando a tentação do poder ultrapassa o serviço ao semelhante, à sociedade, aos mais frágeis, os fins para os quais surgiram desaparecem. Importa, também aqui, a vigilância, a atenção, para não se "cair" rapidamente naquilo que se procurava combater. É necessário um discernimento constante.

Do que se disse até aqui, um outra acentuação.
Reconhecer Deus como Deus - só Ele é perfeito - reconhecer o ser humano na sua imperfeição e finitude, para viver saudavelmente com os outros.
Se apostarmos na perfeição de alguém, mais cedo ou mais tarde, podemos magoar-nos profundamente. A pessoa não é Deus. Não é omnipotente, todo o poderoso, omnisciente, omnipresente.
Quando pensamos que nos encontramos diante de uma pessoa perfeita devemos saber que poderemos estar diante de uma pessoa boa, generosa, humilde, honesta, mas não diante de alguém infalível.
Podemos iludir-nos, porque procurávamos alguém assim, alguém perfeito, alguém que superasse a nossa imperfeição, ou nos completasse, alguém que não nos desiludisse, alguém em quem não se encontrassem os defeitos e as limitações que tínhamos encontrado no passado. Mas a ilusão pode dar lugar à desilusão, à mágoa.
Augusto Cury lembra-nos para não depositarmos demasiada confiança nas pessoas.
Não significa que não se aposte nas pessoas, ou que não se confie nelas, mas não ao ponto de as considerar como a Deus, pois na volta a mágoa poderá ser destrutiva.
Há que confiar, vivendo humanamente, na procura pela superação, pedindo a Deus o discernimento para escolhermos o que nos liga aos outros, o que nos realiza como pessoas, e como filhos de Deus.

10.01.12

10. STOP

mpgpadre

STOP
Certamente que o sinal STOP é conhecido de todos.
Um dos significados mais conhecidos: se tens olhos pára.
Nem todos param.
Nem no sinal nem na vida.
A não ser obrigados.
O sinal é colocado onde espreita o perigo, para prevenir acidentes, para garantir a segurança, dos automobilistas (do próprio e dos outros) e dos peões.
Quando não se pára, o perigo redobra. Bem basta quando mesmo respeitando os sinais (de trânsito), o perigo está em alta.
Na vida, também há momentos em que devemos parar.
Não estar à espera de ser parados, forçados a parar.
Muita azáfama, muitas preocupações. Andamos a correr, de um lado para o outro. Não vemos ninguém. Não falamos com ninguém. Não parámos. Temos uma agenda preenchida.
Dizemos, com graça, ou sem ela, que bem basta parar quando a isso formos obrigados, pela doença, pela morte, pelas circunstâncias da vida.
Agora é tempo de viver.
Viva-se.
Olhemos para o amanhã. Não nos prendemos nostalgicamente ao passado.
Mas aqui o convite vai noutra linha, acentuando a qualidade de vida.
Parar para ver, parar para escutar, parar para viver melhor.
São necessárias pausas, para refletirmos a nossa vida, as opções, as escolhas feitas e os caminhos já percorridos, para que se tornem mais seguros os caminhos a percorrer.
Se tem olhos pára. STOP. Se tens ouvidos escuta. STOE.
Escuta as pessoas à tua volta. Por vezes o seu grito é tão forte se o poderás ouvir se o teu coração se puser à escuta.
Sente o que te rodeia. Aprecia os sons, os odores, a natureza, as pessoas, a arte, o fruto do trabalho e engenho (teu e dos outros).
Uma constatação muito frequente. Quando nos cruzámos com alguém, perguntamos (muitas vezes mais por cortesia que por real interesse) se está tudo bem. Mas ainda o outro não respondeu e já nós nos afastamos. Aliás a pergunta devolvida é a mesma: Tudo bem? Pergunta = resposta: Tudo bem? Ou nem chega a ser resposta, porque o dizemos em simultâneo.
É mais lógico dizer "bom dia" ou "tarde", se o nosso real interesse não é aferir se o outro está de facto bem, como tem passado, como se sente. Ou então, quando perguntamos, abrandemos o passo, prontos para parar e ouvir a resposta. Fazia-nos bem, usar os olhos e os ouvidos para ver e ouvir. E também o olhar e o ouvido do coração.
Parar para escutar os outros.
Parar para refletir a minha vida.
Parar para deixar Deus entrar.
Parar para avançar mais seguro.
Um desafio para mim. Talvez para muitos. Ou para todos.

