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14.08.18

Solenidade da Assunção de Nossa Senhora ao Céu - 2018

mpgpadre

1 – «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre».

O mistério da Assunção de Nossa Senhora ao Céu, em corpo e alma, dogma católico, proclamado pelo Papa Pio XII, com a Constituição Apostólica Munificentissimus Deus, a 1 de novembro de 1950, consagra uma verdade de fé reconhecida, aceite e professada, desde o início, pelas comunidades cristãs.

As primeiras palavras nos Evangelhos referidas a Maria dizem-nos que Ela é a cheia de Graça e que o Senhor está com Ela. É a saudação do Anjo. No encontro com Isabel a saudação é semelhante, mas desta feita incluindo já Jesus: bendita és tu, bendito é o fruto do teu ventre! Neste encontro sobrevém a alegria do encontro com Jesus e o primeiro anúncio da proximidade do Filho de Deus. A fé é a chave que nos possibilita a busca, a descoberta e o encontro com Deus. «Bem-aventurada aquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito da parte do Senhor».

N'Ela, como em nós, o fim está incoativamente presente no início e ao longo da vida, em conformidade com as escolhas feitas. Se escolhemos fazer a vontade de Deus, deixar que Deus nos ilumine e nos conduza, por certo seguiremos no Seu encalço até à eternidade. Jesus relembra isso mesmo aos seus discípulos: quem der testemunho de Mim diante dos homens, também Eu darei testemunho dele diante de Meu Pai que está nos Céus (cf. Mt 10, 32).

«Mais felizes são os que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática». É a resposta dada por Jesus a uma mulher que do meio da multidão Lhe diz: «Feliz Aquela que Te trouxe no seu ventre e Te amamentou ao seu peito». A bem-aventurança está em escutar a palavra de Deus, procurando concretizá-la, traduzi-la na vida do dia-a-dia. Dessa forma nos predispomos a seguir o mandato de Maria – Fazei tudo o que Ele vos disser – que implicará configurar a nossa vida com a de Jesus no Seu jeito de amar, de servir e de Se entregar.

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2 – «A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da sua serva».

Maria corporiza a humildade disponível para manifestar a grandeza de Deus e das Suas maravilhas no meio dos homens. O Magnificat assume a história da salvação contada e cantada através das gerações, em que Deus Se manifesta na proximidade aos pobres, aos simples, a todos quantos se abrem à Sua graça e se predispõem a seguir/viver os seus preceitos. Estes visam a inclusão de todos, fazendo sobressair o que une e faz deles, de nós, uma só família de Deus. Em contraponto, estão todos aqueles que na prepotência e no egoísmo se fecham à graça de Deus, sobrepondo a própria vontade, apetites e ganância a todos os outros, relacionando-se com eles em atitude de violência, de inimizade e de separação, deixando na terra marcas de sangue, de destruição e de morte.

Em Maria, Deus faz-Se um de nós. Com Jesus Cristo, Deus humaniza-Se, encarna, assume a nossa condição finita. Daí que o SIM de Maria seja decisivo, caucionando a vontade de Deus em Se tornar tão próximo da humanidade, que Se faz um de nós…

 

«A minha alma glorifica o Senhor

e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador,

porque pôs os olhos na humildade da sua serva:

de hoje em diante me chamarão bem-aventurada

todas as gerações.

O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas:

Santo é o seu nome.

A sua misericórdia se estende de geração em geração

sobre aqueles que O temem.

Manifestou o poder do seu braço

e dispersou os soberbos.

Derrubou os poderosos de seus tronos

e exaltou os humildes.

Aos famintos encheu de bens

e aos ricos despediu de mãos vazias.

Acolheu a Israel, seu servo,

lembrado da sua misericórdia,

como tinha prometido a nossos pais,

a Abraão e à sua descendência para sempre».

____________________________________________________________________________________________

Textos para a Eucaristia:

Vigília: 1 Cr 15, 3-4.15-16; 16, 1-2; 1 Cor 15, 54b-57; Lc 11, 27-28;

Missa do dia: Ap 11, 19a; 12, 1-6a. 10ab; Sal 44 (45); 1 Cor 15, 20-27; Lc 1, 39-56.

