26. Enquadre com sabedoria os problemas a enfrentar
Enquadre com sabedoria os problemas que tem de enfrentar.
Nem todas as questões têm a mesma importância.
Na nossa ralação com os outros, pais e filhos, professores e alunos, casais, colegas de profissão, na família ou na comunidade, surgem conflitos. É quase inevitável, porque somos diferentes, pensamos de maneira diferente. Não há mal nisso. É imperioso que as pessoas tenham as suas convicções e as defendam.
Em todo o caso, a dimensão/tamanho dos problemas que se geram pode ser equacionada. Às vezes o problema que temos pela frente tem mais a ver connosco ou com a pessoa que o gerou, do que com o problema em si mesmo.
Quando a mente está turbada pela irritação, não é nada fácil balizar os problemas e pesá-los para ver se valem a chatice ou não. Há que fazer um esforço, para que a nossa saúde mental melhore, e assim melhoremos a saúde dos outros.
Nem todos os problemas merecem que lhe dediquemos o mesmo tempo.
Os pais, os professores, cada pessoa, diante de um problema pode primeiro perguntar-se: vale a pena chatear-me por isto, é motivo suficiente, é razão que me anula e ofende, atenta ao meu carácter, ou desrespeita uma regra fundamental?
Quando estiver para iniciar uma discussão, pense se a razão que o/a leva a isso é mesmo importante... a não ser que seja para tornar claro desde o início as regras com que se quer jogar/viver.
Não gaste tempo inútil, com coisas inúteis. Discuta quando são coisas importantes, de forma clara, serena, tentando argumentar e não ofender.
Se não está certo das suas convicções, ou se não tem a certeza das motivações do outro, procure dialogar, escolhendo a tolerância, a compreensão, a caridade, e nunca a humilhação ou a imposição de valores.
Dos mais velhos para os mais novos: regras claras. Não alterar regras a meio do percurso, a não ser que não sejam justas. A haver castigos, que se mantenham. Dizer claramente o que se quer e quais as razões, quando a criança/adolescente têm idade para compreender....
Não discuta por tudo e por nada.
Tente ver toda a floresta, para lá da árvore, para lá do problema... vai logo deitar fogo à árvore que o/a incomoda, correndo o risco de destruir toda a floresta... ou vai deitar a água suja fora sem reparar que ainda lá se encontra o bebé... valerá a pena?!
Ou como alguém perguntou: ter razão ou escolher ser feliz?
Não é fácil darmos a dimensão aos nossos problemas, por vezes demasiado pequenos para lhes darmos tamanha importância, destruindo-nos e àqueles que estão à nossa volta...
Continuo a refletir nesta questão... no concreto nunca é fácil... mas seria mais saudável a nossa vida!