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Escolhas & Percursos

...espaço de discussão, de formação, de cultura, de curiosidades, de interacção. Poderemos estar mais próximos. Deus seja a nossa Esperança e a nossa Alegria...

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31.12.13

Encontraram Maria, José e o Menino deitado na manjedoura

mpgpadre

       1 – Iniciamos o novo Ano com o belíssimo quadro do presépio de Belém, ainda Natal, Maria e José diante do Menino que colocam à adoração do mundo. Os pobres são os primeiros, ou os únicos, a reconhecer Jesus como Filho de Deus, como Luz, o Enviado das alturas. Aquele Menino é uma joia que move corações, que enche toda a casa, como cada criança poderia e deveria encher as nossas casas, as nossas famílias. Desafio permanente, de ontem e de hoje: acolher Aquele que nasce como bênção para nós e para o mundo. Ainda havemos de ver alguns que passam à frente, ou indiferentes, ou se deixam ficar em seus lugares, como Herodes no Palácio, ou os Escribas no Templo, e com eles outros aduladores do poder, da segurança e do prestígio, esquecendo o essencial: o amor sincero e puro, simples e transparente.

       Há os que ouvem e se deixam ficar. Há os que nem sequer ouvem. Lá longe, os Magos, descobrem uma estrela nova. Ocupados com o saber, atentos ao que se passa no mundo, põem-se a caminho em busca de um Menino. Antes, os pastores. Pouco têm e são tidos em pouca conta. Emprestam à Sagrada Escritura uma das mais belas imagens para falar de um Deus próximo, como Bom Pastor, que caminha com as suas ovelhas, dá a vida por elas, conhece-as pelo nome. Os pastores ouvem o Anjo. Não pensam duas vezes. Não fazem cálculos. Partem para Belém. Apressadamente. Como Maria quando sabe que a Sua prima Isabel está grávida. Como José, que ainda de noite pega em Maria e no Menino e vai para o Egipto.

       A Boa Nova para hoje: “Encontraram Maria, José e o Menino deitado na manjedoura. Quando O viram, começaram a contar o que lhes tinham anunciado sobre aquele Menino. E todos os que ouviam admiravam-se do que os pastores diziam. Maria conservava todos estes acontecimentos, meditando-os em seu coração. Os pastores regressaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes tinha sido anunciado”.

       2 – Fixemos o nosso olhar nos pastores para os seguirmos na adoração do Menino e no testemunho de tudo o que ouvimos no nosso coração e o que vemos junto ao Presépio. Regressam às suas vidas, louvando e glorificando a Deus. O encontro com o Menino, com Maria e José, encheu-lhes o coração de alegria. Continuarão a ser pastores, mas aquela alegria há de acompanhá-los até à morte. E quando estiverem mais cansados hão de lembrar-se do sorriso d'Aquela criança.

       Voltemos agora o nosso olhar para Maria, Mãe de Jesus e Mãe nossa. Com José, Maria continua a cuidar o melhor que sabe do Seu Menino, que não é Seu de todo, nasceu d'Ela mas não lhe pertence. Ela guarda tudo no coração. A primeira atitude dos cristãos é a adoração, e o silêncio orante. Os pastores prostram-se diante de Jesus. Assim os magos. Assim Maria. Assim cada cristão. Só na adoração de Deus o nosso coração adquire o tamanho necessário para acolher o outro como irmão.

       3 – A Encarnação de Deus visa assumir-nos por inteiro, na nossa fragilidade e na nossa finitude. Ele é um de nós. Nasce de uma MULHER, é "fruto" da terra e do Espírito de Deus. Assume-nos como irmãos. Temos o mesmo Pai. Mas se dúvidas existissem, Ele dá-nos Maria por Mãe. Confia-nos Sua Mãe. E a Ela nos entrega como filhos. Recebamo-l'A com carinho em nossa casa, para que, tendo-A por Mãe, nos sintamos realmente irmãos uns dos outros.

       Atente-se nas palavras do papa Francisco, na Sua Mensagem para este Dia Mundial da Paz: “Uma verdadeira fraternidade entre os homens supõe e exige uma paternidade transcendente. A partir do reconhecimento desta paternidade, consolida-se a fraternidade entre os homens, ou seja, aquele fazer-se «próximo» para cuidar do outro”.

