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07.10.17

Respeitarão o meu filho...

mpgpadre

1 – Praça de São Pedro, 19 de abril de 2005, primeiras palavras de Bento XVI: «Depois do grande Papa João Paulo II, os Senhores Cardeais elegeram-me, simples e humilde trabalhador na vinha do Senhor. Consola-me saber que o Senhor sabe trabalhar e agir também com instrumentos insuficientes»

O amor à vinha, o trabalho dedicado e a certeza que o Senhor vela pelos trabalhadores e provê à produtividade da vinha, para lá das circunstâncias e dos contratempos. Deus cuida da Sua vinha com amor. Mantém-Se próximo, pronto a acudir. Confia nos seus trabalhadores e confia-lhes o cuidado da mesma, aguardando que eles possam fazê-la frutificar e todos possam beneficiar dos seus frutos.

Jesus conta outra parábola sobre o reino de Deus, novamente à volta da vinha. «Havia um proprietário que plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe, cavou nela um lagar e levantou uma torre; depois, arrendou-a a uns vinhateiros e partiu para longe».

A vinha é do Senhor. Ele confia-no-la, esperando pela colheita. Na devida altura manda os servos receber os frutos. Os vinhateiros, por sua vez, querem assumir o controlo, ocupando o lugar do seu Senhor e, por isso, maltratam os enviados, matam-nos, escorraçam-nos.

Aquele Senhor, o Bom Deus, não desiste. Não desiste dos bons frutos que há para recolher, não desiste de nós. Envia novos mensageiros. Dá-nos mais oportunidades. Envia, então, o Seu próprio filho.

Lição3_Ápice da inveja_Acabe e Nabote (3).JPG 

2 – «Respeitarão o meu filho». Depois de todas as tentativas para "resolver as coisas a bem", e não tendo conseguido, Aquele Senhor decide fazer uma última aposta, mais alta, mais arriscada. Arrisca o que Lhe é mais querido, o Seu próprio Filho. Arrisca tudo, a Sua vida na vida do Filho. Confia que os vinhateiros reconhecerão a Sua deferência ao enviar-lhes o próprio filho.

A ocasião (por vezes) faz o ladrão. A ganância vem ao de cima. Está ali a oportunidade de eliminarem o filho e ficarem eles donos e senhores daquela vinha. É o que fazem, agarram e filho e matam-no.

A parábola espelha bem a história da salvação e as lideranças judaicas veem-se retratadas nos vinhateiros prepotentes, gananciosos e assassinos a quem Deus confiou a Sua vinha para administrar, cuidar e fazer frutificar. Deus envia o Seu próprio Filho, Jesus Cristo, que que é expulso da Sua própria vinha, é ferido e morto. Este é o mistério da Encarnação que desemboca no mistério pascal.

Na continuação, Jesus provoca os seus interlocutores, provoca-nos: «Por isso vos digo: Ser-vos-á tirado o reino de Deus e dado a um povo que produza os seus frutos». Ou mudamos de atitude ou autoexcluímo-nos do Seu reino de amor.

 

3 – A primeira leitura já nos apresentava a belíssima imagem da vinha. «Vou cantar, em nome do meu amigo, um cântico de amor à sua vinha. O meu amigo possuía uma vinha numa fértil colina. Lavrou-a e limpou-a das pedras, plantou-a de cepas escolhidas. No meio dela ergueu uma torre e escavou um lagar. Esperava que viesse a dar uvas, mas ela só produziu agraços».

Isaías deixa-nos ver o cuidado e o amor do seu amigo à vinha que plantou. O lagar foi preparado. Foi construída uma torre para guardar a vinha dos assaltantes. Foram escolhidas boas cepas. «A vinha do Senhor do Universo é a casa de Israel e os homens de Judá são a plantação escolhida». Tudo aponta para bons resultados.

Mas parece que até Deus "não controla" todas as circunstâncias, já que nos criou livres, com a possibilidade de Lhe dizermos não e de não produzirmos na abundância do amor e da compaixão.

E agora, o que fazer, se fiz tudo pela vinha e ela não deu nada? Eis o que vou fazer: «Vou tirar-lhe a vedação e será devastada; vou demolir-lhe o muro e será espezinhada. Farei dela um terreno deserto: não voltará a ser podada nem cavada, e nela crescerão silvas e espinheiros; e hei de mandar às nuvens que sobre ela não deixem cair chuva».

As palavras do profeta denotam o desencanto pela infidelidade do povo, cujos membros deveriam viver como família!


Textos para a Eucaristia (ano A): Is 5, 1-7; Sl 79 (80); Filip 4, 6-9; Mt 21, 33-43.

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