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...espaço de discussão, de formação, de cultura, de curiosidades, de interacção. Poderemos estar mais próximos. Deus seja a nossa Esperança e a nossa Alegria...

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20.11.11

XXXIV Domingo do Tempo Comum (ano A) - 20 de novembro

mpgpadre

NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO

 

       1 – Disse Jesus: "...Todas as nações se reunirão na sua presença e Ele separará uns dos outros,… Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Vinde, bem ditos de meu Pai; recebei como herança o reino que vos está preparado desde a criação do mundo. Porque tive fome e destes-Me de comer; tive sede e destes-me de beber; era peregrino e Me recolhestes; não tinha roupa e Me vestistes; estive doente e viestes visitar-Me; estava na prisão e fostes ver-Me’... Quantas vezes o fizestes a um dos meus irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes’".

       Ao longo dos últimos domingos, Jesus apontou-nos para o essencial, amar a Deus antes e acima de tudo e ao próximo como a nós mesmos, recordando-nos que os propósitos só têm sentido se levados à prática, de contrário seriam apenas palavras ocas, incoerentes. Neste duplo mandamento se concretizam os ideais do Evangelho e a certeza de acolhermos a salvação que nos chega com Jesus Cristo. O caminho da vida eterna fica iluminado na morte e ressurreição de Jesus, como expressão do Seu amor a Deus Pai e à humanidade que integrámos. Agora é a nossa vez.

       A hora e a ocasião é incerta, mas a vida que Deus nos deu é uma oportunidade para transformarmos o mundo. Como víamos há uma semana, na Sua "ausência" cabe-nos a nós fazer render os talentos, para multiplicarmos o bem, a justiça, o amor, e no "ajuste de contas" final, quando Ele vier para nos recolher na Sua morada, seremos portadores dos novos céus e nova terra, que Jesus iniciou e que nós ajudamos a instaurar, passando a outros o testemunho da vida nova que recebemos pelo Baptismo, no Espírito Santo, e que nos conduz à presença de Deus Pai, na eternidade.

       Hoje, no Evangelho de São Mateus, é-nos apresentado o Juízo Final. Temo-lo como hora de esperança, confiando com alegria na misericórdia de Deus. O Seu juízo é salvífico. Jesus veio ao mundo para nos salvar. Deixemos-nos salvar por Ele, sigamo-lo na prossecução do bem, na promoção da verdade, na vivência da caridade e do perdão. Quando chegar a hora, já não será connosco, mas com Deus e com o Seu amor de Pai. Este Juízo é mais um desafio que se nos coloca, a nós que ainda vivemos, acentuando, mais uma vez, que o amor a Deus se visualiza e traduz no amor para com o nosso semelhante.

 

       2 – Caminhamos, mas não estamos sós. O próprio Deus vem, constantemente, como Pastor para o meio das ovelhas, vem para junto de nós, como nos garante o Senhor na profecia de Ezequiel: "Eu próprio irei em busca das minhas ovelhas e hei-de encontrá-las. Como o pastor vigia o seu rebanho, Quando estiver no meio das ovelhas que andavam tresmalhadas, para as tirar de todos os sítios em que se desgarraram num dia de nevoeiro e de trevas. Eu apascentarei as minhas ovelhas, Eu as levarei a repousar, diz o Senhor. Hei-de procurar a que anda tresmalhada. Tratarei a que estiver ferida, darei vigor à que andar enfraquecida. E velarei pela gorda e vigorosa. Hei-de apascentá-las com justiça". 

       Reconfortantes também as palavras do salmo proposto neste dia: "O Senhor é meu pastor: nada me falta. Leva-me a descansar em verdes prados, conduz-me às águas refrescantes e reconforta a minha alma. Ele me guia por sendas direitas, por amor do seu nome".

       A lógica dos dois textos é semelhante, como o pastor cuida de todas as ovelhas, numa atenção especial às mais fragilizadas, para que estas não abandonem o rebanho e para que não se percam, assim Deus no meio de nós, qual Pastor, que em Jesus Cristo Se revela como Cordeiro de Deus, que carrega aos ombros a ovelha ferida, que nos carrega aos ombros quando estamos cansados e oprimidos, atraindo-nos para Si, alimentando-nos com a Sua Palavra e com a Sua vida, morte e ressurreição, que tornámos presente no mistério da Eucaristia.

 

       3 – Por outro lado, para nós cristãos, o Juízo final significa antes de mais o encontro com Deus, é um momento redentor. Com a morte biológica chega o nosso encontro definitivo com Deus. Ele não veio para julgar, mas para que todo o mundo seja salvo por Ele. A Sua vida encaminha-nos em direcção a Deus. Jesus vive procurando em tudo e em toda a parte realizar a vontade de Deus. A concretização dessa vontade de Deus coloca-O na comunhão plena com a eternidade, que Ele antecipa para nós, com a Sua morte e ressurreição, e, colocado à direito de Deus Pai, daí nos atrai.