       O Papa evidencia o fundamento da fraternidade: Deus, que é Pai de todos. Só nos entenderemos como irmãos se antes nos reconhecermos filhos do mesmo Pai, do mesmo Deus. Nesta casa que é o mundo, o chão que nos irmana, precisamos da ternura e da delicadeza de uma Mãe, para nos empenharmos mais, e mais, e mais, edificando a concórdia, como fruto do amor, do diálogo, da compreensão, e do esforço por sublinharmos o que nos pode enriquecer mutuamente, os dons de cada um, para o bem de todos.

       4 – Que a Virgem Imaculada, Mãe de Deus, não cesse de nos despertar da sonolência e nos conduzir a Jesus Cristo, Seu Filho, o Príncipe da Paz, para n’Ele nos assumirmos como irmãos, estreitando os laços de amizade e parentesco espiritual.

     Santa Maria Mãe de Deus, rogai por nós.  Feliz 2014!


Textos para a Eucaristia (ano A): Num 6, 22-27 ; Sl 66 (67); Gal 4, 4-7; Lc 2, 16-21.

 

Reflexão na página da Paróquia de Tabuaço

ou no nosso blogue CARITAS IN VERITATE

31.12.13

Leituras: para melhor preparar o Domingo

mpgpadre

       A riqueza da Palavra de Deus é inesgotável. Na rede poderemos encontrar verdadeiras pérolas, que propõem o texto bíblico e litúrgico de forma acessível, envolvente, com diversos ângulos. Para quem preferir ter um livro com os comentários aos textos de domingo encontram-se muitos publicados.

       O ano A, que iniciou no 1.º Domingo do Advento, tem como evangelista, dos domingos e dias santos, São Mateus. Obviamente que há celebrações específicas que lançam mãos dos outros evangelhos, mas a referência será o Evangelho da Igreja.

Três sugestões:

D. ANTÓNIO COUTO. Quando Elenos abre as Escrituras. Domingo após domingo. Uma leitura bíblica do Lecionário. Ano A. Paulus Editora, Lisboa 2013.

 

D. MANUEL CLEMENTE. O Evangelho e a Vida. Conversas na rádio no Dia do Senhor. Ano A. Lucerna. Cascais 2013. 320 páginas. 352 páginas.

 

José ANTONIO PAGOLA. O Caminho aberto por Jesus: Mateus. Gráfica de Coimbra 2. Coimbra 2010. 280 páginas.

São três leituras provocatórias, envolventes, profundas, acessíveis a todos os leitores, a todos os crentes e também ao squ eo não são tanto, a cristãos e a pessoas de boa vontade. Os autores são bem conhecidos e já recomendámos outros títulos e outros textos:

D. António Couto: AQUI.

D. Manuel Clemente: AQUI.

J Antonio Pagola: AQUI.

       Pagola é espanhol, sacerdote basco, um estudioso da Bíblia, com créditos firmados. A sugestão de leitura não separa por domingos, mas segue o Evangelho, com os diversos momentos, episódios, encontros de Jesus, curas, parábolas, sermão da montanha, pai-nosso, paixão. Traz o texto do evangelho, seguindo-se o comentário, procurando seguir o caminho aberto por Jesus. Já aqui sugerimos a leitura de Marcos. As diversas passagens do Evangelho podem lançar luz sobre a atualidade em clima de fé, de confiança, de compromisso.

       O texto de D. Manuel Clemente resulta dos comentários feitos na Rádio Renascença, ao domingo, comentando precisamente a Liturgia do Domingo. O livro recolhe as intervenções de D. Manuel Clemente, em clima de familiridade e de diálogo. Recolhe sobretudo o texto do Evangelho e o respetivo comentário. Quem já o escutou na rádio ou na televisão, ou quem já leu algum texto ou intervenção, sabe da serenidade de D. Manuel Clemente, falando de forma simples, acessível, procurando que a Palavra de Deus seja luz para os crentes de hoje, para a Igreja e para o mundo.

       D. António Couto, Bispo de Lamego, cujos comentários às leituras de Domingo, especialmente ao Evangelho, têm muitos leitores a partir do seu blogue: Mesa de Palavras: AQUI. Antes de assumir a Diocese de Lamego era um dos residentes no programa da Igreja Católica na RTP, Ecclesia, precisamente para ajudar a preparar a liturgia da palavra de cada Domingo. O livro que ora sugerimos recolhe a reflexão de D. António Couto para cada domingo, com profundidade, saberdoria, envolvendo-nos na Palavra de Deus, fazendo-no sentir parte essencial da história da salvação.

