SOLENIDADE DE TODOS OS SANTOS - reflexão
1 – Sede santos porque Eu, o Senhor Vosso Deus, sou Santo.
O desafio da santidade é um compromisso de felicidade, de aperfeiçoamento, de vida no bem, na verdade e do amor. Não é o privilégio de alguns iluminados ou puros, é o caminho que todos podemos e devemos percorrer. Não é uma conquista ou uma usurpação, é dádiva de Deus que em Jesus Cristo nos redime e nos salva, nos introduz na Sua comunhão de vida nova. Pelo batismo, com efeito, tornamo-nos santos, isto é, filhos amados de Deus. Ao longo do tempo, vivemos neste itinerário de santidade, por vezes decididos, outras vezes aos tropeções.
Os discípulos de Jesus começaram a ser chamados de cristãos, pela primeira vez, em Antioquia; até então era chamados de santos, de eleitos. A santidade é própria daqueles que foram ungidos para Deus, e que na água e no Espírito Santo se tornaram membros do Corpo de Cristo, que é a Igreja.
2 – Ao longo da nossa vida encontramos pessoas que refletem a luz de Deus, transparecem em serenidade, em bondade, em serviço, o que divisamos como santidade, perfeição, ação compassiva. Olhando para o bom Papa João XXIII, para Madre Teresa de Calcutá, para o Padre Américo, para são Francisco de Assis, para o Santo Cura d'Ars, para o Santo Padre Cruz, para Santa Teresa do Menino Jesus, e para tantas pessoas que passam por nós e que visualizam a santidade de Deus, não temos muitas dúvidas: há pessoas santas, pessoas boas, humildes, generosas, felizes e que fazem felizes os que estão à sua volta.
A santidade não passa de moda. É atual. Balança-nos para o futuro, para a eternidade. Compromete-nos com o mundo de hoje, aqui e agora. Não é para os outros, é para nós. A referência é Deus, ainda que os Seus santos nos façam sentir mais próximos, e nos permitam saber o quanto Deus é acessível para nós. A santidade está ao nosso alcance. O amor de Deus é-nos oferecido por inteiro em Jesus Cristo. Ser santo é participar da vida de Deus. Seguir Jesus.
3 – Durante o corrente ano, três figuras do Papado foram reconhecidas como Santos, João Paulo II e João XXIII, e como Beato, Paulo VI. Personalidades distintas, serviram a Igreja, anunciaram o Evangelho, levaram Jesus Cristo ao mundo.
Nem todos os santos adquirem a visibilidade que lhes permita serem propostos pela Igreja a todo o mundo. Neste dia de Todos os Santos evocamos sobretudo o inumerável número de santos que souberam lavar as suas vestes no sangue do Cordeiro e oferecer as suas vidas a favor dos seus irmãos: «Vi uma multidão imensa, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas. Estavam de pé, diante do trono e na presença do Cordeiro, vestidos com túnicas brancas e de almas na mão».
Cento e quarenta e quatro mil, isto é, multidões de pessoas, um número incontável de filhos que se deixaram tocar pela presença de Deus nas suas vidas. Na adversidade e na bonança, não desistiram de buscar o bem, para si e sobretudo para os outros, procurando revestir de Cristo o mundo inteiro.
Imitando Jesus, fizeram-se próximos, na humildade e no amor, dos mais distantes, dos mais frágeis, perfumaram os caminhos por onde passaram com a alegria de testemunharem o amor de Deus.
4 – Paulo dirá um dia com toda a clareza: já não sou eu que vivo é Cristo que vive em mim. Para mim viver é Cristo. Seguindo Cristo, deveremos refulgir em nós a eternidade de Deus que nos vai preenchendo com o Seu amor infinito.
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Textos para a Eucaristia: Ap 7, 2-4.9-14; Sl 23 (24); 1 Jo 3, 1-3; Mt 5, 1-12a.
Reflexão COMPLETA na página da Paróquia de Tabuaço
e no nosso blogue CARITAS IN VERITATE