       A propósito, recorda-nos o Apóstolo que "Cristo ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram. Uma vez que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos; porque, do mesmo modo que em Adão todos morreram, assim também em Cristo serão todos restituídos à vida".

       Não apenas não estamos sós na nossa peregrinação terrena, porque Ele está connosco, nosso bom Pastor, como somos iluminamos pela Sua morte e ressurreição, Jesus guia-nos, vai à frente, mostra-nos o caminho da eternidade, no Seu compromisso com a humanidade eleva-Se para Deus, para que também, n'Ele e por Ele, imitando-O possamos do mesmo modo ser elevados para a glória do Céu.


Textos para a Eucaristia (ano A): Ez 34,11-12.15-17; Sl 22 (23); 1 Cor 15,20-26.28; Mt 25,31-46.

 

Reflexão Dominical na página da Paróquia de Tabuaço.

19.11.11

D. António José da Rocha Couto, Bispo de Lamego

mpgpadre

       Foi nomeado pelo Papa Bento XVI como Bispo titular da Diocese de Lamego, sucedendo a D. Jacinto Botelho, que aguardava há mais de um ano pela nomeação do seus Sucessor à frente dos destinos da Diocese.

       A 2 de Outubro de 1963 entrou no Seminário de Tomar, da Sociedade Portuguesa das Missões Ultramarinas, hoje Sociedade Missionária da Boa Nova.

       Recebeu a ordenação sacerdotal em Cucujães, em 3 de Dezembro de 1980.

       Os primeiros anos de sacerdócio foram vividos no Seminário de Tomar, acompanhando os alunos do 11.º e 12.º anos. No ano lectivo de 1981-1982 foi Professor de Educação Moral e Religiosa Católica na Escola de Santa Maria do Olival, em Tomar.

       Em 1982 fez o curso de Capelães Militares, na Academia Militar, e foi nomeado capelão militar do Batalhão de Serviço de Material, do Entroncamento, e, pouco depois, também da Escola Prática de Engenharia, de Tancos.

       Transferiu-se depois para Roma, para a Pontifícia Universidade Urbaniana, onde, em 1986, obteve a licenciatura canónica em Teologia Bíblica. Na mesma Universidade obteve, em 1989, o respectivo Doutoramento, depois da permanência de cerca de um ano em Jerusalém, no Studium Biblicum Franciscanum. 

       No ano lectivo de 1989-1990 foi professor de Sagrada Escritura no Seminário Maior de Luanda. 

Regressou então a Portugal, e foi colocado no Seminário da Boa Nova, de Valadares, com o encargo da formação dos estudantes de teologia.

       É professor da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa, núcleo do Porto, desde o ano lectivo de 1990-1991. De 1996 a 2002 foi Reitor do Seminário do Seminário da Boa Nova, de Valadares. Foi também Vigário Geral da Sociedade Missionária da Boa Nova (SMBN) de 1999 a 2002, ano em que foi eleito Superior Geral da mesma Sociedade Missionária da Boa Nova, cargo que ocupou até à data da sua Ordenação Episcopal, em 23 de Setembro de 2007.

       A SMBN é composta por sacerdotes diocesanos e leigos que se consagram à evangelização. Surgida em Portugal em 1930, dedica-se à evangelização ad gentes em Moçambique (desde 1937), Angola (desde 1970), Brasil (desde 1970), Zâmbia (desde 1980) e Japão (desde 1998).

       Em 2004, João Paulo II nomeou-o membro da Congregação para a Evangelização dos Povos.

       D. António Couto é colaborador do Programa ECCLESIA (RTP2), da Igreja Católica, tendo colaborado regularmente desde 2003, na sua qualidade de biblista.

 

       É autor dos seguintes livros: Até um dia (poemas) 1987; Raízes histórico-culturais da Vila Boa do Bispo (1988); A Aliança do Sinai como núcleo lógico-teológico central do Antigo Testamento (tese de doutoramento), 1990; Como uma dádiva. Caminhos de antropologia bíblica, 2002 (2.ª edição revista em 2005); Pentateuco. Caminho da vida agraciada, 2003 (2.ª edição revista, 2005). E também autor de inúmeros artigos em enciclopédias, colectâneas e revistas.

       É também presença habitual na Internet, no site www.boanova.pt, onde apresenta reflexões pessoais e estudos sobre a Bíblia.

 

Data Nascimento: 18 de Abril de 1952. 

Naturalidade: Vila Boa do Bispo, Marco de Canaveses, Porto 

Ordenação Sacerdotal: 3 de Dezembro de 1980, em Cucujães. 

Nomeação episcopal: 6 de Julho de 2007, para Bispo Auxiliar de Braga.Ordenação Episcopal: 23 de Setembro de 2007, no Seminário das Missões, Cucujães, Oliveira de Azeméis.

Nomeação para Bispo de Lamego: 19 de Novembro de 2011.

 

Fonte principal: Anuário Católico.

Ser cristão é ser missionário:

16.11.11

Earth: Time Lapse View from Space, Fly Over

mpgpadre

       A terra vista do espaço, vídeo deslumbrante da autoria de Michael Konig.

