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Escolhas & Percursos

...espaço de discussão, de formação, de cultura, de curiosidades, de interacção. Poderemos estar mais próximos. Deus seja a nossa Esperança e a nossa Alegria...

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26.01.16

Leituras: D. MANUEL CLEMENTE - O Evangelho e a Vida - ano C

mpgpadre
D. MANUEL CLEMENTE (2015). O Evangelho e a Vida. Conversas na rádio no Dia do Senhor. Ano C. Cascais: Lucerna. 304 páginas.

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D. Manuel Clemente teve nos microfones da Rádio Renascença um instrumento privilegiado de evangelização, salientando-se os 12 anos, no programa "O Dia do Senhor", nas manhãs de domingo, a comentar a Liturgia da Palavra de cada domingo, centrando-se especialmente no Evangelho proclamado nesse dia.

Depois dos dois volumes - ano A e ano B -, a publicação do volume do ano C. A linguagem é radiofónica, portanto, direta, acessível, simples, situando o texto, pondo em evidência uma frase ou uma expressão, a postura de Jesus e a reação das pessoas, a vivência dos discípulos e das comunidades cristãos, a reação dos ouvintes e a forma como as comunidades foram acolhendo e traduzindo a palavra de Deus para melhor viver e seguir Jesus Cristo.

A Palavra de Deus é viva, para todos os tempos. Jesus ressuscitou, vive entre nós, continua a ser a força e a luz de muitas pessoas e de muitas comunidades. O mundo pode sempre melhorar, os cristãos têm uma importância crucial, com os valores da vida, da dignidade humana, da partilha solidária, do amor caritativo, da doação da própria vida pelo vida dos outros, ao jeito de Jesus, seguindo a Sua Palavra e a Sua maneira específica de privilegiar os mais frágeis, as pessoas excluídas, pela doença, pelo estrato social, pela profissão, pela vida moral. Para Jesus todos são - todos somos - filhos que merecem todo o cuidado, toda atenção.

Como em outros comentários à Liturgia de Domingo, a sua leitura poderá fazer-se na semana que antecede cada domingo, ficando mais próxima a preparação do mesmo, ou de uma assentada, ficando-se com uma visão global e antecipada de todo o ano litúrgico, que começou com o primeiro domingo do Advento e terminará em 20 de novembro de 2016. Coincidente com este ano litúrgico, a celebração do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, sabendo-se que neste ano C é proclamada preferencial do Evangelho de São Lucas, Evangelho da Misericórdia.

Havendo diversos subsídios confiáveis e seguros que ajudam a preparar e a refletir a Liturgia da Palavra de cada domingo, também este, seguramente, é um comentário seguro, interpelativo, centrado no texto mais importante para os cristãos - o Evangelho - e num discurso muito direto e muito vivo, inculturado na atualidade, desafiador da criatividade e do compromisso dos cristãos para hoje.

25.01.16

Leituras: D. MANUEL CLEMENTE - O Evangelho e a Vida - ano A

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D. MANUEL CLEMENTE (2013). O Evangelho e a Vida. Conversas na rádio no Dia do Senhor. Ano A. Cascais: Lucerna. 320 páginas.

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No dia 7 de julho de 2013, D. Manuel Clemente assumia a cátedra do Patriarcado de Lisboa. Durante alguns anos, como Bispo Auxiliar de Lisboa e, depois, como Bispo do Porto, manteve uma presença regular na Rádio (Renascença) e na Televisão (RTP 2), em programas semanais. Na televisão, no programa da Igreja Católica "ECCLESIA", os diálogos, habitualmente com Paulo Rocha, sobre a vida da Igreja e da sua história milenar. Estes diálogos foram publicados em livro: Uma Casa Aberta a Todos, onde se recolhem textos de outras intervenções de D. Manuel Clemente.

A presente obra ora recomendada, resulta dos comentários feitos na Rádio Renascença, ao domingo, no programa "O Dia do Senhor". D. Manuel Clemente comentava a Liturgia do Domingo.

O livro recolhe as intervenções de D. Manuel Clemente, em clima de familiaridade e de diálogo. O comentário centra-se no Evangelho do respetivo domingo. Quem já o escutou na rádio ou na televisão, ou quem já leu algum texto ou intervenção, sabe da serenidade de D. Manuel Clemente, falando de forma simples, acessível, procurando que a Palavra de Deus seja luz para os crentes de hoje, para a Igreja e para o mundo.

Pessoalmente, tive a oportunidade de escutar estas e outras reflexões, ao domingo de manhã, não na totalidade, mas durante uns 10 minutos, na passagem de uma para outra Eucaristia dominical. Por vezes, uma frase, um comentário, uma história, serviam-me para um enquadramento diferente na Homilia ou para explicitar alguma interpelação.