       Como dissemos há muitos outros títulos para ajudar a preparar a reflexão de domingo. Estes três quisemos tê-los acessíveis. A leitura pode ser feita domingo a domingo. No caso de Pagola será de todo útil uma leitura continuada, permitindo ter uma visão global do Evangelho de Mateus. Mas os três títulos podem ser lidos de uma assentada (talvez o que vá fazer) ou antecedendo cada domingo ler o respetivo texto e comentário.

30.12.13

LEITURAS: Yann Martel - A VIDA DE PI

mpgpadre

YANN MARTEL, A vida de Pi. Editorial Presença. Lisboa 2013, 13.º edição, 324 páginas.

       Uma história extraordinária de fantasia, descoberta, de fé, de luta, de sobrevivência. Um jovem irreverente, da Índia em direção ao Canadá, para uma vida mais folgada e feliz. Seguem no barco a família, os pais e os irmãos, e muitos animais que tinham sido negociados para encerrar o ZOO e poder partir à aventura.

         O navio nunca chegará ao seu destino, e Piscine Molitor Patel, o protagonista desta saga, mais conhecido por Pi ou Pi Patel, é o único sobrevivente ao naufrágio, juntamente com um tigre, uma hiena, um orangotango, uma zebra, um rato. Em luta pela sobrevivência, o tigre acabará com todos os outros animais. É uma luta constante por marcar o território. Pi sobrevive sendo forçado a muita vigilância, sacrifício. O terrível tigre afinal é que lhe permite tanta atenção e vigilância. Como o próprio conclui, o tigre foi que o manteve vivo. A sua fé em Deus é inabalável. Cada tempestade dá lugar a certa serenidade. O chão é a mão de Deus. É uma aventura repleta de vida, de esperança.

         São muitas as cedências que terá de fazer, nomeadamente quanto aos peixes e aos animais, têm de matar outros seres vivos que considera (quase) irmãos. A dignidade humana vai ao limite. Perde todos os bens. A família. Só. Noite e dia. Chuva, vento, tempestade, solidão. Definham, e eis que encontram uma Ilha, que não está em nenhum mapa, e mais uma vez o tigre lançará o alerta. As algas tornam-se ácidas de tal forma que têm que dormir no alto de uma árvore, enquanto o tigre regressa nervoso à barco salva-vidas.

        A fantasia, o delírio, a magia misturam-se nesta história empolgante. Só parará nas praias do México. É interrogado por dois japoneses, que querem saber como é que se afundou o barco, também por questões do seguro. Ouvem a história, do princípio ao fim, ficam estarrecidos. É irreal. Ninguém vai acreditar. Então Pi Patel reconta a história, na qual o tigre é ele mesmo. E agora qual das duas histórias será a verdadeira?

O livro escrito publicado em 2001, só em 2012, mais de uma década depois, surge em filme pela mão de Ang Lee, pois era considerado uma impossibilidade realizar tal história.

        O normal é ler o livro e querer ler o livro. Eu vi o filme e fiquei deveras curioso como seria o livro. Fantástico. O melhor é ler o livro e ver o filme. Este é um retrato muito fiel daquele. A linha constante na história é a fé em Deus, mesmo quando estamos náufragos.

       Para quem INVENCÍVEL, de Laura Hillenbrand, que já aqui recomendamos, vai certamente envolver-se nesta outra história, ainda que Invencível seja uma história de sobrevivência real e histórica, aqui e além composta para ser romance.

28.12.13

Levanta-te, toma o Menino e sua Mãe e foge para o Egipto

mpgpadre

       1 – José sonha novamente. Todos sonhamos: uma vida melhor, mais fácil, mais feliz, na companhia daqueles que nos fazem sentir vivos. Porém, nem tudo é como sonhamos. O sonho exige dedicação e, por vezes, sacrifício e renúncia. José sonhou e acolheu Maria como esposa, dando-lhe casa e proteção. José volta a sonhar e dá a Maria e a Jesus outra casa, outros cuidados, foge com eles para um lugar seguro. A verdadeira CASA é onde estão os nossos amigos.

