Luz para se revelar às nações e glória de Israel, vosso povo
1 – Passaram 40 dias do Natal, celebração do nascimento de Jesus. Conforme a tradição religiosa dos judeus, o Menino é levado ao Templo para em Seu nome ser oferecido, mediante as possibilidades da família, um par de rolas ou duas pombinhas. O acontecimento sublinha a fé dos pais e a pertença ao Povo da Aliança.
Em pouco tempo, é a segunda vez que Jesus é levado ao Templo. Oito dias depois do nascimento para ser circuncidado e lhe porem o nome; 40 dias depois, apresentação, sacrifício e louvor, bênção e proteção de Deus. Passado este tempo, a Mãe da criança, no caso presente Maria, poderá de novo participar no culto.
Alguns anos depois veremos de novo Maria, José e Jesus no Templo de Jerusalém, a cidade santa, por volta dos 12 anos de idade. Nessa ocasião Jesus mostrará que já tem vontade própria e que a Sua vontade se conformará com a de Deus Pai.
2 – Porquanto, passaram 40 dias. Vejamos Maria e José. Estão radiantes. Deus foi generoso com eles. José, o homem dos sonhos novos acolheu o mistério que lhe foi revelado pelo Anjo. Está felicíssimo e com Maria apresenta o REBENTO. Cada criança deveria ser luz e salvação para a família. Também Aquele Menino é uma bênção do tamanho do mundo.
José vestiu a melhor roupa que tinha. Maria arranjou-se o melhor que pôde. É um dia de festa. A melhor roupa é sempre o coração disponível para amar e para se deixar transformar por Deus.
O coração vai em festa. Não cabem dentro de si. Dançam interiormente. Há muita vida pela frente. Não sabem com exatidão o que poderá reservar o futuro para o Seu Menino, mas se O souberem com Deus isso basta para enfrentar todo o perigo, toda a treva. Um dia será o próprio Jesus a confiar-Se a Deus: «Pai nas Tuas mãos entrego o Meu espírito» (Lc 23, 46). Maria estará por perto, recordando-se (talvez) das palavras de Simeão.
3 – Fixemos o nosso olhar e o nosso coração e a nossa vida em Jesus. Maria e José aproximam-se do Velho Simeão, homem justo e piedoso, e colocam-lhe Jesus nos braços.
Diz-nos o Evangelho que Simeão foi ao Templo movido pelo Espírito Santo, que lhe revelara que não morreria sem ver o Messias. Mais uma luz: deixarmo-nos guiar pelo Espírito Santo, o que nos permitirá reconhecer Jesus nos outros e recebê-l’O em nossos braços.
Simeão deixa que as palavras fluam: «Agora, Senhor, segundo a vossa palavra, deixareis ir em paz o vosso servo, porque os meus olhos viram a vossa salvação, que pusestes ao alcance de todos os povos: luz para se revelar às nações e glória de Israel, vosso povo».
Maria e José ficam admirados com o que d'Ele diz Simeão. Mas o santo sábio diz a também a Maria: «Este Menino foi estabelecido para que muitos caiam ou se levantem em Israel e para ser sinal de contradição; – e uma espada trespassará a tua alma – assim se revelarão os pensamentos de todos os corações».
Tal como o parto, também a salvação virá com dor e sofrimento e esforço e com muito amor. Só este, com efeito, possibilitará que as horas mais amargas sejam enfrentadas com esperança. O Menino será a Luz das Nações. Será um SINAL de contradição. A luz não condena, mas põe a descoberto as "imperfeições" ou as manchas da parede… Mas só vendo, podemos corrigir e caminhar…
Textos para a Eucaristia: Mal 3, 1-4 ; Sl 23 (24) Hebr 2, 14-18; Lc 2, 22-40.
Reflexão dominical COMPLETA na página da Paróquia de Tabuaço
e no nosso blogue CARITAS IN VERITATE.