Natascha Kampusch: sentia o desejo da normalidade, esqueci o som da liberdade
"Eu sentia um enorme desejo de normalidade. Eu queria conhecer outras pessoas, sair daquela casa, ir às compras, ir nadar. Ver o sol quando me apetecesse. Falar com quem quisesse, sobre qualquer coisa. Havia dias em que essa vida em conjunto imaginada pelo criminoso, em que ele me iria permitir ter alguma liberdade, em que poderia sair de casa sob sua supervisão, me aprecia o mãximo que a vida me podia proporcionar. A liberdade, a verdadeira liberdade, eram para mim impossível de imaginar depois de todos aqueles anos. Eu tinha receio de sair daquela vida formatada. dentro daquele formato, eu aprendera a escala musical completa e todos os seus tons. Tinha-me esquecido do som da liberdade".
Natascha Kampusch, 3096 dias, Edições Asa: 2011