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Escolhas & Percursos

...espaço de discussão, de formação, de cultura, de curiosidades, de interacção. Poderemos estar mais próximos. Deus seja a nossa Esperança e a nossa Alegria...

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28.10.18

Vai: a tua fé te salvou

mpgpadre

1 – Há um homem à beira do caminho que não vê! Somos homens e mulheres que muitas vezes cerramos os olhos para não ver. Há um homem na estrada de Jericó que quer muito ver! Nas estradas do nosso tempo há um mar de gente à beira do caminho, à espera de uma mão, de um olhar, de alguém que passe e vá devagar! Naquela estrada e naquele tempo, há um homem a clamar, a chamar por Jesus que vai a passar. E ainda hoje, há tanta gente cansada de gritar, de procurar, de esperar; tanta gente sem vez nem voz, sem ver além do imediato, a tentar sobreviver.

Aquele homem tem nome, Bartimeu, filho de Timeu, e pede esmola a quem passa. Existem hoje muitas pessoas a pedir esmola, anónimos, que contam apenas para a estatística. Já não têm nome, são um número. Mas aquele homem tem nome, os homens e as mulheres que estão à beira do caminho, fora da estrada, excluídos da cidade, nas periferias da vida, também têm rosto, também têm nome. Têm de contar como pessoas, e não apenas para a percentagem.

É por Jesus que Bartimeu clama, gritando cada vez mais: «Filho de David, tem piedade de mim».

Há discípulos e há uma grande multidão. E há Jesus. E tu e eu! E Bartimeu! Ele chama por Jesus. Alguns incomodam-se com aquela voz, com aquela gritaria e repreendem-no, querem que se cale. Também hoje há quem silencie o pobre, o pedinte, o justo e se afaste para não ouvir, desviando o olhar para não ver. Eu, tu e Bartimeu, e Jesus!

Jesus pára, ouve e compromete-nos: chamai-o. A vista, a voz e o andar para que servem se não forem para ver os outros, para ouvir os seus clamores, para nos encaminharem ao seu encontro? Então ponhamo-nos em movimento e encaminhemos outros para Jesus: «Coragem! Levanta-te, que Ele está a chamar-te». E já sabemos como fazer: pela voz e pela vida, com palavras e com obras.

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2 – Aquele homem, Bartimeu, posso ser eu, podes ser tu! Umas vezes cegos, outras vezes com vontade de ver. Mais cegos são os que não querem ver e ativamente se recusam a olhar para os outros, a ouvir os seus apelos e a confrontar-se com as suas dificuldades. Senhor, "quando foi que te vimos com fome, ou com sede, ou peregrino, ou nu, ou doente, ou na prisão, e não te socorremos?" A resposta clarifica a nossa falta de visão: «sempre que deixastes de fazer isto a um destes pequeninos, foi a mim que o deixastes de fazer».

Bartimeu ouviu dizer que Jesus passava por ali e decide-se. Senhor, tem piedade de Mim. Está disposto a ver Jesus, quer ver Jesus, quer ver como Jesus. Esta vontade firme é meio caminho andado para Jesus. Com efeito, o cego, diz-nos o evangelista, atirou fora a capa e tudo o que lhe pesava do passado, deu um salto, libertando-se de qualquer amarra, antes que pudesse voltar atrás, e foi ter com Jesus. A resposta de Jesus é muito curiosa: «Vai: a tua fé te salvou». Poderíamos esperar que Jesus lhe dissesse: Vê. Mas Jesus diz-lhe "Vai". O caminho faz-se caminhando. Parados não vemos nada. Ensimesmados, o nosso olhar adoece e morre.

O encontro com Jesus devolve-nos a vista, dá-nos um olhar novo. Depois cabe-nos segui-l'O. Bartimeu recuperou a vista e seguiu Jesus pelo caminho. Além da cura física, importa a cura que nos devolve a humanidade e nos conduz a Jesus, nos envolve na fraternidade, tornando-nos ágeis para servir e amar, sem pausas nem reservas.

 

3 – Como cristãos, discípulos missionários de Jesus, temos a missão transportar a alegria da Boa Nova: Deus ama-nos como Pai e mais como Mãe, e, de tanto nos amar, nos deu o Seu Filho único, que faz da Sua vida uma constante de entrega, gastando-Se para nos redimir, para nos inserir na vida divina, para nos garantir, de uma vez para sempre, uma morada junto do Pai.

____________________________________________________________________________________________

Textos para a Eucaristia (ano B): Jer 31, 7-9; Sl 125 (126); Hebr 5, 1-6; Mc 10, 46-52.