       Em sonho, o Anjo do Senhor interpela José: «Levanta-te, toma o Menino e sua Mãe e foge para o Egipto, pois Herodes vai procurar o Menino para O matar». Para escutar Deus é preciso fazer silêncio. No silêncio da noite, José é visitado pelo Anjo do Senhor. Ainda ensonado, José toma o Menino e Sua Mãe e parte para o Egipto, onde permanecerá até à morte de Herodes. Não lhe ouvimos nenhum lamento, apenas a pressa para proteger a família.

       Após a morte de Herodes, o Anjo do Senhor volta a aparecer a José, em sonhos: «Levanta-te, toma o Menino e sua Mãe e vai para a terra de Israel, pois aqueles que atentavam contra a vida do Menino já morreram». José levantou-se, tomou o Menino e sua Mãe e voltou para a terra de Israel". Entretanto fica a saber que o filho de Herodes governa a Judeia e, tendo receio de colocar a família em perigo, segue para Nazaré. José permanece em atitude de escuta, de silêncio, de sonho, para perceber a vontade de Deus.

       Em todas as etapas vem ao de cima o cuidado de José, a sua serenidade, o seu silêncio, a sua fé, a sua predisposição para escutar a voz de Deus, através do Anjo, a sua prontidão em agir, em acolher a vontade de Deus. José não é uma figura decorativa. A sua missão é essencial para resguardar Jesus e a Maria de diferentes perigos.

       2 – A família de Nazaré passou por momentos difíceis, desde o início. Maria encontra-se grávida. José, homem justo e temente a Deus, fica a saber da gravidez misteriosa daquela que lhe estava prometida. Surge a primeira sombra. José dorme antes de tomar qualquer decisão. A travesseira é boa conselheira. A bondade e a prudência de José dão frutos. Reza e deixa-se inspirar por Deus.

       Logo depois novas dificuldades. Têm que partir com certa urgência para a cidade de Belém (casa do pão), para se recensearem na terra natal de José. A gravidez de Maria está avançada, a qualquer instante pode dar à luz. Confiam em Deus. Partem. Chegados a Belém não encontram lugar em hospedarias ou, visto de outro ângulo, cedem a habitação própria para que outros tenham um teto onde ficar naqueles dias agitados. Continuam a confiar na providência de Deus. E até os animais ajudam a aquecer o lugar onde vai nascer o salvador do mundo. Afinal a minha, a tua casa, a verdadeira casa, é onde estão os que nos querem bem. Jesus está em casa, com José e com Maria, com os pastores e com os magos.

       Novas dificuldades. Herodes quer matar o Menino. Têm de fugir à pressa e procurar abrigo em outro país. Mas não desanimam. Põem mãos à obra e partem. Deus não deixará de estar com eles, Deus não deixará de estar connosco.

       No regresso a casa, têm de adiar esse sonho e fixar-se em Nazaré, para que fiquem garantidas a estabilidade e a segurança. Pela vida fora outras adversidades chegarão. Até ao fim. Não têm a vida facilitada. Também por esta razão, a família de Nazaré pode ser um estímulo para as nossas famílias. Confiar em Deus, procurando cada um dar o melhor de si para o bem de todos, com prudência e sobretudo com muito amor, cuidando especialmente dos mais frágeis.

       3 – Ser família é, hoje mais que nunca, um desafio enorme. Se a humanidade está em crise é porque antes a família começou a colapsar. Há uma mão cheia de desculpas e/ou descuidos. A família tonar-se-á um fardo dispensável se apenas olhamos para as próprias necessidades.

       Por outro lado, os bens materiais não podem ocupar o espaço dos afetos, dos sentimentos, da disponibilidade de tempo e atenção. O mais importante são os filhos, ou os pais e avós, mais importante é a companhia. Sem esta, tudo o mais vale pouco. Só quando os pais morrem é que damos pela sua falta, só quando não temos mão nos filhos é que percebemos que não tivemos tempo para eles!

       Na família aprende-se a viver e a respeitar as diferenças dos seus membros, aprende-se a ser filho e irmão, a ser mãe e pai, aprende-se a ser neto e ser avó e avô. Na família aprende-se a acolher o outro e a respeitar o seu espaço. Assim na família, assim na sociedade.


Textos para a Eucaristia (ano A):

Sir 3, 3-7.14-17ª; Sl 127(128) Col 3, 12-21; Mt 2, 13-15.19-23.

