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...espaço de discussão, de formação, de cultura, de curiosidades, de interacção. Poderemos estar mais próximos. Deus seja a nossa Esperança e a nossa Alegria...

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04.06.23

Boletim Paroquial Voz Jovem - janeiro a abril de 2023

mpgpadre

A Páscoa recentra-nos no essencial da nossa fé cristã, celebração do mistério da paixão redentora de Jesus Cristo e da Sua ressurreição. Na morte, a expressão máxima da entrega por amor. Na ressurreição, a confirmação que aquele projeto de vida, preconizado pelo Filho de Deus não se esgota com a morte, não termina, pelo contrário, expande-se da terra para a eternidade, de um local determinado e de um tempo específico, para todo o universo, para todos os tempos.

Este é o mistério maior da nossa fé. A sua celebração anual estende-se por várias semanas, pela preparação e caminho, a Quaresma, pela vivência da Semana Santa, com especial incidência o Tríduo Pascal, e sete semanas em que a alegria pascal é anunciada e celebrada. O tempo de Páscoa é coroado com o Pentecoste, o envio do Espírito Santo sobre os Apóstolos, sobre a Igreja.

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A nossa paróquia procura que este tempo seja favorável para renovar a fé, solidificar a esperança, incentivar o cuidado caritativo. O nosso boletim sublinha a centralidade da Páscoa, fixando em texto e imagem alguns dos momentos celebrativos.

Mas há outros motivos de interesse que queremos também fixar como relevantes para a vida da comunidade e para a vivência da fé. Na semana de 5 a 12 de fevereiro, o “terceiro” e último ano da Missão País, em Tabuaço. Foram três anos, mais o da pandemia, 2021, em que o contacto foi virtual e limitado a alguns grupos, como com os alunos de EMRC, em que dezenas de jovens, da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) espalharam alegria, sorrisos, partilharam a fé, testemunhando-a na escola, na rua, de porta em porta e de casa em casa, nas associações, nos Bombeiros, na celebração da Eucaristia, na catequese, nos lares, finalizando com excelente performance do teatro, fiel à temática de cada ano. Agradecemos-lhe o testemunho, na certeza que foram felizes no meio de nós. Recebemos e demos.

No âmbito da catequese, inserida na vida comunitária, a Festa da Palavra, com a Entrega da Bíblia aos meninos do 4.º, 5.º e 6.º anos, agregando estes dois últimos, por não ter sido possível celebrar esta festa com eles, nem em 2022 nem em 2021; a Festa do Pai-nosso, no dia 19 de março, e a bênção de crianças e grávidas sábado seguinte ao dia 2 de fevereiro, Festa da Apresentação do Senhor.

 

Para fazer o download clicar sobre a imagem ou seguir a hiperligação:

BOLETIM PAROQUIAL VOZ JOVEM - janeiro a abril de 2023

01.05.21

Boletim Paroquial Voz Jovem - janeiro a abril de 2021

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Há mais de um ano que vivemos em pandemia, o que levou a alterar hábitos, ritmos, encontros. As paróquias não ficaram alheias aos confinamentos gerais e a dois momentos de suspensão das clebrações comunitárias, em 2020, de 14 de março a 30 de maio, e em 2021, de 23 de janeiro a 15 de março. Mas se há um ano abarcou parte da Quaresma e todo o tempo de Páscoa, este ano permitiu-nos a celebrações de São José e da Semana Santa e porquanto, tendo em conta o evoluir da situação favorável, continuaremos a o usufruir de mais oportunidades de juntos, presencialmente juntos, celebrarmos a fé, partilharmos a vida, confraternizarmos, animar-nos mutuamente a acolher, viver com alegria e a testemunhar o Evangelho.

Temos saudades de momentos, encontros, celebrações que faziam parte da nossa comunidade, mas certos que o tempo de espera e o cuidado pelos outros produzirão o seu fruto e a consciência de precisarmos dos outros, de os sentirmos, de os ouvirmos e olharmos olhos nos olhos. Não sabemos o depois, mas sabemos que o mundo precisa de todos, de mim e de ti, para transparecer a bondade de Deus, a sua ternura e amor. É este o tempo favorável, o tempo da salvação, contando com todos os limites que nos impõem e com as nossas próprias fragilidades.