09.01.12

9. NASCER de NOVO.

mpgpadre

NASCER de NOVO.
Batismo do Senhor Jesus.
Ano nova, a mesma vida (nova ou velha?)
Um dia Jesus diz a Natanael que quem não nascer de novo não entrará no reino de Deus. como é possível que alguém sendo já velho possa nascer de novo, poderá entrar de novo no ventre de sua mãe?
Tal como a Natanael também a nós nos poderá parecer confuso.
Jesus responde que temos nascer da água e do Espírito, apontando, assim o interpretamos para o batismo, mas não apenas como sacramento da tradição cristão, mas como urgência em transfigurarmos a nossa vida.
O camaleão adapta-se ao meio envolvente.
Há pessoas que são como os camaleões, adaptam-se às mais variadas situações.
Mas tal como o camarão tudo pode não passar apenas de uma transformação exterior, quando Jesus se refere a uma transformação completa, de espírito, alma e corpo.
São muitas as vidas que vivemos.
Quantas vidas não teremos que deixar para trás para viver em novas vidas?
Positiva e negativamente.
Negativamente, quando se salta de vida em vida, de encontro em encontro, largando no caminho pessoas, esquecendo, ignorando, deixando por resolver o que estaria ao alcance de uma palavra, um gesto. Avança-se para outra vida, sem ter cumprido a anterior.
São muitas as vidas que vivemos.
Em situações limite, em que as pessoas são forçadas a viver novas vidas, novas situações, com as quais não contavam, que irromperam nas suas vidas. A vida continua. É necessário seguir em frente. Não adianta lamentos, quando a vida prossegue connosco ou sem nós. E porque tristezas não pagam dívidas, ultrapassado o luto pelas vidas que temos de deixar (partir), pelas vidas que não podemos viver, vamos adiante.
São muitas as vidas que vivemos.
Melhor será quando se torna um opção, viver constantemente a vida como novidade, como surpresa, como dom. Aceitando tudo o que de bom a vida, o futuro, Deus tem para nos dar, em cada instante. Sonhamos e embarcamos em novas vidas, na aventura de Deus.
Com o Seu batismo, Jesus deixa o comodismo de Nazaré e até ao Calvário não mais parará de pregar o Reino de Deus, de testemunhar a vida, de transformar vidas pelo amor, pelo acolhimento, pela fraternidade, assinando-nos que também a nossa vida pode ser nova, também a nossa vida pode ser milagre para nós e para os outros.
Ano novo, vida nova.
É um ditado velho, como "velha" pode continuar a vida que temos no ano novo.
Fazemos propósitos novos (às vezes são os do ano anterior, que por sua vez são do ano anterior, que...), mas como os dias avançam e nos parece que nada muda também nós desistimos de mudar... e ficamos sem o reino de Deus que nos traz paz, alegria, felicidade, e compromisso com os outros, com o mundo.
Jesus deixou que o Batismo marcasse uma mudança radical na sua vida. E nós que fomos batizados na água e no Espírito Santo, aceitamos, hoje, a vida nós que se gera em nós constantemente?

08.01.12

8.º DIA da nova criação.

mpgpadre

8.º DIA da nova criação.
A criação fica completa ao 7.º dia.
Como víamos ontem. o sete tem o significado, no mundo judaico, de perfeição, plenitude. Para nós cristãos, existe o 8.º dia da nova criação, que coincide com o primeiro dia da semana. Jesus ressuscita no primeiro dia da semana, é um tempo novo, com Ele, com a Sua ressurreição, despontam os novos céus e a nova terra, como lugar de encontro com o melhor de nós mesmos, Jesus coloca a nossa humanidade à direita de Deus Pai, de onde nos atrai.
Nas grandes solenidades celebramos a Oitava - Natal, Páscoa - oito dias como se um só dia se tratasse, sublinhando a grandeza do nosso dia na presença de Deus.
Este 8.º dia do ano, coincide com o Domingo (oitavo e primeiro dia da semana: nova criação, no seu primeiro dia).
Em Portugal, a Igreja celebra a Epifania do Senhor, a adoração dos Magos diante do Menino Deus, do Deus que Se faz Menino.
Oito dias, oito desafios que os Magos nos colocam (vd a nossa proposta de reflexão para este dia).