Os textos podem ser lidos na semana anterior ao respetivo domingo, preparando-se para melhor a Eucaristia e o Domingo, ou de uma assentada, ficando-se com uma visão geral de todo o ano litúrgico, voltando aos textos em cada semana. Neste ano A, o evangelista que mais de perto nos acompanha é São Mateus, o Evangelho da Igreja.

25.01.15

Leituras: D. MANUEL CLEMENTE - O Evangelho e a Vida - ano B

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D. MANUEL CLEMENTE (2014). O Evangelho e a Vida. Conversas na rádio no Dia do Senhor. Ano B. Cascais: Lucerna. 320 páginas.

Depois de algumas sugestões de leitura para melhor preparar o Domingo:

       Sugerimos agora do livro de D. Manuel Clemente, Patriarca de Lisboa. Para o ano A, tínhamos feito a sugestão de três livros, para lá de blogues, páginas, Facebook, Youtube, aplicações, que partilham textos, propostas de reflexão, pistas de reflexão para melhor escutar e mastigar a palavra de Deus.

       Por um lado, a variedade de propostas para melhor preparar o Dia do Senhor, através da preparação da Palavra de Deus, para que a escuta nos aproxime verdadeiramente de Jesus Cristo, a Palavra do Pai, que Se faz carne. Por outro lado, a riqueza inesgotável da Palavra de Deus, com as suas diferentes leituras, géneros literários, com a vivência de pessoas e de grupos, da ação de Deus no mundo ao longo do tempo.

       O livro de D. Manuel Clemente centra-se sobretudo nos Evangelhos lidos ao Domingo e nalguns dias solenes. É uma recolha das conversas n' "O Dia do Senhor", da Rádio Renascença, emissora católica portuguesa. Ao longo dos anos, as manhãs de domingo da RR traziam-nos os comentários de D. Manuel Clemente, partindo de um trecho do Evangelho do dia, refletindo as palavras ditas com o fito de que fossem bem percebidas e sobretudo vividas, em família e em comunidade.

      O livro apresenta o Evangelho de cada domingo, seguindo-se a reflexão (oralizante) respetiva. A negrito aparece o texto escolhido e lido através dos microfones da Rádio.

       Por conseguinte, resultando dessas conversas no Dia do Senhor, o discurso é muito direto, acessível, simples, depreendendo-se a sua oralidade, envolvendo-nos no texto, procurando que os diversos encontros sejam entre Cristo e nós, na atualidade pessoal e comunitária.

29.06.14

Leituras - ANTÓNIO REGO - A Ilha e o Verbo

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ANTÓNIO REGO (2014). A Ilha e o Verbo. Dos vulcões da Atlântida à Galáxia digital. Lisboa: Paulinas Editora. 288 páginas.

       O Padre António Rego é bem conhecido do público português. É também conhecido como o Padre Televisão, precisamente pela presença nos ecrãs de televisão ao longo de muitos anos. Completando 50 anos de sacerdote, grande parte dos quais comprometido com os meios de comunicação social ligados à Igreja Católica em Portugal, chega-nos agora esta biografia-entrevista, com um ou outro texto sobre temas fundamentais do Pe. António Rego. 50 anos de vida sacerdotal. Tempo de agradecer. Olhar para trás, revendo como Deus vai guiando a vida e a história. Agradecendo, para continuar a trabalhar em prol da Igreja e da sociedade.

       Natural dos Açores, pouco tempo depois virá para o continente, ficando para sempre ligado ao Patriarcado de Lisboa, iniciando o compromisso com a Rádio Renascença, mas também comprometido com o trabalho paroquial. Projetos como Renascença, colaborações na RTP e na RDP, programas como 70x7, Ecclesia, Fé dos Homens, Secretariado Nacional das Comunicações Sociais, TVI, o canal atribuído à Igreja Católica, mas passando progressivamente para grupos financeiros, mantendo-se a presença da Igreja Católica e do Pe. Rego nomeadamente com a transmissão da Eucaristia dominical, com o programa 8.º Dia. Alguns dos projetos foram continuados por outros, mas têm o impulso inicial do Pe. António Rego, ou pelo menos a sua colaboração, como a transmissão da Eucaristia na RTP.

       No projeto TVI, de que foi também Diretor de Informação, criou como que uma escola de jornalistas para uma tratamento humanista das notícias e onde o religioso tivesse tratamento igual a outros âmbitos, prevalecendo com um lugar próprio, pois o espiritual e o religioso fazem parte do desenvolvimento do ser humano.

       As entrevistas são conduzidas, de forma inteligente, pelo bem conhecido Paulo Rocha, Diretor da Agência Ecclesia, integrando o Secretariado Nacional das Comunicações Sociais e colaborou em muitos projetos do Pe. António Rego.