 

REFLEXÃO DOMINICAL COMPLETA na página da Paróquia de Tabuaço

20.10.18

Quem entre vós quiser tornar-se grande, será vosso servo, e quem quiser entre vós ser o primeiro, será escravo de todos

mpgpadre

1 – «O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida pela redenção de todos».

O discipulado há de ter a mesma marca de Jesus. O cristão é de Cristo e terão de agir, imitando-O. Os discípulos estão a aprender, estão a caminho. Temos sempre que aprender, caminhamos como peregrinos, para nos tornarmos verdadeiramente discípulos missionários. Neste Dia Mundial das Missões, avivemos o compromisso de sermos, em todos os momentos e em toda a parte, missionários, apóstolos. Mas só o seremos coerentemente se estivermos perto de Jesus, contagiados pelo Seu amor, para O transbordarmos na alegria.

Tiago e João chegam-se à frente: «Concede-nos que, na tua glória, nos sentemos um à tua direita e outro à tua esquerda». A disputa de lugares e de poder vem ao de cima. Jesus, ainda assim, relembra-lhes que o caminho não é de "glória" (mundana), mas de provação, de perseguição e sofrimento, clarificando que o reino de Deus não consiste em lugares, mas em serviço.

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2 – A resposta a Tiago e João são clarividentes. Jesus assenta-lhes o estômago. Porém, os outros dez, ouvindo esta troca de palavras, indignam-se com Tiago e com o João, não tanto pelo atrevimento que tiveram, mas porque se anteciparam ao desejo de todos.

Uma e outra vez, e outra vez ainda, Jesus deixa claro qual é o caminho do discípulo: «Sabeis que os que são considerados como chefes das nações exercem domínio sobre elas e os grandes fazem sentir sobre elas o seu poder. Não deve ser assim entre vós: quem entre vós quiser tornar-se grande, será vosso servo, e quem quiser entre vós ser o primeiro, será escravo de todos».

Quem quiser ser o maior seja o servo de todos, pois também Ele veio para servir e dar a vida por todos. Não Se apresentou com requisitos de poder ou privilégio, não Se valeu da Sua igualdade com Deus, mas assumiu-Se como servo, tornando-Se obediente até à morte e à morte na Cruz. A Sua glória confunde-se com a Sua morte, gastando-Se até ao último fôlego, até à última gota de sangue.

 

3 – «Deus eterno e omnipotente, dai-nos a graça de consagrarmos sempre ao vosso serviço a dedicação da nossa vontade e a sinceridade do nosso coração». A oração com que iniciamos a Eucaristia deste domingo envolve-nos no serviço dedicado aos outros, na predisposição de procurarmos ser fiéis ao Evangelho da caridade, escutando a Palavra de Deus para a pormos em prática.

É compreensível e defensável que todos, eu e tu incluídos, queiram ser reconhecidos. É humano. O problema do nosso tempo é a invisibilidade. Há tanta gente que não conta, a não ser para a estatística, que vive à margem, esquecida, excluída e quando conta é como estorvo, como pedra no sapato! Promove-se a cultura do descarte, nas palavras do Papa Francisco, a globalização da indiferença.

Excluídas, as pessoas têm direito a lutar, a reclamar, a trabalhar para serem reconhecidas como pessoas, a tornarem-se visíveis e, quem sabe, serem promovidas das periferias para o centro. Os apóstolos situam-se, para já, neste patamar e nesta luta. A ideia é derrubar os que ocupam os lugares de poder e substituindo-os, assumindo os seus lugares. Troca por troca. Nada melhora!

Jesus faz outra opção, a do serviço. Os discípulos, para o serem de verdade terão que seguir na Sua peugada, na certeza que quanto mais se derem mais receberão e mais sentido terão as suas vidas.

____________________________________________________________________________________________

Textos para a Eucaristia (ano B): Is 53, 10-11; Sl 32 (33); Hebr 4, 14-16; Mc 10, 35-45.

 

REFLEXÃO DOMINICAL COMPLETA na página da Paróquia de Tabuaço

 

13.10.18

Vai vender o que tens, dá o dinheiro aos pobres e... depois, vem e segue-Me.

mpgpadre

1 – Um homem aproximou-se de Jesus, ajoelhou-se diante d'Ele e perguntou-Lhe: «Bom Mestre, que hei de fazer para alcançar a vida eterna?».

Há dias em que olhamos para a nossa vida e nem nos questionamos sobre nada. As coisas correm bem, sentimo-nos abençoados, distraídos, ocupados, sem preocupações de maior… O mundo é um lugar aprazível para viver e não há nuvens nem trevas nem tempestades que anulem a nossa confiança no mundo, nos outros e em Deus.