O Boletim Voz Jovem chega, às vossas mãos, em mais uma edição, com textos e fotos, fixando momentos importantes na vida da comunidade, não apenas para recordar, mas para provocar vontade em empenhar-nos ainda mais na vida comunitária.

A Semana Santa, sendo a Semana Maior da nossa fé, da liturgia, ocupa um lugar de grande destaque, mas também o tempo de preparação para a Páscoa. Além o ciclo da Páscoa, a solenidade de São José, num ano que lhe é especialmente dedicado, e a Paragem 23, na Paróquia de Pinheiros, num momento de oração pelas JMJ 2023, iniciativa do Departamento da Pastoral Juvenil de Lamego.

 

Ou fazer o download a partir da hiperligação:

BOLETIM PAROQUIAL VOZ JOVEM - janeiro a abril de 2021

21.05.19

Boletim Paroquial Voz Jovem - abril de 2019

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Boletim Paroquial Voz Jovem dedicado por inteiro ao mês de abril: Jubileu dos 600 anos da morte de São Vicente Ferrer, com a presença de D. António Couto, que presidiu à Eucaristia e à Procissão; clebrações da Semana Santa, presença do Grupo Coral da Catequese na Visita Pastoral de D. António à Paróquia de Santa Eufémia; oração à Virgem Maria do João Miguel, e horários da Visita Pastoral de D. António Couto à nossa comunidade paroquial de Nossa Senhora da Conceição de Tabuaço (antes seviu de divulgação, a posteriori, serve para memória futura.

Pode ler o Boletim clicando sobre a imagem, será direcionado para o Boletim em formato PDF:

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Ou fazer o download a partir da hiperligação:

BOLETIM PAROQUIAL VOZ JOVEM - abril de 2019

24.03.18

Contudo, não se faça o que Eu quero, mas o que Tu queres.

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1 – A Semana Santa faz-nos reviver especialmente as últimas horas da vida de Jesus. A Sua vida inteira está contida na celebração dos Sacramentos, especialmente na Eucaristia, que torna atual a Sua presença no meio de nós, fazendo-nos participar da Sua vida divina.

Há uma multidão que aclama Jesus: Hossana, Hossana, Filho de David! Bendito o que vem em nome do Senhor! O Rei vem num jumentinho! É um Rei sem poder, sem cavalos e sem exército! Um bando de maltrapilhos! São os amigos de Jesus. Entre eles, estamos nós! Uns mais pobres, outros mais desafogados, todos entusiasmados com os cânticos e com a manifestação de júbilo. Por vezes perdemo-nos na multidão, para o bem e para o mal! Deixamo-nos entusiasmar!

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2 – Na ceia pascal, o ambiente torna-se mais denso! Sentemo-nos ao redor de Jesus! Também somos Seus convidados.

Em Betânia, em casa de Simão o leproso, uma mulher derrama um vaso de alabastro, perfume de alto preço, sobre a cabeça de Jesus. Diante de alguma contestação Jesus declara: «Ela fez o que estava ao seu alcance: ungiu de antemão o meu corpo para a sepultura».

Logo depois, a Ceia Pascal. Um memorial que nos remete para a Eucaristia, instituída na Última Ceia. Desejei ardentemente comer esta Páscoa convosco! Estamos também lá! Somos João, Pedro e Judas, somos Tomé e Filipe, Tiago e André. Porque é que o Mestre está tão concentrado, o que é que Lhe vai na cabeça?

«Tomai: isto é o meu Corpo... Este é o meu Sangue, o Sangue da nova aliança derramado pela multidão dos homens». Jesus não nos deixará sós! Ainda não foi morto, mas já abre uma janela, uma possibilidade, Ele ficará presente!

 

3 – Cantaram os salmos e saíram para o Jardim das Oliveiras. Jesus previne. «Ficai aqui e vigiai». Todos garantem que não O abandonarão… Jesus reza, suplica, volta-Se totalmente para o Pai: se é possível, afasta de Mim este cálice, «Contudo, não se faça o que Eu quero, mas o que Tu queres». A oração gera intimidade com Deus.