 

1. Abertura aos outros.

Os Magos, sábios daqueles e estes tempos, são pessoas atentas, despertas, disponíveis para ouvir, para aprender, para descobrir "coisas" novas. Não olha apenas para si mesmos. Se assim fosse não veria a luz de uma nova estrela no Céu. Olham para as alturas, para o infinito.

Quando nos fechamos, debruçando-nos sobre nós próprio, individualmente ou mesmo como família (de sangue), desligados de todas as comunidades, quando chega a "tragédia" - pode ser a doença, a solidão, a perda de alguém - não há casa onde refugiarmos o nosso espírito, um ombro amigo, um lugar de paz e de encontro, de refúgio.

2. Caminhar. O caminho faz-se caminhando.
Com os Magos aprendemos a sair do nosso espaço de conforto para irmos ao encontro dos outros, imiscuindo-nos no mundo de que fazemos parte. Não perdem muito tempo a discutir a origem da estrela, ou se os seus olhos, cansados da idade, estão a ver bem. Põem-se a caminho. Saem dos palácios e dos lugares de conforto a que tinham acesso por serem sábios, requisitados para ajudarem em escolhas, e agraciados pelos conselhos. Vão, partem, há desafios maiores.

 

3. Não desistir diante das dificuldades.

O caminho não está isento de dificuldades. Há caminhos mais fáceis que outros, pelo caminho ou pela pessoa que o percorre. Mas nunca isentos de dificuldades, de problemas, ainda não estamos no paraíso. Também os magos enfrentarão a chuva, a dúvida, os atalhos, o desânimo. Na cidade de Jerusalém perdem o norte, a orientação, deixam de ver a Estrela. Mas não desistem, até que de novo reencontram a luz, a estrela que os levará a Belém. Há momentos na nossa vida que parece que nada nos corre bem, não confiamos em ninguém, às vezes duvidamos até de nós mesmos, não vemos senão a treva. Os magos convidam-nos, apesar de tudo, a seguir,logo veremos um rasto de luz que nos conduzirá à luz verdadeira.


4. Participar de um Reino de Deus sem fronteiras, o Reino de Deus.

Existem os nossos reinos, a nossa vida pessoal e familiar, e depois existem reinos maiores, que nos desafiam a ultrapassar os limites da nossa casa, da nossa família, desta ou daquela comunidade, deste ou daquele partido ou grupo, há algo maior que não se esgota no nosso mundo. Os magos partem por um REINO maior que está a despontar. Deixemos-nos surpreender por Deus, por tudo o que nos envolve na transformação do mundo.


5. Colocar o coração no ESSENCIAL, em Deus. Adorar a Deus e a Deus só.
Na continuação do desafio anterior. Colocar a nossa vida naquilo que não perece. Onde estiver o nosso tesouro, aí estará o nosso coração. Os magos colocam o seu coração aos pés de Jesus. Estão ao serviço de reis e de governadores, mas com o olhar aberto, com o coração pronto para servir o Rei dos Reis, Aquele que é origem e fim de todas as coisas, o Salvador do mundo. Se colocarmos a nossa confiança última nas coisas, em alguma pessoa, partido, líder social ou cultural, mais tarde ou mais cedo podemos ser surpreendidos pela desilusão. Lembremos daquele homem que servia a mais bela das rainhas. Quando ela morreu, pôde ver que estava reduzida a um esqueleto. Onde estaria a beleza que o levou até ela? Então decidiu servir a BELEZA que não se esgota, que não se apaga. Obviamente, a adoração de Deus levar-nos-á a servir os nossos semelhantes.


