Alegrai-vos sempre no Senhor...
1 – “Alegrai-vos sempre no Senhor. Novamente vos digo: alegrai-vos. Seja de todos conhecida a vossa bondade. O Senhor está próximo. Não vos inquieteis com coisa alguma…”
Sobressai de imediato o desafio à alegria, que não é mero contentamento exterior, mas a paz e a confiança que brotam do coração.
O apóstolo, em diversas ocasiões, sublinha que a vinda de Jesus não está remetida (somente) para o fim dos tempos mas acontece aqui e agora, connosco. Daí a importância da oração – que nos liga a Deus e n’Ele aos outros – e do bem que possamos fazer – expressão de uma fé autêntica –, na configuração a Jesus Cristo.
A alegria assenta na certeza que Deus atende às nossas súplicas e lança-nos ao encontro daqueles que peregrinam ao nosso lado.
2 – O terceiro domingo do Advento é conhecido como o Domingo da Alegria. Razões não faltam aos cristãos para viverem na ALEGRIA do Deus que vem e que permanece. Não estamos isentos de dificuldades, faz parte da nossa fragilidade e finitude humanas.
A alegria vem de dentro, da nossa identidade – somos herdeiros/filhos de Deus –, da nossa pertença – irmãos em Jesus Cristo – e da salvação que Ele nos traz.
Nesta tensão, entre a celebração festiva do Natal, que nos coloca no presépio junto a Deus que Se faz criança, e a vinda definitiva de Jesus, no dia-a-dia, e no final, quando Deus fizer regressar a Si toda a criação, saboreamos já a salvação de Deus.
A profecia de Sofonias faz um apelo semelhante ao de São Paulo: “… solta brados de alegria, Israel. Exulta, rejubila de todo o coração… O Senhor, Rei de Israel, está no meio de ti e já não temerás nenhum mal”.
O que Sofonias profetiza para o futuro, São Paulo vive-o como experiência, testemunhando a presença constante de Jesus na sua vida e na via das comunidades cristãs.
3 – A alegria dos cristãos não significa a resignação com as situações do mal, pelo contrário, manifesta a certeza que o bem vencerá, Deus terá a última palavra. Esta certeza inunda o nosso coração de alegria, renova as nossas energias, compromete-nos na construção da casa da Fé e do Evangelho, casa de todos e para todos.
Se existe o mal e não há forma de o vencer não adianta a luta. Se Ele vence o mundo, as forças do mal, então também nós podemos, com Ele, com a Sua graça, contribuir para vencer todas as manifestações malévolas.
Como? João responde em concreto: «quem tiver duas túnicas reparta com quem não tem nenhuma; e quem tiver mantimentos faça o mesmo; não exijais nada além do que vos foi prescrito; não pratiqueis violência com ninguém nem denuncieis injustamente».
4 – Os contemporâneos de João Batista alegram-se com o anúncio da vinda do Messias. Querem estar preparados. João anuncia-lhes a Boa Nova, mas esclarece: «Eu batizo-vos com água… Ele batizar-vos-á com o Espírito Santo e com o fogo».
Deixemo-nos contagiar pelas suas palavras e com Isaías rezemos: “Cantai ao Senhor, porque Ele fez maravilhas, anunciai-as em toda a terra. Entoai cânticos de alegria, habitantes de Sião, porque é grande no meio de vós o Santo de Israel”.
Textos para a Eucaristia (ano C): Sof 3, 14-18a; salmo: Is 12,2-3.4bcd.5-6;Filip 4, 4-7; Lc 3, 10-18.
Reflexão Dominical COMPLETA na página da Paróquia de Tabuaço
e no nosso blogue CARITAS IN VERITATE