Judas, um dos amigos mais chegados, trai-O com um beijo. Jesus é levado às autoridades dos judeus e logo de seguida ao poder romano, pois só este pode decretar a morte de alguém. Novamente a multidão se junta. «Crucifica-O». Um multidão em polvorosa. A humanidade tem do melhor e do pior. Cada um de nós!

 

5 – A morte está logo ali! Porém, Jesus não Se deixa destruir. Podem matá-l'O (fisicamente), mas não O destroem. Ele entrega a Sua vida ao Pai. Ele entrega a Sua vida para nos salvar. A Sua Cruz é por nós, para nossa salvação. Quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á e quem perder (gastar) a sua vida ganhá-la-á para a vida eterna. É o que Ele faz, dá-Se até ao último fôlego, até à última gota de sangue.

A oração de Jesus na Cruz envolve o nosso próprio sofrimento, a nossa confiança em Deus e o nosso clamor: «Meu Deus, meu Deus, porque Me abandonastes?».

Soltando um forte grito expirou. Fica o testemunho: «Na verdade, este homem era Filho de Deus». Fica o silêncio e a presença de algumas mulheres. Fica a delicadeza da sepultura: José de Arimateia, ilustre membro do Sinédrio, pediu o corpo de Jesus e deu-Lhe sepultura num sepulcro novo cravado na rocha.


Textos para a Eucaristia (B): Is 50, 4-7; Sl 21 (22); Filip 2, 6-11; Mc 14, 1 – 15, 47.

30.04.17

VL – Deus da Páscoa, da criação e da salvação

mpgpadre

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Deus. Amor. Criação. Vida. Humanidade. Harmonia. Cumplicidade. Diálogo. Alegria.

Homem e Mulher. Fragilidade. Pecado. Egoísmo. Discussão. Violência. Inveja. Morte.

Chamamento. Promessa. Aliança. Profecia. Conversão. Perdão. Misericórdia.

Jesus Cristo. Abaixamento. Compaixão. Vida nova. Nova criação. Salvação. Ressurreição.

Chamamento. Vocação. Seguimento. Discípulos. Missionários. Espírito Santo. Igreja.

Fraternidade. Humildade. Escuta. Obediência. Verdade. Libertação. Caridade.

Deus criou-nos por amor. Desde toda a eternidade e para sempre, Deus nos ama, como Pai e sobretudo como Mãe. A Páscoa de Jesus, a Sua ressurreição entre os mortos, clarifica, ilumina, torna percetível e pleniza a Encarnação, mistério de abaixamento, Ele que era de condição divina não se valendo da Sua igualdade com Deus, assumiu a condição de servo, humilhou-se a Si mesmo, obedecendo até à morte e morte de Cruz. Por isso Deus O exaltou e lhe deu o NOME que está acima de todos os nomes.

A vinda do Filho Unigénito de Deus aproxima a eternidade do tempo. Deus que nunca Se afastou nem Se distanciou, tornou-Se visível em Jesus Cristo. Não há como voltar atrás. Ele está no meio de nós como Quem serve, sempre e para sempre. Ao longo da Sua vida, sobretudo, ao longo dos três anos de vida pública, Jesus viveu para servir, para amar, para gastar a vida, para salvar, integrar, redimir, incluir todos os que andavam dispersos pelo pecado, pelas trevas e pela morte.

Foi crescendo em graça e sabedoria, diante de Deus e dos homens e chegada a Sua hora espalhou bondade e doçura, procurando os que andavam cansados e abatidos, como ovelhas sem pastor, indo às margens para Se encontrar com os que se tinham perdido pela solidão, pela pobreza, pela exclusão social, cultural e religiosa. Contundente contra os que usavam de artimanhas e hipocrisias, escravizando pessoas e perpetuando situações de pecado, de abuso, de corrupção; dócil, próximo, misericordioso para leprosos, cegos, coxos, crianças, mulheres, publicanos, pecadores, estrangeiros. Veio para incluir, revelando a Misericórdia de Deus Pai. O Seu projeto e o Seu propósito, o Seu alimento e a Sua vida: em tudo fazer a vontade do Pai. E a vontade do Pai é que todos se salvem.

