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Escolhas & Percursos

...espaço de discussão, de formação, de cultura, de curiosidades, de interacção. Poderemos estar mais próximos. Deus seja a nossa Esperança e a nossa Alegria...

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27.06.15

«Menina, Eu te ordeno: Levanta-te»

mpgpadre

1 – O mistério do sofrimento humano esbate com a bondade e a omnipotência de Deus.

A religião garante-nos que Deus é sumamente bom e Todo-poderoso. A Bíblia procura conjugar o sofrimento com a omnipotência divina e com a compaixão de Deus. Mas não há respostas fáceis. Aqueles a quem a vida corre bem, na abundância dos filhos, dos bens e dos anos, são abençoados por Deus, porque são justos e praticam o bem. Os maus são castigados por Deus e sofrem na pele a consequência do seu mau proceder. Um exemplo sugestivo é a figura de Job, que coloca o seu sofrimento diante de Deus e da Sua justiça. Sempre foi justo e foi castigado por Deus. Onde está a justiça de Deus? No final, Deus mostra que está acima e além da nossa compreensão.

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2 – O evangelho é revelador da condição humana. O sofrimento está aí com evidência. A doença crónica que faz desesperar aquela mulher e a morte de uma filha. Jesus depara-Se com muitas situações de pobreza, exclusão e sofrimento. Humanamente não é possível eliminar todo o mal. Divinamente não é possível anular todas as limitações sem hipotecar a liberdade humana.

Jesus não gasta tempo a explicar o sofrimento, ou a culpar alguém. Compadece-Se e faz por minorar e vencer as adversidades.

Há uma multidão que O procura. A multidão pode ajudar-nos a encontrá-l’O, mas pode também impedir-nos de chegar perto d'Ele. Um dos chefes da Sinagoga, Jairo, suplica a Jesus: «A minha filha está a morrer. Vem impor-lhe as mãos, para que se salve e viva». Jesus larga o que está a fazer e segue Jairo até sua casa.

No meio da multidão, uma mulher, cuja doença a afasta da convivência social, aproxima-se sorrateiramente de Jesus, toca-lhe na fímbria do manto e fica curada. Revejamos os passos. Não se trata de magia. É a força de Jesus que a liberta e a cura. Apertado por todos os lados, Jesus percebe que alguém, com nome e com rosto, O tocou. Para e diz a esta mulher que não precisa de ter medo ou vergonha: «Minha filha, a tua fé te salvou».

Contraponto à sensibilidade e atenção de Jesus, a insensibilidade e a distância dos discípulos: «Vês a multidão que Te aperta e perguntas: ‘Quem Me tocou?’».

Mc5,21-43.jpg

3 – Entretanto, da casa de Jairo vêm dizer-lhe que já não adianta importunar Jesus, pois a menina morreu. Não há nada a fazer. Pelo menos para nós. "Basta que tenhas fé", diz-lhe Jesus. Tinha dito àquela mulher que ousou aproximar-se e tocar-lhe no manto: "A tua fé te salvou". Para que haja cura, ressurreição e vida é necessário o nosso assentimento. Deus não age sem nós. Conta connosco e respeita-nos.

Ao chegar a casa de Jairo, Jesus encontra grande alvoroço, com pessoas a chorar e a gritar. Garante aos presentes que a menina está apenas a dormir. A fé é um dom mas também um caminho, não se impõe. Jesus tinha uma oportunidade de ouro para dar espetáculo, mas usa de descrição. O mais importante é o bem da menina. Jesus “entrou no local onde jazia a menina, pegou-lhe na mão e disse: «Talita Kum», que significa: «Menina, Eu te ordeno: Levanta-te». Ela ergueu-se imediatamente e começou a andar, pois já tinha doze anos. Ficaram todos muito maravilhados. Jesus recomendou-lhes que ninguém soubesse do caso e mandou dar de comer à menina”.

Novamente Jesus pede para que não se faça publicidade, há que fixar-nos no essencial, a escuta da Palavra de Deus, a conversão, a prática do bem, o serviço aos irmãos.

 

4 – A primeira leitura prepara-nos para acolher o Evangelho. Deus é um Deus de vida que quer o nosso bem: «Não foi Deus quem fez a morte, nem Ele Se alegra com a perdição dos vivos. Pela criação deu o ser a todas as coisas, e o que nasce no mundo destina-se ao bem. Em nada existe o veneno que mata, nem o poder da morte reina sobre a terra, porque a justiça é imortal. Deus criou o homem para ser incorruptível e fê-lo à imagem da sua própria natureza».

Ele criou-nos para a vida e para a felicidade.

