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...espaço de discussão, de formação, de cultura, de curiosidades, de interacção. Poderemos estar mais próximos. Deus seja a nossa Esperança e a nossa Alegria...

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31.12.17

Maria conservava todos estes acontecimentos...

mpgpadre

1 – Iniciar um novo ano, cada nova etapa da vida, envolve-nos numa mistura de sentimentos entre o que se deixa para trás e o que poderá advir. De um ano ao outro são milésimas de segundo, hoje é dia 31 de dezembro de 2017 e um breve pestanejar e já é 1 de janeiro de 2018. Um movimento de expirar e inspirar o ar que nos permite viver. Um instante que se multiplicará, se Deus quiser, por milhares. Por dia, 23 mil movimentos de inspirar/expirar. 8 395 000 de um movimento impercetível, mas que nos fará viver mais um ano. Isso lembra-nos que a vida se vive e se resolve, na maioria das vezes, com o que é aparentemente insignificante! Um pormenor fará diferença, eu e tu podemos fazer a diferença neste mundo, acolhendo as bênçãos e os dons de Deus e deixando que Ele nos transfigure constantemente.

«Deus Se compadeça de nós e nos dê a sua bênção, resplandeça sobre nós a luz do seu rosto».

Santa Maria, Mãe de Deus.png

2 – No início de cada ano, o amor de uma Mãe, escolhida desde sempre para acolher a semente de um mundo novo, rejuvenescido pelo amor, pela bondade e pelo serviço solidário. Deus nunca Se afastou de nós e quando O rejeitámos Ele continuou a amar-nos. É-nos pedido que procedamos do mesmo modo uns para com os outros.

«Quando chegou a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher e sujeito à Lei, para resgatar os que estavam sujeitos à Lei e nos tornar seus filhos adotivos».

A vinda de Jesus é a maior dádiva com que Deus nos brinda. É o Seu Presente para nós! Criou-nos por amor e por amor nos recria em Jesus Cristo, chamando-nos a uma vida pautada pela bondade, pela ternura e pelo amor, pela compaixão, pela partilha e pelo perdão.

Jesus ilumina as trevas mais densas, irradia vida, amor e bênção! É a promessa de Deus que se enraíza no mundo, na história, no tempo. Deus, em Jesus, faz-Se igual a nós. Abaixa-Se para viver como Um de nós, não para nos nivelar por baixo mas para nos elevar.

Ridolfo_Ghirlandaio_-_Adoration_of_the_Shepherds.j

3 – O Natal traz-nos a alegria pelo nascimento de Jesus, mas faz-nos também perceber a fragilidade da vida humana, a grandeza do amor de Deus que Se apequena para sincronizar connosco, irmana-nos fraternalmente com todos, a começar pelos mais pequenos, os pobres, os excluídos, as crianças, as mulheres descriminadas, os idosos esquecidos e relegados, os estrangeiros, os refugiados sem pátria e sem teto, os doentes e os presos, os desempregados, as pessoas portadoras de deficiência.

No Presépio adoramos o Deus-Menino. Um Deus-bebé força-nos a cair de joelhos. Como é possível que ali esteja a omnipotência de Deus?! É assim tão grande o Seu poder? Assim tão grande o Seu amor por nós? Só quem ama se encolhe, se abaixa, se humilha. Pensemos numa Mãe que corre mundos para interceder pelos filhos, sem se importar de importunar e de passar vexames. Tudo pelos filhinhos! Ai de alguém que toque nos seus filhos! Ai de alguém que não trate os seus filhos como deve ser! Há de levar para contar! Assim o nosso Deus que é Pai mas é mais Mãe (João Paulo I).

José e Maria ficam "babados" com o que se diz acerca do seu Menino. Os pastores, pessoas sem linhagem, sem nome, sem importância, simples e pobres, são os primeiros a perceber o que aconteceu, os primeiros a escutar a voz dos anjos e a encontrar Jesus numa manjedoura. Tornam-se adoradores e apóstolos: a Maria e a José levam as palavras de Deus acerca d'Aquele Menino, mas que outros escutam; saindo, continuam a louvar e glorificar a Deus.


Textos para a Eucaristia (ano B): Num 6, 22-27; Sl 66 (67); Gal 4, 4-7; Lc 2, 16-21.

31.12.15

Maria conservava todos estes acontecimentos em seu coração

mpgpadre

       1 – Iniciamos cada ano sob o olhar materno da Virgem Mãe de Deus e nossa Mãe, para que em todo o ano Ela seja a Estrela da Manhã que nos guia para Jesus e nos conduz para dentro do Presépio, dando-nos Jesus, para O adorarmos, contemplando-O, enchendo-nos da Sua alegria e da Sua paz. Exige-se-nos o mesmo que a Maria: acolhê-l'O, adorá-l'O e dando-O aos outros.