 

27.12.13

Paróquia de Pinheiros - solenidade de Natal 2013

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       Durante os quatro domingos do Advento, a comunidade paroquial de Pinheiros foi sendo introduzida, com a coordenação dos acólitos, na dinâmica do Advento como preparação para a celebração festiva do Natal, com o acender das 4 velas e preparação do presépio. No dia de Natal, no início da Eucaristia, a colocação da imagem do Menino Jesus no presépio e jogral sublinhando algumas expressões: celebrar, fraternidade, Deus connosco, Jesus Luz Verdadeira, Família. No pai-nosso, união das mãos e das pessoas, com as crianças frente ao altar. Durante o beijar do Menino um pequeno postal de felcitações para as famílias. Algumas imagens ilustrativas:

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27.12.13

Paróquia de Tabuaço: Missa do Galo 2013

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       A tradicional Missa do Galo, ou Missa da Meia-Noite, contou este ano, de novo, com o grupo de jovens, que se empenhou em preparar a encanção do Evangelho, dando mais alegria e envolvência a uma noite fria e sobretudo muito chuvosa. Os tons de festa, de acolhimento, de alegria estiveram presentes em toda a celebração, numa belíssima interação entre o grupo coral e o grupo de jovens.

       Ficam algumas imagens desta noite:

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23.12.13

Festa de Natal da Catequese 2013

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       Em vésperas de Natal, a Festa da Catequese. Simples, alegre. Descontraída. Convite a viver o Natal com Jesus, Maria e José e com cada pessoa da família e da vizinhança. No Auditório do Centro de Promoção Social de Tabuaço. Celebração da Eucaristia e intervenção dos grupos da catequese. 21 de dezembro de 2013. Algumas fotos:

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22.12.13

A virgem conceberá e dará à luz um filho...

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       1 – "A virgem conceberá e dará à luz um filho e o seu nome será Emanuel". O sinal dado por Deus ao povo da Aliança, através do profeta Isaías, ganha consistência e realidade com o nascimento de Jesus Cristo, Verbo Encarnado, Filho de Deus, nascido da Virgem Maria, pelo poder do Espírito Santo.
       Será um Deus próximo, no meio de nós. Naqueles dias, o povo vivia um tempo de trevas, de afastamento, conflito, divisões, uma noite contínua. Porém, Deus não afasta a Sua mão, e muito menos o Seu coração. Desafia o regresso à Aliança, acalenta a esperança: «Escutai, casa de David: Não vos basta que andeis a molestar os homens para quererdes também molestar o meu Deus? Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: a virgem conceberá e dará à luz um filho».
       É um sinal que vem do futuro, como promessa e como esperança, mas também como aviso e como compromisso. A mensagem profética reclama dos que molestam o seu próximo, em particular aqueles que tem o poder e a missão para cuidar do povo. O sinal – A virgem dará à luz um filho – há de envolver-nos já, aqui e agora (hic et nunc) no cuidado com os mais frágeis, aqueles que Deus nos dá para O acolhermos e amarmos.
       2 – São Mateus acentua, de forma clarividente, a ligação do Messias ao povo eleito. Envolvido pela Luz divina, cujo nascimento está marcado pelo mistério, o Filho de Deus está genealogicamente inserido no povo hebreu, na sua cultura e na sua história. Vejamos a Boa Notícia:
"O nascimento de Jesus deu-se do seguinte modo: Maria, sua Mãe, noiva de José, antes de terem vivido em comum, encontrara-se grávida por virtude do Espírito Santo. Mas José, seu esposo, que era justo e não queria difamá-la, resolveu repudiá-la em segredo. Tinha ele assim pensado, quando lhe apareceu num sonho o Anjo do Senhor, que lhe disse: «José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que nela se gerou é fruto do Espírito Santo. Ela dará à luz um Filho e tu pôr-Lhe-ás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados». Tudo isto aconteceu para se cumprir o que o Senhor anunciara por meio do Profeta, que diz: «A Virgem conceberá e dará à luz um Filho, que será chamado ‘Emanuel’, que quer dizer ‘Deus connosco’». Quando despertou do sono, José fez como o Anjo do Senhor lhe ordenara e recebeu sua esposa".
       O Deus que salva (= Jesus), nasce pelo poder do Espírito Santo no seio de Maria. São José faz parte deste mistério de salvação, sendo-lhe revelado a origem do Menino Deus e a missão de Lhe dar o NOME, preparando-Lhe uma CASA e uma FAMÍLIA humana. O sonho de José revela-nos, a todos, a vinda do Filho de Deus à terra, para habitar junto de nós e nos habitar.
       Ele é o Emanuel, Deus connosco, Deus no meio de nós. Vem para salvar o povo dos seus pecados, libertando-nos de tudo o que gera ruína, divisão, afastamento dos outros e de Deus.
       3 – O sonho alimenta a vida. José tem um sonho. Sem sonho. Sem esperança. Sem luz. Sem caminho. Sem saída. Morte. Tristeza. Deserto. Desencanto. Escuridão. Mar revolto. Águas agitadas. Tempestade. Fuga. Distância. Indiferença. Desespero. Morte. Sem sonho. É preciso sonhar. Esperar. E deixar-se iluminar, guiar, é preciso sair de si, e de dentro do sonho. Há vida e luz e horizonte e esperança. E Deus. No meu e no teu sonho. Procurar. Encontrar. Acolher e amar. Viver. Criar. Juntar. Comungar. Dar. Partilhar. Viver, como filhos de Deus, irmãos em Jesus Cristo.
       E eis que vem, do alto, do Céu, da eternidade, de Deus, o Filho. Traz-nos a paz que brota do amor sem limites nem tréguas. É o AMOR que salva e nos dá uma vida nova. Uma vez inundados pela LUZ que nos chega de Jesus, uma vez convertidos, assumimos a missão de levar a outros esta Mensagem de salvação. Com efeito, tornamo-nos discípulos missionários, apóstolos. "Ele é Jesus Cristo, Nosso Senhor. Por Ele recebemos a graça e a missão de apóstolo, a fim de levarmos todos os gentios a obedecerem à fé, para honra do seu nome, dos quais fazeis parte também vós, chamados por Jesus Cristo".
        Cristo constitui-nos, como a São Paulo, Apóstolos do Evangelho: a Alegria que salva, a Boa Notícia que nos provoca e nos assume como discípulos missionários. A Alegria do Evangelho é como a luz que se acende para colocar em lugar que ilumine toda a casa e não para ficar escondida debaixo do alqueire. Ou como a água do rio que se vai entranhando na terra, avança fertilizando as margens, com a vida que transporta no seu seio. Assim o Evangelho, vida que gera vida. Alegria que transborda. Boa notícia que se espalha.