Qual manso Cordeiro levado ao matadouro, inocente, arrastado para julgamento, condenado à morte, à ignomínia da Cruz, como malfeitor. Da Sua boca não se ouviram injúrias! Procurando-nos com o Seu olhar compassivo para nos manter vivos, como a Pedro ou a Judas; elevando o olhar, o coração e a vida para o Pai, nas mãos de Quem Se coloca por inteiro e em Quem nos coloca.

 

Publicado na Voz de Lamego, n.º 4408, de 18 de abril de 2017

30.04.17

VL – Deus da Páscoa. Não é a Cruz que nos mata…

mpgpadre

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Não, não é a Cruz que mata Jesus.

Não, não é a Cruz que nos mata.

O que mata Jesus é o nosso pecado, o nosso egoísmo, o nosso desamor.

O que nos mata é a solidão, o colocar-nos como centro ou deixando que os outros nos endeusem. O que nos mata é a preguiça em amar e fazer o bem.

Mata Jesus a prepotência, a corrupção, a idolatria, a intolerância.

Morremos, não quando o coração falha ou o cérebro se desliga, mas quando deixamos de amar, quando deixamos de sentir a vida, o apelo dos outros, quando somos indiferentes ao sofrimento e necessidades dos irmãos.

É na Cruz que Jesus é morto, mas nem a Cruz O impede de nos encontrar. Jesus não dá as costas à Cruz, enfrenta-a, carrega-a, mas não foge. Ressuscitado, traz na Sua carne, na Sua vida, as marcas da crucifixão. Vede as minhas mãos e o meu lado, Sou Eu, não temais. E de forma ainda mais incisiva a Tomé: vê, toca, as minhas chagas, Sou Eu, não é um fantasma ou um espírito.

Poderíamos dizer, em contraponto, que não é a Cruz que nos salva, mas o amor de Jesus. Somos salvos por uma Cruz, mas não por uma cruz qualquer ou a cruz enquanto instrumento de tortura e de matança, mas por Aquele que leva o amor até às últimas consequências, até ao limite, enfrentando a injúria, os escarros e o escárnio, a flagelação e a morte cruenta na Cruz.

O cristão não vive sem a Cruz. Sem a Cruz não existe Igreja, não existem cristãos. Mas, em definito, quem nos salva é Jesus que morreu na Cruz. Quem nos salva é Jesus que volta à vida. Não é a cruz mas a ressurreição que ilumina o nosso caminho para Deus. A cruz é memória e promessa. Recorda-nos o imenso amor de Deus por nós manifestado em Jesus Cristo. É promessa que desemboca na Ressurreição. Aquele que vimos esmagado pelo sofrimento, agredido violentamente, obrigado a carregar o travessão da cruz, exausto pelas vergastadas e pela perda de sangue, voltou à vida. Deus Pai, a Quem Se confiou, não O desapontou, ressuscitou-O. Ele vive e está no meio de nós.

E de volta à vida, com as marcas da Paixão, Jesus carrega a mesma mensagem, enviando-nos: ide e anuncia o Evangelho a toda a criatura, curai os doentes, expulsai os demónios, comunicai a paz e a esperança, testemunhai o amor e a fidelidade de Deus, até ao fim do mundo.

 

Publicado na Voz de Lamego, n.º 4409, de 25 de abril de 2017

30.04.17

VL – Caminhemos com Jesus ao Calvário… e logo à Sua Páscoa!

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Iniciámos a Semana Santa, a semana maior, pois nela se visualiza, de forma mais viva e intensa, o mistério maior da nossa fé, a paixão redentora de Jesus, que dá a vida por nós, e a Sua ressurreição gloriosa, certeza que a última palavra é da vida, é do amor, é de Deus. Até à Páscoa solene (anual) somos envolvidos nas últimas horas de vida de Jesus, centrados especialmente no processo rápido que O leva da ceia pascal ao Calvário, revelando-nos por inteiro o mistério de amor, de dádiva, de libertação, de resistência ao sofrimento, de priorização de Deus e da Sua vontade, de ousadia e de humildade, de perdão e de compaixão.