______________________

Textos para a Eucaristia (B): Sab 1, 13-15: 2, 23-24; Sl 29 (30); 2 Cor 8, 7. 9. 13-15; Mc 5, 21-43.

 

Reflexão COMPLETA na página da Paróquia de Tabuaço

e no nosso blogue CARITAS IN VERITATE.

25.06.15

Encerramento da Catequese | Celebração do Crisma

mpgpadre

A Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, Tabuaço, tem agendado para o próximo dia 4 de julho, pelas 17h00, a celebração do Sacramento da Confirmação / Crisma, integrando os jovens que frequentaram o 10.º ano de catequese neste ano pastoral e no ano anterior, bem como 4 adultos que ao longo do ano se foram preparando através da Escola da Fé.

A presença do Sr. Bispo, D. António Couto, é uma oportunidade para a festa, para a vivência da fé, para o compromisso comunitário da paróquia inserida na Diocese de Lamego. Como Sucessor dos Apóstolos, o Bispo vem confirmar e renovar a fé, avivando a ligação de cada um e de todos ao Evangelho de Jesus Cristo.

No dias anteriores um Tríduo de pregação, com o Pe. Jorge Giroto, para que a comunidade também se prepare para acolher bem D. António Couto e nele acolher com alegria a Palavra de Deus, preparando também para testemunhar a celebração do Crisma de alguns membros da comunidade.

No mesmo dia, o ENCERRAMENTO DA CATEQUESE. O itinerário catequético conclui-se com 10 anos, com o sacramento da maturidade cristã, o Crisma; simbolicamente também o encerramento do ano catequético.

Depois da Eucaristia, um lanche-convívio para crismandos e familiares, para catequisandos e para os membros da comunidade paroquial.

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20.06.15

Porque estais tão assustados? Ainda não tendes fé?

mpgpadre

1 – «Porque estais tão assustados? Ainda não tendes fé?».

Tantas curas e conversões, expulsão de demónios, vem a primeira tempestade e logo pensamos que Ele não se ocupa connosco.

É Jesus quem vai ao leme: «Passemos à outra margem do lago». Passemos à outra margem. Não fiquemos na segurança da terra firme, no nosso cantinho. Vamos ao encontro dos outros. As coisas podem até não correr como expectável, mas Ele segue connosco. A Igreja é chamada, permanentemente, com os seus membros, a passar a outras margens, ir a outros lugares, levar o Evangelho às periferias existenciais, como insistentemente tem sublinhado o Papa Francisco: «Prefiro mil vezes uma Igreja acidentada, caída num acidente, que uma Igreja doente por fechamento! Ide para fora, saí!».

Tranquilo, Jesus adormece na barca. Levanta-se grande tormenta. O mar está encapelado. O tamanho das ondas enche o barco de água. Os discípulos deixam-se vencer pelo medo de perecer e acordam Jesus: «Mestre, não Te importas que pereçamos?». Jesus acalma o mar e a tempestade: «Cala-te e está quieto».

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2 – «Porque estais tão assustados? Ainda não tendes fé?». Se Jesus cala a tempestade, é possível que seja mais do que aparenta ser! «Quem é este homem, que até o vento e o mar Lhe obedecem?».

Por mais esclarecida que seja a fé, engloba sempre a dúvida. Não é "pão, pão, queijo, queijo". Não é branco ou preto. Muitos santos passaram pela chamada "noite da fé", em que interrogaram Deus, como os discípulos: "Senhor, não Te importas que pereçamos?".

 

3 – «Porque estais tão assustados? Ainda não tendes fé?».

O beato Paulo VI, em 21 de junho de 1972, nono aniversário da Sua eleição, diante de situações menos fáceis na Igreja e no mundo, apelava à confiança em Deus, reconhecendo que "não é a nossa mão débil e desajeitada quem está no timão da barca de Pedro, mas sim a mão invisível, mas forte e amorosa do Senhor Jesus".

Bento XVI utiliza a mesma imagem da barca, entregando o Seu pontificado e toda a Igreja nas mãos de Deus. "Nestes oito anos, vivemos com fé momentos belíssimos de luz radiante no caminho da Igreja, junto a momentos nos quais algumas nuvens pairavam no céu" (Bento XVI, 28 de fevereiro de 2013).