       Na parte final, textos assinados pelo Padre/Cónego António Rego, Grandes Temas: Mar, Liberdade, Concílio Vaticano II, Meios de Comunicação Social, Arte, Açores, Oração.

31.12.13

Leituras: para melhor preparar o Domingo

mpgpadre

       A riqueza da Palavra de Deus é inesgotável. Na rede poderemos encontrar verdadeiras pérolas, que propõem o texto bíblico e litúrgico de forma acessível, envolvente, com diversos ângulos. Para quem preferir ter um livro com os comentários aos textos de domingo encontram-se muitos publicados.

       O ano A, que iniciou no 1.º Domingo do Advento, tem como evangelista, dos domingos e dias santos, São Mateus. Obviamente que há celebrações específicas que lançam mãos dos outros evangelhos, mas a referência será o Evangelho da Igreja.

Três sugestões:

D. ANTÓNIO COUTO. Quando Elenos abre as Escrituras. Domingo após domingo. Uma leitura bíblica do Lecionário. Ano A. Paulus Editora, Lisboa 2013.

 

D. MANUEL CLEMENTE. O Evangelho e a Vida. Conversas na rádio no Dia do Senhor. Ano A. Lucerna. Cascais 2013. 320 páginas. 352 páginas.

 

José ANTONIO PAGOLA. O Caminho aberto por Jesus: Mateus. Gráfica de Coimbra 2. Coimbra 2010. 280 páginas.

São três leituras provocatórias, envolventes, profundas, acessíveis a todos os leitores, a todos os crentes e também ao squ eo não são tanto, a cristãos e a pessoas de boa vontade. Os autores são bem conhecidos e já recomendámos outros títulos e outros textos:

D. António Couto: AQUI.

D. Manuel Clemente: AQUI.

J Antonio Pagola: AQUI.

       Pagola é espanhol, sacerdote basco, um estudioso da Bíblia, com créditos firmados. A sugestão de leitura não separa por domingos, mas segue o Evangelho, com os diversos momentos, episódios, encontros de Jesus, curas, parábolas, sermão da montanha, pai-nosso, paixão. Traz o texto do evangelho, seguindo-se o comentário, procurando seguir o caminho aberto por Jesus. Já aqui sugerimos a leitura de Marcos. As diversas passagens do Evangelho podem lançar luz sobre a atualidade em clima de fé, de confiança, de compromisso.

       O texto de D. Manuel Clemente resulta dos comentários feitos na Rádio Renascença, ao domingo, comentando precisamente a Liturgia do Domingo. O livro recolhe as intervenções de D. Manuel Clemente, em clima de familiridade e de diálogo. Recolhe sobretudo o texto do Evangelho e o respetivo comentário. Quem já o escutou na rádio ou na televisão, ou quem já leu algum texto ou intervenção, sabe da serenidade de D. Manuel Clemente, falando de forma simples, acessível, procurando que a Palavra de Deus seja luz para os crentes de hoje, para a Igreja e para o mundo.

       D. António Couto, Bispo de Lamego, cujos comentários às leituras de Domingo, especialmente ao Evangelho, têm muitos leitores a partir do seu blogue: Mesa de Palavras: AQUI. Antes de assumir a Diocese de Lamego era um dos residentes no programa da Igreja Católica na RTP, Ecclesia, precisamente para ajudar a preparar a liturgia da palavra de cada Domingo. O livro que ora sugerimos recolhe a reflexão de D. António Couto para cada domingo, com profundidade, saberdoria, envolvendo-nos na Palavra de Deus, fazendo-no sentir parte essencial da história da salvação.

       Como dissemos há muitos outros títulos para ajudar a preparar a reflexão de domingo. Estes três quisemos tê-los acessíveis. A leitura pode ser feita domingo a domingo. No caso de Pagola será de todo útil uma leitura continuada, permitindo ter uma visão global do Evangelho de Mateus. Mas os três títulos podem ser lidos de uma assentada (talvez o que vá fazer) ou antecedendo cada domingo ler o respetivo texto e comentário.

03.10.13

LEITURAS: O tempo pede uma Nova Evangelização

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D. MANUEL CLEMENTE, O tempo pede uma Nova Evangelização. Paulinas Editora. Prior Velho 2013, 160 páginas.

       O atual Patriarca de Lisboa e Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, catedrático, licenciado em História e em Teologia, é um escritor muito acessível, envolvente, comunicador por excelência. Esteve, juntamente com o Bispo de Lamego, D. António Couto, Presidente da Comissão Episcopal da Missão e Nova Evangelização, no Sínodo Extraordinário dos Bispos sobre a Nova Evangelização para a transmissão da Fé, realizado no Vaticano, no início de outubro de 2012.