Jesus manda preparar a Páscoa. É um momento de festa, de convívio, de encontro e de memória. A comunidade reúne-se para celebrar a libertação; em família, relembra-se tudo quanto fez o Senhor, Deus de Israel, a favor do povo, para que as gerações vindouras vivam agradecidas e voltadas para o Senhor.

Quando a Ceia se aproxima do fim, Jesus antecipa a Sua morte e ressurreição, instituindo a Eucaristia: sempre que fizerdes isto, fazei-o em memória de Mim. Este é o Meu Corpo. Este é o Meu sangue, entregue por vós e a vós confiado para a salvação do mundo.

Terminada a refeição, Jesus sai com os discípulos para o Jardim das Oliveiras. A noite convida ao descanso. Mas não são horas para dormir, são horas de vigiar, de rezar com insistência. Pelo menos da parte de Jesus. Aproximam-se trevas densas, tenebrosas, mas mais do que a falta de luminosidade exterior é a falta de luz nos corações. Quem não tem luz no coração vive mergulhado na morte.

Naquela hora, Jesus penetra o sofrimento mais atroz. O desfecho está à vista. Um pouco mais, e ainda escuro, na noite de Judas e das lideranças judaicas, Jesus será preso, julgado, condenado à morte. Alguns minutos, algumas horas, e o fim virá! Pai, Pai, Pai, se é possível que passe de Mim esta hora, que passe rápido. Tanto sofrimento para um Homem só. Os gritos de Jesus levam os nossos gritos também. Pai, Pai, Pai, cumpra-se a Tua vontade. É mortal este caminho de entrega, é dom, mas é o caminho da salvação. Não há armas para lutar. A vida ganha-se pela fragilidade/força do amor, pela benevolência, pela misericórdia. O ódio, a guerra, a inveja, só geram mais discórdia, mais destruição, mais desumanização. Caminhemos com Jesus até ao calvário, até à cruz, e Ele nos mostrará a Luz!

 

Publicado na Voz de Lamego, n.º 4407, de 11 de abril de 2017

10.04.17

Boletim Paroquial Voz Jovem: janeiro-março 2017

mpgpadre

A vida da comunidade também se faz de memória agradecia. O Boletim Paroquial serve para fixar momentos, recordar celebrações, sublinhar vivências, desafiar a novos compromissos.

Este trimestre destaque para a Festa da Apresentação de Jesus, bênção das crianças e de mulhers grávidas; festa do Pai-nosso em Dia do Pai; Vigília de oração pelos doentes; GJT no cinema; Visita aos Doentes, conferência da Irmã Ângela Coelho em Moimenta da Beira, por ocasião do Centenário das Aparições.

Texto e fotos, para recordar, para guardar, para fazer memória, para preservar... e continuar a viver, a participar, a gastar a vida com e pelos outros, como Jesus.

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O Boletim poderá ser lido a partir da página da Paróquia de Tabuaço, ou fazendo o download:

08.04.17

Senhor, não Vos afasteis de mim, sois a minha força...

mpgpadre

1 – O Domingo de Ramos remete-nos para o centro da nossa fé, com o mistério de entrega de Jesus a favor da humanidade inteira, logo a favor de cada um de nós, mistério de amor, de dádiva, de libertação, de resistência ao sofrimento, de priorização de Deus e da Sua vontade, de ousadia e de humildade, de perdão e de compaixão.

Entrada triunfal de Jesus na cidade santa de Jerusalém, montando num jumentinho. É o Príncipe da Paz, o filho de Deus, o Filho da Promessa. Não traz com Ele um exército, traz uma multidão desorganizada de maltrapilhos, pobres, galileus, adeptos, simpatizantes, discípulos, mulheres, publicanos. É uma multidão barulhenta, feliz, esperançosa. Aclamam, talvez, não a uma só voz ou na mesma direção, mas aclamam com júbilo, preparando-se exterior e interiormente para a Festa da Páscoa. Há rostos com lágrimas, há olhares apreensivos, há sorrisos rasgados e rostos fechados. Há quem esteja totalmente ali e quem esteja apenas por curiosidade, arrastados pelo ajuntamento.