Na última Audiência Geral, a 27 de fevereiro de 2013, Bento XVI comunica-nos a fé e a confiança em Deus, apesar de tudo:

"Oito anos depois, posso dizer que o Senhor me guiou verdadeiramente, permaneceu junto de mim, pude diariamente notar a Sua presença. Foi um pedaço de caminho da Igreja que teve momentos de alegria e luz, mas também momentos não fáceis; senti-me como São Pedro com os Apóstolos na barca no lago da Galileia: o Senhor deu-nos muitos dias de sol e brisa suave, dias em que a pesca foi abundante; mas houve também momentos em que as águas estavam agitadas e o vento contrário – como, aliás, em toda a história da Igreja – e o Senhor parecia dormir. Contudo sempre soube que, naquela barca, está o Senhor; e sempre soube que a barca da Igreja não é minha, não é nossa, mas é d’Ele. E o Senhor não a deixa afundar; é Ele que a conduz, certamente também por meio dos homens que escolheu, porque assim quis. Esta foi e é uma certeza que nada pode ofuscar. E é por isso que, hoje, o meu coração transborda de gratidão a Deus, porque nunca deixou faltar a toda a Igreja e também a mim a sua consolação, a sua luz, o seu amor..."

E prosseguia: "Deus guia a sua Igreja; sempre a sustenta mesmo e sobretudo nos momentos difíceis. Nunca percamos esta visão de fé… No nosso coração, no coração de cada um de vós, habite sempre a jubilosa certeza de que o Senhor está ao nosso lado, não nos abandona, está perto de nós e nos envolve com o seu amor. Obrigado!"

________________________

Textos para a Eucaristia (B): Job 38, 1. 8-11; Sl 106 (107); 2 Cor 5, 14-17; Mc 4, 35-41.

13.06.15

O reino de Deus é como a semente lançada à terra

mpgpadre

1 – A vida sempre nos escapa no seu admirável mistério.

Não é possível controlar todos os movimentos da vida. Podemos levar uma vida certinha, alimentar-nos de forma saudável, praticarmos desporto, tentarmos que os sentimentos não nos traiam nem nos levem por caminhos que previamente não escolhemos e, de repente, uma situação inesperada altera a nossa vida, uma doença, a morte de um familiar, mudança no trabalho, uma palavra ou um gesto que nos magoou! No lado oposto, deixarmo-nos levar como as folhas de outono pelo vento e, então, qualquer brisa nos despedaçará.

O equilíbrio é um caminho possível para absorver a beleza e a alegria da vida.

A vida, em definitivo, não se escreve a preto e branco. Saber para onde caminhamos, saber o chão que pisamos e o que nos faz viver, poderá ser importante para acolhermos as surpresas da vida! Importa que sejamos suficientemente maleáveis para lidar com situações adversas, convictos que nunca estamos preparados para tudo.

Não nos deixemos paralisar com o medo do futuro, com aquilo que virá, de bom ou de mau. Vivamos hoje com toda a garra que nos é possível. Se esperamos pelas possibilidades de amanhã poderemos nunca viver as realidades de hoje .

Para os cristãos há uma segurança definitiva: Deus.

A confiança pressupõe uma dose de abandono, exigindo, por vezes, fazer como a criança quando se lança para os braços do pai ou da mãe, confiando que vai ficar seguro…

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2 – As parábolas de Jesus mostram uma profunda certeza: Deus cria e recria o mundo constantemente, mesmo quando tudo parece silencioso, inócuo, sem movimento.

«O reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra. Dorme e levanta-se, noite e dia, enquanto a semente germina e cresce, sem ele saber como…

É como um grão de mostarda, que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes que há sobre a terra; mas, depois de semeado, começa a crescer e torna-se a maior de todas as plantas da horta…»

O reino de Deus não é fruto do ocaso. Na primeira parábola, a semente lançada à terra, noite e dia vai produzindo o seu efeito sem intervenção humana, desponta, desabrocha da terra, cresce, produz a espiga e depois o trigo maduro. Assim o mundo se mantém apesar de tudo, da noite e do dia, das violências e das guerras. Deus tudo sustenta. Ele dá-nos a semente (a Palavra de Deus), o campo (o mundo, as pessoas) e o fruto (todo o bem que se possa realizar)! Mas conta connosco. Para preparar a terra, lançar a semente, vigiar para que os pássaros ou outros animais não destruam a sementeira, arrancar algumas ervas daninhas quando ainda é possível sem arrancar também o trigo (cf. Mt 13, 24-30) sobretudo o trabalho da ceifa e da colheita. Deus conta comigo e contigo, conta connosco, para construir com mais amor a família de Deus.

A segunda parábola explicita a esperança. O que é pequeno ao nosso olhar, em Deus tornar-se-á abundante, imenso, maior.