       Este livro, que se lê de uma assentada, retrata a Nova Evangelização, a urgência de evangelizar de novo, e sempre, com alegria, com entusiasmo, aproveitamento tudo o que de bom existe, potenciando os meios de comunicação social, aprendendo da História, colhendo a sabedoria dos mais velhos, mas também criando possibilidades para os jovens, que estes cheguem de outros países.

       D. Manuel vai às origens da Nova Evangelização, quanto a utilização do termo, da insistência de João Paulo II, da prossecução desta clareza em Bento XVI, que se estende às estruturas eclesiais e sobretudo a todas as pessoas da Igreja, apostando na vivência da Palavra de Deus, testemunhando Jesus Cristo.

       O livro recolhe diversas intervenções de D. Manuel Clemente, em ambiente eclesial, universitário, para diferentes auditórios, e que foram revistos e aprofundados em ordem à publicação deste livro.

       A dimensão histórica está bem vincada. O cristianismo ao longo dos tempos. Como bem clara é a história de Portugal e dos portugueses, com as suas lutas, sonhos, avanços e recuos, partidas e chegadas, com mistura de diversas culturas e povos.

       No primeiro texto, as CINCO grandes EVANGELIZAÇÕES. A primeira evangelização foi sobretudo a dos mártires, nos primeiros séculos. A segunda evangelização, com o desaparecimento da estrutura imperial, centra-se sobretudo no campo, a partir do século V, com os monges. A terceira evangelização, século XII e seguintes, crescimento populacional, animação comercial, capitalização e reurbanização, com novos evangelizadores, sobretudo com os mendicantes, discípulos de São Francisco de Assis e de São Domingos de Gusmão. No século XVI voltou a ser urgente evangelizar de novo, quarta grande evangelização, com as paróquias e as dioceses a precisarem de pastores mais dedicados e presentes. Nas últimas décadas a constatação da urgência de novamente evangelizar, quinta evangelização, com os grande reptos: a) sociedade fragilizada nas famílias... b) cultura com notas de fragmentação, errância e retraimento subjetivo... c) com o contraponto de grandes generosidades de pessoas e grupos... d) a "nova evangelização" terá que retomar o contributo das quatro anteriores - testemunho evangélico (mártires), experiência comunitária de adoração e serviço (monges), proximidade com todos, de pobres para pobres (frades), evangelização permanente do mundo em redor (missionários)...

       Seguem-se depois outros textos muito interessantes, situando de maneira privilegiada a alma português e dos portugueses, desde a fundação da nacionalidade, descobrimentos, descoberta de novos mundos, ir e chegar, partir e voltar, a religiosidade, piedade popular, a cultura, os usos e costumes, assimilação de outras influências, dos que vêm e ficam, ou dos que vão e voltam para ficar.

       É uma leitura agradável e recomendável para crentes e não crentes, para quem sabe para onde vai e para quem anda em busca de caminho, para quem quiser conhecer os contributos da religião na cultura na alma e na história portuguesa, e o contributo da história para viver melhor a religião, a fé cristã. Vejam-se os dois últimos textos - "Os portugueses em 2030" e "A nossa vida é uma corrente que flui". Partir do passado, conhecer a alma e o povo, para lançar os desafios de hoje e de amanhã e, por outro lado, o testemunho pessoal. No último texto, D. Manuel Clemente parte da água em que enxertou a sua corrente e como a sua corrente desembocou em outras correntes e profundidades...

22.09.13

Não podeis servir a Deus e ao dinheiro

mpgpadre

       1 – «Não podeis servir a Deus e ao dinheiro... Nenhum servo pode servir a dois senhores, porque, ou não gosta de um deles e estima o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro». Só um pode ser o meu, o teu, o nosso Senhor, o nosso Amor único e maior.

       Diz-me qual é o teu senhor e dir-te-ei quem és!

       Os bens materiais são necessários. Menosprezar o dinheiro não ajuda a resolver os problemas das pessoas, das famílias e dos povos. Faz-se, por isso, a distinção entre pobreza, como uma atitude face aos bens materiais, e miséria, com pessoas e famílias a viver em condições verdadeiramente indignas.

       Qual a minha postura diante do dinheiro, escraviza-me? O que mais prezo, o que tenho, a minha carteira recheada, ou quem tenho à minha volta, a família e os amigos?

        2 – Jesus conta mais uma parábola. Um homem rico tem um administrador que desperdiça os seus bens. Pede-lhe contas. Sabendo que será despedido, o administrador usa de novo a sua esperteza saloia para se sair bem. Anula parte da dívida aos devedores do seu senhor. Detetada a jogada, aquele senhor, e com ele Jesus, elogia tamanha astúcia: “de facto, os filhos deste mundo são mais espertos do que os filhos da luz, no trato com os seus semelhantes”. A riqueza pode, como se vê, facilitar a amizade.

