21. Procure valorizar sobretudo o que une
Procure valorizar sobretudo o que une, e não tanto o que divide.
Ao olharmos para a nossa humanidade, certamente que há muitos aspetos que dividem. Somos diferentes, com sensibilidades distintas e quando toca a defender-nos, mas se acentua as divisões e o que afasta.
Vivemos o Oitavário de Oração pela Unidade dos Cristãos (18 a 25 de janeiro).
"Que todos sejam UM, como Eu e Tu, ó Pai somos uma só coisa". Na Sua oração Sacerdotal, de intercessão pelos discípulos e pela humanidade, o desejo de Jesus é que todos se tornem "um só rebanho", os que já fazem parte, os que estão a caminho e os que virão, os que estão fora, os que estão longe.
A Unidade pedida por Jesus, cedo cedeu à divisão, ao conflito.
A Igreja, sentindo como Seu este desafio do Mestre, com outras confissões religiosas, instituiu 8 dias de oração pela Unidade dos Cristãos. O mesmo Batismo, a mesma Fé, o mesmo Mestre e Senhor, Jesus Cristo, e no entanto divididos por questões culturais, políticas, por identidades nacionais ou locais, por caprichos e por tantas outras razões.
Este tempo de oração não visa que se convertam a esta ou àquela confissão cristã, mas que todos caminhemos para Jesus Cristo. Uma Igreja dividida é um contratestemunho para o mundo. A unidade na Igreja será uma resposta à oração de Jesus Cristo, uma opção pela Sua identidade, Corpo de Cristo, ainda que muitos e diversos sejam os seus membros.
O que se diz para a Igreja diz-se para as famílias, para as comunidades, para as nações, para os grupos de países. Como da paz, também da unidade se refira que o início está na conversão do coração, na disponibilidade de cada pessoa, a partir do seu íntimo, em construir a paz, a unidade, a viver solidariamente.
Se fôssemos à raiz dos nossos genes humanos, veríamos que o que nos une é bem mais do que aquilo que nos separa. Debaixo da pele, somos da mesma carne, corre-nos sangue nas veias, o código genético aproxima-nos uns dos outros.
Para os cristãos isto deverá ser ainda mais motivador. O nosso código genético mostra-nos a mesma origem divina e o mesmo destino: a vida eterna.
No entretanto da nossa vida, ninguém que está vivo pediu para nascer, aproveitemos o tempo que nos deram gratuitamente, para construir, para na abertura solidária aos outros, procurarmos viver ao jeito de Jesus Cristo, como quem se predispõe a dar a vida constantemente, em palavras e gestos.