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Escolhas & Percursos

...espaço de discussão, de formação, de cultura, de curiosidades, de interacção. Poderemos estar mais próximos. Deus seja a nossa Esperança e a nossa Alegria...

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31.01.10

Uma folha não é um livro...

mpgpadre

       Quando Jesus fala de perdão corta o mal pela raiz. Ensina-nos a relativizar o nosso eu. Sugere que nos desviemos uns milímetros do centro do mundo e seremos menos atingidos pelas setas que se desprendem do quotidiano. Sugere-nos que vejamos melhor os outros.

Uma folha não é um livro nem um degrau é uma escada. 


      

       Não se define um amigo ou um estranho, por meia dúzia de palavras que disse a nosso respeito, ou mesmo por alguma atitude reprovável que acerca de nós tenha tomado.
       O cristianismo não defende uma moral de patetas pseudo-insensíveis à realidade que os circunda. Convida a uma atitude inteligente e pacífica que saiba relativizar as limitações dos outros, mesmo quando as consequências incidem sobre a nossa pessoa.
Acredito cada vez mais que quem não entendeu isto dificilmente chegará a viver a experiência da Paz. E nunca descobrirá a profundidade e até a beleza do perdão.

       Uma folha não é um livro nem um degrau é uma escada.


Henrique Manuel, em "Mas Há Sinais...", in Conhecer e seguir Jesus.

30.01.10

A melhor forma de nos vingarmos: o Perdão!!!

mpgpadre

       O tema do perdão tem feito e continuará a fazer correr muita tinta. Se, para uns, é valentia, superio­ridade moral, acto heróico por vezes, não falta quem julgue tratar-se de uma abdicação da personalidade, de inferioridade, de cobardia moral.

       Quando reflectíamos sobre este tema, caiu-nos debaixo dos olhos esta reflexão de um psicólogo moderno: - "Pessoas que não perdoam tendem a tornar-se iguais (ou piores) que aqueles que as magoaram até pelos sentimentos de vingança, que muitas vezes passam a actos"... E ainda, com uma pitada de ironia: - "Independentemente do nosso perdão, os outros seguem com a vida deles e nós é que ficamos mal, com a nossa amargura"...

       Assim sendo, afigura-se-nos que até humana­mente é errado e mesmo prejudicial negar o perdão a alguém.

       Lá da antiguidade pré-cristã, vem-nos a chamada "pena de talião": - "dente por dente, olho por olho". E não faltará quem se interrogue sobre quem teria sido esse férreo "talião': Pois não se trata de uma hipotética pessoa. É simplesmente a formulação da regra que proibia, em qualquer punição, exceder o equivalente à gravidade do crime que se intentava punir. Diríamos que é uma "lei de paridade", de igualdade, proibindo a aplicação de castigos incontrolados.

       O problema do perdão já um dia foi apresentado ao próprio Cristo. E Ele, além de ter ensinado a rezar "perdoai-nos as nossas ofensas como nós perdoa­mos"..., respondeu a pergunta de Pedro: - "Não te digo que(perdoes) até sete vezes, mas até setenta vezes sete", o que quer dizer ilimitadamente. E Ele próprio, condenado a morte injusta e infamante, perdoou aos seus algozes... E não pode haver crime maior do que tirar a vida a um ser humano. Para mais, no caso presente, ao inocente Filho de Deus. Contudo, Ele implora, do alto da cruz: " Pai, perdoa-lhes”…

       Mas nós vivemos numa época de confusões múltiplas. Por um lado, pseudo-intelectuais lutam de­sesperadamente intentando apagar da nossa cultura a indelével marca da Divindade. Em substituição de Deus, projectam e fabricam "super-homens" mas que não passam de criaturas "de pés de barro': Endeusa- se o homem, elevando-o à condição de ser superior, infalível, impiedoso, insensível, ao qual nada nem ninguém possa colocar barreiras nem jamais pedir contas. É um ser desumanizado. Por isso, perdoar é indigno dele.

       Resultado? Está bem a vista, estampado diaria­mente nas páginas da Comunicação Social: - o homem sem Deus cedo se transforma em "lobo do outro homem". Voltando ao pensamento inicial e concluindo: - no nosso modesto entender, quantos sinceramente se dispõem a conceder perdão ao seu semelhante afinal são uns valentes, porque conseguem sobrepor, ao natural instinto e desejo de vingança, a magnânima e cristã decisão de perdoar ofensas ou injúrias.

       E quantos transtornos psíquicos, dramas, crimes, guerras se evitariam, se reinasse, entre os homens, a tão nobre e reconfortante cultura do perdão! A começar pelo seio das famílias.

       J. d’Oliveira, in JB, postado a partir de ASAS DA MONTANHA.

___________________

 

       A este propósito vale a pena recordar o que diz o ilustre psiquiatra brasileiro, Augusto Cury, na obra O Mestre dos Mestres, em que aborda a sabedoria de Jesus Cristo, e ao falar do perdão nos lembra algo evidente: quando ficamos ressentidos, magoados, aborrecidos com alguém, e não perdoamos (perdoar não é desculpar, isto é, o mal não passa a ser bem, mas aceitar que o outro, como eu, pode errar, mas que isso não interfere na minha vida), o que acontece é que passamos a viver constantemente com a pessoa que nos ofendeu: dormimos com ela, acordamos e levantamo-nos com ela, acompanha-nos dia e noite, senta-se à mesa connosco. Não fazemos nada sem que a pessoa a quem não perdoamos não esteja declaradamente presente, Perdoar é encontrar a paz e o equilíbrio no nosso coração, não deixando que o ofensor domine a nossa vida...

