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26.05.13

Tudo o que o Pai tem é meu...

mpgpadre

       1 – “Uma pessoa sozinha nem para comer serve". Esta expressão popular pode ajudar a refletir no mistério da Santíssima Trindade. Como referem alguns Padres da Igreja, Deus é Uno mas não Um. Se fosse um seria solidão; dois seria conflito; Três é comunhão.

       A solidão é muito mais que estar sozinho e pode acontecer até no meio de uma multidão… quando uma pessoa não se sente amada, nem reconhecida pelo seu talento, pelo seu trabalho, quando sente que o mundo é inimigo e quando  tudo corre mal…

       Seja como for, precisamos dos outros, de ver e viver com pessoas. O estar sozinho consigo mesmo é um estado de alma que não dispensa a companhia. Precisamos uns dos outros, para nos reconhecermos como pessoas, para sabermos quem somos. Precisamos de um olhar, uma palavra, um toque, para sabermos que estamos vivos.

        2 – Assumir que o nosso Deus é Trindade faz-nos conjugar a harmonia com a diversidade, com os dons dos outros. A Igreja nasce da Trindade, sustenta-se na Trindade e encaminha-Se para a Trindade santíssima. Não é uma vestimenta, é a própria alma da Igreja e dos cristãos, condição sine qua non, sem a Trindade não existe Igreja, não há cristãos. A Trindade enforma-nos, preenche-nos. É sempre à Trindade que rezamos, e a Quem entregamos a nossa vida…

       Reconhecer Deus como Trindade anula o princípio ditatorial do “eu quero, posso e mando”, que não tem cabimento no CREDO cristão. Acolher Deus como Pai, Filho e Espírito Santo implica que recebamos em nós o DIFERENTE, os outros, reconhecendo-os como irmãos, com qualidades; implica reconhecer e aceitar outras ideias, outras vivências. Ao mesmo tempo, como na Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito, Três Pessoas, uma só natureza, assim nós com os outros, diferentes mas da mesma natureza humana.

 

       3 – O jeito de Jesus viver configura, nas palavras, na oração, na postura, esta realidade de comunhão trinitária. Ele vai à margem, traz os desvalidos, os excluídos, para o centro, para a luz, para a vida, reconhecendo-os como irmãos, filhos amados de Deus, independentemente da condição social, política, familiar, doentes, pecadores, pessoas impuras, todos acorrem a Ele e a todos acolhe com carinho e delicadeza, crianças, mulheres… Por outro lado, Jesus deixa claro que a Sua prioridade é fazer a vontade do Pai, não age por Si mesmo, realiza a obra do Pai.

        No evangelho que hoje escutamos, Jesus faz eco da comunhão íntima com Pai, pelo Espírito Santo: «… Quando vier o Espírito da verdade, Ele vos guiará para a verdade plena; porque não falará de Si mesmo… Ele Me glorificará, porque receberá do que é meu e vo-lo anunciará. Tudo o que o Pai tem é meu».

        Jesus orienta a Sua vida pelo Pai, deixando-se moldar pelo Espírito Santo. Tem de ser também a nossa divisa: orientarmos a nossa vida a partir de Deus, para o Pai, no Filho pelo Espírito Santo.

        4 – Um problema de todos os tempos, mas também do nosso, é a (in)coerência de vida, passar das palavras à prática. Estamos a caminho. Deus caminha connosco e encontra-nos a caminhar. A Trindade também é isto, um Deus que não Se encerra em Si, num Céu estrelado e distante, mas que sai ao nosso encontro, encarna, faz-Se Homem, assumindo a temporalidade por nós.

        Jesus, a sabedoria do Pai (primeira leitura), vai para o Pai e  envia o Espírito Santo que O torna presente até ao fim dos tempos.

       Como nos recorda São Paulo, em nós já está em gestação o Reino de Deus: “Tendo sido justificados pela fé, estamos em paz com Deus, por Nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual temos acesso, na fé, a esta graça em que permanecemos e nos gloriamos, apoiados na esperança da glória de Deus. Mais ainda, gloriamo-nos nas nossas tribulações, porque sabemos que a tribulação produz a constância, a constância a virtude sólida, a virtude sólida a esperança. Ora a esperança não engana, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado”.

       Não há que enganar. Não estamos sós. O amor de Deus preenche-nos o coração e a vida. E o amor gera vida, partilha, comunhão.


Textos para a Eucaristia (ano C): Prov 8, 22-31; Rom 5, 1-5; Jo 16, 12-15.

 

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