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2 – A noite disfarça e esconde muita coisa. Depois da Ceia, Jesus sai com os discípulos para o Jardim das Oliveiras. A noite permite também o silêncio e, até certo ponto, o descanso. Mas não são horas para dormir, são horas de vigiar, de rezar com insistência. Pelo menos da parte de Jesus. Aproximam-se as trevas densas, tenebrosas, mas mais do que a falta de luminosidade exterior é a falta de luz nos corações. Quem não tem luz no coração vive mergulhado na morte.

Naquela hora, Jesus penetra o sofrimento mais atroz. O desfecho está à vista. Um pouco mais, e ainda escuro, na noite de Judas e das lideranças judaicas, será preso, julgado, condenado à morte. Resta pouco tempo. Alguns minutos, algumas horas, e o fim virá! Pai, Pai, Pai, se é possível que passe de Mim esta hora, que passe rápido que não aguento mais, ou passe adiante, porque é de mais, tanto sofrimento para um Homem só. Os gritos de Jesus levam os nossos gritos também. Pai, Pai, Pai, cumpra-se a Tua vontade. É mortal este caminho de entrega, é dom, mas é o caminho da salvação, a afirmação da verdade, da vida, da compaixão. São horas de levantar do sono, já se aproxima aquele que vai entregar o Filho do Homem.

 

3 – Em menos de nada, Jesus é condenado à morte, sem tempo para que alguém lance dúvidas ou ponderações. É açoitado, cuspido, injuriado, escarnecido. Colocam-se uma coroa, de espinhos, que se espetam na carne. Põem-Lhe aos ombros a trave da cruz. Pesada a cruz, difícil o caminho, fisicamente Jesus vai ficando esgotado.

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4 – Entre apupos, sobe a encosta do calvário, a arrastar-se, faz das tripas coração, das fraquezas forças. Os açoites violentos fizeram com que perdesse muito sangue, ficando em carne viva quase por todo o corpo, com músculos gravemente feridos. Segue mais morto que vivo. Mas avança decidido conforme as forças Lhe permitem. E se arrastam um Simão para ajudar a Cruz é por alguma compaixão ou simplesmente para apressar o desfecho, pois também os soldados veem que Jesus já não pode mais. Os amigos vão ficando para trás, escondendo-se entre a multidão e só as mulheres O seguem de perto, com Maria, Sua Mãe, no Seu encalço.

Completamente esgotado, a respirar a custo e ainda assim não O deixam sossegado, recebendo mais injúrias. A Sua oração ao Pai respira este aparente abandono – «Meu Deus, meu Deus, porque Me abandonastes?». É o início do longo Salmo que termina confiando, entregando-se e suplicando a Deus. «Mas Vós, Senhor, não Vos afasteis de mim, sois a minha força, apressai-Vos a socorrer-me».


Textos (ano A): (Ramos:) Mt 21, 1-11 (Ramos); Is 50, 4-7; Sl 21 (22); Filip 2, 6-11; Mt 26, 14 – 27, 66.

 

REFLEXÃO DOMINICAL COMPLETA na página da Paróquia de Tabuaço

e no nosso outro blogue CARITAS IN VERITATE

19.03.16

«Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito».

mpgpadre

1 –  As horas que se aproximam, distribuídas na Semana Maior da nossa fé, valem a vida de Jesus e a salvação da humanidade.

Suor e lágrimas, cansaço, dor física, traição e fuga dos amigos, violência, injúrias, crucifixão e morte. Jesus sobe a Jerusalém pela Páscoa. Há um vislumbre de paz e de festa. Com Jesus, os seus amigos, discípulos, alguns familiares, conterrâneos. Segundo Bento XVI, esta multidão é constituída por galileus, pobres, agricultores e artesãos, pedintes, discípulos, mulheres, pessoas que curou e reabilitou.