       Diz o Diário Digital: O vídeo, descrito pela revista Scientific American como «O melhor vídeo da Terra vista do espaço de sempre», inclui imagens da aurora boreal.

       Para a captação das imagens, que decorreu entre Agosto e Outubro deste ano, foi utilizada uma câmara especial de baixa luz.

       O filme de cinco minutos, produzido pelo artista alemão Michael Konig, começa por mostrar os EUA antes de avançar para a Austrália, onde é visível a Aurora Australis no Sul (fenómeno semelhante à aurora boreal do Norte).

       Nas imagens podemos ver também luzes de relâmpagos, luzes das cidades do Homem e satélites iluminados pelo sol.

15.11.11

A nossa maratona

mpgpadre

No meio daquela multidão cada um se sente, de repente, radicalmente só, ferido pela dor, provado por uma incógnita que não oferece tréguas

       Acho que todas as vidas, mais longas ou mais breves, têm o mesmo comprimento: medem todas quarenta e dois Kms. Porquê? Por que essa é a extensão de uma maratona. Repito: se a vida se parece com alguma modalidade, penso que não anda longe dessa corrida bela e interminável que de uma maneira evidente coloca em prova a resistência, a esperança e a vontade. Hoje vi passar uns largos milhares de corredores e dei comigo a pensar no que faz estas pessoas correr. Não falo dos atletas profissionais que têm aí uma expressão importante da sua vocação e do seu talento. Falo destes milhares de mulheres e de homens comuns, que ao longo de um ano arranjam com esforço um tempo livre para os treinos necessários e que anualmente acorrem à maratona não para competir uns com os outros, mas talvez por alguma razão mais profunda, que nos endereça para zonas silenciosas do nosso próprio coração. Eles correm porquê? Muito simplesmente para se sentirem vivos ou a reviver. Para se lançarem a si próprios um desafio. Para sentirem, de forma mais palpável, que as múltiplas corridas em que quotidianamente se embrenham (em que nos embrenhamos) convergem para uma meta.

       De que a maratona é uma parábola da vida não restam dúvidas quando ouvimos um maratonista descrever a sua experiência. O arranque, com o entusiasmo e a quase euforia. Depois a comunhão com os outros corredores e com o público que assiste. As palmas tornam-se um encorajamento e as palavras de confiança um redobrar da confiança própria. Nesta etapa nem se sente o chão e cada corredor como que levita. Diz quem sabe que as coisas mudam mais ao menos ao Km vinte e cinco. O desgaste físico e as primeiras incertezas trazem um abatimento interior inesperado. No meio daquela multidão cada um se sente, de repente, radicalmente só, ferido pela dor, provado por uma incógnita que não oferece tréguas. “É a primeira crise?”- perguntamos. Um maratonista ri-se e dirá que daí para a frente é só crises. E, por isso mesmo, ele tem a cada momento, na adversidade, de restaurar a possibilidade da esperança. A confiança não é um garantido seguro, mas uma marcha no aberto, para não dizer no desprovido. E, verdadeiramente, os corredores vacilantes que cruzam a meta não se podem queixar. A primeira parte desta maratona, por exemplo, era feita por mulheres e homens em cadeiras de rodas, e muitos deles não tinham pernas.

 

José Tolentino Mendonça, Editorial da Agência Ecclesia

10.11.11

Pedacinho de DEUS

mpgpadre

       Esta é uma canção proposta no manual de EMRC do 6.º Ano de escolaridade. Na unidade letiva 1 - Sou Pessoa - Deus é-nos apresentado como PESSOA, que Se relaciona connosco, e que nós trazemos em nós, a nossa identidade fala-nos de Deus, trazemos em nós os traços da divindade, com a mesma capacidade criativa para amar e ser amado, para construir, para renovar, para fazer "coisas novas". Pedacinho de Deus recorda-nos o que há de melhor em nós.

09.11.11

Perto da fogueira - estória para refletir...

mpgpadre

       Era uma vez um grupo de jovens. Estavam sentados numa floresta, a conversar.

       Quando a noite os cobriu com o seu negro manto, fazia frio. Juntaram alguma lenha e com ela acenderam uma fogueira.

       Estavam sentado e bem juntos, enquanto o fogo os aquecia e a claridade da chama iluminava os seus rostos.

       Um deles, a um certo momento, não quis conviver mais tempo com os seus companheiros. Pegou num tição ardente da fogueira e foi para um lugar distante dos outros.

       O seu tição, no princípio, brilhava e aquecia. Mas não foi preciso muito tempo para se apagar.

       O jovem foi submergido pela escuridão e pelo frio da noite. Pensou uns momentos, pegou no seu tição apagado e foi juntar-se aos companheiros. Estes acolheram-no fraternalmente.

       Meteu o tição apagado na fogueira comum e este voltou a acender-se. A claridade da chama iluminava de novo o seu rosto. Passou da tristeza à alegria.

 

in Revista Juvenil, n.º 549, novembro 2011.

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