        Um Menino nos foi dado, um Deus no meio de nós. Em Jesus, Deus entranha-Se na história a partir da própria história, encarnando, fazendo-Se Um de nós. Sem anúncios espetaculares ou publicidade enganosa, sem reportagens ou parangonas. Simplesmente nascendo numa família o mais normal possível, de Nazaré, e como qualquer família, com os seus contratempos, desde logo o nascimento em Belém de Judá.

       Há sinais que muitos veem, mas que poucos valorizam e dão crédito. Por regra, só quem tem um coração pobre, grande, disponível para os outros, vazio das coisas e sem orgulhos vãos, é que consegue ler os sinais que surgem na sua vida e à sua volta. Os que estão cheios de si raramente veem o que é verdadeiramente importante, o que conta, o que transforma a vida. Cheios de si, só eles contam, ninguém mais importa, nada têm a aprender ou a descobrir, a importância está neles, os outros são acessórios que embelezam as suas vitórias ou escadas que se permitem pisar para subir mais e mais.

       Como Maria a caminho da Montanha, apressadamente, assim os pastores ao encontro do Menino, apressadamente. Não há tempo a perder. Tudo é importante. Mas há acontecimentos que são decisivos e há pessoas – que nos trazem a salvação – que precisam de toda a nossa atenção. Os pastores deixam os rebanhos, partem por que nada têm de mais importante que a adoração de Jesus, o Menino que vem da parte de Deus. Diante de Jesus, tudo é relativo, secundário, dispensável. Só Jesus não se pode dispensar. Recordamos a liturgia da Festa da Sagrada Família: quando Jesus não está no MEIO, não está connosco, então há que deixar tudo, tudo, absolutamente tudo, para ir ao Seu encontro. Sem Ele de pouco vale o que temos ou o que somos. Com Ele, até as provações têm sentido e poderão ser redentoras.

Maria, Mãe de Deus - ícone.jpg

       2 – Chegados a Belém, encontram Maria, José e o Menino deitado na manjedoura, conforme o Anjo do Senhor lhes revelara. E de novo não há tempo a perder, não importa a pressa que traziam, nem o que deixaram lá fora, estão em casa pois estão junto de Jesus, encontraram uma RAZÃO maior que iluminará as suas vidas por completo.

       Que importa o mundo inteiro se tenho o mundo ao pé de mim, se estou em casa, se sou iluminado pela maior luz, se diante dos olhos e do coração tenho o essencial para ser feliz?

        Madre Teresa de Calcutá lembrava muitas vezes que o fundamental é dar atenção e cuidar da pessoa que tenho à minha frente. Se tenho uma pessoa a quem valer e não valho por estar preocupado com a doença, o sofrimento e a miséria de milhares de pessoas, de pouco me adianta fazer e ter bons propósitos. Há que começar por algum lado, melhor, por alguém. Quantas vezes estamos a falar com alguém e não escutamos por que estamos centrados noutras coisas, noutros mundos, em outras pessoas! Mas então e esta pessoa que está diante de mim? Não me merecerá toda a atenção do mundo? Há que acudir a Jesus nesta pessoa concreta.

        Os pastores dão-nos uma lição importante: ir ao encontro de Jesus e colocar-nos por inteiro diante d'Ele, com o que somos, com as nossas dúvidas e incertezas, com os nossos sonhos e projetos. Levamos-lhe o nosso dia-a-dia. Quando chegaram, os Pastores contaram tudo o que ouviram do Anjo.

       E como será o regresso? Se Ele nos tocou a alma, regressamos mudados para sempre. "Os pastores regressaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes tinha sido anunciado".

 

       3 – Capacidade de admiração dos ouvintes. De cada um de nós. Mal é quando a vida já não tem nada para nos dar, nada que nos faça sorrir, nada a apreciar. Todos ficam admirados, mas obviamente Maria ocupa um lugar especial. As mães bebem, mastigam, cada palavra que se diz dos filhos. "Maria conservava todos estes acontecimentos, meditando-os em seu coração".

       Silêncio que acolhe, guarda e medita. Maria também nos desafia pelo Seu silêncio da oração e da adoração. É a primeira a admirar Jesus, a pegar-lhe ao colo, a olhar para as suas feições, a tatear-lhe o corpo, cada pedaço de pele, a aconchegá-l'O contra o seu peito, embrulhando-O para o manter confortável, procurando-lhe o olhar.