Alguns judeus juntam-se ao molhe, por curiosidade, por amizade, em processo de conversão. Jesus tinha amigos nas redondezas, em Betânia, a família de Lázaro, Marta e Maria, e em Jerusalém, o amigo que lhe empresta a casa para comer a Páscoa. Sendo poucos, mostram que Jesus não é propriedade exclusiva de um grupo.

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2 – Jesus voltará a entrar na cidade de Jerusalém. Então formar-se-á outra multidão, instigada pelas autoridades judaicas, líderes do Templo e elites sociais. Prevalece, nestoutra multidão, a animosidade para com Jesus. Também aqui há boas pessoas simples e/ou ingénuas.

Durante a Ceia, Jesus faz-nos passar do sossego à apreensão. A refeição é um momento de repouso, de alegria, de festa, satisfaz uma necessidade e coloca em comunhão íntima os convivas.

A Paixão aproxima-Se. Há que dizer as últimas palavras. «Ora Eu estou no meio de vós como aquele que serve... Eu preparo para vós um reino, como meu Pai o preparou para Mim: comereis e bebereis à minha mesa, no meu reino… Simão, Satanás vos reclamou para vos agitar na joeira como trigo. Mas Eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça. E tu, uma vez convertido, fortalece os teus irmãos».

O reino de Deus que Jesus inaugura é exigente, pois reclama a verdade e o serviço. É para julgar, servindo, com misericórdia.

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3 – Depois da refeição, Jesus retira-Se para o Jardim das Oliveiras, para rezar. São horas de agonia. Vai morrer. Já não há volta a dar. Tem que enfrentar ou que fugir. «Pai, se quiseres, afasta de Mim este cálice. Todavia, não se faça a minha vontade, mas a tua». Prevalece a vontade do Pai. Jesus há de assumir a Cruz como expressão do amor pela humanidade. O Mestre da Vida leva até ao fim a opção por nós.

Na hora mais dramática, os discípulos adormecem. É a história da nossa vida. Será oportunidade de conhecermos os amigos que temos! «Porque estais a dormir? Levantai-vos e orai».

Ainda estava a falar quando a multidão se aproximou. Judas encabeça este grupo. Um dos amigos mais fiáveis não resistiu a entregar Jesus! Porquê? Por não acreditar em Jesus e no Seu projeto de amor? Ou por acreditar tanto mas sem paciência para esperar por Deus?

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4 – Jesus à injúria e à violência reage com amor, com perdão: «Basta! Deixai-os». A violência não resolve. É arrastado, escarnecido, os discípulos não O acompanham. Judas trai. E todos O traem. Pedro nega-O. Todos os apóstolos se mantêm à distância. Fogem.

Diante do Sumo-Sacerdote ou de Pilatos, Jesus mantém a mesma docilidade. A Sua vida tem um propósito definido: entrega, oblação, dádiva, a favor da humanidade.

Ele "que era de condição divina, não Se valeu da sua igualdade com Deus, mas aniquilou-Se a Si próprio. Assumindo a condição de servo, tornou-Se semelhante aos homens. Aparecendo como homem, humilhou-Se ainda mais, obedecendo até à morte e morte de cruz".

Até o pobre Barrabás é beneficiário da morte de Jesus Cristo, tal como o bom ladrão que com Ele foi crucificado.

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5 – No final, o dia escurece mas não desaparece nem a delicadeza nem a esperança. Primeiro o centurião, que glorifica a Deus: «Realmente este homem era justo». Depois, José de Arimateia a mostrar que é sempre possível a compaixão. Uma das últimas obras de misericórdia corporal: enterrar os mortos!

Ecoam até ao túmulo as últimas palavras de Jesus: «Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito». No meio daquele torpor, a certeza da entrega confiante de Jesus nas mãos do Pai. Entrega-Se e entrega-nos, confia-nos, a Deus, Pai de Misericórdia.

_________________________

Textos para a Eucaristia (ano C): Lc 19, 28-40. L1 Is 50, 4-7; Sl 21 (22); Filip 2, 6-11; Lc 22, 14 – 23, 56.

 

REFLEXÃO DOMINICAL COMPLETA na página da Paróquia de Tabuaço

e no nosso outro blogue CARITAS IN VERITATE

 

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