Quando as coisas correm mal, resignados, desabafamos: há dias de tudo, ninguém pode estar sempre feliz, poderia ser pior! Ou, desanimados, interrogamo-nos: porque é que tudo me acontece, será que Deus não me escuta? Porque é que a vida é madrasta?

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 2 – Aquele homem projeta a sua felicidade no futuro de Deus, mas percebe-se que o futuro e a felicidade passam pelas opções atuais. O que será amanhã começa hoje. Não há ruturas mas continuidade, desde a gestação no seio materno até à ressurreição em Deus, na vida eterna. Não podemos adiar a nossa vida para o futuro.

Em Cristo, Deus procura-nos e adapta-Se aos nossos anseios e inquietações, às nossas buscas e indecisões. Jesus sintoniza com aquele homem. Por um lado, bom só Deus. Cada um de nós está a caminho. Somos peregrinos da vida, em busca dos outros, de Deus, do que nos sabe bem e sobretudo daquilo que dê sentido à nossa existência, algo a que nos possamos agarrar!

Ninguém é feliz sozinho. Não é bom que o homem esteja só, vou dar-lhe uma auxiliar semelhante a ele. Para rir ou para chorar, para dialogar ou mesmo para discutir, precisamos uns dos outros. Os Mandamentos comprometem-nos com Deuse com o nosso semelhante. «Não mates; não cometas adultério; não roubes; não levantes falso testemunho; não cometas fraudes; honra pai e mãe».

O respeito pelos outros, a fidelidade aos compromissos e a honestidade ajudam-nos a viver numa sociedade mais justa e fraterna.

 

3 – Parafraseando Bento XVI, há tantos caminhos para se ser feliz quantas as pessoas. Este homem cumpria os mandamentos desde a juventude. Para muitos já chegaria, pois é um caminho equilibrado. Mas ser cumpridor não bastava. Precisava de se sentir mais útil, talvez de se sentir mais preenchido. Então Jesus lança-lhe outro repto: «Falta-te uma coisa: vai vender o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no Céu. Depois, vem e segue-Me».

Ouvindo tais palavras, o homem retirou-se pesaroso, de cabisbaixo, pois tinha muitos bens, era muito rico. Os bens que possuímos devem ajudar-nos a ser mais felizes, aproximando-nos dos outros.

 

4 – «Como será difícil para os que têm riquezas entrar no reino de Deus! Meus filhos, como é difícil entrar no reino de Deus! É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus». Quando vemos famílias desgraçadas por causa de heranças, por causa de um pedaço de terra ou por uma hora de água, então talvez percebamos que a paz é bem mais importante, e a saúde que daí advém. Não há nada que pague a paz que nos liga aos familiares e aos vizinhos!

A resposta de Jesus vai mais longe. A salvação não é uma conquista, não se pode comprar, não é para quem tem mais dinheiro ou mais poder, para quem é mais inteligente ou tem mais cunhas, é para todos, está acessível a todos do mesmo jeito. «Aos homens é impossível, mas não a Deus, porque a Deus tudo é possível». Com efeito, é dom de Deus oferecida a toda a humanidade. Jesus morrerá por todos, entregará a Sua vida para a todos nos redimir, salvando-nos. Depois caber-nos-á a nós, a mim e a ti, acolhermos a salvação que nos é dada, seguindo-O, acolhendo-O e testemunhando-O.

____________________________________________________________________________________________

Textos para a Eucaristia (ano B): Sab 7, 7-11; Sl 89 (90); Hebr 4, 12-13; Mc 10, 17-30.

 

REFLEXÃO DOMINICAL COMPLETA na página da Paróquia de Tabuaço

05.10.18

Boletim Paroquial Voz Jovem - abril a junho de 2018

mpgpadre

Vivemos um tempo em que tudo passa rapidamente. Os meios de comunicação e as redes sociais ajudam-nos a recordar, mas também a passar de uma a outra notícia, de um a outro acontecimento, muito rapidamente. Numa comunidade, numa paróquia ou numa diocese, as redes sociais ajudam a aproximar as pessoas e a estarem informadas do que vai acontecer e do que já se viveu. Um jornal ou um boletim fixam no tempo alguns dos momentos importantes da comunidade, cristalizam a história ou pelo menos uma parte e uma visão da mesma. Este é o propósito do Boletim Paroquial Voz Jovem, no seu número 175, abril-junho de 2018, que chega um pouco atrasado, mas que mantém a lógica de nos recordar algumas datas e celebrações importantes, ao iniciarmos um novo ano pastoral e, por outro lado, fixa para a posterioridade as vivências comunitárias.

O destaque vai para as festas da catequese.

VOZJOVEM_abril_junho_2018.jpg

O Boletim poderá ser lido a partir da página da Paróquia de Tabuaço, ou fazendo o download:

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