 

REFLEXÃO DOMINICAL COMPLETA na página da Paróquia de Tabuaço

15.08.17

Felizes são os que ouvem a palavra de Deus e a praticam

mpgpadre

1 – A solenidade da Assunção de Nossa Senhora ao Céu – verdade de fé confirmada pelo Papa Pio XII, a 1 de novembro de 1950, a partir da sensibilidade, do sensus fidei, do povo de Deus, que há muito considerava que Àquela que acolheu o Filho de Deus, gerando-O e dando-O ao mundo, sem nunca se desligar do filho, teria que estar onde está o filho, na eternidade do Pai, sem experimentar, nem no início (Imaculada Conceição) nem no fim (ressurreição, Assunção) a corrupção do corpo – celebra a certeza que Deus não desiste de nós e não nos quer perder nem no tempo nem na eternidade.

Jesus, o Filho bem-amado do Pai, é enxertado na história, para caminhar connosco e nos fazer caminhar com Ele.

Sem forçar, Deus conta connosco. Desafia Maria e espera a sua resposta. Ao responder ao chamamento de Deus, Maria torna possível um novo avanço na Aliança de Deus com o Seu povo. Já não mensageiros, já não à distância, mas na própria carne humana. Deus torna-Se, com propriedade, Emanuel, Deus connosco.

O Sim de Maria compromete-a e a nós também. É um SIM que se traduz em muitos sins, repetidos, atualizados, novos. A vida também é assim, quem diz sim, di-lo para cuidar, para proteger, para servir. Não se ama num sim que se esvai na memória, ama-se num sim que se renova em gestos, em palavras, em cuidado e ternura, e nas carícias do olhar e do sorriso, do beijo e do afago e do abraço. É essa a resposta de Jesus a uma mulher que o interpela – «Feliz Aquela que Te trouxe no seu ventre e Te amamentou ao seu peito»«Mais felizes são os que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática».

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2 – A vida eterna inicia com a vida terrena. Não há quebras, ainda que haja novidade. A vida é gerada desde sempre para não se perder. Essa é a vontade de Deus e de quem ama. Quando se ama quere-se que perdure o amor, a pessoa amada e a ligação.

Jesus precede-nos como primícias (= primeiros frutos da terra). Ele ressuscita primeiro, depois nós. Em Maria, começa-se a cumprir a promessa. Ela é assumpta por Deus para sempre. Ela que nunca Se afastou de Jesus, é elevada para junto d'Ele na eternidade. Para nós, a postura constante de Jesus: alimentar-Se da vontade e da presença do Pai. Para nós, o exemplo de Maria, que em tudo procura enaltecer as maravilhas do Senhor, dando Jesus, apontando para Jesus: Fazei tudo aquilo que Ele vos disser. É feliz todo aquele que escutar a Palavra de Deus e a traduzir em vida, em serviço e amor. Inicia-se no tempo o que será na eternidade: a comunhão plena com Deus.

Rezemos para que Deus, que elevou «à glória do Céu em corpo e alma a Imaculada Virgem Maria» nos conceda «a graça de aspirarmos sempre às coisas do alto, para merecermos participar da sua glória».

Com os olhos fitos em Jesus e na Bem-aventurada Virgem Mãe, com os pés bem assentes neste chão e nesta terra, com o coração bem ligado aos outros, com as mãos livres para abençoar, para abraçar, para trabalhar, para levantar; para acolher (a bênção e os dons de Deus) e para partilhar (tudo quando recebemos de Deus como dom, para que se multipliquem na dádiva); com as mãos livres e estendidas para Deus, com as mãos abertas e libertas para os irmãos.


Textos para a Eucaristia (ano A):  Ap 11, 19a; 12, 1-6a. 10ab; Sl 44 (45); 1 Cor 15, 20-27; Lc 1, 39-5.
 

14.08.15

Ela é a aurora e a imagem da Igreja triunfante

mpgpadre

1 – A salvação da pessoa é sempre dom de Deus. É Ele que nos salva. Criando-nos por amor, por amor nos integra na Sua vida. Podemos, como fazemos em relação aos nossos pais, distanciar-nos, partir, manter-nos à distância e renunciar à nossa filiação. Porém, eles continuam a ser nossos pais e nós continuamos a ser seus filhos.