 

3 – A vida sem Deus é nada, o nada com Deus é tudo. Em alternativa, o vazio, o acaso, as coincidências e os destinos, o mundo que nos controla, nos sujeita e nos absorve, aniquilando a nossa memória, a nossa vida por inteiro. Caímos à terra e nada mais. Tornamo-nos pó. Pó somente. E por mais romântico que possa parecer, apelando para a nossa humildade ou indigência, ninguém quer ser apenas pó, desaparecendo para sempre, até da memória dos entes queridos, pois também os que perdurarem hão perecer e com eles desaparecerá qualquer vestígio da nossa existência... fiquem árvores ou filhos ou livros, mas nós não ficaremos. Nada de nós sobrevirá à nossa morte!

Só Deus garante que não seremos apenas pó, ainda que do pó nos tenha chamado à vida, com o Seu Espírito. Voltaremos à terra, mas em Deus não ficaremos enterrados, esquecidos, abandonados aos bichinhos. Como a Jesus, Deus ressuscitar-nos-á, fará surgir um rebento novo, nova vida.

_______________________

Textos para a Eucaristia (B): Ez 17, 22-24; Sl 91 (92); 2 Cor 5, 6-10; Mc 4, 26-34.

 

Reflexão Domincial COMPLETA na página da Paróquia de Tabuaço

e no nosso blogue CARITAS IN VERITATE.

11.06.15

Grupo de Jovens de Tabuaço no XII Festival Diocesano Jovem

mpgpadre

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O Grupo de Jovens de Tabuaço (GJT), desde há 4 anos, em quatro edições consecutivas, participa no Festival Diocesano da Canção de Mensagem, promovido e coordenado pelo SDPJ de Lamego, com o fito de...

  • Incentivar a criação poético-musical, partindo dos valores cidadania e humano-cristãos;
  • Promover a canção religiosa como valor na evangelização e no quotidiano dos jovens;
  • Possibilitar o encontro e o convívio são e construtivo entre os jovens da Diocese de Lamego.

Como ao longo dos anos, antes do Festival a reunião para validar a participação, verificando se haveria condições e circunstâncias que permitissem levar uma nova canção. No caminho alguns contratempos quanto a disponibilidades mormente quanto a instrumentivas. Foram escolhidas as vozes - Márcia Alexandra, Cláudia Canelas, Mara Longa, Letícia Cardoso - sabendo-se da qualidade de outros elementos, lembrando que no coral da última Jornada da Juventude, em Cabaços, 13 elementos do Grupo colaboraram para que os cânticos da Eucaristia fossem uma ajuda preciosa à celebração. Ficaram reservados três lugares para os instrumentistas. Por outros compromissos assumidos, no final a disponibilidade do Grupo de Jovens de Tarouca, Arautos da Alegria, que viriam a ganhar o prémio para o melhor instrumental, e que nos permitiram mais uma presença no Festival Jovem, que se realizou no Teatro Ribeiro Conceição, em Lamego, no sábado, dia 6 de junho.

11403451_840890982656586_763334378182682954_n.jpgPara aplaudir os participantes, especialmente o GJT, que de forma dedicada, humilde e generosa, nos deixaram agradecidos pela belíssima performance, que viria a ser premiada com o 2.º Lugar, logo depois do Grupo de Jovens da Sé. 8 grupos participaram, respondendo de forma brilhante e competente aos desafios do SDPJ de Lamego.

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Durante todo o dia, os diversos jovens participantes estiveram envolvidos em atividades lúdicas, formativas, desenvolvendo o tema do Festival e do Ano Pastoral Juvenil "Felizes os puros de coração...", cujo trabalhos permitiu construir um cubo com os pecados, para em conjunto, desafiando o que mata pudessem, todos, construir Jesus Cristo.

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 Além das imagens, vídeo com a interpretação dos nossos jovens.

08.06.15

Tabuaço: Boletim Paroquial Voz Jovem: abril-junho 2015

mpgpadre

A edição do Boletim Voz Jovem, de abril a junho centra-se sobretudo na vivência da Semana Santa 2015. Nesta nossa opção, a cores, impresso em papel de qualidade, fotos de diversas celebrações e momentos. Destaque também para o Fátima Jovem 2015, para a XXX Jornada Diocesana da Juventude, com a participação significativa do GJT, no dia, mas também ao longo de várias semanas nos ensaios de cânticos. A última página dá destaque, na notícia e nas imagens à Profissão de Fé, com mais algumas Fotos da Páscoa.

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O Boletim poderá ser lido a partir da página da Paróquia de Tabuaço, ou fazendo o download:

06.06.15

Tomai: isto é o Meu Corpo... Tomai: isto é o Meu Sangue

mpgpadre

1 –  A celebração do Corpo de Deus vem da Idade Média e da necessidade da Igreja Católica reafirmar a presença de Jesus Cristo na hóstia e no vinho consagrados. Jesus coloca-Se por inteiro, pelo Espírito Santo, no pão e no vinho. Uma presença não visível mas real, como é real mas não visível o amor, o que nos liga uns aos outros.