       Quando os Pastores os encontram, Jesus está na manjedoura. É possível que Maria O tivesse em seus braços, mas coloca-O para que os pastores O possam adorar e pegar-lhe sem se sentirem retraídos. Os Pastores aproximam-se, presenciam o que lhes disseram: o Messias nasceu e está diante dos seus olhos. Como os habitantes da Samaria, quando a Samaritana lhes falou de Jesus: acreditamos não pelo que disseste mas pelo que vimos e Lhe ouvimos. Os pastores confiaram nas palavras do Anjo e partiram, mas fazem a experiência de encontro com Jesus.

       E com os pastores, outras pessoas se aproximam do Presépio. Vamos também nós a Belém adorar o Deus Menino. Maria, que lá O tem, estendê-l'O-á para que possamos pegar-lhe, deixando que Ele toque a nossa mão, o nosso coração, e nos envie, como aos pastores, em missão.

natale2014buonpastore famiglia.jpg

       4 – Para o cristão, o Batismo marca o arranque de uma vida que se quer de identificação ao autor do Batismo, Jesus Cristo. Um dos primeiros gestos do ritual do Batismo é a escolha do nome do batizando. A primeira missão de Adão e Eva é a de dar nome às coisas e aos animais, para que dominem sobre eles, num domínio que é serviço e cuidado, responsabilidade por aqueles a quem se dá um nome. Quando queremos bem a alguém tratamo-lo pelo nome, num tom e num timbre que ressoe no coração. É das melhores músicas para os nossos ouvidos: o nosso nome dito e ouvido com alegria e amizade, com ternura e afabilidade.

"Quando se completaram os oito dias para o Menino ser circuncidado, deram-Lhe o nome de Jesus, indicado pelo Anjo, antes de ter sido concebido no seio materno". Ele é o Filho de Deus, mas está ao cuidado de Maria e de José, que Lhe dão o nome e a casa. "Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher e sujeito à Lei, para resgatar os que estavam sujeitos à Lei e nos tornar seus filhos adotivos. E porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: «Abá! Pai!». Assim, já não és escravo, mas filho. E, se és filho, também és herdeiro, por graça de Deus".

       Somos filhos de Deus, em Jesus Cristo e como tal somos responsáveis por cada irmão, filho, pai, mãe, pois Deus os colocou na nossa vida para deles cuidarmos. Maria e José exemplificam este cuidado. Jesus nasce e imediatamente lhes merece toda a atenção. Sublinhe-se o facto de São José que sendo pai adotivo e não biológico logo assume a missão de acolher, amar, cuidar, proteger, dar nome a Jesus e amparar a Virgem Mãe. Os laços que nos unem radicam no amor e na proximidade, ultrapassando os laços sanguíneos.

 

       5 – Neste primeiro dia de 2016, colocamo-nos, com Maria, sob o olhar misericordioso de Deus, para que nos ilumine e nos dê a Sua bênção. "Senhor nosso Deus, que, pela virgindade fecunda de Maria Santíssima, destes aos homens a salvação eterna, fazei-nos sentir a intercessão daquela que nos trouxe o Autor da vida, Jesus Cristo, vosso filho".

       A bênção há de ser a oração que nos liga a Deus e aos outros, e nos compromete na construção da paz. Como diz Deus através de Abraão: "O Senhor te abençoe e te proteja. O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e te seja favorável. O Senhor volte para ti os seus olhos e te conceda a paz". Assim invocarão o meu nome sobre os filhos de Israel e Eu os abençoarei». E como salmodicamente respondemos à Palavra de Deus: «Deus Se compadeça de nós e nos dê a sua bênção, resplandeça sobre nós a luz do seu rosto. Na terra se conhecerão os seus caminhos e entre os povos a sua salvação. Alegrem-se e exultem as nações, porque julgais os povos com justiça e governais as nações sobre a terra». 

       São também os votos do Papa Francisco, na tradicional Mensagem para o Dia Mundial da Paz que hoje comemoramos: «Não perdemos a esperança de que o ano de 2016 nos veja a todos firme e confiadamente empenhados, nos diferentes níveis, a realizar a justiça e a trabalhar pela paz. Na verdade, esta é dom de Deus e trabalho dos homens; a paz é dom de Deus, mas confiado a todos os homens e a todas as mulheres, que são chamados a realizá-lo».

       O compromisso será vencer a indiferença, reconhecendo que os outros são nossos irmãos em Jesus Cristo e, desta forma, conquistar a paz que Ele nos traz.

 

Pe. Manuel Gonçalves

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Textos para a Eucaristia (ano C): Num 6, 22-27; Sl 66 (67); Gál 4, 4-7; Lc 2, 16-21.

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