29.01.10

Boletim Paroquial Voz Jovem - Janeiro 2010

mpgpadre

       O mês de Janeiro está a chegar ao fim e como habitualmene, a distribuição do Boletim Voz Jovem, à comunidade celebrante, em formato de papel. Dsponível ambém em formato digital na respectiva página online, ou fazendo o download em baixo.

       Este mês destacamos a figura de Sâo Sebastião, padroeiro da Diocese de Lamego, e como figura sacerdotal enquanto, sendo soldado e não sacerdote, mas mostrando com o testemunho da sua vida, o rosto de Deus; informações várias da paróquia, reflexão sobre a Bíblia e sobre a Eucaristia...
 

28.01.10

Amar: dar o melhor que se tem

mpgpadre

        Ela fiava à porta da sua cabana pensando no marido. Toda a riqueza que ela possuía era uma bela cabeleira, gabada e invejada pelas mulheres da aldeia. Uma cabeleira negra, comprida, brilhante que brotava da sua cabeça como os fios de linho da sua roca.

        Ele ia ao mercado vender algumas frutas. Sentava-se à sombra de uma árvore a esperar, firmando entre os dentes o seu cachimbo vazio. O dinheiro não lhe chegava para uma pequena porção de tabaco.

       Aproximavam-se os 25 anos do seu casamento.

       Em anos anteriores, nessa data, nunca tinham oferecido nada um ao outro porque a pobreza não lhes permitia esse luxo. Mas agora tinha mesmo de ser. Vinte e cinco anos é uma data marcante que é preciso comemorar. Assim pensavam os dois em segredo sem falarem um ao outro sobre o assunto. Era preciso fazer uma surpresa.

        Uma ideia cruzou a mente da esposa. Sentiu um calafrio de alegria e tristeza ao pensar nela mas era a única maneira de conseguir algum dinheiro: venderia a sua cabeleira para comprar tabaco para o seu marido. Seria a melhor prenda que lhe podia dar. Ela imaginava-o já na praça, sentado atrás dos seus frutos, puxando longas cachimbadas e o fumo e evolar-se como aroma de incenso e jasmim a dar-lhe o prestígio e a solenidade de um grande comerciante.

        Só obteve pelo seu belo cabelo umas poucas moedas. Mas escolheu com cuidado o mais fino estojo de tabaco. O perfume das folhas enrugadas compensava largamente o sacrifício do seu cabelo.

       Ao cair da tarde regressou o marido. Vinha cantando pelo caminho.Trazia na sua mão um pequeno embrulho: eram alguns pentes para a sua mulher. Para obter dinheiro para os comprar tinha vendido o seu cachimbo...

 

Postado a partir do nosso blogue: Caritas in Veritate.

27.01.10

Papa Bento XVI, um sorriso de Deus...

mpgpadre

       Está quase a completar cinco anos de pontificado como Bispo de Roma e Papa para a Igreja Católica. Diferente de João Paulo II, mas com um carisma próprio, onde a palavra, simples e dialogante, nos coloca em contacto fácil com a Palavra de Deus; com um sorriso acolhedor, fraterno, que nos mostra a profundidade da sua fé, da sua vida e, claramente, nos aponta para Deus...

26.01.10

Os espinhos do amor e da proximidade

mpgpadre

       Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio.Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram juntar-se em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente, mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor.

    

       Por isso decidiram afastar-se uns dos outros e começaram de novo a morrer congelados.Então precisaram fazer uma escolha: ou desapareciam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros.
       
Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos.
        Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro. E assim sobreviveram.

Moral da História:

       O melhor relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro e admirar as suas qualidades.. E, por outro lado, a não desistir do outro à primeira dificuldade. E lembra-nos ainda que quando o sofrimento nos estende a mão nem sempre isso significa falta de amor...

 

Postado a partir do nosso blogue: Caritas in Veritate.

24.01.10

Deus anda à beira da Água...

mpgpadre
       «A vida hoje afastou-nos da natureza: as paisagens urbanas, com as suas florestas de betão, encerram a vida entre paredes eficazes, super-cómodas, é certo, mas o ar que respiramos por alguma razão se chama “ar condicionado”.
       O que acredito é que precisamos de amplitude, de campos vastos a perder de vista, de viagens mais profundas que as da rotina. Precisamos perceber o silêncio das coisas, cúmplice do silêncio da nossa alma.
       Precisamos da liberdade leve dessas horas inapreensíveis que passamos junto ao mar.
       Há um poeta que diz: Deus anda à beira d’água”. Não me admiro nada. A imensidão, o nome límpido, a alegria azul do mar são lugares onde Deus deixou o Seu toque.
       Os caminhos marítimos para os outros continentes estão descobertos.
       Falta, talvez, (re)descobrir o caminho marítimo para o porto secreto de cada coração.
José Tolentino Mendonça, in Conhecer e Seguir Jesus.

21.01.10

Sou Eu, não temas!

mpgpadre
Sou eu, não temas. Não me ouves quebrar
em ti todos os meus sentidos?
O meu sentir que asas veio a encontrar,
voa, branco, à volta da tua face sem ruídos.
Não vês a minha alma de silêncio vestida
mesmo frente a ti aparecida?
Não amadurece minha oração em flor
no teu olhar como numa árvore de suave odor?

Eu sou o teu sonho, se sonhador fores.
Sou a tua vontade, se velar quiseres
e apodero-me da magnificência sem par
e arredondo-me como um silêncio estelar
sobre a estranha cidade do tempo a passar.


Rainer Maria Rilke (1875-1926) em «O Livro de Horas», in Conhecer e Seguir Jesus.

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