"Ovo" de Siza Vieira para Bento XVI
Um «ovo» de prata desenhado por Siza Vieira é o presente que vão oferecer a Bento XVI os representantes do mundo da Cultura que com ele se vão encontrar a 12 de Maio, em Lisboa.
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Um «ovo» de prata desenhado por Siza Vieira é o presente que vão oferecer a Bento XVI os representantes do mundo da Cultura que com ele se vão encontrar a 12 de Maio, em Lisboa.
Há um encanto particular na preparação de grandes festas. A vinda de um Papa ao nosso país não foge à regra e é por isso compreensível que se multipliquem, por estes dias, notícias, comentários e explicações sobre tudo o que está a ser feito para acolher Bento XVI.
Como é natural, todos estes momentos são vividos à flor da pele, as forças são poucas para uma tarefa que parece tão grande, tudo é feito com a intenção de impressionar positivamente um visitante tão importante para quem faz da fé católica o seu modo de vida. Afinal, estamos na presença de um líder espiritual, que tem um papel especial na vida de milhões de pessoas, entre nós, por mais discordâncias que o seu estilo próprio possa gerar.
A forma como tudo está a ser preparado deixa adivinhar já um clima de festa, de celebração, à margem do confronto. Mesmo as habituais manobras publicitárias de quem procurar atenção à custa de uma figura maior – prática que vai alastrando, com a conivência de quem faz a informação que chega até cada um de nós – não passam de notas de rodapé numa história que se escreve para o hoje e também para o futuro. Um futuro em que o essencial resistirá à poeira dos que só sacodem os pés no chão, sem preocupação em olhar para o que nos ultrapassa, lá no alto.
Admite-se que neste clima de festa, até pela cultura mediática em que hoje vivemos, haja uma predominância do sentimento e do que é epidérmico, a respeito da viagem do Papa. Percebe-se, também, que se haja alturas em que se esquece o facto de estarmos na presença de um pensador - comparado pelo Patriarca de Lisboa a um corredor de fundo - que não se preocupa tanto com a velocidade do momentâneo, mas com o plano que definiu para chegar à meta.
A presença de Bento XVI, como festa e como desafio à reflexão, é uma interpelação para todos, crentes ou não, desde que se assuma um clima sério de discussão, de debate, abandonando estereótipos e preconceitos. Muito do que ele disse e escreveu está ainda por descobrir e descodificar: numa sociedade em mudança, como a nossa, vale a pena perceber o que tem a dizer a figura mais importante da Igreja Católica.
Por tudo isto, é fundamental que se prepare a vinda do Papa em festa, serena e alegre, com lugar para os que quiserem entrar. E quanto mais honesto for o encontro, mais sentido terá receber entre nós Bento XVI.
Octávio Carmo, Editorial da Agência Ecclesia.
No dia 16 de Abril, Bento XVI completou 83 anos de idade, muitos ao serviço do Evangelho, na Igreja, no diálogo com a cultura e com a ciência, como sacerdote e como bispo, como professor e teólogo. No dia 19 de Abril, completou 5 anos de pontificado. Propomos a leitura do Editorial da Agência Ecclesia:
A idade do Cardeal Ratzinger aquando da eleição pontifícia ditou, por esse único indicador, sentenças que se foram generalizando: será um pontificado de transição.
Aos seus 78 anos, assinalados em período de sede vacante, juntava-se o facto de Joseph Ratzinger ser número dois de João Paulo II e a referência doutrinária de todo um pontificado marcado pelo justo protagonismo do Papa polaco.
Passados cinco anos, impõe-se uma certeza: o pontificado de Bento XVI responde aos desafios que emergem do juízo da história lançado sobre os que decidiram seguir os passos de Cristo, corresponde ao exercício de uma liderança religiosa de acordo com as exigências sociais dos tempos em que vivemos e está em sintonia com as questões e a busca de sentido da vida pela pessoa humana, incontornável em qualquer indivíduo, em qualquer tempo.
Na mediatização de todas as mensagens, indivíduos e grupos absorvem imagens, as primeiras imagens que se oferecem sobre pessoas ou acontecimentos. Também as do Papa.
Nos dias que correm, na espera de Bento XVI, são essas as imagens, as que primeiro foram mediatizadas, que percorrem opiniões ditas. Nem sempre as pensadas. Mas as proclamadas, embaladas no facilitismo aparente de querer estar em sintonia com maiorias.
No virar de muitas páginas, cresce o número dos que analisam o pontificado de Bento XVI e apontam como qualidades o que antes pareciam ser fragilidades. Seriedade intelectual, busca da verdade, operacionalização das decisões, coerência, assunção de culpas, determinação na configuração de tudo e de todos com o exemplo de Jesus Cristo. É nessa esteira que tem de se compreender o pontificado de Bento XVI. Também na capacidade demonstrada em perscrutar valores e projectos que ficam para a história, mesmo quando não motivam popularidade imediata.
A partilha destas opiniões de imediato esbarram com questões clássicas, que pintam o estandarte de muitos debates, e que não se podem excluir da recriação da experiência cristã em cada tempo. É, no entanto, do actual Papa, pelos contributos que ofereceu à Igreja Católica como professor e como Cardeal, que se colhe uma certeza: não é por questões de moda, a favor ou contra, que todos os debates são assumidos; antes por se imporem a quem procura, sem rodeios e livre de condicionalismos, descobrir a Pessoa de Jesus Cristo e viver de acordo com a Sua Mensagem.
Os dias em que Bento XVI está entre nós podem ser uma oportunidade para descobrir essa ousadia do actual Papa.
Paulo Rocha, in Agência Ecclesia.