       “O homem ultrapassa infinitamente o homem” (Blaise Pascal). Superar-se a si mesmo. Melhorar as condições de vida significa cooperar com a obra criadora de Deus. Sede perfeitos como o Vosso Pai celeste é perfeito. A primeira ambição do crente há de ser a ambição da santidade, procurando transparecer a benevolência de Deus.

Uma pessoa sem ambição seria uma pessoa resignada, indiferente, sem esperança, incapaz de se converter e de corrigir os aspetos negativos da sua vida, insensível aos outros e fechada ao futuro.

       3 – A ambição desmedida, ligada ao ter e não ao ser, torna-se pecado que destrói o próprio e todos aqueles que estão à volta. Multiplicar, quadruplicar. A ganância descontrolada conduz à corrupção, ao tráfico de influências, abuso de poder, prepotência, chantagem, cria assassinos, guerras, violências, abre o coração ao diabólico, insidia as relações mais autênticas, facilita divórcios, desagrega famílias, sobretudo em partilhas, fomenta invejas e discórdias.

       Quando se coloca o dinheiro em primeiro lugar, e o que gera riqueza, rapidamente o coração se esvazia. Excessiva preocupação pelo trabalho, pelo que tem que se fazer para fazer dinheiro, e logo falta tempo e espaço para a família, para o descanso, para cuidar da saúde, para a festa, para o lazer, para estar com os amigos, para brincar com os filhos, falta disposição para apaparicar a esposa / o marido. Destrói-se o equilíbrio afetivo. O dinheiro é sempre insuficiente…

        Só Deus é digno de ser adorado/amado. Só Deus. Só Ele o tesouro da nossa vida. Deus em primeiro lugar para que o nosso semelhante seja prioridade. “Onde Deus é tudo, há lugar para tudo e espaço para todos” (D. Manuel Clemente). Amar a Deus implica-nos no amor para com o próximo.

       Nem tudo é transacionável. Veja-se a parábola proposta no domingo passado. Aquele Pai tinha uma fortuna, mas só o bem dos filhos interessava. Dá-lhes todos os seus bens. E no final ainda gasta uma fortuna para fazer festa pelo regresso do filho.

 

       4 – A fidelidade a Jesus passa pela honestidade em relação ao dinheiro. A desonestidade é anticristã.

       Veja-se a clareza de Jesus: «Quem é fiel nas coisas pequenas também é fiel nas grandes; quem é injusto nas pequenas coisas, também é injusto nas grandes. Se não fostes fiéis no que se refere ao vil dinheiro, quem vos confiará o verdadeiro bem? E se não fostes fiéis no bem alheio, quem vos entregará o que é vosso?»

       O mesmo reparo já o tinha feito o profeta Amós: “Escutai bem, vós que espezinhais o pobre e quereis eliminar os humildes da terra. Vós dizeis: «Faremos a medida mais pequena, aumentaremos o preço, arranjaremos balanças falsas. Compraremos os necessitados por dinheiro e os indigentes por um par de sandálias. Venderemos até as cascas do nosso trigo». 

       O Senhor nunca esquecerá as nossas obras. Comprar o pobre, alterar os pesos, aumentar injustamente o preço, impedir o acesso aos bens essenciais, é pecado que brada aos céus.


Textos para a Eucaristia (ano C): Am 8,4-7; 1 Tim 2,1-8; Lc 16,1-13.

25.07.13

D. Manuel Clemente - a Fé do Povo. Religiosidade popular

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D. MANUEL CLEMENTE, A Fé do Povo. Compreender a religiosidade popular. Paulus Editora. Lisboa 2013, 104 páginas.

       Depois de termos sugerido Uma Casa aberta a todos, com entrevistas de Paulo Rocha, transcritas do programa da Igreja Católica, na RTP 2, Ecclesia, nova sugestão, desta feita sobre a religiosidade popular.

       Sob este título, dois trabalhos: "A Religiosidade Popular. Notas apara ajudar ao seu entendimento" (1978) e "Religiosidade Popular e fé cristã" (1987), com a junção de dois pequenos textos publicados na Família Cristã: "O resto, o rasto e o rosto" e "A terra, o sangue e os mortos" (julho e novembro de 2011).

       É uma leitura agradável sobre a religiosidade popular, buscando raízes, contextos, justificações, desafios pastorais. Origens pré-nacionais, e pré-cristãs, mas também raízes dentro do cristianismo, com incidência universal mas também com características nacionais ou locais, em diálogo/conflito com a hierarquia. Com necessidade de purificação, mas também, muitas vezes, com a devoção popular ajudar a corrigir desvios e heresias. mesmo antes e com mais eficiência que a hierarquia.