Primeiramente, a elevação da hóstia consagrada, para que todos contemplassem o mistério que ali se realizava. Por outro lado, se Jesus está no pão consagrado, Ele permanece Eucaristia depois da celebração da mesma e não apenas durante a liturgia. O pão eucarístico pode levar-se aos doentes, aos presos, pois permanece Corpo de Cristo. É significativa a sensibilidade do povo na delicadeza com que se aproxima do sacrário e zela para que a lamparina não se apague, indicando que ali se encontra a verdadeira LUZ e a VIDA verdadeira, Aquele que deu a vida por mim e por ti, e vela por todos.

Todos precisamos de saber e de sentir que alguém olha por nós. Precisamos de ouvir, de ver, de abraçar, de tocar. Um dia, o Santo Cura d'Ars, interrogou um camponês, que todos os dias entrava na Igreja e não mexia os lábios, sobre o que dizia a Deus. A resposta é sintomática: não digo nada, Ele olha para mim e eu olho para Ele.

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2 – Em Cristo, Deus faz-Se como nos fez, verdadeiro HOMEM, visível num CORPO como o nosso. Nasce de uma Mulher, a quem Se liga pelo cordão umbilical, como qualquer um de nós. Liga-Se primeiramente pelo corpo, dentro de outro corpo, alimentando-Se desse corpo materno e sendo protegido enquanto Se prepara para vir ao mundo.

Não quiseste sacrifícios, formaste-Me um Corpo. Eu venho ó Deus para fazer a Tua vontade (cf. Heb 10, 5-10).

Esta intuição está presente no Antigo Testamento, num desafio crescente para que os sacrifícios sejam substituídos pela conversão, pela justiça, pela prática do bem. «Oferecer-Vos-ei um sacrifício de louvor, invocando, Senhor, o vosso nome. Cumprirei as minhas promessas ao Senhor, na presença de todo o povo» (Salmo).

Na primeira leitura, vemos como Moisés, depois de pôr por escrito as palavras do Senhor, ordena a oferenda de holocaustos e sacrifícios, imolando novilhos. Diz-nos o autor sagrado que Moisés derramou o sangue dos novilhos sobre o altar, depois leu, em voz alta, o Livro da Lei ao povo e sobre este aspergiu a outra metade do sangue recolhido, dizendo: «Este é o sangue da aliança que o Senhor firmou convosco, mediante todas estas palavras».

O rito não é mágico, operando o que quer que seja, mas promove a vivência dos mandamentos da Lei: «Faremos quanto o Senhor disse e em tudo obedeceremos».

Jesus leva à plenitude o sacrifício e a própria Lei.

 

3 – Jesus e os seus discípulos, como judeus, seguem as tradições de seus pais. Dois dos discípulos vão adiante e preparam o necessário para comer a Páscoa. Longe de imaginarem que seria uma Páscoa diferente, provisória e antecipadora da verdadeira Páscoa, a morte e a Ressurreição de Jesus. O sangue de Jesus selará uma nova Aliança.

“Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, recitou a bênção e partiu-o, deu-o aos discípulos e disse: «Tomai: isto é o meu Corpo». Depois tomou um cálice, deu graças e entregou-lho. E todos beberam dele. Disse Jesus: «Este é o meu Sangue, o Sangue da nova aliança, derramado pela multidão dos homens. Em verdade vos digo: Não voltarei a beber do fruto da videira, até ao dia em que beberei do vinho novo no reino de Deus». Cantaram os salmos e saíram para o monte das Oliveiras”.

Jesus prepara a ausência do Seu corpo com a promessa e a certeza da Sua presença no pão e no vinho, sempre que em Seu nome nos reunirmos, invocando de Deus Pai o Espírito Santo. Ele estará sempre connosco até ao fim dos tempos.

O culto provisório de Moisés, passa a pleno e definitivo em Jesus, o sumo-sacerdote por excelência, que “não derramou sangue de cabritos e novilhos, mas o seu próprio Sangue, e alcançou-nos uma redenção eterna”.

____________________

Textos para a Eucaristia (B): Ex 24, 3-8; Sl 115; Hebr 9, 11-15; Mc 14, 12-16.22-26.

 

REFLEXÃO DOMINICAL COMPLETA na página da Paróquia de Tabuaço

e no nosso blogue CARITAS IN VERITATE.

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