O coordenador da Comissão Organizadora da Visita de Bento XVI a Portugal, D. Carlos Azevedo, bispo auxiliar de Lisboa, apresentou publicamente a imagem oficial criada para acompanhar o Papa Bento XVI ao nosso país, entre os dias 11 a 14 de Maio e estará em Lisboa, Fátima e Porto.
D. Carlos Azevedo e outros responsáveis sectoriais da comissão apresentam, além do cartaz e logótipo, o site oficial da visita (www.bentoxviportugal.pt), bem como outras informações sobre a organização da viagem de Bento XVI.
O Vídeo da Apresentação da Imagem do Papa, pelo reverendíssimo D. Carlos Azevedo:
Um dia, que esperamos não muito distante, a imagem desta baía em ruínas, soterrada hoje em lama e pranto, há-de dar lugar, de novo, à paisagem verdadeira. Passaremos deste inverno intransigente e funesto à clemência de uma estação que devolva ao Funchal a sua luz.
A Selecção Nacional de Futebol, comandada pelo professor Carlos Queiroz, carimbou, ontem, na Bósnia, o passaporte para o Mundial de Futebol 2010, na África do Sul. Depois de alguns sustos, de alguns percalços, chegámos ao playoff de apuramento, e coube-nos na rifa a Bósnia, que batemos por duas bolas, em Portugal, no Estádio da Luz, vencemos por um e ontem voltámos a vencer por um a zero, ficando assim apurados para o Mundial. Na última década a selecção lusa tem estado nos grandes palcos do desporto/futebol, nos europeus e nos mundiais.
O caminho foi longo. Até ao último jogo estivemos a fazer contas. No final, o mais importante acaba por ser o apuramento, mas certamente que todo o trabalho, dedicação, esforço dos jogadores, da equipa técnica, das estruturas federativas e o apoio dos portugueses são capital a preservar.
Ganhando, valorizamos o que fizemos. Se tivéssemos perdido, o caminho percorrido seria esquecido ou desvalorizado.
Não esquecemos, ainda há um grande caminho pela frente.
Fica aqui a notícia do DN (Diário de Notícias). Era o mínimo que se podia exigir. E como tínhamos referido, ela é descendente de portugueses, o avô é português... Quando se reconhece o erro e se corrige...
«A actriz brasileira Maitê Proença já pediu desculpas aos portugueses e diz que tudo não passou de uma brincadeira. "Se eu ofendi algum português com isso, peço desculpas. Mas acho que está faltando humor nas pessoas", diz a actriz e apresentadora, citada pelo site do jornal brasileiro O Globo. Em causa está um vídeo de 2007 (ver no final do texto), mas que só agora deu que falar. Maitê Proença gravou uma reportagem para o programa do canal GNT, Saia Justa, em que ridiculariza Portugal com passagens como "(Sintra) é uma vilazinha" ou Salazar "esteve perto de 20 anos no poder". Esta última denuncia também um erro histórico - não o único - como aquele em que se refere ao estuário do Tejo como "mar". No final do vídeo, Maitê Proença cospe para o ar numa das atitudes mais condenadas entre comunidades como o Facebook e o Twitter. Depois da polémica, que correu na Internet e gerou uma petição online em que é exigido um pedido de desculpas da actriz, Maitê veio explicar-se, dizendo que "só quem não vê o Saia Justa poderia levar isso a sério". E recorda que já veio a Portugal mais de 20 vezes, considerando-se "uma portuguesa", porque o seu avô, Augusto Galo, era português, com direito a estátua no Clube Ginásio. No site O Globo a actriz diz ainda que "tudo não passou de uma brincadeira" e que "no programa [Saia Justa], a gente ironiza até o presidente Lula".»
Vejam a grande Maitê Proença... no seu melhor... como se o Brasil fosse do primeiro mundo e Portugal do quarto mundo... No Brasil é uma priveligiada... À sua volta milhões de brasileiros que morrem em fome, que dormem na rua, cinco a dez pessoas no mesmo compartimento, bairros de toxicodependência, de protituição, gangs, favelas, meninos das ruas, que vendem o corpo e a alma... e ela a achar que os portugueses são de segunda... se fizesse alguma coisa pelos brasileiros... nós dámos-lhe o dinheiro, nas novelas que compramos e nos livros que adquirimos... Andava à procura de um livro que veio a promover a Portugal, mas penso que quem se escquece dos pais, da famíla, deve ter pouco para contar... Nas veias também lhe corre sangue português, pelo menos a aparência é europeia, e não africana, a não ser que também se tenha envergonhado da sua descendência alterando a cor da pele... Fica o vídeo.
Obviamente há muitos brasileiros que sabem das suas raízes e que as respeitam. Não somos mais colonizadores, deveríamos ser irmãos, irmãos mais velhos, irmãos mais novos. Eu sinto simpatia pelos brasileiros como por angolanos, ou cabo-verdianos, também lhes somos devedores da nossa cultura e da nossa riqueza...
Em 1974, neste dia 25 de Abril, "rebentava" a revolução dos cravos.
A liberdade de expressão, de associação, e a participação nos destinos do país, através de eleições livres, tornavam-se realidade. Ainda que outras lutas tivessem de ser travadas.
Ao festejarmos o Dia da Liberdade, não esqueçamos as liberdades e garantias esquecidas: os que vivem com o coração nas mãos, a pobreza, o desemprego, o trabalho precário, o acesso à saúde em demoradas listas de espera, a educação escolar feita à medida de uns tantos, os privilégios de poucos,... e tantos outros esquecimentos.
Para se celebrar o DIA DA LIBERDADE, todos têm de ter igualdade de acesso às oportunidades...
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