       Na Introdução:

"Di-lo Jesus: o Seu Evangelho é como uma semente que cai à terra. E cada terra, mesmo falando só da boa, é como é e como o tempo e os homens a fizeram. Por outras palavras, é uma cultura, uma mentalidade, uma maneira de ouvir e responder. Nela se inclui depois o Evangelho, para que produza melhor fruto. Mas este fruto, sabendo a Cristo, saberá também à terra onde cresceu. Daí também que a religião seja popular, porque é de Deus e de cada povo..."

       Da conclusão à segunda parte:

"O cristianismo é essencialmente sacramental: em Jesus Cristo o próprio Deus que se visibiliza e revela; também Cristo ressuscitado de algum modo se vê e toca a hóstia e o irmão. E o catolicismo sublinhou sempre, e algumas vezes polemicamente, esta sacramentalidade, esta mediação constante, porque a fé cristã é fé em Cristo vivo e próximo nos sinais em que nos interpela e se avizinha".

       Texto - resto, rasto e o rosto:

"O resto pagão talvez seja inevitável, enquanto o mundo for mundo: pega-nos à terra, aos antepassados, ao ciclo nascer, crescer e morrer... Rasto mais ou menos profundo, de algo diferente: houve Alguém que nasceu, mas de de outra maneira; viveu, mas com outros sentimentos; morreu, mas venceu a morte... cristamente falando, as coisas só se resolvem na contemplação de um rosto, o do próprio Cristo, ou seja, numa relação pessoa com Aquele que nos personaliza, apelando à nossa liberdade".

       Belíssima reflexão sobre a religiosidade popular, sobre a vivência da fé, sobre a inculturação, melhor, pela encarnação da fé, na tensão dialógica entre a fé e a terra...

23.07.13

D. Manuel Clemente - Uma Casa aberta a todos

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D. MANUEL CLEMENTE, Uma Casa Aberta a Todos. Paulinas Editora. 2.º edição. Prior Velho 2013, 248 páginas.

       No passado dia 7 de julho, D. Manuel Clemente, no Mosteiro dos Jerónimos, assumia a Diocese de Lisboa, como Patriarca, substituindo D. José da Cruz Policarpo. Se já era uma voz relevante na Igreja, na cultura, na sociedade, em Portugal, com a assunção do Patriarcado alarga a curiosidade sobre a sua vida e o seu pensamento.

       As Paulinas permitem-nos as duas coisas. Numa primeira parte, sob a condução de Paulo Rocha, diretor da Agência Ecclesia, responsável por programas como Ecclesia e 70X7 que passam na RTP 2, com uma forte ligação à Igreja, D. Manuel Clemente responde a diversas questões. É, aliás, o formato usado no programa Ecclesia, onde os dois têm abordado diversos temas relacionados com a vida da Igreja e com a sua história. A colaboração com essa assiduidade findam, mas para já a reprodução de algumas entrevistas de Paulo Rocha com D. Manuel Clemente, sobre a sua vida, vocação, como Bispo no Porto e como Patriarca em Lisboa, desafios pastorais, diálogo com a cultura, a sociedade e a política, temas fraturantes, promoção da vida e do bem comum.

        Em análise, nesta(s) entrevista(s), a figura do Papa Francisco, desde a eleição, os gestos e as palavras, e o recuo à sua infância, vocação, e intervenções enquanto Arcebispo de Buenos Aires.

       Na segunda parte desta obra, a Editora apresenta textos de D. Manuel Clemente, em diferentes intervenções, em ocasiões distintas, textos ao tempo de sacerdote, ou Bispo Auxiliar de Lisboa, Bispo do Porto, ou como professor, na Universidade, homilias, textos de reflexão, intervenções públicas, seguindo o Decionário. Em cada um das letras, variadíssimos temas: amor, vida, vocação, bem, bispo, corpo, confiança, crisma, alegria, Deus, Espírito Santo, Eucaristia, Educação, Europa e Cristianismo, Fé e Ciência, Família, Francisco de Assis, Idosos, Laicado, Oração, Páscoa, Porto, Peregrinação, Poesia, Professor, Vieira (Pe. António), Sociedade civil, e tantos outros.

       Na divisão das duas partes, álbum fotográfico, com fotos da família, da infância, da ordenação, como escuteiro, de sacerdote, bispo...

       Num género ou outro, a entrevista ou as reflexões, permitem conhecer melhor o novo Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente. Mais uma leitura agradável, permitindo encarar os desafios do ser cristão na sociedade deste tempo.

 

Para ler partes do livro - AQUI: Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.

e AQUI a partir da Livraria Fundamentos.