6. Experimentar a alegria, deixando-se surpreender pelo que a vida nos vai dando.

Com os magos devemos experimentar a alegria do encontro. Deixarmo-nos contagiar pelas pequenas coisas que a vida nos dá. Se estivermos sempre à espera de ganhar a lotaria para sermos felizes, porque é lotaria, pode nunca nos calhar em sorte. Então não deixemos a alegria e a felicidade em mãos alheias, experimentemos a alegria com o que somos, com as pessoas que fazem parte da nossa vida, e com o compromisso com o bem e a verdade, na construção de um mundo habitável para todos.


7. Dar o melhor de nós mesmos.

Os magos levam os presentes mais valiosos que têm. E nós? Demos o melhor que temos, a Jesus, ou, se a fé ainda não nos envolve, demos o melhor de nós mesmos em cada momento. Não perdemos nada. Quanto mais nos damos, por causas, por projetos voluntariosos, mais ganhamos. Os dons valem na medida em que os recebemos e que os transformamos em dons para os outros. Mesmo que haja momentos em que nos sintamos descompensados, não cessemos de dar o melhor de nós mesmos, a melhor compensação é a certeza de que cumprimos com o que estamos ao nosso alcance, procurando ultrapassar o limite que nos afastaria dos outros, do mundo, de Deus.


8. Regressar à nossa vida por outro caminho.

Quando regressam, os Magos tomam outro caminho. Não são mais os mesmos. O encontro com a LUZ, com a fonte de toda a luz, transforma-os para sempre. É uma experiência vital, decisiva. O encontro com Jesus Cristo - como todo e qualquer encontro - há de transformar-nos, de preferência, positivamente. Experimentemos encontrar-nos com Jesus, descobrir a alegria desse encontro, deixando-nos converter por Ele.

07.01.12

7. "Sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai celeste"

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"Sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai celeste" (Mt 5, 48).
"Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso" (Lc 6, 36).
Estamos no dia 7 de janeiro. Vamos no sétimo dia do ano. Para os judeus (para a Bíblia), os números têm um simbolismo muito próprio.
O 7 é o número da perfeição, da plenitude.
Deus criou o mundo em 7 dias.
Ao sétimo dia descansou. O descanso faz parte da criação, a contemplação da obra criada. Para nós, oportunidade para o louvor, para o encontro, para a partilha, para a comunhão.
Perdoar 7 vezes, ou até 70x7, significa perdoar sempre.
Deixando-nos interpelar pelo número 7, procuremos responder segundo a nossa vocação primordial: a santidade.
O desafio de Jesus no Evangelho aponta para as alturas, para o próprio Deus Pai.
Os cristãos não se devem resignar ao mínimo, garantido, mas à plenitude de Deus, almejando ir sempre mais além.
Por outro lado, como nos recorda o Concílio Vaticano II, a santidade não é uma característica das pessoas consagradas, dos religiosos e religiosas, mas é a vocação própria de todos os baptizados. A perfeição vem-nos de Jesus Cristo, pelo Espírito Santo, pelo Batismo tornamo-nos novas criaturas, somos santificados por Ele, o Cordeiro que tira o pecado do mundo.
Desde então o nosso olhar e o nosso coração estão voltados para a origem da santidade, o próprio Deus, para a nossa identidade primeira: filhos de Deus. A santidade é um caminho que havemos percorrer se queremos que a nossa vida não se feche, não se apague, não se perca, mas desemboque na eternidade de Deus.
Está ao alcance de todos. Como dizíamos ontem, nem todos podemos ser frondosas árvores na montanha, mas podemos tornar-nos pessoas extraordinárias se ousarmos guiar a nossa vida por um IDEAL, que para nós cristãos tem um rosto: Jesus Cristo, o rosto de Deus, e que se torna visível em cada pessoa que encontramos.
Quando Jesus diz aos seus discípulos para serem perfeitos, ou misericordiosos, como o Pai celeste, di-lo no desafio de amarem os outros como a si mesmos, amando até os inimigos.
Amar os inimigos é reconhecer que eles não são maiores, nem o nosso azedume, do que o amor que há na nossa vida e que há de habitar o meu, o teu, o seu coração.
O caminho da santidade é o regresso ao melhor de nós, à nossa identidade: tornarmo-nos aquilo que somos (pelo batismo): filhos amados de Deus.

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