Maria é salva por Deus. Todavia, se Deus nos cria por amor sem nós, parafraseando Santo Agostinho, não nos salva sem nós. Maria responde à graça de Deus com um SIM confiante, abrindo-se plenamente à Sua misericórdia e realizando a Sua vontade: faça-se em Mim segundo a Tua Palavra. Maria escutou a prece do Anjo e respondeu positivamente. Deus veio ao mundo, assumindo a nossa natureza humana, fez-Se Um connosco e entre nós, elevando-nos à Sua família.

Um SIM inicial que se traduz durante toda a vida. Como evidencia Jesus, Ela é bem-aventurada porque O trouxe no ventre, mas «mais felizes são os que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática». Nesta expressão em que aparentemente Se afasta da Sua Mãe, Jesus coloca-A como referência e possibilidade. Não podemos ser pais/mães biológicos de Jesus, mas seremos bem-aventurados se, como Ela, escutarmos a palavra de Deus, colocando-a em prática.

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2 – O evangelho remete-nos de imediato para a postura a assumir como crentes: "Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se apressadamente para a montanha, em direção a uma cidade de Judá".

Esta pressa há de configurar a nossa vida. Ela precede-nos no SIM a Jesus, acolhendo-O no ventre e realizando a Sua vontade. O facto de ser "Cheia de Graça" não A encerra numa concha de privilégio. O sim à Palavra de Deus, que n'Ela Se faz carne, fá-l’A sair. Ela é a Arca da Nova Aliança, uma ARCA viva que não está fixa num templo, mas em trânsito acelerado para encontrar Isabel e lhe ser prestável, mas também para lhe levar a Alegria do Evangelho, experimentável na proximidade das duas Mães com os seus filhos: «Logo que chegou aos meus ouvidos a voz da tua saudação, o menino exultou de alegria no meu seio. Bem-aventurada aquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito da parte do Senhor».

Maria precede-nos no acolhimento a Jesus e precede-nos na eternidade. A Assunção de Maria é sinal de esperança, antecipando o destino da nossa vida, mostrando que a promessa de Jesus, de ir para o Pai para nos preparar um lugar, já se cumpriu em Maria.

“Ela é a aurora e a imagem da Igreja triunfante, ela é sinal de consolação e esperança para o vosso povo peregrino. Vós não quisestes que sofresse a corrupção do túmulo Aquela que gerou e deu à luz o Autor da vida, vosso Filho feito homem” (Prefácio da Assunção).

3 – O sinal que aparece no Céu, segundo o Apocalipse, imagem da Igreja mas também de Maria, é um sinal de esperança. O tempo que passa, quais dores do parto que darão ao mundo uma vida nova, com a sua violência, guerras e conflitos, fome e corrupção, é um tempo passageiro, porque já se vislumbra a salvação. "Apareceu no Céu um sinal grandioso: uma mulher revestida de sol, com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça".

A oração do Magnificat assume esta CONFIANÇA na misericórdia de Deus e move-nos para o HOJE e para o AMANHÃ:

«A minha alma glorifica o Senhor

e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador,

porque pôs os olhos na humildade da sua serva:

de hoje em diante me chamarão bem-aventurada

todas as gerações.

O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas:

Santo é o seu nome.

A sua misericórdia se estende de geração em geração

sobre aqueles que O temem.

Manifestou o poder do seu braço

e dispersou os soberbos.

Derrubou os poderosos de seus tronos

e exaltou os humildes.

Aos famintos encheu de bens

e aos ricos despediu de mãos vazias.

Acolheu a Israel, seu servo,

lembrado da sua misericórdia,

como tinha prometido a nossos pais,

a Abraão e à sua descendência para sempre». 


Textos para a Eucaristia: Ap 11, 19a; 12, 1-6a.10ab; 1 Cor 15, 20-27; Lc 1, 39-56.

 

REFLEXÃO COMPLETA na página da Paróquia de Tabuaço

e no meu outro blogue CARITAS IN VERITATE

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