20.03.12

D. Manuel Clemente: evangelizar de novo - converter sempre!

mpgpadre

       Creio que as nossas conferências quaresmais deste ano não podiam alhear-se do facto de a Igreja estar já próxima do Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização, a realizar em Outubro, comemorando também os cinquenta anos da abertura do último Concílio Ecuménico: o Vaticano II, em cuja receção ainda estamos, a vários títulos. Nessa altura se abrirá também o Ano da Fé, que marcará certamente o nosso ritmo diocesano até Novembro de 2013.

       Tanta ocorrência próxima exige, antes de mais, conversão. É esta a proposta – para não dizer a exigência – de Cristo, logo no início do Evangelho segundo São Marcos (cf Mc 1, 15). Assim a ouvimos também ao impor das cinzas, a abrir esta Quaresma: “Arrependei-vos e acreditai no Evangelho!”.

       Podemos dizer que esta exigência não é apenas inicial, antes constante nas nossas vidas; e que, sendo a vida em Cristo essencialmente comunitária – sempre (con)vivida no “corpo eclesial de Cristo” -, assim é também para as comunidades, das igrejas domésticas, que são as famílias, às paróquias e a todas as outras formas comunitárias da nossa existência.

       Fixo-me desde já na seguinte afirmação, que será como que o fio condutor de tudo quanto vos direi nestas conferências (ou nas três partes sucessivas duma única conferência): Cristianismo é conversão constante, vivida comunitariamente a partir duma Palavra sempre proclamada e ouvida, que oferece a cada tempo e circunstância a possibilidade de se realizarem pascalmente.

       Dito assim rapidamente, o enunciado pode parecer algo abstrato e mesmo estranho. Mas, na vida que levarmos em Cristo, as coisas aclaram-se e precisam-se, como em cada Quaresma se pede e muito especialmente se requer.

       Digamos então que Cristo conclui em si mesmo a história geral, como sentido último e finalidade atingida. E que a nossa vida em Cristo, na sucessão das gerações que vão protagonizando a aventura humana, abre sucessivos horizontes, em extensão e profundidade, a serem preenchidos por essa mesma Páscoa a todos oferecida.

       Podemos perguntar-nos por que razão foi assim, cronologicamente falando. Os antigos autores cristãos – do prólogo do 3º Evangelho a Santo Ireneu e tantos outros - viam na sucessão dos antigos impérios o longo e árduo encaminhamento da humanidade para aquele exato ponto em que, unidas as antigas civilizações no único império que de algum modo as interligava quase todas, seria já possível passar da promessa bíblica, das cogitações dos filósofos e das aspirações dos poetas à resposta divina, que só humanamente – incarnadamente – podia ser dada, tanto para respeitar o homem como para que Deus fosse “Emanuel”, Deus connosco e humanamente entendido.

       A esta luz podemos dizer que tudo quanto se insira ainda hoje, ou amanhã que seja – em sabedoria, ciência, literatura ou arte – na mesma senda de autorrevelação da humanidade a si mesma, continua a ter disponível e insistente a resposta final que Cristo lhe ofereceu uma vez por todas: a sua Páscoa, como fim e finalidade de todas as coisas.

       Recordo-me duma viagem de há muitos anos, passando pelo museu romano de Mérida e por uma igreja em Olivença. No primeiro, vimos uma estátua de Cronos, o tempo endeusado, enrolado numa serpente que, abocanhando o fim, sempre volta ao princípio. Na segunda, vimos a representação barroca duma árvore de Jessé, em que a descendência dos antigos reis culmina no Filho de Maria, no qual o tempo finalmente floresce e desabrocha, para se alargar a tudo e a todos. 

       Nunca mais esqueci esta sucessão plástica, bem sugestiva do que é o encontro de Cristo com o tempo humano, pascalmente transformado em tempo de Deus, porque tudo é por ele humanamente assumido, para ser oferecido ao Pai no altar da Cruz. Sabemos como, por sua vez, o Pai no-lo devolveu ressuscitado, para ser a nossa vida e a vida do mundo. - Assim permitamos – realmente permitamos! – que o Espírito que n’Eles circula também circule em nós, em perfeito Pentecostes! 

       Estas coisas sabemos; e devemos saber e explicitar sempre melhor, pois para isso se somou tanta meditação e reflexão nos dois milénios que Cristo já leva no mundo. Sabiam-no com admirável clareza os primeiros autores cristãos, como deixaram nalguns poucos e imensos versículos do Novo Testamento. É reler, por exemplo o princípio da Carta aos Hebreus (Hb 1, 1-4). Ou o da admirável 1ª Carta de São João (1 Jo 1, 1-4), sem esquecer, evidentemente, o prólogo do Evangelho segundo São João ou os magníficos hinos cristológicos inseridos nas epístolas paulinas, e tantos outros lugares inultrapassáveis.