Textos para a Eucaristia (ano A): Is 7, 10-14; Rom 1, 1-7; Mt 1, 18-24.

 

Reflexão Dominical na página da Paróquia de Tabuaço.

16.12.13

Mensagem de Natal de D. António Couto: SONHA TAMBÉM

mpgpadre
SONHA TAMBÉM
Há dois mil anos Deus sonhou
E foi
Natal em Belém.
Sonha também.
Se o jumento corou
E o boi se ajoelhou,
Não deixes tu de orar também.
1. A notícia ecoou nos campos de Belém. Com o celeste recital que ali se deu, o céu ficou ao léu, a terra emudeceu de espanto, e os pastores dançaram tanto, tanto, que até os mansos animais entraram nesse canto.

2. Isaías 1,3 antecipou a cena, e gravou com o fulgor da sua pena o manso boi e o pacífico jumento comendo as flores de açucena da vara de José sentado ao lume, e bafejando depois suavemente o Menino de perfume. Enquanto os meigos animais vão comer à mão do dono, o meu povo, diz Deus, não me conhece, e perde-se nos buracos de ozono.

3. Nos campos lavrados passeiam cotovias, ondulam os trigais, e vê-se Rute a respigar o trigo ao lado dos pardais. Que estação é esta que reúne as estações e os anais? Abre-se ali num instante um caminho novo. Vê-se que passam Maria e José e o Menino, que salta logo do colo e suja as mãos na terra, tira da sacola estrelas todas de oiro, e semeia-as na terra com carinho.

4. Anda à sua volta um bando de boieiras, leves e ledas companheiras, correndo no mesmo chão de oiro semeado. E nós continuamos a passar ali ao lado daquela sementeira toda de oiro, que o Menino pobre acaricia, e logo se transforma em trigo loiro. Mas ninguém para, ninguém acredita que o Menino pode ser dono de um tal tesoiro.

