Sei quem Tu és: o Santo de Deus
1 – Decalcando as pegadas de Jesus, hoje encontramo-nos com a Sua autoridade, exercida pela coerência de vida, pela compaixão, por gestos de amor e de perdão, pelo acolhimento e proximidade, pela cura e reabilitação daqueles e de todos os que andam perdidos e desanimados.
Onde chega Jesus, desaparece o mal, a treva e a morte.
São Marcos leva-nos a Cafarnaum. No sábado seguinte, Jesus entra na sinagoga e começa a ensinar. A missão primeira de Jesus é o anúncio do Evangelho a todos os povos. A pregação suscita admiração. E qual é a razão? Bom, precisamente porque em Jesus as palavras estão preenchidas de vida e de esperança. Ele ensina com autoridade e não como os escribas. Ao longo do Evangelho perceberemos melhor o que significa este contraponto: os escribas exigem aos outros, mas não cumprem, ou exigem o cumprimento estrito da Lei mas sem acolher a pessoa; as palavras de Jesus condizem com o Seu jeito de agir, concretizando na delicadeza e atenção aos mais frágeis, aos excluídos, aos doentes, aos pecadores.
E até os espíritos impuros se sentem ameaçados.
Encontrava-se na sinagoga um homem com um espírito impuro, que começou a gritar: «Que tens Tu a ver connosco, Jesus Nazareno? Vieste para nos perder? Sei quem Tu és: o Santo de Deus». Jesus repreendeu-o, dizendo: «Cala-te e sai desse homem». O espírito impuro, agitando-o violentamente, soltou um forte grito e saiu dele. Ficaram todos tão admirados, que perguntavam uns aos outros: «Que vem a ser isto? Uma nova doutrina, com tal autoridade, que até manda nos espíritos impuros e eles obedecem-Lhe!».
Jesus exorciza todo o mal que nos habita. A Sua presença há de envolver-nos, converter-nos, introduzir-nos na Sua comunhão e na Sua comunidade. Jesus atua para integrar, para devolver a dignidade, para promover a vida.
2 – Com Jesus, chega um tempo novo, um riacho de água fresca, uma aragem suave e acolhedora, um vendaval de graça e de luz, que nos desenraíza e transforma. Ele é o profeta que está no meio de nós, é o Deus connosco. É a Ele que devemos escutar.
A fé implica a escuta. A escuta leva-nos à identificação com Aquele que escutamos. A identificação converte-nos e compromete-nos. Acolhemo-l'O para que a nossa vida O transpareça, em todas as dimensões e circunstâncias.
Cabe-nos alterar o rumo da história, procurando que as palavras de Jesus não caim em saco roto nem passem sem produzir fruto abundante na nossa vida.
Textos para a Eucaristia (ano B): Deut 18, 15-20; Sl 94 (95); 1 Cor 7, 32-35; Mc 1, 21-28.
Reflexão COMPLETA na página da Paróquia de Tabuaço
e no nosso blogue CARITAS IN VERITATE