       Todos nos falam duma vida que agora é “ultimada” e “eterna”, pascalmente ganha e oferecida por Cristo a quantos e aonde lhe permitam agora viver e conviver. Por isso melhor falaremos de “Cristo em nós”, à boa maneira de São Paulo, do que duma vida simplesmente “cristã”, como é corrente dizer-se. Na verdade, onde o Espírito consegue como que reproduzir a Páscoa de Cristo, já se trata de algo substantivo e não de mero adjetivo: vida de Cristo em nós – pessoas e comunidades – e não só uma classificação sociológica ou cultural, em sentido fraco e questionável. 

       Se olharmos agora mais de perto para o que têm sido estes dois milénios, eclesialmente falando, concluiremos decerto que temos de dar muitas graças a Deus. Sem leituras encomiásticas, que só reparam nos altos cumes e não atendem às ravinas que entre eles infelizmente também se abriram; nem leituras destrutivas, que não consideram nem respeitam o que foi e continua a ser a notável colaboração de tantos discípulos de Cristo para a história da humanidade que com todos compartilham: havemos de maravilhar-nos com a infinda capacidade do Evangelho para recriar “todas as coisas em Cristo”, nas mais diversas culturas e civilizações, tanto nas circunstâncias mais extremas como na habitualidade mais comezinha.

       Bastaria, para tal, aproximarmo-nos da realidade, passada e presente, com mais humildade e menos preconceitos. Ouve-se por vezes dizer que nos seria mais fácil acreditar – cristãmente acreditar – se tivéssemos vivido há dois mil anos, vendo e ouvindo diretamente a Jesus de Nazaré. Mas isso é esquecer o que os relatos evangélicos patenteiam, ou seja, que grandíssima parte dos que lá estavam ou não acreditaram ou até deturparam o que ele dizia e fazia; e que mesmo os seus discípulos tiveram muita dificuldade em percebê-lo, antes da luz pascal lhes abrir finalmente os olhos…

       Aproximemo-nos então de Cristo, de coração disponível e espírito atento, correspondendo à sua exortação e companhia oferecida (cf. Ap 3, 19-22). E isto mesmo é dito “às Igrejas”, pois só comunitariamente se entende bem e realiza em pleno, como experiência inter-pessoal e profecia para o mundo. Assim nos ensinaria São Tomé, que não soube da ressurreição de Cristo nem acreditou nos discípulos que lha testemunharam enquanto não esteve “com eles” (cf Jo 20, 26).

       Pontualizemos pois. A Evangelização coloca-nos diante da proposta de Cristo, para realizarmos a nossa vida como ele pascalmente o fez e no-lo proporciona, coisa só possível na força do Espírito e na inclusão eclesial, como ramos na videira (cf. Jo 15, 1 ss). Esta é a verdade das coisas, tão coincidente aliás com a natureza social do homem, agora transformada em “meio divino”. Para tal, são indispensáveis dois itens. 1º) Que a Palavra seja insistentemente proclamada em cada comunidade e 2º) Que cada comunidade se deixe constantemente converter por ela. Foi este o apelo do Concílio na sua fundamental constituição dogmática Dei Verbum, repetido mais proximamente pelo último Sínodo dos Bispos e por Bento XVI na exortação apostólica pós-sinodal Verbum Dei. 

       Assim dispunha e esperava a constituição conciliar: “… que a Palavra do Senhor avance e seja glorificada (cf. 2 Ts 3, 1), e que o tesouro da Revelação, confiado à Igreja, encha cada vez mais os corações dos homens. Assim como a vida da Igreja se desenvolve com a participação assídua no mistério eucarístico, assim também é lícito esperar um novo impulso da vida espiritual com a redobrada veneração da Palavra de Deus, que permanece para sempre” (Dei Verbum, 26). E a recente exortação apostólica insiste: “… o Sínodo convidou a um esforço pastoral particular para que a Palavra de Deus apareça em lugar central na vida da Igreja, recomendando que se incremente a pastoral bíblica, não em justaposição com outras formas de pastoral, mas como animação bíblica da pastoral inteira” (Verbum Domini, 73).

       Mas atendamos ao facto de, nestes dois milénios, o processo de exortação e aplicação não ter sido propriamente linear, mas como que cíclico, entre épocas de evangelização renovada e adaptada a circunstâncias próprias e tempos de concretização dela, mais ou menos conseguida. Daqui que possamos até identificar cinco grandes “evangelizações” da nossa Europa, como a seguir tentarei ilustrar.

 

Sé do Porto, 14 de março de 2012

D. Manuel Clemente, in Agência Ecclesia.

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