5. Vem, Menino! E quando vieres para a tua doirada sementeira que logo cresce e se faz messe (João 4,35), quando assobiares às boieiras, chama também por mim, diz bem alto o meu nome, vamos os dois para o campo e para a eira, e enche-me de fome de um amor como o teu, pequenino e enorme.

6. Meu irmão de Dezembro, levanta-te, olha em redor e vê que já nasceu o dia, e há de andar por aí uma roda de alegria. Se não souberes a letra, a música ou a dança, não te admires, porque tudo é novo. Olha com mais atenção. Se mesmo assim ainda nada vires, então olha com os olhos fechados, olha apenas com o coração, que há de bater à tua porta uma criança. Deixa-a entrar. Faz-lhe uma carícia. É ela que traz a música e a letra da canção. Ela é a Notícia.

Desejo a todos os meus irmãos, sacerdotes, diáconos, consagrados/as e fiéis leigos, doentes, idosos, jovens e crianças da nossa Diocese de Lamego e da inteira Igreja de Cristo, um Santo Natal com Jesus e um Novo Ano cheio das Suas maravilhas. Ele estará sempre connosco nos caminhos da missão e da Alegria do Evangelho.

Vem, Senhor Jesus. Bate à nossa porta.
+ António, vosso bispo e irmão

16.12.13

Papa Francisco - Alegria do Evangelho - São Tomás

mpgpadre

       No passado dia 24 de novembro, solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, e Encerramento do Ano da Fé, o Papa Francisco entregou á Igreja a Sua primeira Exortação Apostólica, A Alegria do Evangelho - Evangelii Gaudium. Resulta do Sínodo dos Bispos, realizado entre os dias 7 e 28 de outubro de 2012, presidido por Bento XVI, sobre a Nova Evangelização para a Transmissão da Fé. Habitualmente, depois do Sínodo é publicada uma Exortação, em que o Papa recolhendo e sintetizando os propósitos do Sínodo, apresenta as linhas de força, neste caso, para a vivência da fé, no contexto atual.

       Como é do conhecimento geral, Bento XVI resignou à missão de Papa, sendo eleito um novo Papa, em 13 de março, como título de Francisco, a quem coube elaborar esta Exortação que vivamente recomendamos. O documento anterior, a Encíclica Lumen Fidei, ainda que a assinatura seja de Francisco, foi preparada e enformada por Bento XVI, recolhendo algumas notas/impressões pessoais de Francisco. A Exortação é toda ela da lavra de Francisco.

       Muito já se disse e continua a dizer desta Exortação, pelo que aqui traga apenas um ou outro sublinhado.

       Em primeiro lugar, e para quem gosta muito de comparações, ficam claro que não são relevantes. Cada Papa tem a sua maneira de ser e de pastorear. Mas as diferenças não são tamanhas como as semelhanças. Num e noutro, em Bento XVI e em Francisco, vêm ao de cima a grande fé e proximidade a Jesus Cristo e à Sua palavra de amor. Escrevem de forma simples, direta, acessível, envolvente, cuja mensagem é claramente perceptível. Cada Papa traz o seu cunho pessoal. Não foi diferente de Bento XVI, não é diferente de Francisco. Se alguma diferença se nota, talvez o facto de o discurso de Francisco não ser não sistemático, mas mais ao correr da pena.

       Como em muitos documentos papais anteriores, também este se socorre dos Predecessores, como João XXIII, Paulo VI, João Paulo II, Bento XVI.

       Da minha leitura, agradável e viciante, verifiquei outra diferença: Bento XVI cita muito Santo Agostinho, sobre quem escreve, reflete, promove; Francisco escreve e cita com maior frequência São Tomás de Aquino. Para Francisco, a Suma Teológica é uma referência constante. Santo Agostinho para já está mais escondido.

       Evangelho significa precisamente Boa Notícia, capaz de suscitar alegria, essencial ao anúncio do Evangelho. Quem acolhe Jesus, fá-lo com alegria, que há de transbordar para os outros, em compromissos de serviço e de caridade.

       Há toda uma linguagem e termos que Francisco tem vindo a vincar: cultura do encontro, cuidado dos mais frágeis, educação e cultura, a cultura do descarte, contrapondo com a cultura da proximidade...

       Mais um belíssimo texto que infunde esperança, mobilizando a vivência alegre e comprometida da fé, no mundo atual.

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